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Conexão Verde: especialista fala sobre urgência de políticas ambientais

Conexão Verde: especialista fala sobre urgência de políticas ambientais

[Música] mais de 170 países se reuniram para discutir um tratado sobre a poluição plástica e não chegaram a acordo nenhum o encontro foi realizado pela ONU na Coreia do Sul 100 países concordaram com a proposta mas alguns governos que detém o controle do petróleo não concordaram com os trechos que limitam a produção de plástico a expectativa era encerrar o encontro com um tratado assinado mas outra reunião vai ser marcada eventualmente Para retomar as negociações para falar sobre a urgência de ações congras contra poluição a gente faz conexão agora com Daniel Vargas que é professor da FGV direito Rio e da escola de economia da FGV São Paulo onde lidera pesquisas e projetos sobre o clima e a transição Verde Boa tarde seja sempre muito bem-vindo Daniel vamos começar falando sobre os plásticos tem plástico no oceano plástico nos aterros mas o fator EC pelo jeito predomina em relação ao meio ambiente né boa tarde mais uma vez boa tarde é um prazer voltar a falar com vocês nós temos assistido nos últimos anos uma série de espaços de negociação e diálogo global para resolver problemas globais um desses diálogos gira em torno do clima com as ces do clima por exemplo que inclusive acabou de terminar em bacu outro diz respeito à biodiversidade e agora H uma tentativa de colocar cara o o plástico no centro das negociações globais ali naturalmente essas negociações elas dizem respeito por um lado a um problema e desafio ambiental mas em última análise o que está em jogo também são os custos econômicos e como nós vamos organizar a colaboração para que esses custos ou sejam repartidos ou arcados por alguém nas negociações que aconteceram na Coreia do Sul que a gente observou foi uma resistência em particular de países que produzem petróleo que é a base a matéria prima paraa produção dos plásticos e esses países naturalmente resistiram em um acordo ambicioso que limite que Estabeleça um teto para a produção de plásticos do mundo olha em algumas regiões do mundo o plástico já é proibido né agora é um exercício muito grande né a gente imaginar por exemplo aqui no Brasil não não haver plástico embalagens plásticas mas o fato as imagens eh falam tudo né a gente precisa realmente pensar numa gestão mais sustentável dos resíduos agora como como promover na verdade né o desenvolvimento sustentável por aqui aqui no Brasil bom a questão Geral do plástico Independente de estabelecer o teto da produção existe o desafio da gente criar mecanismos de reciclagem hoje menos de 10% do plástico do mundo é reciclado que acaba gerando o conjunto de lixos que terminam nos tensões freáticos e muitas vezes ingerido pela população então lidar com esse problema é um passo fundamental para que a gente consiga organizar uma economia que digamos assim não polua e não Gere impactos ao meio ambiente agora existe um problema mais abrangente de como criar as bases deste desenvolvimento sustentável e um país como o Brasil a tarefa para ser rápido ela consiste em de um lado a gente reduzir os impactos ambientais das nossas atividades econômicas Mas de outro lado cada vez mais remunerar quem faz bem feito em termos relativos o Brasil já é hoje relativamente sustentável O que acontece no entanto é que existem poucos incentivos ou reconhecimentos econômicos por quem faz bem feito nesse sentido então Daniel A gente é mais exemplo pro mundo do que problema eu pergunto porque muita gente cobra tanto aqui do Brasil muitos países mas eles não fizeram a lição de casa né não preservaram praticamente nada Pois é é claro que todos os países do mundo TM os seus vícios noss seus problemas que precisam ser combatidos o Brasil não é diferente no entanto a gente não pode perder de vista a comparação hoje nós temos no Brasil 81% da nossa matriz energética renovável a Europa por exemplo tem em torno de 20 nós temos 66% da nossa vegetação nativa preservada a Europa tem 4% da vegetação original isso não significa que não tenhamos um dever de casa fazer mas a gente também não pode perder de perspectiva a nossa relação em relação ao mundo agora Daniel vamos entender um pouquinho agora a importância do mercado de carbono recém aprovado pelo congresso Quais são os desafios pra gente implementar na prática né esse mercado de carbono ele foi aprovado após duras negociações que na verdade levaram alguns anos e é um passo importante pro Brasil criar esses incentivos e os mecanismos econômicos que estimulem as empresas organizadas e reguladas a Passarem a tratar o meio ambiente de uma forma mais delicada e cuidadosa agora a partir do momento que essa lei é aprovada ela abre uma verdadeira maratona de regulamentações serão necessários alguns anos até que o país crie de fato essa infraestrutura que defina com clareza a agência que vai cumprir esse papel as competências que ela terá os procedimentos que serão seguidos que exatamente será regulado em que quantidade de restrição e como esse mercado vai funcionar Daniel A cop 30 vem aí né O que que o Brasil precisa fazer porque a gente mais uma vez vai chamar atenção no centro das atenções do mundo né eu não tenho dúvida que será um momento alto da diplomacia e da posição do Brasil na sua relação com o planeta nesse ano de 2025 é o maior evento do mundo que reunirá as lideranças políticas científicas econômicas do primeiro Escalão Global aqui no Brasil nós temos uma oportunidade Um Desafio o desafio Evidente é de hospedar um contingente enorme de pessoas e orquestrar uma diplom uma uma diplomacia e uma negociação dura a oportunidade por sua vez é de aproveitar esse momento pro Brasil também do seu modo apresentar ao mundo a sua realidade e as suas expectativas que não são apenas particulares ao Brasil mas que refletem uma perspectiva climática e Ambiental do cinturão tropical do mundo boa parte da agenda climática avançou no passado olhando sobretudo paraa realidade nos países temperados agora é a nossa chance ou a nossa oportunidade de tropicalizar e avançar essas discussões Daniel Mas como que a Região Amazônica tem se preparado em quais são os principais desafios e as expectativas também da região olha existe na região Amazônica uma mistura de esperança e de ceticismo de um lado é uma região que ainda é economicamente pobre muitas vezes marginalizado e por isso mesmo se sente de certo modo abandonada das grandes preocupações do país e do mundo por esse viés Amazônia vê um evento dessa magnitude como uma esperança de ganhar por exemplo mais atenção e quem sabe financiamento paraos seus projetos por outro lado há uma preocupação de que a região se torne uma espécie de hóspede que receba o mundo aqui para discutir aquilo que o mundo quer e não o que a amazônia necessita ou espera aqui o desafio que nós temos é de juntar as duas pontas por um lado fazer da Amazônia não só esse palco que vai receber e discutir o futuro do mundo mas também uma região que pode de fato se beneficiar servista e compreendida pela sua realidade o mundo ainda trata a Amazônia como uma espécie de paraíso pedido e ignora que existem na região 30 milhões de pessoas com expectativa legítima de se desenvolver se a cop se Torn uma oportunidade para investimento sustentável Pode sim quem sabe ser uma oportunidade legítima de avançar essa região tão importante no Brasil Olha a gente vai seguir acompanhando tudo isso são temas importantes e como você bem lembrou né Tem muita gente que precisa ali fazer também a roda girar da economia sempre é respeitando o meio ambiente vamos ver como que o Brasil vai lidar com tantos desafios muito obrigada Daniel pela explicação pela análise uma boa tarde até a próxima boa tarde até breve

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