pouquíssimos casos da história recente conseguiram chocar o nosso país da forma como o que comentarios a seguir em 21 de dezembro de 2007 na cidade de Abaetetuba no interior do Estado do Pará uma jovem de 15 anos que pesava cerca de 40 kg e media 1,5 m de altura foi detida ao tentar roubar um telefone celular e em seguida foi largada em uma cela com mais de 20 homens por cerca de um mês Os relatos que vamos trazer nesse vídeo podem ser chocantes e podem causar muito desconforto então por favor cuidado essa terrível e macabra história começa em um domingo quando a menor tentou furtar um aparelho celular algumas roupas e uma corrente de prata de uma casa Michael Davidson de Lima Santos o dono da casa AF flagrou e a trancou dentro de um banheiro ele ligou então para hom primeiramente seu tio Adilson Pires de Lima e depois para dois amigos Sérgio Teixeira da Silva e Francisco Carlos Fagundes Campos todos os três eram investigadores de polícia na época ao chegar no local Adilson encontrou a menor e deu um soco em seu estômago ela então foi encaminhada para a delegacia onde recebeu um chute nas costas de Sérgio Teixeira nos meses anteriores a menor de idade já tinha passado pela delegacia outras três vezes em 4 de junho foi detida por tentativa de furto e liberada depois de pagar a fiança de R 180 em 14 de setembro foi presa por furto e também existia na época um inquérito por furto que foi aberto em 3 de julho daquele ano a primeira mulher que cruzou o caminho da jovem foi a delegada Flávia Verônica Monteiro Pereira que não se importou com a visível minoridade da moça e resolveu que iria mantê-la em uma cela com vá os hom as fontes variam ao dizer quantos detentos tinham ali existem lugares onde falam 15s vezes 20 e até mesmo apesar disso vamos nos atentar para o dado de que eram hom conforme um relat oficial da denncia que investiga oo pois bem o primeiro absurdo insanidade dessa hisa essa decisão uma mulher estando dentro de uma cela com dezenas de homens perigosos a questão é que essa não é uma situação isolada de acordo com uma comissão parlamentar de inquérito de 2009 que ficou conhecida como a CPI do sistema carcerário e esse tipo de prática era comum em prisões brasileiras segundo essa comissão Delegados promotores agentes penitenciários e juízes confirmaram que quando não tem onde prender mulher a gente coloca com os homens mesmo no Pará outros dois casos parecidos foram identificados nessa investigação realizada pelo poder legislativo em uma ocasião uma mulher ficou presa por C meses em uma sela com 38 homens e acabou ficando grávida o outro caso uma mesma mulher teve dois filhos após permanecer presa com homens em momentos diferentes osos começaram logo na primeira noite quando foi atacada por Beto Júnior Castro da Conceição a denúncia do Ministério Público relatou o seguinte a vítima gritou bastante porém como neste ambiente prevalece a lei do silêncio e os próprios presos tinham medo deste acusado Nada fizeram o segundo homem que atacou foi Rodney Leal Ferreira conhecido como cão a jovem continuava Resistindo aos E então os detentos passaram a tomar sua comida seu dinheiro seus itens de higiene pessoal ela só poderia consegui-los de volta ao se sujeitar a eles enquanto estava presa nessa cela a sofu diversas lesões corporais teve o corpo queimado por cigarros e passou por todo tipo de privação e violência sendo inclusive coagida para ficar longe das grades da cela esses dois homens que citamos foram os únicos a serem identificados pela vítima ambos foram julgados e condenados posteriormente h mais 10 anos e 8 meses de prisão por e atentado pud pelo que fizeram contra jovem dois dias depois do começo de seu tormento a juíza clariss Maria de Andrade assinou o ao de prisão em flagrante da jovem pouco importou a ela onde a menor ficaria presa pois era de conhecimento dela de que não tinham celas femininas disponíveis o nome de Clarice passou a ser muito muito comentado no Brasil lá na época em que tudo aconteceu o maior questionamento seria de como mulheres poderiam consentir com uma Grand contra uma outra mulher tão jovem na época Emiliano Alves jagar advogado da juíza declarou o seguinte em sua defesa se um juiz mandar soltar todas as pessoas que estejam presas em situação degradante no Brasil não sobrará ninguém atrás das grades as cadeias estão superlotadas não há condições mínimas de salubridade para hom e mulheres duas semanas após o começo dessa história a juíza recebeu um ofício em caráter de urgência que foi assinado pelo superintendente regional do Tribunal de Justiça do Pará Antônio Fernando Botelho que exigia a transferência da menor para Belém capital do Estado a questão da transferência era Justamente a segurança da detenta que ainda não tinha sido identificada formalmente como uma menor de idade a Juiz então repassou o pedido de transferência para o diretor da secretaria da terceira vara de Abaetetuba Graciliano chaves da Mota que inclusive assessorava Clarice na época de acordo com as investigações do caso o diretor assegurou a juíza que teria encaminhado a solicitação no dia 8 de novembro através de um fax mas a realidade é que ela só chegou a ser enviada 12 dias depois quando a menor já estava em