é a primeira vez que eu vi falarem Sebastião Salgado o fotógrafo eu estava nos Estados Unidos no curso e recebi o New York Times numa edição de domingo no caderno de cultura tinha uma série de fotografias que ele fez no Kuwait e E aí E aí Olá eu sou Drauzio Varella e aqui para você para eu ouvir outros históricos [Música] naquela época o Iraque tinha invadido o Haiti e depois o corte foi liberado os iraquianos quando for embora eles puseram fogo nos Poços de petróleo e exporta petróleo ficaram ardendo jogando aquela fumaça preta para cima e aí os americanos mandaram para o Coach técnicos para apagar o fogo nos Poços de petróleo imagino como deve ser difícil ficar civil fogo em Poço de petróleo mas imagine como era difícil fazer isso e o Sebastião Salgado foi lá e fotografou aqueles Homens todos sujos de petróleo assim da cabeça aos pés imagens pretas Fantasmagóricas assim com os Poços de petróleo queimando no fundo eu falei porque fotógrafo eu sou brasileiro não conheço eu me senti muito ignorante ele tava numa posição de destaque ali no jornal naquela edição de domingo para esse povo aqui nos Estados Unidos deve conhecer o Sebastião Salgado antes de eu conhecê-lo e a partir daí comecei a ficar muito interessado nas coisas que ele fotografou sempre e ele tem inúmeras fotografias feitas no mundo inteiro na África na Ásia no Brasil ele correu o mundo anos atrás quando ele lançou um dos livros dele nós fizemos uma entrevista eu entrevistei para um programa da companhia das letras que a editora dele né E aí fiquei muito impressionado com as coisas histórias que ele contou e tudo e até brinquei com ele falei olha Sebastião eu já fiz bastante coisa na vida me fiz especialmente aquelas que eu achei que devia fazer só não têm inveja dos outros mesmo as pessoas muito realizadas na profissão e tudo não tem sentimento E você e o invejo eu invejo porque você conheceu o mundo inteiro ele andou por todas as partes fotografando e teve assim um grau de penetração nas sociedades que ele fotografou impressionantes agora semana passada eu fui ver a exposição dele no SESC Pompeia aqui em São Paulo sobre a Amazônia e eu fiquei muito tocado pelas fotos dele primeiro porque ele fotografo áreas que as pessoas normalmente não conhece a gente habituado a ver essas imagens da Amazônia como se a floresta fosse um tapete e um tapete homogêneo não é verdade a Floresta Amazônica é muito diversa você vê áreas que tem árvores altíssimas e de repente vem uma área e Cerrado uma vegetação baixa e especialmente essa região que ele mais fotografo e que está aí na exposição é a região do Alto Rio Negro e de Roraima o Alto Rio Negro é uma região montanhosa Ohm Eu acho que o Rio Negro São planos valturio Negra montanhoso e Roraima tem um cérebro e morro um Monte Roraima Roraima também é uma região muito montanhosa e aquelas imagens da aquelas rochas enormes EA Floresta embaixo muito impressionante muito no Rio Negro também no Alto Rio Negro você tem a última cidade brasileira no Alto Rio Negro São Gabriel da Cachoeira só para dar uma ideia da distância se você vem pelo Rio Negro sai de Manaus e vai para São Gabriel da Cachoeira São quase 1.000 km de distância pelo rio que é o meio de transporte lá né Isso aí é distância de São Paulo a Porto Alegre tudo gigantesco na Amazônia e ele ali fotografo As populações indígenas e as fotos são maravilhosas sabe rostos e corpos os homens super fortes musculosos com peito cheio de músculos os braços as mulheres lindas e maquiadas as cores locais com tinta preta no rosto é uma diversidade muito impressionante a gente aqui ignorante dos costumes indígenas consideram os indígenas todos iguais ele fala índios né que é um absurdo são muitas culturas é uma diversidade enorme de línguas o Rio Negro tem 23 etnias indígenas com línguas diferentes com costumes diferentes com aspecto físico diferente Isso é uma grande riqueza para o nosso país ela tem que ser preservada de qualquer maneira e o Sebastião Salgado grande fotógrafo faz isso com muito respeito e dignidade que respeitando a dignidade das pessoas que moram na floresta [Música] semanalmente estarei aqui para e outras histórias a trilha sonora foi feita pela in sonoris e a produção é da Júpiter conteúdo em movimento e [Música]
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