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Enfrentando mudanças climáticas e acelerando a transição energética | G20 NO BRASIL


os olhos de todo mundo estarão voltados para a mesma direção não para um lugar um momento mas para um objetivo construir um mundo justo e um planeta sustentável é o futuro é o G20 é no Rio de Janeiro e começa agora o rio recebe esse ano a reunião anual do G20 o Brasil é membro do grupo desde a sua Criação em 1999 e em 2023 alcançou a presidência o G20 é o principal palco global de debate sobre temas econômicos sociais e de cooperação internacional esse ano o tema é construindo um mundo justo e um planeta sustentável ao longo do ano eventos ao redor do Brasil vão tratar de temas relevantes para o futuro do país o governo do estado e a Prefeitura do Rio de preparar uma intensa programação alinhada aos temas do G20 o G20 foi criado como resposta às crises econômicas da década de 90 buscando equilibrar e estimular a economia mundial atualmente novas pautas como sustentabilidade e mudanças climáticas estão nas discussões o G20 é formado por 19 países a união europeia e a união africana juntos eles somam 90% do PIB Mundial e 80% do interal as tratativas do G20 são feitas em duas trilhas principais a de finanças sobre economia e o sistema financeiro Internacional e a de cherp voltada ao comércio internacional e demais pautas delas saem propostas que são transformadas em compromissos dos países ao assumir a presidência do G20 o Brasil destacou a urgência de enfrentar os desafios globais da sustentabilidade o país busca unir esforos para construir um futuro mais justo combatendo as mudanças climáticas e reduzindo a pobreza e a desigualdade por meio do desenvolvimento sustentável as mudanças climáticas são um dos maiores desafios da atualidade com impactos cada vez mais evidentes o G20 como Fórum de cooperação internacional tem um papel fundamental na definição de políticas e ações para mitigar esses efeitos pela sua grande extensão territorial e vasta biodiversidade o Brasil tem um papel estratégico no tema a proteção e a restauração da Amazônia considerada o pulmão do mundo são essenciais para a regulação do clima global e para um futuro sustentável a transição para uma economia de Baixo Carbono também é determinante para limitar o aquecimento global e evitar os impactos das mudanças climáticas as energias renováveis como a solar eólica e hidroelétrica são imprescindíveis nesse processo que deve ser justo e inclusivo para todos pobreza e a desigualdade exacerbadas na pandemia são Desafios que precisam urgentemente ser enfrentados com políticas públicas assim a jornada do desenvolvimento sustentável é crucial por promover a infraestrutura sustentável Agricultura Familiar e o fortalecimento de comunidades locais o G20 é uma oportunidade para os países mais ricos enfrentarem Unidos às demandas globais ao promover uma agenda ambiciosa e inclusiva o Brasil dem mostra sua liderança e inspira outros países a encontrar as soluções para as questões do século XX Boa tarde a todos boa tarde a todos eu sou Daniela karete repórter especial do valor econômico estarei com vocês aqui nesse que é o quinto evento presencial sobre o G20 de uma série de encontros que os jornais do Globo e o valor econômico e a rádio CBN Estão realizando ao longo de 2024 o tema de hoje é desenvolvimento sustentável enfrentando a mudança climática e acelerando a transição energética agradecemos a presença da nossa plateia aqui no auditório da Editora Globo no centro do Rio e aproveito para informar que esse encontro está sendo transmitido ao vivo nos sites e nas redes sociais do Globo e do valor e convida você que tá assistindo a ficar conectado conosco acompanhando essa importante discussão o projeto G20 no Brasil tem o Governo do Estado do Rio de Janeiro como estado anfitrião Rio capital do G20 como cidade anfitriã Patrocínio de JBS apoio do BNDS e realização dos jornais O Globo e valor econômico e da Rádio CBN no início do ano o mundo ultrapassou o Limiar de 1,5 graus C de aumento da temperatura em relação aos níveis prés indust indis segundo agência europeia copernicus isso deixou o nosso cientista brasileiro Carlos Nobre um dos maiores climatologistas do mundo apavorado deveria acontecer em alguns anos e não agora nós aqui no Brasil começamos o ano com uma enchente dramática no Rio Grande do Sul aconteceram também na Ásia regiões rurais e urbanas do Brasil e da Europa Ardendo em Chamas e nós estamos vendo agora o leito de rios Amazônicos O que é são cenas muito assustadoras sabemos que o oceano tá esquentando que o gelo e a neve está desaparecendo o planeta cobra hoje com fatura alta os maus tratos ambientais e a negligência da Comunidade Internacional em relação às próprias metas que se impõem para conter os efeitos da mudança climática é preciso derrubar as emissões de carbono que são hoje mais de 180 vezes superiores às de 1850 já na era Industrial a temperatura Global continua subindo já acima do patar patamar de 1,5c que a gente acordou na COP 2 ser inaceitável algo que temos que eh tem que ser revertido urgentemente os 10 maiores poluentes do mundo tendo a China Estados Unidos União Europeia índia à frente o Brasil segundo algumas estatísticas é o quinto maior emissor do mundo representam quase 80% das emissões globais é preciso agir acelerar a transição para um modelo energético que corte drasticamente o consumo de combustíveis fósseis que aposta em energias renováveis que Desenvolva a bioeconomia é preciso conte o desmatamento das últimas grandes florestas regenerar os biomas reflorestar e reciclar e mobilizar recursos para essa revolução Global nós estamos falando aqui de trilhões ao ano e sobretudo é preciso planejamento e coordenação globais interdependentes as nações só terão sucesso se agirem de forma ambiciosa juntos e alcançar o desenvolvimento sustentável um dos temas centrais da Cúpula do chefe de estado G20 o grupo de países mais ricos do mundo 80% da economia Global mais de 80% das emissões também de gás estufa globais a presidência brasileira propôs A Força Tarefa paraa mobilização Global contra a mudança do clima e no Encontro de hoje esperamos debater com as autoridades especialistas o que deve ser prioritário nessa agenda o nosso primeiro painel se chama unindo esforços como friar a mudança climática e buscar a sustentabilidade ambiental eu coloco sempre no singular as mudanças climáticas porque eu já acho elas tão assustadoras que no singular já tá bom né para nos ajudar a buscar caminhos e encontrar respostas a essa e outras perguntas dou as boas-vindas para ministra Marina Silva do meio ambiente e mudança climática do Brasil aqui ao meu lado a Daniela lerda sor felo do centro brasileiro de relações internacionais o cebre e outros chapéus a Rosa Lemos de Sá secretária Geral do fundo brasileiro para a biodiversidade o fumb e o Roberto cheffer Professor titular da cop da Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em transição energética muito obrigada a todos por estarem aqui e eu vou começar Se vocês me darem licença ouvindo a ciência então ouvindo o professor Roberto cheffer que é um especialista nesse assunto no planejamento energético também professor o senhor e a sua equipe estão rodando cenários Para apoiar o governo a fazer a nova ndc brasileira né o compromisso climático do Brasil para 2035 mas antes da gente falar sobre a nova Queria te pedir se você o Brasil já tem metas para 2025 e 2030 para nos posicionar Professor Onde que nós estamos em termos de onde temos que chegar com os compromissos que o Brasil já assumiu bom muito obrigado Daniela Boa tarde a todos ministra grande satisfação aqui em ceros sentido Daniela na sua fala você já tocou muitos pontos o mundo passa por várias questões conjunturais muito complicadas né Estamos vendo aí vários conflitos etc etc mas estruturalmente falando o grande do mundo são as mudanças climáticas né e eu falo que é um grande desafio porque Diferentemente de outros problemas ambientais onde você deixando de fazer alguma coisa o problema acessa no caso da mudança climática isso não é verdade né o principal gás de efeit estufa é o CO2 que tem uma vida na atmosfera praticamente infinita que que significa isso qualquer queima de combustível fóssil qualquer desmatamento vai levar a uma emissão de CO2 que irá se acumular na atmosfera para sempre significando que vai impactar o clima da Terra para sempre então de fato estamos perante um grande problema o Brasil tem um um componente ainda mais complicado né uma peculiaridade do Brasil é que Diferentemente do mundo onde falar de mudança climática é falar de emissão de CO2 principalmente vindo da área de energia o Brasil tem um perfil de emissões muito peculiar né pela importância da agricultura brasileira associada a ela vai haver emissão de oitros né que são que vem dos fertilizantes nitrogenados tem a a pecuária brasileira que é muito importante associado à pecuária você tem a emissão de metano né e grosso modo hoje pode dizer que 1/4 das emissões brasileiras de GS de efeito estufa é óxido nitroso e é metano cuja redução de emissão não é trivial isso coloca um desafio muito grande pro Brasil na medida em que o governo anterior em 2021 anunciou uma meta climática extremamente ambiciosa há que se reconhecer isso uma meta muito ambiciosa que meta foi essa basicamente zerar as emissões de gás de efeito estufa brasileiras em até 2050 outros países do mundo também assumiram compromissos parecidos mas para outros países gerar as emissões de gás de feito estufa é Bras zerar as emissões CO2 Ou seja é sair dos combustíveis fósseis no caso brasileiro não é isso na medida em que a agricultura a pecuária brasileira continuarão importante e continuar emitindo o Brasil de fato vai ter que zerar suas emissões de CO2 em torno de do ano de 2040 10 anos antes para partir daí poder começar a Gerar emissões negativas de CO2 para compensar as ões positivas de metan n 2oe é o desafio Brasileiro né 2040 se eu não tô errando a conta aqui é daqui 16 anos então isso tem implicações muito grandes né um carro que seja vendido hoje ou uma caminhonete a diesel ela vai continuar na rua por 15 ou 20 anos já passou do 240 né então qualquer qualquer coisa que a gente pense no Brasil hoje em termos de combustíveis fósseis já passou de 2,40 né então a peculiaridade brasileira é como você consegue não apenas zerar emissões de CO2 isso passa pela questão do desmatamento a necessidade de reflorestamento aforest momento e transição energética mas preparar o país para ter emissões negativas para compensar emissões positivas de metano e óxido niton então é Um Desafio muito grande né e é Um Desafio que não adianta a gente ir colocando o desafio lá paraa frente né quanto antes Se começar a fazer isso mais facilmente se lidará com o problema porque só para encerrando Daniela Porque é importante a gente entender que zerar as emissões não é uma necessidade para estabilizar a temperatura do planeta em 1 gra e meio mais quente ou dois é a necessidade para estabilizar a temperatura do planeta em qualquer temperatura que se queira se o mundo quiser estabilizar temperatura em 5º mais quente só vai acontecer quando naquele momento se gerar as emissões então o desafio está colocado mas infelizmente vamos ter tempo para conversar sobre isso muito pouco tem sido feito no mundo e mesmo o Brasil tem tido dificuldades em lidar com o problema então estamos perante perante um grande desafio vamos conversar mais sobre isso mais à frente Obrigado Daniela muito obrigada Professor Obrigada Professor vamos voltar logo mais ali com várias perguntas Rosa eu queria te perguntar por favor se você poderia abrir nos falar do fombio o que que ele é o que que ele faz e começar essa introdução sobre a lacuna de financiamento climático se tem dinheiro no mundo para financiar a mudança e você nos contar um pouco sobre isso a gente volta isso muito obrigada pelo convite por participar aqui da mesa o fumbi É um mecanismo financeiro que foi criado em 1996 para abortar recursos estratégicos para conservação da biodiversidade é baseado nas nas nas agendas das três Convenções que foram assinadas n em Rio 92 no Rio 92 então nesses 28 anos de de atuação fbio eh trabalha com recursos de doações b multilaterais e do setor privado brasileiro filantropia internacional e nacional obrigações legais do setor privado e a gente investe na conservação e noo sustentável projetos Uso Sustentável de comunidades tradicionais nesses 28 anos de atuação nós apoiamos mais de 400 unidades de conservação mais de 90 terras indígenas que somados dão mais de 200 milhões de hectares eh Fora as os projetos com comunidades tradicionais e e ribeirinhas e comunidades indígenas que são soma mais de 600 projetos e 450 eh instituições temos uma parceria muito forte com o ministério do meio ambiente e do clima com vários estados e com a outros Ministérios também a lacona existe principalmente na questão de clima ela é grande não vou dizer que os recursos eh existentes são suficientes Claro que não para para trabalhar com essa agenda é Preciso de muito mais mas o que existe hoje é um apoio muito grande da da dos Fundos multilaterais que conseguem eh arrecadar Bilhões de Dólares para investir não só na conservação da biodiversidade mas na questão climática esses recursos certamente não são suficientes Mas eles somam aos recursos orçamentários dos governos somam aos recursos da filantropia e também do setor privado é importante que haja um mix de todos esses financiamentos para atingir as metas necessárias de cada país então a a Lacon existe cada vez mais a gente precisa promover eh outros mecanismos que possam que possam trazer recursos países recentemente foi criado o mecanismo eh de biodiversidade para financiamento de biodiversidade há do anos atrás na C de biodiversidade e ele já começou a desembolsar já o Brasil conseguiu aprovar dois projetos um em parceria com o ministério de e um em parceria com os povos indígenas e esses recursos são fundamentais para complementar e potencializar os recursos que existem no país para essas agendas Obrigada Rosa [Aplausos] eh chamar aqui minha chará Daniela lerda que além de ser do cebre ela tem dois outros chapéus né um deles ela também é diretora cenor do programa Amazônia Dan Tero que ela explicava que é um uma palavra em Esperanto que quer dizer nossa terra uma Fundação privada norte–americana que apoia globalmente os povos indígenas e é assessora do fundo bezos da Amazon Então mas eh Dani o que eu queria te perguntar antes de mais nada você acabou de voltar dos territórios Caiapó no Xingu e que estão sofrendo muito com os incêndios eu queria que você nos Contasse um pouco sobre o que você viu e o papel dos povos indígenas dentro da mitigação da mudança climática e esse momento crucial pra adaptação dos impactos reais que eles estão sofrendo tá ligado Boa tarde ministra prazer Dani muito obrigada pelo convite e antes de falar do que tá acontecendo lá em vários outros territórios eu queria só lembrar um dado que é muito importante quando a gente tá falando de povos indígenas eh no Brasil particularmente se a gente olha uma série histórica dos últimos 30 anos Os territórios indígenas foram os que menos tiveram Impacto de desmatamento eles sofreram menos de 1% de perda de vegetação comparado a outras categorias fundiárias que a gente tá falando de 28% de perda cumulativa nesse