liberdade Aparentemente a juíza não chegou a garantir que a solicita tinha sido enviada perto do momento de sua soltura o caso passou a ganhar repercussão em diversos jornais e veículos de imprensa quando o Conselho Tutelar passou a se envolver em favor da jovem através de uma denúncia anônima a conselheira Diva de Jesus Negrão Andrade foi pessoalmente até a delegacia em posse da certidão de nascimento da jovem que garantia comprovava que ela era menor de idade na época Além disso nesse mesmo momento a própria jovem confirmou que era menor de idade e também denunciou os diversos sexuais que estava sofrendo diariamente dentro da cela mesmo com tudo isso Antônio Fernando Cunha um dos Delegados responsáveis não se sensibilizou em nada com a situação se mostrou irredutível com a ação de manter a menor sob cárcere até que uma ordem judicial fosse expedida nesse mesmo dia Ilha moveu para a sala dos escrivães da delegacia e no dia seguinte quando o pai da jovem compareceu ao local acompanhado de um outro conselheiro tutelar os policiais alegaram que a jovem teria fugido da prisão inclusive o delegado Rodolfo Fernando Vale Gonçalves que estava presente se recusou a fazer um boletim de ocorrência registrando o desaparecimento da jovem três dias depois a garota foi encontrada afagando pelo C do porto da cidade ela relatou que tinha sido levada até ali por três policiais civis que a ameaçaram de morte Caso não desse um jeito de sair da cidade de Abaetetuba a partir de então a situação passou a ganhar cada vez mais repercussão nacional e a então Governadora do Pará Ana Júlia carepa começou a se sentir ameaçada com tudo que estava acontecendo e veio a público garantir que os envolvidos do caso fossem estados de imediato Além disso ela reconheceu que essa não era uma situação isolada e baixou um decreto que proibia que homens e mulheres dividissem celas como muito bem comentado pelo jornalista Augusto Nunes autor de uma matéria da veja que relata todos os detalhes do ocorrido o posicionamento da então governadora é estranhíssimo ao se pensar que já havia essa proibição garantida pela brasileira há séculos a situação é terrível e absurda todos nós já conhecemos muito histórias macabras de pessoas que passaram Dias terríveis dentro de celas seja por testemunhos de conhecidos ou familiares seja na mídia ou em vídeos como esse a questão é que mesmo com os crimes cometidos por essas pessoas uma coisa que fica para todos nós é o questionamento sobre a atual situação do sistema do nosso país e ainda acima disso como tanta negligência e além como tanta maldade pode ser cometida em sequência dessa forma o caso dessa jovem é um dos mais terríveis que as páginas dos jornais brasileiros já relataram Enquanto essa jovem gritava e sofria nenhum dos agentes nenhum dos policiais responsáveis pela segurança dos detentos se manifestou existem Fontes que dizem até mesmo que a denúncia anônima foi feita por um Detento que presenciou osos e só conseguiu contatar o Conselho Tutelar Pois foi solto enquanto várias autoridades presenciaram a cena a denúncia precisou ser feita por um ex-detento que estava do lado de lá das grades e por sorte saiu a tempo de denunciar antes que algo mais grave acontecesse a vida dessa jovem hoje em dia poucas repercussões legais foram aplicadas da as proporções que o caso tomou todos os delegados de polícia envolvidos na situação foram exonerados de seus cargos declarados culpados no processo administrativo disciplinar instaurado pela Corregedoria da Superintendência do sistema penitenciário do estado do Pará os agentes prisionais Benedito de Lima Amaral e João de Deus Oliveira foram exonerados em 5 de dezembro de 2008 mais de um ano após o ocorrido Ainda teve outro agente que foi investigado um homem chamado Marcos Eric serrão pureza Mas ele foi absolvido e passou a trabalhar na casa do albergado em Belém todos os delegados exonerados assim como os agentes prisionais foram acusados de omissão todos ali sabiam muito bem o que estava acontecendo e o que estavam fazendo e não fazendo para contribuir para os constantes que essa jovem estava passando depoimentos terríveis surgiram em apoio a essas pessoas que consentiram com os de um adolescente João Nascimento de Moraes presidente do Sindicato dos Delegados do Estado do Pará na época declarou o seguinte infelizmente todos foram afastados eles são vítimas de um sistema carcerário em frangalhos os culpados são primeiro o governo federal depois o Estadual segundo ele a exoneração acarretou na perda do vínculo de todas essas pessoas com o sindicato a única exceção foi Rodolfo Gonçalves que foi contratado como uma espécie de fudo do sindicato passando a receber pouco mais de um salário mínimo por mês o presidente justificou na época que devido à condições que o ex-delegado passava era a forma que acharam para que ele não morresse de fome sobre os três homens que agrediram a jovem logo após os primeiros momentos em que ela foi mantida sob cárcere na casa em que tentou furtar dois deles Adilson piles de Lima e Sérgio Teixeira da Silva passaram a responder ao processo penal contudo ambos foram absolvidos devido à falta de provas no processo administrativo instaurado pela Polícia Civil segundo