Meu nome é Mariana Varella, sou editora chefe do portal Drauzio Varella. e eu sou Luiz, editor do site e faço podcast Entrementes, também, sobre saúde mental e a gente vem aqui comentar hoje sobre a matéria que a gente fez sobre a coluna do Luiz, sobre eletroconvulsoterapia
E a nota do Ministério da Saúde a respeito de saúde mental, a nota gerou muita polêmica, é uma nota lançada no começo de fevereiro e gerou polêmica basicamente por ter mencionado a eletroconvulsoterapia, que também é conhecida como terapia de choque e teve motivo para ser polêmica, ela foi usada
Em geral acho que o que mais deu polêmica, foi que os portais e sites online estavam dando muito destaque para essa parte da terapia de choque apesar da tal nota falar sobre várias coisas, inclusive dependência química
Só que a forma como os veículos davam, dava muita impressão de que o problema é existir a eletroconvulsoterapia porque ela já tem aquela cara de ‘Um estranho no ninho’, lá o cara sendo torturado com choque na cabeça
Porque no passado os médicos usavam de forma indiscriminada, já foi usada inclusive como ferramenta de tortura, então é normal que as pessoas se impressionem também, é, e todo mundo né tendo aquela manchete já se coloca contra, mas na verdade
Essa terapia tem um uso, e é muito restrito e é sobre isso que nós falamos na coluna ela tem um uso, ela é eficaz, mas assim, em pouquíssimos casos então não faz muito sentido ela aparecendo uma nota
Como um grande exemplo “o que nós vamos implantar para tratar melhor as pessoas que têm um transtorno psiquiátrico : a eletroconvulsoterapia”, não é o melhor exemplo, existem muitas coisas mais simples do que eletroconvulsoterapia
E que ajudaria bem mais gente. E só para esclarecer Luiz, a eletroconvulsoterapia ela tem um uso né ? Sim. E quando ela deve ser usada ? Como ela funciona ? assim, ela nunca é tida como a primeira linha de tratamento, ou seja, a pessoa chega com algum
Transtorno , esquizofrenia, por exemplo, nunca é indicado ela ser o primeiro tratamento que você vai tentar ou o transtorno bipolar em casos graves, também você antes tenta medicamentos junto com terapia, vários esquemas de tratamento antes, somente no último caso, quando eles chamam de paciente refratário à um tratamento né
No último caso você tenta, e aí sim de forma segura, com todos os parâmetros que hoje em dia já são conhecidos muito diferente daquela época. Com anestesia, bem diferente de como era feito antes e que criou esse estigma todo, mas ela realmente tem um uso
Pra esses casos, mas são pequenos em casos que não responderam ao tratamento mais tradicional. E é estranho ela estar mencionada na nota, se a gente pensar que no SUS o atendimento e o cuidado na área de
Saúde mental ainda são bem precários, ainda falta muita medicação, falta o acesso a terapias, como a terapia familiar e a eletroconvulsoterapia, como o Luiz disse, serve para alguns poucos casos né. Seria muito melhor eles colocarem uma nota dizendo que eles vão
Aumentar o número de profissionais para fazer uma terapia, é muito difícil a pessoa ter um acompanhamento que ela vai semanalmente ou mensalmente e tem disponível alguém pra ficar ouvindo ela por uma hora que seja, assim como uma terapia dessas particulares por exemplo, que as pessoas fazem, às vezes é bastante tempo.
No sistema público isso ainda é muito restrito Na matéria, na coluna do Luiz, ele comenta mais sobre a nota, dá mais detalhes sobre a nota, então se você ficou interessado acesse o link na descrição
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