período de 30 anos então a contribuição dos povos indígenas ela pode ser medida sempre falo através de imagens de satélite basta a gente saber onde eles estão Essas são as áreas que estão melhor preservadas então a relação deles com a o tema de crise climática porque eu acho que não dá nem pra gente falar né Roberto mais de de mudanças climáticas eu acho que a gente tá num num num momento de emergência completa ele é fundamental Não é só apoiar Os territórios indígenas Porque isso é uma questão ética Isso é uma questão estratégica pro país e pro planeta e é dentro do do G20 que precisa também acontecer esse entendimento do papel dos povos indígenas nas discussões sobre mobilização de recursos multilaterais bilaterais outros privados e cooperação com o setor privado também eh teve um relatório recente da coiab que é a coordenação de organizações indígenas da Amazônia brasileira onde eles ol o impacto dessa seca que tá acontecendo agora na Amazônia nos territórios como um todo e eles apuraram que 42 terras indígenas estão diretamente afetadas pela seca 3.000 comunidades indígenas vivendo uma situação de crise extrema que que isso significa isso significa falta de comida insegurança alimentar isso significa insegurança hídrica dificuldade de ter acesso à água água limpa tem imagens terríveis que a gente está vendo é de pessoas indo em rios onde eles banhavam tendo que tirar água com uma caneca para poder banhar né E isso quando você vive diretamente dependendo da naturezaa sua sobrevivência isso é muito crítico então o impacto tá sendo sofrido principalmente nessas populações que foram as que mais contribuíram não só pela proteção da biodiversidade como a rosa tava falando mas também para retardar esse processo de impacto de emergência climática Isso precisa ser conhecido precisa ser reconhecido e precisa ser incorporado agora o que tá acontecendo particularmente no Xingu se vocês eu e eu convido todos a entrarem no Google Earth e darem um zoom no território do Xingu é muito interessante a gente pode ver do céu a contribuição desse território paraa preservação da vegetação tudo que tem ao redor do território do Xingu tô falando de 26 milhões de hectares tá desmatado né a gente tem um avanço eh de da agricultura e outros tipos de pressões que que vão adentrando as florestas Já foram convertidas a gente já perdeu e você tem esse bloco que a gente chama de um grande corredor e extensão de proteção de Floresta com países inteiros que são geridos pelos povos indígenas preservados o que tá atingindo esses territórios Dani ele vem principalmente de fora da floresta e como a gente tá no momento de crise Ministro não é mesmo é muito difícil pro governo federal que tem a autoridade e a responsabilidade de ajudar com as suas brigadas e o combate de incêndio conseguir atender tantas frentes né lembrando do dado que são 42 territórios que estão impactados por essa questão no momento muito obrigada Dani [Aplausos] eh ministra muito obrigada por est aqui conosco hoje no na sua agenda lotada queria lhe perguntar do G20 mas antes vamos conversar um pouco sobre esse registro de incêndios né isso que o Brasil tá vivendo agora Setembro foi 30% maior do que a média do mês eh a senhora disse já que vivemos um terrorismo climático O que que tá sendo feito como a situação hoje bem boa tarde a todos a todas primeiro dizer de da minha alegria de poder participar com você Dani eh também com a Rosa o Roberto e a Daniele Obrigada pela oportunidade de poder interagir ainda mais de poder eh ouvir das pessoas né a perspectiva do Olhar da ciência do Olhar daqueles que estão lidando com o financiamento e daqueles que então lidando diretamente com as comunidades né de fato a gente vive uma situação que a combinação de todas essas esses vetores eh temperatura alta baixa umidade eh elevação de de enfim de uma série de problemas acabou a agência nacional de águas de decretar escacez hídrica no Xingu isso foi feito em relação ao pantanal foi feito em relação ao Rio Madeira a verdade é que nesse momento nós temos 58% do território brasileiro em situação de seca e desse 58% algo em torno de 1/33 em seca Severa alguns Estados 100% em situação de seca com risco inclusive para decedent humana e animal na Amazônia é um impensável né eu tenho nasci me criei na Amazônia Ouvi as histórias da minha avó falando que existia Açude que era feito para poder ter água por causa da seca aquilo era uma coisa na minha cabecinha que era difícil de entrar né de repente nós fomos visitar agora a comunidade Lá de Tefé e poos sendo cavados a 30 40 m de profundidade para poder ter água e um rio com 14 m de profundidade eh seco com apenas 75 cm de água dentro do Rio dessa magnitude então é realmente uma situação em que esses eventos climáticos extremos eles por si só já constitui eh uma situação muito difícil em relação ao uso do fogo uso do Fogo tem a prática do manejo E aí eu eh acho muito interessante que a Dani trouxe né que é o seguinte sempre que se fala de Fogo tem aqueles que vê e diz ah mas é um um processo cultural o Caboco o indígena como se fosse essa razão desses grandes incêndios não é no Pantanal por exemplo cerca de 50 85% dos incêndios em área privada apenas algo em torno de 17% dentro de terra indígena mas sobretudo porque o fogo transbordou das áreas que estavam queimando para dentro das terras indígenas em alguns casos como é o caso de Rondon até uma ação de jagunços armados Que expulsaram os brigadistas indígenas depois expulsaram os brigadistas do Ibama e do cbill e a gente só conseguiu fazer o combate depois que vem a ajuda da força de segurança eh é uma situação em que além de até a fogo nós temos também né E nós temos isso registrado né pregos tábua com prego para furar os pneus dos carros do semibil para não chegar na área e uma série de outros mecanismos eh para essa situação que a gente tá vivendo uma combinação perversa de ação criminosa com um evento climático extremo que como se não baixasse não bastasse ventos às vezes de 70 km/h com com como chama umidade média relativa do ar de 7% o deserto do Saara a média de 14 a 17% nós estamos vivendo algumas situações com 7% e é praticamente impossível você fazer o combate do fogo em determinadas circunstâncias e determinados horários né Nós estamos eh por exemplo pros brigadistas atuarem eles têm que ter uma margem de segurança para poder fazer o enfrentamento do fogo pras aeronaves elas poderem a mesma coisa ninguém pode agir fora ali da margem de segurança e nós fizemos todo um planejamento que começou desde a transição esse planejamento vem acontecendo Desde janeiro de 2023 retomando o plano de combate a desmatamento plano de combate ao incêndio retomando né o núcleo estratégico de acompanhamento e articulação de combate ao fogo fazendo parceria com os estados com os municípios criando e aumentando a equipe de brigadistas mudando a lei para que a gente possa diminuir o interstício para a contratação de brigadista aumentando com recursos extraordinários que já são mais de 670 milhões eh de de de reais só para as ações de enfrentamento eh de fogo e mesmo assim é preciso ampliar mais ainda nesse momento para vocês terem uma ideia e aí eu passo assim eh cumulativamente falando porque os incêndios eles vão acontecendo e vão sendo computados como os incêndios como incêndio no processo cumulativo nós temos 998 incêndios nós Já conseguimos debelar extinguir 513 controlar 210 ativos em combate 119 ativos sem combate 86 isso Cerrado Amazônia e Pantanal aí você diz Marina tanto fogo apenas 998 é que cada incêndio pode ter até milhares de eh focos de calor e nós enfrentamos no Pantanal uma linha de Fogo com 25 Km de linha de fogo ninguém tem ideia do que é uma coisa dessa magnitude com vento de até 70 km/h com umidade de 12% a 88% e uma temperatura alta o que que acontece nessa situação os brigadistas só podem atuar depois de jogar água são três incursão daqueles pequenos aviões do Ibama do cbill eles fazem uma ação combinada três vezes tem um processo de resfriamento os brigadistas vê fazendo a ressaca o abafamento do do da digamos do que sobrera ali e assim que eles conseguem atuar ou durante a noite quando fica a temperatura mais baixa aumenta um pouco de umidade Quem são os brigadistas que mais conseguem fazer esse enfrentamento à noite já é difícil combater fogo de dia agora você imagina de noite então são os brigadistas indígenas por isso que a maior quantidade é de brigadistas indígenas mas o resultado que nós temos não é é esse que eu falei são 3683 profissionais aviões em operação nós temos cerca de eh 27 agora são mas alguns estão em processo de reparo e nós temos aí uma ação de mais de 531 veículos eh atuando nessas frentes de operação os que estão sem combate é área remota área de dificílimo acesso um um fogo que tá digamos assim controlado é aquele que não tem como se expandir mas ainda está com fogo ativo dentro daquele espaço um fogo em combate é o que nós estamos nas perspectiva de controlar para poder extinguir e os sem combate é motivo de muita preocupação mas aí é dificuldade em termos Tecnológico de acesso para poder combater esse fogo eu não vou me estender mais mas eu queria colocar uma questão que é o seguinte né O que que precisa ser feito ampliar cada vez mais tem uma curva de aprendizagem para esses eventos climáticos extremos que a gente vai ajustando em tempo real existe uma sala de situação a que foi criada há quase 3 meses aonde 24 Ministérios atuam conjuntamente com ações o tempo todo sendo acompanhada no centro de acompanhamento de incêndios e uma articulação com estados e municípios que a gente trabalha junto além de vários mecanismos agora tem uma coisa se nada disso tivesse sido pensado era praticamente impossível ter tudo isso em campo tendo os incêndios antecipados no Pantanal em dois meses meio e a mesma coisa na Amazônia agora vocês Imaginem nós pegamos uma curva de ascendência do desmatamento em 80% desmatamento subindo em 80% de 2000 eh 2020 quando nós pegamos em 2003 desmatamento caiu o ano passado 50% na Amazônia 45% esse ano nos últimos primeiros 8 meses por 5 meses seguidos caindo no serrado após o plano caindo na na Mata Atlântica e Eh estamos já com algumas incursões que ainda não dá para dizer que é tendência de queda em outros biomas se essa química toda de 80% de aumento do desmatamento tivesse continuando se não tivesse ações em campo nesse momento nós temos a frente de combate a frente de dissuasão que é aplicar multa fiscalizar para não fazer fogo e ao mesmo tempo à frente de investigação que são já mais de 90 inquéritos da Polícia Federal com alguns que já estão colhendo os primeiros resultados eu tenho uma frustração porque um que foi feito uma apreensão sete pedidos de apreensão em busca em um desmatador lá em Corumbá que tem cerca de 2.000 cabeças de gado dentro de uma área pública de do Pantanal que tocou fogo para se apropriar da área aí a justiça bota em segredo de Justiça sincero mente para que você possa criar um processo de dissuasão você tem que dizer que o nome da pessoa que tá fazendo isso até para que outros verifique né que Geralmente quem é pego na primeira frente é quem tá botando lá o fogo e geralmente não é alguém que tem capacidade de ter só numa área ocupada ilegalmente 2600 cabeças de gado [Aplausos] ministra muito obrigada vou voltar vou vou continuar com a senhora aqui tá pra gente entrar já no G20 eh depois desse quadro que mostra pra gente a realidade que estamos vivendo agora né o drama que a gente tá vivendo agora eh Vamos tentar entender um pouco como eh como Quais são as prioridades da Comunidade Internacional mobilização de Capital o que que pode ser feito para reverter essa situação então ministra Amanhã tem essa reunião dos ministros de Meio Ambiente do G20 se esperam tá sendo negociado uma declaração não sei se a senhora pode nos adiantar alguma coisa sobre isso ou não eh e também eh colocar um pouco em perspectiva eh o resultado final do G20 em outubro né ele não é legalmente vinculante ele são as 20 maiores economias do mundo mas ficam faltando 170 país né como é que isso tudo conversa com as Cops e a urgência que o planeta vive É de fato o G20 é um espaço interessante porque é 80% das emissões e 80% do dinheiro provavelmente 80% da tecnologia do conhecimento vamos fazer aí se resolver fazer o dever de casa muda em 80% a realidade do que a gente está vivendo isso pensando só não em a emissão mas também nos desafios sociais de enfrentamento de situação de pobreza existente no mundo eh fazendo aqui um paralelo com as as populações tradicionais indígenas 80% das áreas protegidas com floresta no mundo estão na mão de comunidades tradicionais ou de indígenas né 80% do dinheiro do que foi transformado em outra coisa e não em espaço natural que é da nossa civilização está na mão desses 25 países de sorte que o debate aqui no Brasil eu acho que ele ganhou uma característica muito importante e uma forma de realização também interessante no G20 que eu espero que prospere uma é que existe as trilhas dos sherpas né que são amanhã vai vamos ter a do segmento de de da área de Meio Ambiente mas existem outras de energia de Finanças e assim por diante na trilha eh do do do dos presidentes né das das lideranças são escolhidos temas específicos mas alguns temas transversais Eles foram tratados na forma de forças tarefa A Força Tarefa de clima A Força Tarefa de biodiversidade A Força Tarefa de financiamento e de questão de de social da questão de combate as desigualdades por quê elas acabam envolvendo um conjunto maior não é de setores e de de de Ministérios que trabalham conjuntamente para poder dar conta da resposta para esses temas então uma questão importante no G20 é a pauta do financiamento que vai ser também da cop 29 porque a gente pode ter metas ousadas de de redução de CO2 Mas se não tiver meios de implementação é apenas um discurso e acho que o menino Ministro Fernando AD adad ele gostado desse negócio de menino eh o ministro f o Ministro Fernando odad Ele propôs para esse debate do financiamento um tema que é bastante disruptivo que é a quest a questão da taxação dos Super ricos por qu nós precisamos de recursos públicos os 100 bilhões precisamos de recursos privados para fazer frente à transição na parte de recursos privados se for pela tradicional do mercado esses recursos são mobilizados paraa área de interesse daquilo que traz um retorno em termos não é do interesse eh daquele grupo daquela empresa na ideia de taxação de super ricos eu acho bem interessante porque nós passamos os últimos 400 anos não sei se é 46050 desde o mercantilismo transformando natureza em dinheiro e agora chegou a hora de transformar um pouco de dinheiro em proteção de natureza e restauração de natureza e olha que é só um pouco porque suponhamos que essas fortunas acumuladas elas TM ali um retorno de 5% desse recurso e o que tá sendo proposto é tirar 2% desse 2% já daria algo em torno de 250 um pouco mais Bilhões de Dólares que é o dobro dos 100 bilhões que foi prometido tido no acordo de Paris para que isso para que a gente faça a transição climática e a gente combata a pobreza desigualdade social Então esse é um aspecto importante quanto ao nosso segmento ministerial que vai reunir amanhã Claro que estamos tratando também dos temas transversais não tem como não falar de clima mas nós focamos em pagamento por serviço ecossistêmico porque o planeta ele se equilibra