uma fonte de dentro da assessoria de imprensa da Polícia Civil que decidiu não se revelar os dois acusados de lesão corporal grave e ameaça foram transferidos e não trabalhavam mais em Abaetetuba já a juíza responsável pela prisão da jovem Clarissa Maria de Andrade foi aposentada de forma compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça isso em abril de 2010 quase 3 anos após o ocorrido contudo em 14 de junho de 2012 os ministros do Supremo Tribunal Federal o STF reavaliaram a decisão tomada contra a Clarice e julgaram a aposentadoria da juíza como desproporcional ao ocorrido anulando então a decisão do Conselho Nacional de Justiça Durante os próximos anos até completar a maioridade a jovem esteve inserida no Programa de Proteção a crianças e adolescentes ameaçados de morte conhecido pela sigla ppcaam esse programa existe Desde o ano de 2003 e consiste em uma política de proteção à Vida de jovens que estão sob ameaça iminente de morte tal qual seus familiares Como foi o caso da jovem que foi ameaçada em mais de uma ocasião por policiais civis segundo dados do governo federal esse programa foi responsável entre os anos de 2003 e 2022 por proteger 5.173 crianças e 8.4444 familiares totalizando 13.61 pessoas protegidas segundo a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal a jovem migrou para a proteção da vítima para um outro grupo programado que agora era destinado a adultos a secretaria de direitos humanos não forneceu mais informações sobre a mudança a fim de proteger a segurança e a integridade da jovem em março de 2018 a Rede Record através do programa Cidade Alerta exibiu uma extensa reportagem sobre o caso revisitando os fatos e trazendo a voz da jovem à tona mais de 10 anos após tudo que aconteceu a matéria reuniu depoimentos de familiares e reconstituiu a vida da jovem até os momentos que descrevemos seus pais se separaram logo quando ela ainda era muito jovem e o segundo marido de sua mãe foi o responsável por registrá-la no início da adolescência ela passou a se envolver com drogas e a cometer os Furtos que mencionamos no começo desse vídeo a versão de que a moça trabalhava como diarista na casa de Michael Davidson de Lima Santos o homem que ela tentou furtar essa mesma matéria da Record Tv denuncia e confirma aura física e psicológica que a moça sofreu logo após ser mantida em cárcere por Michael segundo a denúncia do Ministério Público que foi conseguida com exclusividade pela emissora é confirmado o relato que também veio da própria jovem ela recebeu um soco no estômago teve uma arma colocada dentro de sua boca enquanto era ameaçada de morte por um policial civil a reportagem ainda relembra a imprudência da delegada Flávia Verônica que fez o flagrante mesmo com a falta de qualquer documento que fornecesse qualquer tipo de informação da jovem a produção da matéria ainda traz o relato de uma conselheira Tutelar que confirma que a jovem era visivelmente menor de idade e que não era necessário nenhum tipo de documento para que que isso fosse Evidente para qualquer pessoa segundo a denúncia do Ministério Público fornecida à emissora existia sim espaço disponível para que a jovem ficasse em segurança dentro da delegacia mas os delegados deliberadamente escolheram que ela ficasse mantida na cela junto com os demais presos Segundo Os relatos a jovem após o fim da situação foi encaminhada para o conselho tutelar e estava em um estado terrível suja e tinha tido seus cabelos cortados pelos agentes prisionais com a faca para que se parecesse mais com o homem não chamasse tanta atenção ela foi então movida para um abrigo em Icoaraci a 124 km de Abaetetuba a essa altura o caso já não era mais notícia somente no Brasil mas em todo o mundo segundo a conselheira ouvida pela reportagem a jovem não foi a única pessoa a ser ameaçada muitas outras pessoas tiveram ameaças feitas e concretizadas durante os momentos em que a jovem estava sob custódia algumas pessoas por exemplo perderam seus empregos ao se envolver demais com o caso segundo a mãe da jovem que foi ouvida na reportagem eles eram vigiados por pessoas todos os dias e o fim dessa situação tão terrível infelizmente não veio após a moça ter sua liberdade segundo a matéria publicada em 2018 a jovem estava vivendo nas ruas onde se drogava e Se prostituía e nunca conseguiu se recup dos traumas que passou a mãe da jovem ficou mais de uma década sem vê-la sem ao menos ter notícias e revelou também que tinha recebido ofertas de dinheiro para que não falasse sobre o que aconteceu essa sem dúvidas é uma das situações mais terríveis e macabras que já aconteceram no Brasil no que se diz respeito ao sistema carcerário do nosso país não somente uma vida foi destruída nesse processo mas toda a estrutura de uma família que foi totalmente desestruturada e nunca conseguiu se reerguer muitos nomes e pseudônimos foram dados a essa moça ao longo do tempo em diversas matérias reportagens relatos nós da equipe fatos decidimos ocultar todos esses nomes para audar a preservar a privacidade e seguran dessa Moa que passou por momentos tão terrveis que pouquíssimos de nós podemos sequer imaginar uma fração decimal até a próxima
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