desses serviços e os países que são provedores de serviços ecossistêmicos Eles não têm nemhum retorno em termos econômico em função dos serviços que prestam Ora se eles não podem mais utilizar suas forestas do modo que era antes eles vão ter que buscar outras fontes uma delas Com certeza é a questão de crédito de carbono Mas isso não é único então é a trilha de pagamento por serviço ecossistêmico a trilha de resíduos sóo a trilha o trilho que nós trabalhamos também né o grupo eh técnico que trabalhou a questão de Economia circular e Trabalhamos também oceanos isso foram os grupos temáticos que nós lideramos e participamos de todos os demais que tem a ver com clima que tem a ver com bioeconomia que tem a ver com os temas transversais e amanhã eu espero que a gente possa ter uma uma declaração que esteja à altura desse esforço compreendendo como você disse Dani que Diferentemente das Cops que é um processo de negociação que se desdobra que são decisões de caráter vinculante no caso do G20 são discussões que são recomendações essas recomendações terão continuidade no próximo G20 da África do Sul é uma escolha que eles farão o Brasil Manteve algumas coisas em relação a oceanos por exemplo que veio do acúmulo eh da da índia mas agregou novos temas como os que eu acabei de mencionar o G20 concluo dizendo isso para mim é um processo de alavancar temas e de aterrizar temas alavancar o tema de financiamento taxação de superv pagamento por serviço ecossistêmico combate à desigualdade e podemos aterrizar também se porventura não é o setor privado eh que pode abrir mão suponhamos as grandes os super ricos de 2% dos seus 5% ainda fica com 3% e ajuda o planeta a fazer essa transição dolorosa adicionando recursos aos recursos públicos que é obrigatório pelo acordo de Paris muito obrigada ministra eh Rosa a ministra tá citando aqui o financiamento climático esse grande impasse né e eu queria perguntar no G20 uma das grandes discussões É sobre o tamanho das dos organismos multilaterais de financiamento falta de agilidade falta de Transparência é uma discussão muito presente nos diálogos do G20 como você os Fundos multilaterais podem operam Nesse contexto e como podem mudar eu te pergunto isso também por toda a discussão que teve no com o Jeff se você puder explicar eh o Jeff eh né esse esse fundo multilateral grande e que tem agora uma nova frente né de biodiversidade mas que a briga era muito grande eh na COP de biodiversidade de 2 anos atrás entre os países em desenvolvimento que queriam eh um fundo independente e acabou sendo pendurado no Banco Mundial né e é uma discussão que o G20 tem hoje como é que você vê isso ah pergunta bastante interessante Eh esses Fundos globais eles têm eh um papel fundamental eh na na arrecadação de recursos de vários países e são bilhões não é qualquer instituição que consegue trazer esses bilhões para um fundo né Então o fundo fundo global para meio ambiente quant tanto também como o fundo verde do clima São Fundos que conseguem eh arrecadar de países volumes suficientes para poder ser distribuídos para diversos países o que o que o Jeff o fundo Global meio ambiente tanto o fundo do clima andam fizeram recentemente foram acreditar instituições nacionais que tem um conhecimento maior das políticas locais e tem uma capilaridade maior também paraa execução o fumio conseguiu se acreditar nos dois fundos e esse fundo o novo fundo de biodiversidade criado na COP de Montreal ele eh para ser mais ágil ele foi eh incubado pelo fundo global de Meio Ambiente e conseguiu em um ano e meio já aportar recursos para três países né que foi o exemplo que eu dei aqui dos dois projetos um com Ministério do meio ambiente e um dos dos Ministérios dos povos indígenas Então eu acho que eles vêm buscando mais agilidade eh com essa essa parceria com instituições nacionais e criação de novos fundos eu acho que isso é é uma uma contribuição muito importante tanto pra questão climática quanto para PR questão de de biodiversidade muito obrigada Rosa Dani e uma outra característica do G20 na presidência brasileira é tentar a inclusão e essa forte iniciativa de aliança né contra a fome a pobreza e e e a desigualdade também essa é uma marca Como que você como você vê isso quer dizer como os indígenas por exemplo que é mais tua área interagem com o G20 ou não interagem E como é que você tá vendo esse processo eh é Um Desafio ampliar a participação da sociedade civil como um todo eh foram feitos muitos esforços eu acho que é todo todos os encontros que que a ministra citava das forças tarefas dos grupos de trabalho dos das rotas dos cerpas tiveram participação em em diferentes momentos da sociedade civil infelizmente As populações tradicionais os povos indígenas não tão conectados com esse com essa dinâmica não participam ou participam de uma forma é pouco representativa existe um desafio enorme dada a diversidade só no Brasil a gente tá falando de 305 povos indígenas diferentes 170 idiomas diferentes vivos latentes presentes nos territórios eh eu nunca viajo sem um tradutor que possa me acompanhar pra gente poder conversar então se a gente quer fazer inclusão eh dos povos indígenas em discussões do porte do que são as discussões do G20 a gente precisa pensar em como fazer essa conversa e Como de fato trazer essas populações mais vulneráveis mais impactadas e que tem muito a nos ensinar e a oferecer eh pr pra Construção de soluções a gente vai ter que mudar os formatos de participação ainda é muito aqu quem do que poderia ser apesar dos esforços de inclusão Obrigada Dani Professor eh voltando aqui ao senhor já deu esse quadro eh Inicial disse que curiosamente o governo bolsonaro negacionista do clima colocou uma meta que o senhor considera extremamente ambiciosa o senhor tem rodado e sua equipe na C tem rodado cenários para ajudar o governo né apoiar o governo a construir a meta climática brasileira ndc brasileira eh eles não são cenários climáticos né são cenários econômicos o senhor pode contar um pouco pra gente como que variantes o senhor coloca o que isso quer dizer a meta climática a gente recebe como um número um percentual mas é muito mais do que isso e a emissão causada pelos incêndios é contabilizada obrigado Dani eu vou vou responder com muito cuidado que eu não posso falar nada além do que o ministério de Meio Ambiente me autoriza então não vou vou entrar em nenhuma nenhum detalhe aqui ministra Fique tranquilo mas de fato vamos dizer o O que está sendo feito no Brasil hoje é muito muito único tá e eu falo isso com conhecimento de causa né pela minha grande inserção internacional conheço vamos dizer os processos dos outros países como é que isso tá sendo feito e posso afirmar que o que tá sendo feito no Brasil é o que é de mais o que de de mais Rigor do ponto de vista científico Tá o que que a gente está fazendo não vou entrar em detalhe em números aqui dado que o Brasil de fato tem uma meta para o ano de 2050 de ser neutro em emissões de gás de efeito estufa o que nós estamos fazendo é rodando diferentes cenários de emissões para o Brasil né De hoje até 2050 forçando com que o ano de 2025 o Brasil cumpra a sua meta de ndc que no ano de 2030 o Brasil cumpra a sua meta ndc e desenhando trajetórias até de 2050 tá aonde essa trajetória ou essas trajetórias cruzarem o ano de 2 35 do ponto de vista científico que o governo brasileiro vai decidir o que vai ser a sua meta tá mas a robustez do que a gente tá fazendo é justamente Diferentemente do que foi feito no passado em outros países de ter um número Solto No Ar 2035 por exemplo sem nenhuma conexão com o que vai vir depois isso muito important porque se a gente falar do setor de energia por exemplo eu posso cumprir uma meta em35 na área de energia e ter resultos absolutamente distintos para 20445 Claro se eu eventualmente vamos dizer invisto mais na vamos dizer em veículos combustão interna usando etanol um carro flex eu posso cumprir uma meta específica para 2035 e ter vamos dizer uma trajetória já pré-definida para 2040 ou 2050 Então o que a gente tá fazendo aqui é justamente cobrindo toda a economia brasileira fazendo trajetórias até 2050 ao mínimo custo para o Brasil que cumpra essa meta de 2050 né nesse momento e não vou entrar em detalhes ministra quer dizer a questão crítica Brasileira de fato e todos sabemos é que hoje 50% das emissões brasileiras de gás de efeito estufa vem do desmatamento a maior parte desse desmatamento hoje é ilegal então nessas rodadas que a gente tá fazendo né em comum acordo com o governo brasileiro a gente entende que já em 2030 o desmatamento legal ele zera ele cessa isso é inadmissível já deveria ter cessado há mais tempo mas entendo entendemos as dificuldades a partir daí a gente tá fazendo três trajetórias diferentes de desmatamento legal não vou entrar entrar nos números aqui e em função de ter mais ou menos desmatamento legal isso significa que vai sobrar um orçamento de carbono maior ou menor pros outros setores da economia né E é isso que a gente tá discutindo mostrando os números pro governo brasileiro do ministério de Meio Ambiente justamente chamando a atenção dependendo da ambição para com o desmatamento legal isso tem implicações grandes para o setor de transportes do Brasil para a indústria brasileira pro setor elétrico brasileiro né e é esse portfólio de opções tecnológicas que a gente está oferecendo ao governo brasileiro com os devidos custos incluídos para o governo brasileiro entender né O que ele pode almejar o que ele pode querer entendendo que isso tem um custo Claro a diferença aqui é que a transparência do processo que está sendo feito não há paralelo no Brasil e no mundo Ou seja a gente está discutindo com diferentes setores da economia e mostrando que aí to todos eles sempre ficam em posição assim se sentindo um pouco infeliz porque todos os setores da economia brasileira vão ter que fazer alguma coisa né e o tempo todo diferentes setores querem empurrar a conta para o outro como se um setor já teria feito sua parte e o outro tem que fazer a sua não é isso todos vão ter que fazer a sua parte Mas de fato como eu falei no começo há um problema no caso do Brasil um problema bom mas é um problema que a gente vai ter que ter as emissões de CO2 se tornando negativas já a partir de 2040 O que significa que o setor energético ou o perfil do setor energético brasileiro já em 240 não é suficiente que ele seja puramente renovável não é só energia solar não é só energia eólica ou se fosse o caso Espero que não mas se fosse o caso só energia nuclear não é isso não só você tem que zerar as emissões de alguns vamos dizer pedaços do setor energético brasileiro mas outros pedaços desse setor vão ter que ter emissões negativas emissão negativa no setor energético Só Há uma possibilidade biocombustível com captura de carbono chamado bex Ou seja a possibilidade de por exemplo você produzir etanol numa destilaria de etanol né e no processo fermentativo para produzir etanol você emite CO2 se esse CO2 for capturado você tem emissão negativa tá então isso é uma questão reflorestamento e AF florestamento é outra maneira de você ter emissão negativa Por que que o novamente por que emissão negativa porque o metano da do do Gado brasileiro o o fertilizante nitrogenado da Agricultura não tem como ser zero então os outros setores vão ter que compensar essa emissão positiva de parte da economia brasileira reação muito forte mas o que a gente sempre chama atenção para tentar desarmar Espíritos é que Claro que vai haver um custo para diferentes setores da economia mas o maior custo é o custo de não fazer nada isso que às vezes eu entendo a minha perce que não há o entendimento não mas é muito caro fazer isso se de fato fosse muito caro lidar com a mudança climática que maluqui é essa que a gente tá se preocupando com ela quer dizer o verdadeiro custo é não atacar o problema e o não atacar o problema é muito mais caro do que o custo de fazer alguma coisa e o Brasil tá vivendo isso hoje né a agricultura brasileira está sendo afetada né o Rio Grande do Sul teve um acidente horrível então várias coisas que estão acontecendo hoje já é o custo da mudança climática que tem que ser contabilizado e só para acabar Nel para não deixar em branco de fato a metodologia das Nações Unidas com relação a incêndios florestais até hoje não contabilizava as emissões dos incêndios porque não era algo relevante você tinha um incêndio localizado depois a vamos dizer a vegetação nascia de novo e você recuperava aquele carbono emitido não é mais a realidade hoje então de fato Estamos chegando no momento que o próprio incêndio climático tem que fazer parte da contabilização das emissões nenhum país do mundo faz isso hoje ainda qual que é o problema do incêndio dentro outras coisas no caso brasileiro e não tô entrando no detalhe né o reflorestamento e o afloresta fundamental pro Brasil retirar carbono na atmosfera e ter emissão negativa de CO2 já em 2040 o fato é que com a Mud mudança climática e o aumento da da da frequência de incêndios florestais já não dá para se assumir que você plantar uma floresta aquela Floresta vai ficar lá para sempre então a gente tá até hoje fazendo cenários de que você refloresta e aquele carbono é tirado da atmosfera mas você não leva em consideração que o incêndio pode colocar tudo a perder novamente então por isso que a gente tem um desafio muito maior né novamente Não posso deixar de elogiar a ministra o ministério meio ambiente no stio de ter se aproximado da Academia paraa Academia ajudar o governo brasileiro a construir um plano robusto que tá tendo reações do setor produtivo é é óbvio porque o setor produtivo quer empurrar a conta pro outro setor produtivo né O problema é maior e todos vão ter que pagar parte dessa conta mas sempre lembrando que a maior conta a ser paga seria a conta de não fazer nada e é isso que a gente espera poder convencer né a todos que a gente está usando as melhores ferramentas possíveis e desenhando essas trajetórias do Brasil no sentido de qual seria o menor custo pra economia brasileira quais são as tecnologias mais apropriadas Quais são aqueles setores que TM maior maiores oportunidades de contribuir para essa meta brasileira e aproveitando novamente que o Brasil ano que vem vai sediar a cop 30 o Brasil hoje virou uma vitrine pro mundo né aquilo que o Brasil fizer pode incentivar mundo muito o resto do mundo fazer e porque o Brasil deve liderar isso Porque infelizmente o Brasil é um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas a nossa grande dependência de combustíveis renováveis da biomassa do da cana da Hidra elétrica faz com que a mudança climática irá afetar mais o Brasil do que irá afetar por exemplo uma Europa que não depende tanto de fontes renováveis a nossa grande dependência da Agricultura uma agricultura basicamente não irrigada que vive de chuvas naturais será e já está sendo muito afetado pelas mudanças climáticas então às vezes há um discurso falso que o Brasil está fazendo alguma coisa que os outros não estão fazendo mas o Brasil é parte interessada em fazer bastante e convidar todos os outros países a fazerem tanto quanto Porque de fato nós somos muito vulneráveis 80% da população brasileira mora a Beiramar então elevação de nível dos ocidentes afeta o Brasil né E novamente para encerrar o há um custo pro Brasil cumprir sua meta ambiciosa mas o maior custo é o custo de não fazer nada obrigado Muito obrigada professor e quando a gente pensa aumento no nível do mar também é adaptação né adaptação ao esgoto que a gente joga no mar e que pode voltar pras cidades costeiras e tudo isso ministra se a senhora quiser contar um pouco mais paraa gente sobre a ndc o que o o que o Roberto não pode contar a gente vai adorar bem como ela está em curso né a ndc brasileira ela foi um processo de inovação aí o o Roberto que é o cientista que ele vai me corrigindo porque essa parceria ela vem de longe né tanto Nossa quando Ministério de ciência e tecnologia e foi uma construção um processo eu diria até de ajusta para fazer uma muralha de pedras Não lavradas a gente teve que se encaixar e esse encaixe tá sendo muito bom Principalmente para o interesse Republicano do nosso país eh então a ndc brasileira ela inova porque ela sempre teve o aspecto de ter metas setoriais um país em desenvolvimento com metas setoriais agora é obrigatório que todos tenham metas setoriais e nós eh temos que ter metas de redução de CO2 nesse que o o Roberto tava dizendo energia transporte agricultura indústria todos os setores e um setor que não é setor que é o setor de desmatamento eu não sei como é que apareceu essa essa equação Mas essa é uma equação da nossa dinâmica que eu não vou entrar aqui no detalhe mas existe essa questão do desmatamento o desmatamento ele não acontece assim eh E como que eu digo uma coisa assim uma entidade que acontece porque acontece ele acontece porque vai ser utilizado para alguma finalidade certo mas isso não é computado dessa forma e tem uma razão aí as modelagens que explica eu também não vou poder entrar por que que ele tá sendo cuidadoso e eu tenho que ser cuidadosa não é porque tenha que se fazer um segredo por falta de de Transparência é porque nós estamos no processo e a metodologia exige que quando o governo fale ele fale em cima de um resultado que foi construído com todo o Rigor científico com base em dado e evidência para que isso não crie uma situação de alarme que acaba inviabilizando a própria construção da ndc então nós estamos fazendo isso tem toda uma discussão que tá sendo feita discutindo com cada setor Ministério do meio ambiente e mudança do clima a secretária anaton em discussão constante com vários setores com vários setores da sociedade empresas e o próprio governo para que a gente possa chegar não é a essa atualização da ndc brasileira O que eu posso dizer que tem o compromisso já Dito pelo presidente que nós queremos tornar pública a nossa ndc ainda esse ano preferencialmente é o que eu advogo que a gente consiga fazer isso e quando eu digo consiga é porque você tem um tempo e você tem que encontrar resposta tem para fazer um bolo demora um tempo X para fazer o bolo então é a mesma coisa você não tem Como inventar uma mágica em que as coisas acontecem magicamente mas tá todo mundo rodando e correndo atrás para que eh lá no Azerbaijão a gente já possa dizer qual é a ndc qual o objetivo disso é que a gente tem que liderar pelo exemplo Isso foi um termo que eu cunhe ainda em 2003 quando eu cheguei no governo né alguém perguntou e aí como é que vai ser a sua inserção eh eh digamos no no debate ambiental internacional eu digo bem em sessão em termos de grandes personalidades a gente já tem o alg já tem o triin já tem a vangar matai já tem a a vandana Chiva o que nós podemos fazer aqui é liderar pelo exemplo e qual é a coisa mais difícil que a gente encontrou desmatamento Então vamos liderar pelo exemplo conseguindo reduzir desmatamento vamos liderar pelo exemplo ajudando a reduzir perda de biodiversidade E aí criamos o ppcd que evitou lançar na atmosfera de de 2003 até acho que 2000 2004 a 2012 eh cerca de 5 bilhões de toneladas de CO2 por redução de desmatamento a maior contribuição já dada por um país no mundo desde o protocolo de Kyoto e conseguimos ser segundo o historiador Pádua agora eu esqueci o o Cláudio Pádua eh eh a maior contribuição paraa redução de perda de biodivers idade foi dada também pelo Brasil de 2003 a 2008 sendo responsável por 83% das áreas protegidas criadas no mundo então a forma de entrar no debate foi liderar pelo exemplo e essa frase hoje ela ganhou o mundo e todo mundo tem que liderar pelo exemplo e o Brasil tem que fazer isso continuando reduzindo a emissão por desmatamento apresentando uma ndc que seja ambiciosa para estimular os outros países a também serem ambiciosos porque a cop cada cop tem Digamos um indicador de sucesso o núcleo duro do seu indicador de sucesso a cop 29 é meios de implementação sem prejuízo das outras questões a cop 30 é ndcs ambiciosas o suficiente para não ultrapassar um P5 que já alcançamos Eh agora em 2023 que segundo os climatologistas era para ter sido alcançado em 2028 dentro da trajetória de carbono Que nós tínhamos ou seja nós já Antecipamos as coisas ndcs ambiciosas o Brasil tem a ndc para encorajar outros países e estamos na diplomacia climática brasileira estimulando a que outros países façam o mesmo que chegue também já conversei com o Reino Unido conversei com o comissário de clima da União Europeia conversei com podesta nos Estados Unidos quem eu posso conversar eu vou fazendo esse esforço de uma coalisão de alta ambição para chegar na COP 29 com ndcs robustas alinhada com 1.5 aí a nossa NC que eu espero eh a gente consiga levar até lá ela tem uma dificuldade como qualquer outra a nossa cop 30 é que tudo que nós vamos ter é o resultado que já está posto não é que dentro da Cópia a gente não não tem já vai est posto ndc o vpcc já fez aí Os cientistas já fizeram o scanner da das NC diz é suficiente dificilmente será não é suficiente e aí tem todo um debate que se liga a outras partes né Nós estamos pensando a cop em dois trilh uma mobilização geral e um da diplomacia climática e a nossa ndc será ambiciosa o suficiente e nós temos uma uma coisa que é importante que aparentemente mais fácil é eh reduzir CO2 por desmatamento eu digo aparentemente mais fácil porque não é fácil mas é mais fácil reduzir desmatamento emissão por desmatamento do que mudar a caldeira de uma de uma indústria de uma empresa então todo mundo tem que torcer para que a gente consiga o desmatamento zero de legal e ilegal porque isso vai dar um colchão de redução de emissão para que os outros setores tenham um colchão temporal para poder se adaptar todo mundo devia est torcendo e dizendo vamos junto estamos junto é para reduzir emissão por desmatamento que é aparentemente mais fácil mas não é porque mais de 50% vem de desmatamento e nós estamos fazendo todo esse esse trabalho é claro que ter reduzido desmatamento em mais de 60% em um ano e praticamente 1 ano e meio é promissor nós saímos lembra de 29.000 km qu de desmatamento em 95 27.000 km qu eh de desmatamento acho que foi em 2004 e Chegamos em 2002 com o PP Sedan com 4500 eh qum qu né de desmatamento menor desmatamento já reduzido na histó já alcançado na história se aquela trajetória que eu deixei tivesse continuado pode ter certeza que já era desmatamento zero mas como se não bastasse nós ainda tivemos 4 anos em que em vez de manter o ganho nós conseguimos aumentar numa curva ascendente de 80% aumentando a omissão de CO2 o pequeno cálculo Não é pelos dados de 2023 evitamos lançar na atmosfera 250 milhões de toneladas de CO2 isso para uma indústria para um setor não é fácil você sabe que não é fácil mesmo e esse ano Já conseguimos uma redução de 180 milhões de Tonel de CO2 em função da queda do desmatamento o esforço que se tem que fazer aí é o mundo inteiro e aí eu concluo dizendo uma coisa que me incomoda isso foi na reunião na Índia onde eu participei no segmento do G20 é o ano passado é que todos nós quando chegamos né a gente Veste a roupa de missa né Como dizia antigamente a roupa mais bonita e todo mundo fica falando das coisas boas que fez a sensação que se tem é que tá tudo resolvido e não tá então a gente tem que parar de ficar se se incensando com o resultado já alcançado e começar pro resultado que precisa alcançar em biodiversidade em mudança do clima em combate a desigualdade em financiamento porque é isso que vai fazer a diferença não é a gente ficar se auto emul eh como fala emulando emulando né Não é emulando não porque pode ser é emulando né é das coisas que a gente alcançou quebrar a inércia do resultado já alcançado é isso que eu digo todo dia nós temos que olhar para usar o que a gente alcançou e no ministério eu percebi uma coisa nós somos o ministério das grandes coisas porque a gente acaba de conseguir uma coisa e alguém diz Grandes Coisas quero ver conseguir aquilo então eh eu me acostumei né de que a gente consegue um e já tem que avançar noutra direção estamos vivendo uma emergência climática e ela não vai retroceder eu participei do fórum econômico Global um e ele tem bastante dinheiro para fazer pesquisa e num modelo chatão Raso que é uma discussão que você só pode dizer o que você disse não pode dizer o que os outros disse eh mas quando saiu lá fora Alguém disse o seguinte para mim para uma pergunta eh se a gente zerar 100% as emissões hoje o que acontece ele disse esperar pelo menos mais 30 a 40 anos para começar a fazer efeito Então o que está contratado de eventos climáticos extremos de prejuízos na agricultura na indústria pra vida humana isso Tá contratado e nós somos altamente vulneráveis e o custo de não fazer é incomparavelmente maior por isso que nós temos que criar novos regramentos legais novas estruturas novos processos para lidar não só com a gestão do desastre mas Sobretudo com a gestão do risco é isso que vai fazer a diferença [Aplausos] muito obrigada ministra difícil interromper né a ministra do meio ambiente e e e ainda mais quando ela Tá inspirada assim mas Dani voltando aqui pro G20 e pro e pro o nó do financiamento vou voltar a insistir nisso até porque você é consultora de um grande eh eh fundo né o fundo bezos da da Amazon e eu queria te perguntar eh se o dinheiro você vê o dinheiro mudando de Rota indo pra rota onde deve ir e a segunda coisa como que esses Fundos estão ajudando eh nesses impasses todos a ministra muito bem colocou que é preciso ter meios de implementação para fazer tudo isso é se a gente for olhar especificamente pros povos indígenas e os recursos que estão disponíveis hoje para o clima é menos de 1% do financiamento do clima que chega diretamente para essas populações menos de 1% chega diretamente nos territórios indígenas Então existe uma discussão muito importante eh de mudar isso de de que de ampliar o compromisso de levar dinheiro recurso diretamente pra Ponta pros territórios e principalmente recursos flexíveis que diferente dos recursos que a Rosa mencionava bilaterais que eu chamo de dinheiro pesado um dinheiro difícil de gastar o dinheiro privado dinheiro da filantropia é um dinheiro mais leve ele é menor em termos de volume mas ele é um dinheiro mais fácil de gastar então a gente precisa trabalhar para aumentar esse volume de recurso fazer com que esse dinheiro chegue diretamente na ponta nas organizações tornar esse recurso mais flexível Eu acho que isso pode ser um dos grandes resultados do G20 não só em termos dos países se comprometerem a ampliar o financiamento e de fato colocarem na mesa eh os recursos que são necessários pra gente atender todas as frentes em relação às mudanças climáticas e os outros desafios globais mas tornar o recurso mais flexível se a gente de fato quer fazer com que aquele recurso Faça a diferença na ponta acho que essa é uma discussão que a gente não pode deixar de repetir repetir repetir E aí eu só queria queria fazer um último comentário em relação a custo né eu tava refletindo tanto nos comentários do professor Roberto quanto da ministra Marina e e e pensando em algo que Ela mencionou aqui ela disse que ela tá com 180 milhões de reais já mobilizados para atender essa frente dos incêndios e hoje de manhã eu tava lendo uma matéria 600 680 milhões perdão eh e hoje de manhã eu tava lendo uma matéria que só o Rio Grande do Sul tá custando ao cofre público 120 bilhões de reais né um desastre natural que tava anunciado Então essa é a conta do clima E é disso que a gente tá falando quando a gente tá falando de financiamento né a gente precisa trabalhar a prevenção porque senão a gente nunca vai conseguir mobilizar recurso financeiro Independente de uma outra frase que você lançou ontem ou anteontem em uma das discussões do G20 que eu quero que o mundo passe a repetir assim como foi liderar por exemplo que foi a gente precisa realmente eh ter constrangimento ético não podemos nos acomodar a gente tem que constranger Porque é necessário a gente mudar de Rota e para ontem VR aqui tempo acabando mas eu tenho ainda algumas perguntas Rosa eu queria te perguntar sobre algo que a gente sempre esquece é um tema de G20 é um tema que a ministra falou aqui que são os oceanos e é um uma dos prioridades né onde o fumbi tá colocando mais dinheiro por que eh você pode falar sobre isso um pouco por que preservar manguezais por exemplo é importante paraa adaptação climática ou para alimenta para fazer essas conexões né Por que que o oceano é uma pauta importante pro G20 não só pro G20 mas principalmente pro Brasil o Brasil tem uma Costa de 8 milhões de quilômetros 1000 desculpa eh que a a população tá concentrada nessa Costa e tem eh sofre todos os os os os eh os efeitos né climáticos que vêm do aquecimento global você tem a perda de biodiversidade você tem a perda dos Corais você tem quando não protege os manguesais você tem a invasão da água eh eh salgada eh nos rios tornando a água a as águas para consumo eh salobra que causa problema paraa população então o investimento nos oceanos é fundamental e o Ministério do meio ambiente tem liderado esse projeto de há mais de 10 anos trabalhando com os os oceanos a ministra tem liderado o projeto de do planejamento espacial Marinho que está sendo feito em toda a costa brasileira que é organizar todos os usos dos oceanos pelos diversos setores recuperação de manguesais proteção de manguesais é o investimento de mais de r00 milhões de reais nos últimos 10 anos nessa agenda liderada por pelo Ministério que é fundamental pro Brasil e para toda toda a a população eh residente aqui obrigada Rosa Professor antes da gente ir paraas considerações finais que nós já estamos quase eu eu preciso lhe perguntar eh o senhor costuma dizer que o futuro não será igual ao passado né uma frase sua eu quero lhe perguntar o seguinte cabe Abrir novas frentes de exploração de petróleo nesse Panorama o que que o senhor pensa sobre isso rapidamente os nossos estudos mostram que o Brasil não precisa de petróleo novo o que a gente já tem no pral já permite que o Brasil aumente sua produção de petróleo e vai saturar sua produção entre 2035 e 2040 e naturalmente a produção de petróleo o consumo de petróleo do mundo vai se reduzir depois disso a demanda esperada para petróleo em torno de 2050 é 1/3 da demanda de petróleo hoje e os campos em produção do mundo hoje já tem contratos para atender essa demanda futura de petróleo ninguém abre um campo de petróleo novo se esse campo não for produzir pelos próximos 30 anos a gente não tem mais 30 anos para produzir petróleo até porque colocar um novo campo em produção hoje demora no mínimo 10 anos então se o Brasil eventualmente optasse para ir para Foz do Amazonas que eu espero que não opte ele vai colocar esse campo em produção lá em 2035 Não teremos 30 anos a mais para isso então o Brasil não precisa de petróleo novo não haverá demanda por esse petróleo novo e o petróleo velho que já existe no mundo já está contratado não vamos lidar com mudança climática aumentando e abrindo Novos Campos de petróleo no mundo ministra eu queria te passar a palavra paraas considerações finais Mas se você puder falar um pouco de autoridade climática a gente tá também agradece bem eh eu acho que a autoridade climática ficou mais popular mas na verdade o que a gente vem debatendo é uma governança para o enfrentamento da mudança climática e eu vou falar rapidamente para poder ficar claro que a a a a autoridade climática é um ponto nessa curva qual é a primeira coisa isso é um debate que tá sendo feito pelo menos né e e surge de uma metáfora Eu gosto muito de metáforas né Eh pensando o desafio da mudança do clima os eventos climáticos extremos que já estão acontecendo há muito tempo né eu pensei existe uma autoridade para risco nuclear Por que que não existe uma autoridade para risco climático e claro desafiei pessoas que que convivo com elas há muito tempo pra gente pensar se isso realmente fazia assim e a gente chegou à conclusão de que faz sentido dentro de uma governança que não começa do zero Porque a gente já tem uma política nacional de mudança climática um plano na a gente tem uma série de lastros que vem sendo construído então a ideia da autoridade ela aparece no naquela naquele naquele naqueles 20 pontos 22 pontos né do programa de governo do presidente Lula que foi a minha cont ali na campanha e é é um debate que não é fácil de tirar do papel e eu digo isso porque as pessoas diz não mas por que que ainda não fez por que ainda não criou tem uma complexidade autoridade para risco nuclear ela é muito objetiva se tiver um vazamento se tiver a deposição do do lixo Nuclear no lugar inadequado Se alguém quiser fazer lá um processo de uma usina nuclear em em cima de uma pedra pume tô aqui falando um absurdo então a autoridade nuclear vai dizer não e ela tem tem tem poderes né como é que chama não não não é é é um é um é um poder de de intervir e não permitir é algo muito objetivo né no caso da autoridade para risco climático ela não tem essa objetividade porque o risco climático aqui tomando emprestado as palavras do Jung é um risco Oceânico ele ele tangencia pra agricultura pra indústria pra saúde para tudo então você trabalha com base em dados e evidência para poder ser o mais preventivo possível mas você não vai conseguir ter uma coisa objetiva né em que você diz não eu vou fazer assim tem um e esse protocolo é seguido é um processo de aprendizagem para novo normal então quando foi pensado era pensar a figura da emergência climática que não existe no Brasil a gente tem emergência para quando já aconteceu o Rio Grande do Sul para quando já secou o rio eu não tenho a figura da emergência para decretar exante Emergência a ciência já diz que o Rio vai secar e o rio seca mas eu não posso est cesta básica com comida água potável remédio 6 meses antes só depois tá tudo Seco qual é o problema o problema é que uma cesta básica indo pelo rio ela custa R 300$ 400 uma cesta básica depois que o rio seca vai a r 2500 com 1 kg de feijão 1 kg de arroz 1 kg de farinha uma lata de leite uma lata de óleo aí as pessoas dizem mas isso você vai comprar antes vai furar o teto de gasto o que que fura mais o teto de gasto é eu comprar uma cesta básica 6 meses antes por R 300 R 400 e estocar ou eu ir comprar uma cesta básica r$ 500 depois que secou isso é o princípio da precaução então a figura da emergência climática o plano e a estratégia Nacional de enfrentamento a eventos climáticos extremos o comitê não é técnico-científico para dar suporte a autoridade e ao país que seria o que tá produzido no semadem no semad no IMP na agência nacional de água eh no cvan Pan na COP tudo que a gente puder agregar denar depois granular dados modular para servir o país e a a figura do Conselho Nacional de segurança climática a gente tem que debater isso como um sistema é que no Brasil a gente tem uma cultura de você tá pensando do desenho da política pública a instituição pública e aí vem em vez do organograma adequado não é vem o peograma né a instituição não é feita para uma pessoa as pessoas é que T que ir paraa instituição isso é política pública depois de eu ter o desenho da política a instituição eu vou ver o perfil de quem se adapta isso aí é como Jesus disse né o sábado não é o ser humano não foi feito para o sábado o sábado é que foi feito para o ser humano mas a gente sempre pensa a instituição a política pública a gente que eu digo é a cultura né por isso que a gente só consegue Mas é isso Dani é um desenho que vem sendo pensado começou em em fevereiro de 2023 E aí você diz o que que não saiu por que que a vacina não saiu antes me digam foi Porque os cientistas não queriam é porque eles ainda não tinham conseguido já foram três seminários técnico-científico porque nós fazemos pública com base em evidência o plano de combate desmatamento ele começou na visão 1.0 ele já tá na visão 5.0 nós vamos botar de pé se Deus quiser essa estratégia não é no 1.er e depois ele vai sendo ajustado porque é uma dinâmica nesse processo e ciência é também tentativa e erro e política pública vai ter que se acostumar agora de parar de ficar inventando a coisa porque quer inventar porque quer fazer uma pirotecnia para poder lacrar para poder fazer alguma coisa né e fazer política pública com senso de [Aplausos] responsabilidade bom muito obrigada ministra muito obrigada a todos a primeira parte do nosso debate tá terminando Vamos fazer uma e eu agradeço a participação da ministra Mar Silva e dos demais participantes no primeiro painel convido que continuem conosco agora na plateia e faremos agora a foto coletiva um breve intervalo e já Voltaremos com a segunda mesa que vai discutir a energia do futuro como acelerar uma transição energética justa de emissão zero [Aplausos] Boa tarde eu sou a Daniele Nogueira deente de Economia aqui do Globo e vou fazer mediação dessa segunda mesa aqui do seminário que é energia do futuro como acelerar uma transição energética justa de emissão zero eh bom junto aqui com os nossos convidados a gente vai tratar da descarbonização da matriz energética dos Desafios de acelerar essa transição né energética também também e como é que o Brasil se posiciona nesse cenário nossas vantagens competitivas eh para essa transição então aqui pro segundo painel a gente tem o Carlos Vital gerente de sustentabilidade do Instituto Brasileiro de petrólio e gás Flávia Teixeira gerente de Meio Ambiente responsabilidade social corporativa e transição energética da Eng Brasil a es vilane da Silva Conceição assessora de engajamento e mobilização do Observatório do clima e o Ricardo baitelo eh gerente de projetos de Instituto de energia e meio ambiente tá então gente queria começar já quase com uma provocação aqui eh na mesa anterior o o cheffer chegou a falar da questão do petróleo né falando que já estão contratados a produção já tá contratada com Os campos já em operação e que a gente não vai eh precisar dele depois de determinado momento tem alguns estudos cada um eh coloca 10 20 Anos 30 anos enfim eh mas já há um consenso científico de fato que para eh abandonar que é preciso meio que abandonar esses combustíveis fósseis pra gente fazer a transição energética caminhando para as energias renováveis né O Reino Unido Por exemplo essa semana não sei se vocês acompanharam Mas fechou a sua última usina de carvão né uma decisão eh estratégica do Reino Unido mas há uma alação eh de de muitos países produtores de petróleo também e empresas de petróleo eh de que a descarbonização ela não vai ser rápida né e e a gente vai precisar ainda desse combustível durante algum tempo e eu queria começar o debate fazendo essa pergunta mais geral para que todo mundo se posicionasse eh Se esse dilema de fato existe quer dizer a gente vai ou não vai precisar ou se ele é mais comercial político enfim pra gente entender um pouco esse cenário para dar esse primeiro passo aí nessa transição energética Aí queria começar ouvindo você Carlos bom eh Boa tarde a todos e todas estão aqui no auditório Boa tarde ao público que tá nos assistindo pela internet eh eu quero eh inicialmente me apresentar e fazer minha autodescrição souu Carlos Vital gerente de sustentabilidade do IBP sou homem branco de cabelos e olhos castanhos estatura média tô usando um paletó com listras brancas e uma camisa social rosa com pintas brancas eh e quero cumprimentar também aqui iniciar essa participação comentando a a Dani Nogueira nossa nossa moderador aqui e os demais integrantes dessa mesa né E agradecer a oportunidade do BP est participando desse debate pro setor de óleo e gás é extremamente importante contribuir com essas discussões com a construção dessas soluções pro mundo descarbonizado e para uma nova economia de Baixo Carbono ah ah a e e com com maior participação das energias renováveis como eh eh bem previu na COP 28 A o transitional Wave FR Fossil fio eh o IBP eh entende que eh o setor de olho e gás vem gerando benefícios eh para a sociedade e nesse sentido o IBP reconhece o setor de óleo e gás no Brasil eh reconhece primeiro a a a importância do acordo de Paris Ele trouxe um novo um novo governança das mudanças de climática pro pro Brasil pro mundo né e é importante reconhecer e fortalecer essa legitimidade essa legítima eh eh eh eh desejo da sociedade né mas o setor também entende que é importante paraa matriz energética brasileira Ah e que para que haja essa descarbonização para que haja essa mudança né do perfil ah ah de de emissões do setor de energia no Brasil e no mundo é fundamental que novas tecnologias V venham surgir cerca de 35% das energias que ainda vão promover a descarbonização ainda não foram nem descobertas Então esse é um patamar que a gente precisa alcançar né para contribuir para essa descarbonização mas uma dessas uma dessas tecnologias que já está posta é a captura a e e e a estocagem de CO2 em reservatórios de petróleo em outros reservatórios né Essa já é uma tecnologia dominante aqui no Brasil eh a Petrobras eh já injetou mais de 23 milhões de toneladas de CO2 e tem uma capacidade aí para para injetar nos próximos anos 80 milhões de toneladas de CO2 então é um processo né que vai contribuir para essa descarbonização paraa redução dessas emissões que que que estão sendo emitidas né pra gente buscar esse esse netzero em 2050 esse netzero que é ah factivel né o Brasil emite apenas 1% dos gases efeito estufa globais nosso petróleo tem a menor pegada de carbono do mundo o pral emite metade da média de emissões de gás efeito estuo no mundo quando olhamos para isso reafirmamos nosso compromisso de sermos nezin em 2050 continuar Nesse Ritmo Não é conflitante com a transição energética é uma possibilidade de garantir emprego renda e riqueza para o Brasil disse na na rog semana passada a presidente da Petrobras mas é importante eh eh Daniele eh entender e reconhecer que o mundo descarbonizado não significa o mundo sem hidrocarbonetos segurança energética deve ser acessível disponível abundante baixo custo e sustentável equacionando o trilema energético integração energética deve deve contribuir para para não só para maior protagonismo e competição do Brasil mas também para eh menor custo para a sociedade o desenvolvimento tecnológico como o ccus já disse é fundamental bem como a publicação de políticas públicas e projetos de lei nós temos aí a grande expectativa né já já avançamos com a publicação do projeto do da da lei do hidrogênio eh a a o combustível do Futuro também foi aprovado Nas duas casas agora vai paraa são presidencial e estamos na expectativa aí do projeto de lei de eólicas offshore que vai trazer uma grande contribuição paraa descarbonização eh de setores rabit né aumentando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional eh Além disso existe uma série de programas e planos do governo né plano de de e ah plano de de pacto de transformação ecológica o plano de transformação ecológica o plano de transição energética existe uma série de iniciativas eh do governo nessa direção de descarbonização né E que são fundamentais para trazer segurança jurídica e segurança regulatória para os investimentos em renováveis então eh eh respondendo mais diretamente eh é Possível sim a gente alcançar esse essa esse at Ziro em 2050 né Eh mas vai ser muito importante a participação do setor petróleo e gás setor petróleo e gás ele é parte do problema e é parte da solução por isso é muito importante estar aqui debatendo com vocês é muito importante est trazendo aqui para vocês né números como eh investimentos eh do setor de óleo e gás de mais de 173 bilhões eh aqui no país né receitas geradas para estados e municípios eh a em torno de 55 Bilhões de Dólares e só em 2023 o setor de petróleo e gás Mundial investiu eh mais de 20 bilhões de energias renováveis então nós estamos no caminho certo na direção certa com o apoio e a participação do setor de petróleo e gás novamente um mundo sem sem hidrocarboneto um mundo sem petróleo e gás não é um mundo sem hidrocarbonetos que que você acha Ricardo você eh eh realmente a gente não consegue viver sem o petróleo eh tá ligada eh existe ou existe realmente esse dilema temos que abandonar ou temos que ficar com ele como é que você você como especialista também no setor elétrico como é que você vê isso é sem dúvida até pelo que foi discutido no primeiro painel a gente precisa abandonar a gente precisa o quanto antes ter esse cronograma e os recursos paraa transição né o Carlos mencionou o penite o Plante o fonte a gente pretende fazer parte também eh não foi anunciado nenhum cronograma né é importante quando a gente fala em transição muita gente tem uma liberdade né n nesse conceito né fala em energias renováveis em tecnologia mas a a transição significa sair de a para B né se você não tá reduzindo o petróleo e gás e colocando um calendário uma data para aquilo terminar isso não é um processo de transição e a gente não vê esse proc da C da semana foi a frustração da C do ano passado né exatamente né se por um lado eh Se conseguiu implacar o termo né quando a gente tenta traduzir o transition Away ele é um gerúndio né saindo né não é dizendo diferente do off né não tem a mesma força do do do Face out né ou ou de alguma coisa mais Eh mais eh categórica então eh eu acho que tem tem duas questões né a gente precisa começar a endereçar de maneira mais contundente a demanda de petróleo e gás e para isso a gente precisa ter as tecnologias de solução em escala né em economicidade é considerava pra gente conseguir implementá-las né então a gente pode dividir o setor elétrico onde a gente tá indo para esse caminho pelo menos do Brasil Então a gente tem solar tem eólica agora anunciou um leilão para armazenamento de energia que vai conseguir substituir esperamos no Médio prazo as térmicas agora pro setor principalmente de transportes a gente tem os outros desafios o professor cheffer até colocou né e e é importante a gente ter em mente que eh tecnologias novas a gente não tem esse tempo para perder tá muito claro né a gente tá falando aí de eh de 20 anos né ou seja eh a gente não pode a gente tem que considerar o que tá à mão né os biocombustíveis pro Brasil tão à mão a gente teria Frota de e de caminhões que usaria esses biocombustíveis eh biodiesel diesel Verde outras tecnologias o hidrogênio é importante a gente ter em mente que o mercado ainda não decolou Ou seja demoraria um tempo né as previsões da Bloomberg dizem que a gente ainda vai demorar um pouco para ter ele econômico Então eu acho que é é fora os interesses econômicos e políticos né as as petroleiras ficam num jogo né de de quem vai ser o último né então não existe essa preocupação né Eh de do potencial de petróleo que já tá contratado que já vai impactar as mudanças climáticas então um desafio bastante difícil mas eu diria que pelo menos pro setor elétrico a gente eh a gente consegue vislumbrar pelo que saiu ali de Dubai Tá certo e eh es Vilan também queria te ouvir sobre isso você que participa terceiro setor né Eh também como é que vocês estão enxergando esse esse dilema de de demandar ou não demandar petróleo de depender ou não depender dele sim eh para além de trabalhar no terceiro setor eh na área de clima também sou ativista climática e pra gente também jovem e então toda essa conversa de se falar que a gente precisa abandonar o petróleo em 2050 eh só daqui a muitos e muitos anos para mim é é incabível porque quantos de nós vai estar vivo daqui a 50 anos pouquíssimos de nós então é eh não abrir mais Poo de petróleo agora é uma necessidade pra nossa existência futura pra nossa existência presente já é uma necessidade eh não abrir mais posos de petróleos e como a ministra falou e o professor também falou eh que tem essa essa rebarba de da gente só conseguir ver eh os resultados daqui a 30 40 anos pro desmatamento eh pro petróleo e a gente no Brasil né como a gente tem o desmatamento como nossa maior fonte de transmissão de de desmatamento de poluição a gente também não pode deixar de lado essa questão do petróleo porque eh Sempre quando tem incêndios a gente passa a olhar muito pra área de desmatamento e olha menos pras outras poluições que acontecem no no Brasil e a gente não pode esquecer que petróleo também é uma uma grande poluidor então tudo tem que acontecer encaminhando ao mesmo tempo e como o baitelo falou a transição é partir de um ponto a para o ponto b então Eh na ndc também do Observatório do clima eh que é uma ndc feita pela sociedade civil eh temos o dado que até 2035 temos que baixar 38% da do petróleo eh então a gente precisa fazer isso agora não abrindo nenhum mais nenhum mais posto de petróleo acho que já acabou petróleo é é uma moda antiga ele tá debaixo da terra e ali tem que ficar e não tem mais nenhum motivo pra gente abrir novos postos de petróleo a gente tem que começar para novas eh novos modelos de de de transição energética novas eh tecnologias e novos espaços para estarem eh perto da gente e levar isso como uma transição mais limpa e não utilizando mais o petróleo no nosso meio Flávia eh você como uma empresa de representante de uma empresa de energia né Eh que é muito forte renováveis né na Índia eh e que também trabalha transporte de gás natural também né além de fontes renováveis gás natural também que é menos poente do que do que o petróleo mas é também um combustível fóssil e tal você vê a possibilidade da gente abrir mão por completo ou realmente é uma coisa gradual não dá pra gente né parar de repente Boa tarde tão me ouvindo Boa tarde obrigada pela pergunta obrigada pelo convite prazer tá aqui participando desse debate eu vou trazer um número que eu ouvi na semana passada eu vou tentar fugir da minha opinião Flávia mas assim e eu represento uma empresa que tem tá no Brasil há 27 anos hoje nós somos 100% renováveis Então temos aí 11 GB de energia sendo gerados a partir de fontes renováveis hidroelétricas eólicas Solares biomassa sim eh entramos mais recentemente no transporte de gás natural são 4500 km de gasodutos que cortam um trecho na Amazônia e quase todo o litoral norte nordeste brasileiro né litoral Nordeste chegando até o Sudeste soluções de eficiência energética e estamos assim praticamente toda nossa estratégia tá voltada para geração de energia elétrica e eh para para para promover a transição energética dos nossos clientes semana passada eu ouvi da Eloí Borges diretora do da ep da empresa de pesquisa energética que 26% das famílias brasileiras ainda usam lenha para cocção essa é a grande realidade e ela foi bastante desculpa vai ser pesado né Essa fala mas assim ela foi muito enfática em dizer que não são as famílias da Serra das Araras cozinhando marshmallow com seus filhos tá São pessoas que não t acesso à energia tá essas pessoas estão respirando lenha essas pessoas estão cozinhando com lenha Esse é um número tá o Brasil Nordeste só em 2023 inaugurou 97 novas usinas renováveis e hoje a gente tem visto todo um debate absolutamente legítimo sobre como que a gente eh endereça n todas as questões sociais como é que a gente faz promove esse crescimento num diálogo construtivo produtivo com essas comunidades felizmente vocês não vão ver muita Eng envolvida nessas controvérsias a gente faz isso com muito cuidado com muito diálogo social mas a gente também tem um estudo com cbre né tinha uma representante do cbre aqui antes com a empresa de pesquisa energética com a cop UFRJ que demonstra que a transição né pro Brasil atingir né os cenários de neutralidade eh até 2050 pro Brasil a gente precisa fazer isso de forma justa de forma que todo mundo possa estar inserido e continuando tendo acesso à energia hoje a gente tem esse cenário né só na cocção não vamos falar aqui do da energia elétrica que também é um Desafio eh pra gente endereçar sobretudo na Amazônia que a gente acabou de dizer aqui do isolamento os pvos eu fui na Amazônia com meu filho há pouco tempo e eu presenciei um acidente de uma rapaz que né Eh o rio tava alto tocou num num num numa rede elétrica e faleceu ali então tem uma Complex enorme pra gente trabalhar antes da gente entender o que que tá envolvido quando chegou a a a eletrificação em Manaus faltavam pouquíssimos quilômetros pras linhas de transmissões as linhas de transmissão chegarem E as obras pararam E aí ninguém entendia porque que aquela obra tinha parado porque assim todo mundo quer eletrificação quem não quer eletrifica quem quem depender de geradora diesel E aí se descobriu que a população tava com medo deles não dependerem não ter mais aquela comer porque a saúde a educação a segurança pública era financiada pelo ICMS do consumo do combustível fóssil que movia os geradores daquelas daquele município então eu trouxe essas questões porque eu acho que a partir daí eu acho que é um caminho sem volta tá então já nos Emirados Árabes a 28 decidiu né e pela primeira vez a gente conseguiu eh ter num documento Global o transition Away dos com não tem volta não tem volta uma vez que você percebe essa transição você não quer mesmo depender de um combustível que é um combustível né que que gera tantas questões e é exatamente sobre isso acho que o nosso professor cheffer falou aqui anteriormente mandou uma mensagem absolutamente Clara todo mundo tá consciente né de IBP eh mas a gente precisa entender que essa transição ela tem que incluir todo mundo e ela tem custo ela tem que ter orçamento e ela precisa ser para todas as pessoas e não através da exclusão Obrigada eh continuidade aqui eh falando dessa transição a gente é referência a energia renovável né Eh mas também temos dificuldade de fazer a nossa transição eu tava observando Tava acompanhando na verdade um evento tava falando com você mais cedo né Eh o Ricardo participou de um evento paralelo da semana do clima em Nova York e eh sobre reformas do sistema elétrico como isso pode ser uma uma uma um caminho justamente pra gente fazer a descarbonização eh e ele chamou atenção para que a como tá a fonte da das hidroelétricas que sempre foi Nossa grande vantagem competitiva como ela tá estagnada desde 2009 E aí eu fui atrás de uns números eh de projeções fui no site da uns e vi que eh nos próximos 4 anos só a fonte solar seja a microgeração seja as usinas mesmo os grandes complexos eh Solares é que avançam na participação na matriz todos os outros ou ficam estagnados ou caem E aí me pergunto então a nossa transição Vai ser baseada só na energia solar vamos ficar só ela que cresce só ela que vai à frente né como é que a gente consegue fazer uma transição assim desse jeito porque que as outras também não estão avando a a eólica se esgotou eh a hidráulica não vai porque eh enfim são usinas fio d’água ou são aquelas que eh alagam tudo né ali enfim como é que a gente consegue fazer com as outras fontes todas juntas né Essa é uma é uma ótima pergunta vou ter tentar resumir né justamente no evento eh se discutiu a a necessidade da reforma do setor elétrico a gente teve uma grande reforma H 20 anos atrás eh começou a contratar energia eh renovável né de fontes renováveis alternativas ou seja eólica e solar a partir aí de 2008 2010 solar veio um pouco mais tarde eh mas tá na hora da gente fazer outras reformas a a fonte né do que você diz né do do crescimento diferenciado da da dos diferentes combustíveis eh vem justamente por condições diferentes Então a gente tem níveis de subsídios eh diferentes para essas Fontes a a solar tá sendo bastante atacada né pelo subsídio paraa geração distribuída eh a solar a eólica também teve algumas condições diferenciadas que a biomassa por exemplo não teve e na verdade o interessante pro Brasil né É É você ter uma complementação das fontes renováveis dessas quatro que foram citadas aí eh pela Flávia né então eh e a gente tem um parque essencialmente hidroelétrico ainda tem um espaço para hidroelétricas eh solar eólica obviamente mas a biomassa enquanto uma térmica eh renovável e despachável tem um papel que tá sendo completamente sub explorado então Eh E sem contar a questão do armazenamento de energia eh que precisa vir para sanar um problema que a gente tá tendo agora eu disse nesse evento que é é uma uma bênção e ao mesmo tempo uma maldição que a gente tenha solar e eólica como as duas fontes econômicas e bastante contratadas porque a gente começa a ficar eh a gente já tava muito vulnerável 20 anos atrás quando a gente teve o racionamento porque era uma matriz hidroelétrica e começa a ficar bastante vulnerável agora porque e e pensando agora em outubro novembro a temporada do vento acaba a gente tem pouca geração eólica e todo dia a geração solar acaba né quando o sol se põe Então e e a gente tem um um problema de potência ou seja de onde vem a das 18 às 22 horas né por isso que a a discussão do horário de verão até voltou então a gente precisa eh de de um portfólio maior para dar conta disso foi um pouco do que a gente falou do evento é perfeitamente possível fazer esse rearranjo é claro que as hidroelétricas a gente tá falando eh de outro outro tipo de funcionamento das hidroelétricas que já existem incluindo hidroelétricas reversíveis pra gente poder estocar energia Eh Ou seja eh a gente poder ter uma diferença né uma participação das p ao longo do dia ao longo dos meses do ano Mas é claro que é um grande desafio mas vai precisar acontecer esse rearranjo do setor mas aí seriam novis hidroelétricas ou usar as hidroelétricas já existentes para você otimizá-las e assim avançar na nessa geração seriam as duas coisas né então a hidroelétrica que tem um papel essencialmente de base ela vai passar a ter um papel de acompanhar solar eólica Quando essas Fontes tiverem intermitentes bateria também e as hidroelétricas reversíveis vão poder e armazenar energia também pra gente poder eh dar conta dessa potência né o Brasil não tem um problema de gerar energia mas tem um problema de e de atender especificamente aquele horário e esse é um Desafio novo que a gente não tinha é um bom desafio a gente espera que seja possível sanar certo eh Flávia queria continuar ainda nessa nessa questão eh justamente Como como o Ricardo tava falando a solar ela avança muito porque ela tem um benefício tributário ainda né que foi estendido e tal principalmente na microgeração tal eh como é que você vê a possibilidade da gente atrair outras fontes de energia como ele tava falando ou uma biomassa que a gente já domina tecnologia ou o hidrogênio agora que a gente teve recentemente aprovado o projeto de lei de incentivo né eh como é que a gente pode trazer o capital privado né para para essas outras fontes energéticas renováveis eh que precisamos explorar mais essa é uma boa pergunta eu particularmente né represento uma empresa que eh eh confia absolutamente na na segurança jurídica no cenário eh regulatório Brasileiro né Brasil em 2022 recebeu 92 Bilhões de Dólares de investimento estrangeiros eu acho que é uma sinalização eh que a gente tem aqui Um cenário seguro para investir sobretudo as grandes corporações que hoje são chamadas a explicar sempre quando tem uma grande controver seja se queimada eh ilegal legal toda vez que tem algo que possa afetar a reputação da presença da empresa no país elas são chamadas a explicar lá fora eh se tá envolvida se tá num país que tem alto risco de corrupção se não tem então tudo isso é é muito simbólico entender o quanto que o Brasil ainda tem recebido investimentos significativos mas temos algumas coisas para melhorar do ponto de vista de Marco regulat eu acho que a gente ainda tá num tempo assim de um marco regulatório hidrotérmico Não capaz de dar conta né de todas da intermitência né da de todo o impacto que a entrada das renováveis Entraram causaram na matriz elétrica Brasileira hoje a gente tá vendo aí gerações com o o chamado cment né 60% da produção sendo cortada porque a gente não tem infraestrutura para para para transportar outra coisa que a gente precisa trabalhar é no investimento da carga próximo da geração então hoje a gente tá falando muito sobre a questão dos data Centers potencial que a gente tem de atrair pro Nordeste os data Centers que são absolutamente eh dependentes de de energia né Eh intensivos em consumo energético e traz aí um desenvolvimento que a gente chama hoje um movimento chamado Power shoring que é a busca eh de lugares que T oferta oferta significativa de energia renovável e ao bom ao bom ao Bom Preço mas para isso a gente tem alguns gargalos para resolver infraestrutura capacidade de licenciamento ambiental né Eu acho que a gente precisa trabalhar muito o fortalecimento da dos órgãos ambientais então toda vez que a gente tem um problema desse a gente Eu particularmente que venho de 20 anos de órgão ambiental eu me sensibilizo muito com o que tá acontecendo hoje né com os órgãos ambientais brasileiros a a Marina a ministra falou aqui né as dificuldades do icmbio as dificuldades do Ibama E isso se reproduz em todos os estados brasileiros as dificuldades que os então assim as empresas precisam entender que o órgão ambiental forte é um licenciamento Ambiental de qualidade acho que as empresas sabem né quem não gosta de órgão ambiental forte é quem tá trabalhando na ilegalidade então o marco regulatório eh adaptável né compatível com a velocidade da transição energética das transformações porque a gente não tá falando só de transição energético a gente tá falando de transição tecnológica então 75% dos compromissos que a gente tem hoje eh de neutralização de net zero se baseiam em tecnologias que ainda não existem 45% das te tecnologias chave para transição energética ainda não são comercial ainda não são comerciais Ou seja a gente precisa muito de um investimento investimento em pid desenvolvimento trazer os nossos jovens trazendo para entender a questão da problemática para trazer novas ideias arejar né as pesquisas alejar o desenvolvimento tecnológico com mais inovação E aí Alguns gargalos que a gente precisa realmente endereçar marco regulatório capacidade de licenciamento infraestrutura e mão de obra qualificada a gente tem o gargalo de mão de obra capacitada e qualificada para fazer frente a essa nova economia verde que o Brasil tem todo o potencial para liderar Tá certo eh você tinha mencionado a questão de da transição energética chegar a todos né o cara que faz né ali na lenha enfim o que depende do ICMS no Nordeste para para PR sua vida e tal eu queria eh ampliar um pouco a discussão para países né Eh que é um tema recorrente nas Cops que é um tema do G20 também como você você trazer pro sul Global enfim você tentar eh fazer com que haja uma igualdade aí nessa transição energética eh e aí eh Selen queria falar com você sobre isso porque você teve nas CS né nas últimas CS acompanhando negociações eh e houve uma uma promessa eh al perdão H um abismo ali entre os processos de transição energética entre os países os mais poluidores são também aqueles que têm maiores recursos né mesmo uma China quando a gente fala de países ricos não é mais aquela antiga dicotomia de de Europa Estados Unidos e o resto ali né a China que é um país emergente segundo a maior potência do mundo é também uma grande poluidora e tem recursos também para fazer sua transição eh mas então como a gente consegue eh fazer justamente com que essa transição energética possa ser mais igualitária né Assim como é que as negociações nessas Cops eh podem fazer com que haja alguma transferência de tecnologia ou e transferência de recursos para que e esses outros países mais vulneráveis não fiquem para trás né que a gente consiga avançar também na transição energética nesses países eh é eh eu já tive em três copes passadas Essa vai ser a minha quarta cop e é É impressionante como é muito desigual esses espaços eh por exemplo eh países que TM mais eh recursos financeiros são países mais ricos acabam levando uma delegação para negociar com 30 40 pessoas enquanto países mais menos desenvolvidos leva uma delegação de cinco seis pessoas lutando principalmente países africanos então eles têm uma uma grande dificuldade de ter corpo de pessoas mesmo dentro desses espaços de negociação para eles conseguirem eh negociar mas isso que você falou Daniela é uma das coisas que que os países mais ricos podem fazer pelos menos desenvolvidos que essa transferência de tecnologia e de e de e de inteligência específica para utilizar aquilo eh por exemplo levar essa essa inteligência de construção de de de de para feal de fósil fio para dentro desses países esses outros territórios é extremamente importante eh como eh a Europa Ela depende menos do que alguns outros países de de de de petróleo Então como é que a gente consegue trazer todo esse conhecimento que eles têm de aplicação de de eólicas pro Brasil porque a gente tem esse grande problema aqui que é essa parte social eh que as populações hoje quando você vai eh colocar eh Principalmente as eólicas no nordeste Elas têm uma grande dificuldade de aceitar porque são muito assediadas pelas empresas Então são comunidades que que não querem ver eh o seu o o seu terreno sendo colocado são são muitas promessas que são colocadas para aquela população e que não são atendidas obviamente eh Então essa transferência de tecnologia é uma das eu eu vejo como uma das principais de tecnologia e de conhecimento são uma das principais saídas pra gente conseguir eh ter ter essa melhor conduta e também transparência dentro dos espaços de de transição energética que a gente consegue fazer essa melhor conduta para que os países menos desenvolvidos consigam também ter uma boa transição energética obada eh e bom pegando esse gancho aqui das cpas eh na última cópia houve uma promessa dos países incluindo o Brasil de triplicar a capacidade de energia renovável né até 2030 eh segundo o recente levantamento da Bloomberg e o mundo investiu no ano passado 1.8 Trilhão em transição energética então para triplicar vocês imagina a montanha de dinheiro que é necessária ainda né Eh eu na primeira mesa já houve um pouco essa discussão dos recursos mas eu queria voltar um pouco a esse a esse tema eh queria ouvir Carlos queria ver queria ouvir você sobre isso talvez o Ricardo também que pessoas estão mais ligadas a isso de da onde tirar mesmo esses recursos quem é que paga essa conta eh Existem os Fundos eh multilaterais a Daniela aqui da do cebre falava da filantropia né como fundo do bez e tal e recairá sobre nós também assim nós consumidores pagaros mais caro para que a gente faça essa transição também quer dizer a gente vai participar dessa dessa partilha que que você pensa sobre isso bom eh primeiramente eh resgatar eh a a a célebre frase né de eh respons comum porém diferenciada né então é fundamental que a gente entenda o a a a a o papel do o Brasil nessa conjuntura internacional né ah de de mudança climática a a contribuição que o Brasil dá né através das suas florestas então aquilo que a ministra falou aqui é fundamental que a gente consiga preservar as nossas florestas que que a gente consiga eh trazer para dentro da economia eh essa esse desmatamento legal que ele tá fora da economia né então não adianta eh eh você querer que isso seja compensado porque ninguém vem compensar porque quem tá desmatando né já é ilegal então e é é fundamental colocar tudo isso dentro do aspecto econômico eh do país né para que a a aquele país ele possa eh eh participar desse fluxo econômico desse fluxo financeiro né a gente tá falando aí de de de de financiamento da transição energética né 1 trilhão de Dólares né que é estimado pela as Cops vem vem falando isso né que é o financiamento mas como é que você é Brasil se se coloca nesse fluxo né eh e e e aí de novo o setor de petróleo e gás temel muito importante porque ele tem essa capacidade de atrair investimento e ele tem capacidade também de fazer investimentos então essa por isso que essa transição energética esse fluxo financeiro passa pelo setor de óleo e gás e eh você usar bem esse esse recurso como eu falei aqui quantos bilhões de dólares são hoje destinado de impostos e e e participações especiais de petrólio e gás Isso precisa ser melhor aproveitado ISO precisa ser investido no país também em energias renováveis e tem um outro papel fundamental que que que a Flávia eh falou aqui que é da segurança e é é jurídica e regulatória né a gente tá aí um projeto de lei sobre eólicas offshore que não é aprovado já foi pro Congresso tá no senado a expectativa muito grande de que seja aprovado esse projeto é é é é a partir do momento que esse projeto de lei for aprovado ele vai trazer muita segurança jurídica né a a dos projetos que tão hoje com licenciamento ambiental no Ibama eh a maior participação a maior quantidade de energia gerada pela pelas eólicas offshore são de empresas de de petróleo e gás então eh a a o setor ele tem essa capacidade de atrair investimento porque ele tem capacidade de gestão tem capacidade de desenvolvimento de projetos complexos eh e ele tem também essa possibilidade também de investir em energias renováveis né como eu te falei já se fo ano passado foi mais de 20 bilhões de dólares energia as renováveis por que isso não vem pro Brasil né vai vir quando você tiver essa garantia eh eh eh eh jurídica um um um um exemplo muito claro disso é o renova Bio o renova Bio é uma política de descarbonização muito bem executada muito bem elaborada que tá aí funcionando maravilhosamente bem e tá E tá aumentando demais a a produção de etanol de biocombustíveis descarbonizando a matriz de transporte brasileira né E já antevendo eh os próximos passos hoje o setor já tá criando as biorrefinarias refinarias que vão vão produzir somente biocombustíveis de base eh eh eh renovável então é fundamental que a gente D isso e só para fechar um outro ponto é o seguinte não é só recurso financeiro que vai expandir as renováveis tá não há democracia no mundo que vá manter eh esse essa pegada de energias renováveis se ele não conseguir entregar isso paraa população is então é é é fundamental que seja entrega e nesse processo de transição energética quem dá lastro a energia renováveis é petróleo e gás tá não é uma questão de intermitência você tem que ter uma integração energética você tem que ter um planejamento né para saber utilizar a fonte energética melhor naquele local naquele momento naquele momento da diversificação eh Ricardo eh enfim com a mesma pergunta com a mesma pegada queria justamente é é isso que falta realmente é uma é um um marco regulatório mais e mais seguro para atrair esses investimentos para atrair esses recurso a gente consegue atrair pra gente fazer essa transição ou você vê outros empecilhos como é que você vê isso olha e a primeira parte da lição de casa né olhando pela expansão de eólica e solar que a gente teve nos últimos 15 anos ela foi feita foi bem executada Mas eu me preocupo a gente tá falando de algumas cifras aqui né a cifra da Irena ou da iea paraa transição para triplicar renováveis e dobrar eficiência né a gente não tá falando aqui mas eficiência é outra parte Vital né de equacional o problema a gente tem cifras de globais né para até 2030 de 30 trilhões de dólares ou 32 Esses são dois dos números que eu vi então esse volume de dinheiro significa que ele tem que vir de todos os lugares Sem dúvida nenhuma ol gás são um dos stakeholders eh que vai ter que entrar nisso né a gente não vai inventar novos stakeholders para fazerem essa transição se a gente for depender do Ritmo de crescimento da indústria global e da indústria eólica a gente ainda tá muito a quem disso então esse essa é a questão né a nos próprios cenários energéticos a gente fala da elasticidade né de eh de Como o PIB puxa o consumo de energia ao mesmo tempo eh a indústria da energia também puxa o PIB a gente vai ter que descolar isso porque a gente não tá falando mais da matriz elétrica atual a gente ainda tem uma demanda reprimida muita a gente a ser atendida a ter patamares de energia né falando aqui de pobreza energética não só de quem tá na Amazônia mas de quem tá na periferia mas a gente tá falando de uma nova matriz elétrica que vai atender ao setor de transportes que vai produzir hidrogênio e para isso a gente precisa de uma injeção de recursos que a gente não viu então esse é o grande desafio Sem dúvida eh é manter parte da receita de sucesso do setor elétrico que é eh é elogiada né em termos da sua transparência da sua governança Mas você e estimular mais investimentos entendendo esse papel do setor elétrico E aí falando também e dos recursos de petróleo é importante até recuperar o relatório recente da Oil watch que faz um ranking das grandes petroleiras internacionais e todas elas estão e bastante atrás em termos de planos de transição né foram classificadas como insuficientes ou grosseiramente insuficientes as que estão menos mal são eh bpn e Total mas mesmo assim elas ainda estão muito atrás então a gente Michel chegou a botar um ponto né e voltou né é a gente teria que sair do status atual né de 1 2 3% de investimento desses recursos das petroleiras in renováveis para 50 60 70 Então isso é possível isso precisa acontecer certo eh enfim ainda falando de de de grana né de recursos eh trazendo agora a discussão bem para Brasil aqui como é difícil fazer também uma transição energética dentro num cenário de restrição orçamentária né que gente vive hoje aqui saiu um um um um estudo do inesc uma UnG bem conhecida bem renomada eh dizendo que o orçamento para 2025 da União H prevê uma queda agora de 18% dos recursos para as ações de transição energética eh e me chamou muito atenção quando eu fui ver esse relatório porque algumas ações como a apoio para a indústria fazer a transição elas até ganharam recurso em relação a 2024 mas outras ações como a o apoio à Agricultura Familiar paraa inclusão na cadeia de biocombustíveis perdeu recursos eh então assim que é aquela discussão que a gente estava falando da transição energética justa né porque a transição energética um uma forma de você fazer inclusão é justamente por exemplo Os Pequenos produtores serem eh inseridos dentro da cadeia de de biocombustíveis né uma forma de fazer isso eh eu queria ouvir de vocês Ger que que você pensa de trabalha com já trabalhou com com concientização de pequenos produtores e tal eh como é que você vê eh situações como essa né de retirada de recursos de de de de ações como essa né de de de tentativa de inserção desses pequenos agricultores numa cadeia global de biocombustíveis eh que seria uma forma de fazer justamente essa transição energética justa chegando para todo mundo sim eh esse é um um dos pontos que eu vejo mais discussão e que a gente realmente tem que mais discutir nessa área de transição energética quando a gente fala justa Porque se é justa tem que ser justa para todo mundo igualitária para todo mundo todas as pessoas que a gente tá tá colocando nessa equação que somos todos nós eh e para esse espaço dos pequenos agricultores eh que a gente trabalhou junto que o ac tem um programa chamado Será que vai chover junto com a contag para levar essa levar com os nossos especialistas o que que é mudanças climáticas para foi Foi uma foi uma formação que foi feita por todos os todos os todos os todos os estados tinham componentes de todos os estados do Brasil para falar sobre Agricultura Familiar e muito dos dos Agricultores familiares não tinham eh essa consciência de que eles eh contribuíam muito mais pro clima Porque quando eles a gente pensa em Agricultura Familiar eles eh muitos deles tinham essa ideia que eles eram grandes agricultores que eles estavam poluindo mas não não é bem assim eles são pessoas que ainda estão contribuindo muito paraas mudanças climáticas e pro enfrentamento das mudanças climáticas a questão é que desses dados a gente não tem muitos dados de agricultura familiar para falar assim ah Agricultura Familiar eh retira do do meio 20% de gases a gente não tem esses dados concretos sobre os agricultores familiares Mas a gente sabe que é isso então são estudos que que temos que fazer e sobre essa parte de bio de biocombustíveis eh muitos deles ainda Eh que que é isso tem que ter um investimento tem que ser a tecnologia tem que ser dada e tem que ser explicada também como se utilizar porque eles eles têm que viver em comunidade Porque não pode ser um pouco só para gerar uma a energia tem que ser uma grande quantidade dentro daquele do do que é o que é o justo dentro desse processo que não vão ser todos os lugares que vão ter retorno financeiro e para para contribuir para que esses pequenos agricultores consigam ter B gestores dentro das propriedades deles é um investimento que tem que ser feito e provavelmente um investimento que não que não vai ter retorno para quem tá investindo então isso vem muito do governo não vem de de outros espaços Tá certo beleza Eh bom eu Flávio queria voltar só para você pra gente já a gente tá Tô meio que acelerando aqui porque teve atraso eh o Ricardo comentou da eficiência energética né você como como representante de uma empresa de energia porque a transição energética não é só mudar fazer a transição de a para B como como ele como elc de mudar Fontes né não se trata só também de levar todo mundo mas também um processo de eficiência daquilo que a gente já conhece tecnologias que a gente já domina né Eh eu a gente teve record de demanda né de energia quando vamos continuar tendo com essas ondas de calor todas então assim essa perna da eficiência energética ela é absolutamente fundamental também para essa transição e pra gente reduzir emissões e contribuir para conter esses avanços das mudanças climáticas eh a Índia tem uma área só de soluções energéticas né então eu queria que você falasse um pouquinho dessa experiência como é que pode trabalhar isso da da da eficiência mesmo do ponto de vista da eficiência da energia esse é um ponto muito bom eu eu acredito que o um dos compromissos assumidos no na COP 28 né de de Dubai foi de triplicar né a capacidade instalada em energia renovável e duplicar os sistemas de eficiência energético e o pessoal brinca o que quer que seja isso porque é tanta coisa que entra dentro do debate de eficiência energética e entra também um aspecto educativo Cultural de conscientização Porque quanto quanto é é a mesma analogia que eu gosto de fazer quanto tempo a gente leva para trocar uma geladeira por uma muito mais eficiente você tem que fazer um investimento inicial né para ir praticamente a geladeira vai te prestar o mesmo serviço a nova só que consumindo 1 ter né E aí por aí vai e aí a gente tá falando de investimento nas plantas industriais investimento em setores que já tem uma dificuldade em expandir e a gente tá falando de modernização a gente tá falando de todo revisão do seu processo Industrial a Eng no Brasil tem uma empresa quer engir Eh soluções eh que presta esse tipo de serviço inclusive eh antecipando né os investimentos muitas vezes dependendo do contrato dependendo da proposta nós temos um compromisso internacional global de chegar até 2030 eh reduzindo 45 milhões de toneladas por ano dos nossos clientes então não só fornecendo energia renovável né para trabalhar o escopo dois eh dos dos dos nossos clientes de energia mas também através de processo Então as propostas comerciais todas Obrigatoriamente elas saem com um capítulo dizendo o quanto que eh aquela solução né aquela tecnologia aquela alteração do seu processo produtivo vai proporcionar em termos de redução de emissões e a gente tá falando de redução de custo Mas sempre tem um investimento inicial Tá então temos alguns exemplos né Nós temos a e em aeroportos né um um uma solução de eletrificação das aeronaves eh no pátio e uma das coisas que a gente ouviu que foi Fantástico a gente já tem isso funcionando em Guarulhos Guarulhos não no aeroporto de Brasília há algum tempo recentemente a gente tá conversando com Guarulhos a gente tá falando de 35 40% de redução de consumo de energia e de emissões porque você a toda aeronave que hoje fica parada no pátio ela fica consumindo do kerozen de aviação então para pra aeronave ficar ligado sistema elétrico não você tá dentro do aeronave você tá com ar condicionado ligado tá consumindo Então essa solução uma solução inovadora que a gente já começou já tem alguns anos começou no aeroporto de Brasília e ela proporciona que aquela aeronave fique no pátio através de eletrificação e uma das coisas que mais nos surpreendeu foi o relato dos funcionários que trabalham no pátio dos aeroportos que em termos de qualidade Ambiental do trabalho que eles não precisam mais fazer todo aquele movimentação de carga e com aquele querosene ali emitindo eh com avião ligado ISO acontece aí portos instalações portuárias em vários iluminação pública também a gente tem participado de algumas eh concorrências de iluminação pública Então você tem aí só a transformação desses sistemas das prefeituras que investem 40 50 60% de redução eh de emissões com a transformação eh desses eh da dessa tecnologia né utilizada eu acho que é bom lembrar que o setor elétrico brasileiro é responsável por dois menos de 2% das emissões totais do Brasil isso é uma coisa que a gente não não é muito percebido quando a gente fala de emissões de setor energético né mais de 70% das emissões brasileiras vem do uso e ocupação do solo então depois tem a indústria emissões transporte mobilidade eh 2% e eu acho que o que vai eu acredito que o que vai corrigir essas distorções é a precificação do carbono então quando a gente fala em mercado de carbono mercado de carbono não é uma bala de prata e aí eh isaline eu acho que a gente segue vai ao encontro dessa sua necessidade que é como a gente aprende a quantificar quantificar mesmo aprender a calcular as emissões evitadas as emissões e reduzidas as emissões removidas de cada um desses processos sobretudo dos processos da Agricultura Agricultura Familiar e que hoje a gente tem tanta dificuldade porque muitas vezes a gente tá falando de emissões biogênicas né como na pecuária e tudo mais tem dificuldade mas já existe mecanismo já existe metodologia pra gente aprender a fazer isso mas isso precisa ser expandido todo mundo tem que ter acesso a esse conhecimento eu hoje passei amanhã numa oficina de agrofloresta que a gente tem um projeto de doação de biodigestores para escolas públicas e e projetos sociais e junto com esse Então são a gente atende comunidades de 200 300 crianças que entende o projeto chama do lixo a energia então a gente traz os colaboradores Então tem um projeto de voluntariado os colaboradores da empresa vão nas escolas ensinam como começar a fazer esse cálculo como entender que lixo que a gente é é energia então todo um processo da criança entender que resíduo do refeitório é transformado em energia é transformado em biofertilizante então a gente vem começa a trazer as oficinas para eles entenderem o potencial da biodiversidade local então a já vê as merende um excedente do biogás porque esses equipamentos já vem com o fogão né iso é uma parceria ano passado semana passada a gente até ganhou um prêmio prêmio aplaude de voluntariado com esse projeto que a gente faz junto com a Associação Brasileira de gás e com a home biogás e a Bi Movement que é a fornecedor do do biodigestor então toda essa essa parte educativa pessoa entender que o resíduo orgânico ele é ele gera energia direta de você perceber que as escolas estão fazendo uma economia significativa porque não tem mais que comprar o gás mas tem ali um um uma uma oferta de gás constante né então uma sobreoferta de gás Então as deiras as pessoas das escolas já começam a trazer outras pessoas para produzir e aí já começam a fazer os selos do produto orgânico o produto sustentável produto de Baixo Carbono e todo o conhecimento associado de entender as emissões evitadas desse projeto do melhor uso então eh eu acho que através da do conhecimento do ciclo do carbono né voltar no básico da precificação de carbono e uma das coisas que acelera a precificação de carbono é é o mercado de carbono a gente sabe que não é uma bala de prata tem muita resistência ainda a gente tá esperando há 20 anos o Brasil regulamentar esse mercado porque isso vai fomentar cada vez mais projetos cada vez mais estudo cada vez mais eh conhecimento sobre esses processos há pouco tempo atrás esteve aqui no Brasil a Ester Du flor que é uma e Nobel da economia e aí a gente transitou né a gente falou tanto de 100 Bilhões de Dólares para mitigação né transferência de recursos entre os países desenvolvidos pros países em desenvolvimento paraa mitigação das emissões a gente agora já tá falando em trilhões para adaptação né só foi falado aqui mais cedo 120 bilhões foi eh o Rio Grande do Sul e um evento a gente se discute há anos né quem vai pagar essa conta então quando você vê que em davos de 12 instituições financeiras 10 eram seguradoras a gente começa a ver que o a percepção vai mudando a percepção vai mudando a população tá pagando essa conta as mulheres as populações tradicionais As populações mais vulneráveis Estão pagando essa conta os idosos que estão sofrendo aí com asas ondas de calor pessoas morrendo mas a gente já começa a ver que o mercado financeiro já tá pagando essa conta né então e ela fala que cada tonelada de carbono a gente sempre falava do custo de mitigação né 100 bilhões agora a gente vê o Ira O Green Deal a China planos de trilhões de transição energética mas quando a gente coloca na adaptação e na no atendimento a emergência como a ministra falou aqui uma cesta básica custa 300 preventivamente custa 1.00 quando você não consegue mais chegar com ela eh no cenário de emergência já acontecendo Então o o o número muda de patamar e ela fala cada tonelada de carbono na atmosfera são $7 em custo social e vidas e prejuízos inclusive de vidas e doenças humanas Isso já é um número que já tem sido veiculado pessoal da escola de economia de Paris então assim eu acho que é até conservador eu acredito que seja mais mas a precificação do carbono já tá começando a mudar de figura tem o de mitigação tem o de adaptação tem o de remediação eh e a gente vai aprendendo esse processo tá bom eh gente bom estamos terminando aqui esse debate né meio mais acelerado porque a gente teve atrasos eh queria só fazer aser as considerações finais que vocês fizessem assim pouquinhos minutos um minutinho para cada um eh pegando como um gancho essa das vantagens comparativas no Brasil na verdade o que que a gente como é que a gente pode aproveitar esse momento né acho que é um pouco isso do ponto de vista da iniciativa privada do petróleo e gás também que tem eh como você falou é parte do problema e também da solução eh a levar paraa inclusão também como você tem eh enfatizado muito eh enfim como como é que o Brasil de uma forma geral a sociedade brasileira e o Brasil de uma forma geral pode tirar preito desse momento de transição poar bom me esqueci de em primeiro lugar agradecer em nome do yema oo convite né Ótimo ótimo debate eh só reforçar os pontos né Eu acho que falando aqui de acesso à energia o Brasil tem condições de fazer essa lição de casa né É é barato garantir o acesso a esse 1 milhão de pessoas que ainda não tem e o acesso eh a gente tem eh falando aí da eu eu costumo dizer que a gente tem transições né a gente tem pelo menos três né a do sistema interligado ou seja como a gente transicionais a transição na Amazônia e a terceira é o papel do Brasil na transição internacional Então eu acho que a gente tem que correr nas três frentes a menos complicada é do acesso eh na Amazônia eh a outra do papel do Brasil internacionalmente eh não perder essa janela né do do hidrogênio porque é uma corrida né quem que vai prover hidrogênio pro mundo claro que a gente tá falando dentro né de critérios sociais e ambientais e a outra é acelerar a transição do do setor elétrico né o Brasil tem essa esse privilégio de ter a vantagem de múltiplos recursos então consegue fazer isso sem depender de mais ninguém e dar um exemplo pro mundo e também também e reverter isso né em valor de carbono pros seus produtos que que vão ser exportados então é um pouco disso tudo também quero agradecer aqui em nome do Observatório do clima de tá presente foi um debate muito interessante tanto essa mesa como a segunda mas e eu gostaria de lembrar vocês que a gente ainda tem que para algumas pessoas ainda tem que est insistindo que mudança climáticas é algo que existe que ainda a gente tem que fazer esse debate tá fazendo esse debate durante muito tempo e a gente ainda faz esse debate muito por conta das empresas de petróleo que foram assim muito eficientes nas fake News que ainda trabalham muito com isso agora elas estão trabalhando mais com essa parte eh de transição energética falando que ainda há necessidade de ter petróleo que a gente precisa utilizar petróleo durante muito tempo sendo que a gente não precisa tem várias matérias sobre isso e no fakebook do Observatório do clima a gente tem algumas matérias falando sobre isso mas é muito graças à cadeia de petróleo a gente agrediu muito e até hoje em 2024 a gente tem que explicar para as pessoas que mudanças climáticas existe e falar do por isso existe do por é importante lutar contra as mudanças climáticas eh então é é isso eu só gostaria de de deixar esse recado pra gente nunca nunca esquecer quem são os nossos inimigos que a gente tem não em nome do Carlos pelo amor de Deus Carlos nada contra você mas é pra gente lembrar quem a gente tem que lutar contra e quem a gente sempre tem que ficar tá de olho no que tá fazendo obrigada muito bom eh o último relatório do fórum econômico Mundial dos riscos globais fala exatamente sobre isso né entrou aí eh com muita evidência que entre os principais riscos globais acho que o principal é mudança climática ninguém duvida mais disso mas a desinformação e a polarização social Então esse encontro aqui por exemplo é uma super iniciativa para que a gente possa cada um colocar eh os seus lados e entender eh onde o cala aperta e como que a gente junto consegue eh encontrar soluções pros Desafios que a gente tem eu acredito que a gente esteja no caminho certo o Brasil tem muitas vantagens eh comparativas por abundância de recursos eh não só eh naturais mas recursos biológicos Recursos Humanos de toda a ordem de toda a natureza tem uns ajustes relevantes que precisam ser feitos acho que segurança a gente tem o investimento tá chegando mas como é que a gente aprimora o diálogo social para que a gente possa enfrentar a desinformação com informação qualificada eh São 30% ainda de pessoas que não acreditam nas mudanças climáticas sabe parece que precisa chegar aqui a continuam negando mesmo que elas estejam ali afundando morrendo com onda de calor passando mal sem água 62º de sensação térmica no Rio e é com informação qualificada que a gente precisa e combater isso isso eu acredito que com muita educação a gente vai chegando lá obrigada também agradecer mais uma vez aqui a sua oportunidade esse debate muito rico aqui com meus colegas aqui eh is isv isaline eh a a a as empresas são feitas de pessoas a sociedade de pessoas as Z são de pessoas né Nós estamos aqui como pessoas isso aqui é importante pra gente a gente como pessoa lutar pel aquilo que a gente acredita então Eh eh a gente tá tá tá na mesma linha eh de de lutar pel aquilo que a gente acredita pelo que aquilo que é importante para pras pessoas só para finalizar então eh a a o mundo precisa passar por essa transição né Precisa eh se descarbonizar e eh nesse processo né mesmo a gente não tendo eh uma data eh eh eh física né porque não é uma linha reta é um é é complexo você tem interferências internacionais né as guerras estão mexendo ontem tava várias reportagens falando sobre o aumento do preço dos combustíveis por causa da da da do petróleo e da Guerra Então não é uma uma uma questão simples é é complexa e que precisa do esforço de Todos Nós precisa do do do do do a do esforço a a de querer fazer essa mudança né então eh eh eh eh a minha mensagem final é essa estamos junto queremos fazer essa transição queremos fazer essa mudança e o setor petróleo e gás tem consciência e e tem vontade de ter uma ambição ainda maior de redução das emissões tá bom gente obrigada então eh acho que é bem isso né Acho que não se trata de acirrar uma polarização a ideia não é ficar eu contra eles a questão é a gente sentar junto para conversar como a gente tá fazendo aqui para caminhar juntos para uma solução né então obrigada por todos vocês aqui obrigada pela presença de vocês também e tá encerrado aqui rapidinho

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