cantora lecha grávida de se meses está internada na UTI em São Paulo ela enfrenta um quadro comum e perigoso PR as grávidas a pré-câncer agora com a Dra Maria Carolina dalboni que é ginecologista e obstetra Doutora muito boa tarde para você muito obrigada pela participação Boa tarde Renato É uma honra estar aqui com vocês Espero conseguir esclarecer um pouquinho essa condição da pré-eclâmpsia doutora eu quero te pedir exatamente para começar desse ponto a gente ouve falar eh bastante sobre eclâmpsia mas o que que é de fato essa condição E por que que ela pode desenvolver para casos tão graves então a pré-eclâmpsia é uma condição que acontece na gestação é um aumento da pressão arterial né a gente chama de a gente começa antes da prcl a gente chama a sigla edeg doença intensiva específica da gravidez porque é é uma manifestação do aumento da pressão arterial mas que vem acompanhada de várias alterações no corpo da mulher então a gente pode ter uma proteinúria que é uma perda de proteína na urina a gente pode ter alterações da das enzimas hepáticas alterações dos fatores de coagulação então por isso que é tão importante a gente fazer esse monitoramento esse pré-natal para que a gente evite né a doença hipert ensa específica da gravidez que pode evoluir para uma pré-eclâmpsia e para uma eclâmpsia tá E aí qual que é a diferença desse eh desse momento da pré-eclâmpsia né a pré-eclâmpsia é quando a paciente ela já tá tendo mais sintomas ela tem uma dor de cabeça persistente ela pode ter náuseas vômitos alterações no ultrassom do crescimento do bebê ela pode ter uma dor abdominal importante e aí a gente vai ter que iar esse caso para ver como que a gente vai intervir qual vai ser o melhor tratamento quando ela já tá evoluindo para essa pré-eclâmpsia Doutora eh me corrija se eu tiver errada então quando ela começa a sentir esses sintomas é um quadro de pré-eclâmpsia que se não for acompanhado da forma correta pode evoluir para uma eclâmpsia no momento do parto é isso isso exatamente a diferença da eclâmpsia para pré-eclâmpsia é que a eclâmpsia é quando a paciente já chega convulsionando Ela já tem alterações de convulsão e infelizmente quando a paciente já chega nesse quadro eh normalmente a gente tem outras complicações que pode ser a síndrome help né que são alterações como eu coloquei aqui de enzimas hepáticas alteração do da coagulação a gente pode ter um descolamento prematuro centa então é muito importante quando a paciente começar a ter esses primeiros sintomas né Inicial Lógico o prenatal para qualquer aumento da pressão arterial a gente começar com controle mas se ela evoluiu já foi para uma prcl que pode acontecer de repente então a paciente pode fazer um pico hipertensivo já abrindo esse quadro um pouquinho mais grave normalmente após a 20ª semana da gestação e aí se a gente não intervir né dependendo do grau dessa dessa evolução da pré-eclâmpsia ou né repouso absoluto em casa com medicações ou muitas vezes a gente vai precisar internar essa paciente para fazer o melhor controle ela pode evoluir para uma eclan efetivamente Doutora você tá falando aí sobre os sintomas né A dor de cabeça tem a a perda de proteína na urina que se eu não me engano costuma deixar a urina um pouco mais espumosa né geralmente é como que é a forma como é percebida mas esses sintomas Eles já podem ser notados no início da gestação ou eles demoram um pouco para aparecer é a a alteração da pressão arterial n essa doença hiper intensifica da gravidez ela normalmente se manifesta após a 20ª semana mas já tem algumas coisas na gestação que a gente pode observar como a paciente que tá fazendo um edema importante a gente já pode pedir se ela tem uma predisposição né se ela tem um histórico familiar se ela já tem alterações nos exames laboratoriais como uma diminuição de cálcio alguma discreta alteração da enzima hepática do ácido úrico a gente já pode criar aquele sinal de alerta para essa paciente agora não necessariamente né então a gente tem alguns fatores predisponente não necessariamente ela tenha que ter hipertensão já antes da gravidez ela pode por exemplo ter uma pressão mais baixa e desenvolver Esse aumento da pressão durante a gestação Pode pode sim ela pode desenvolver isso apenas nesse momento como eu falei né ela normalmente acontece após a 20ª semana e às vezes a paciente realmente não tem sintomas nenhum então é muito importante an que qualquer sinal né escotomas cintilantes também que são tipo a gente vê sinaizinhos né Luiz piscando na frente do olho também são alguns sinais que ela pode eh tá sentindo que a gente tem que pesquisar a pré-eclâmpsia agora tem alguns fatores algumas características que deixam a pessoa mais propensa a desenvolver um quadro de pré-eclâmpsia sim né o primeiro deles como a gente colocou aqui não é comum Não não é necessário não é obrigatório que ela já seja hipertensa mas a paciente que já tem uma hipertensão aumenta esse risco né história de gestações gemelares eh a idade materna muito inferior né abaixo de 18 anos ou acima dos 35 anos a gente aumenta o risco eh doenças autoimunes as condições de alimentação da paciente então deficiência de algumas vitaminas do cálcio da vitamina D A gente já sabe que tem uma correlação com a a o aumento da pressão arterial a obesidade o ganho de peso excessivo a diabetes então a gravidez múltipla então a gravidez gemelar Então a gente tem sim algumas condições aí que podem ser fatores predisponentes Doutora Eu já ouvi dizer que se a mãe teve um quadro de eclâmpsia durante a a gestação tem mais chances da filha também desenvolver esse esse quadro isso procede faz sentido procede é um dos fatores de risco é você ter um histórico familiar né uma causa genética porque essa eh a gente sabe né como a gente colocou aqui que essa hipertensão ela tem alterações em todo o corpo Então essa paciente pode ter uma predisposição hoje a gente fala muito né do estilo de vida o tipo alimentar e que tudo isso vai influenciar Então essa paciente além dela né ter todo esse controle aí da do do dos riscos que a gente vai tentar a gente também tem que ajudar essa gestante a ter o melhor estilo aí de alimentação e de controle de atividade atividades leves durante a gestação mas realmente existe o fator genético Dora eh falando ainda dessa do fator genético tem uma questão também de combinação genética a pessoa pode estar mais propensa por exemplo a desenvolver um quadro de pré-eclâmpsia eh tendo uma gestação com com uma pessoa e menos de desenvolver a doença se ela tiver grávida de uma outra pessoa tem uma questão de combinação também genética que que importa nesse momento então existem alguns estudos até que sugerem sim tá que tipo uma uma alteração ali naquele momento da formação do bebê que pode ter alguma alguma predisposição né De acordo porque quando ele se forma né ele vai ter a parte materna e a parte paterna mas normalmente e a Mai a hipertensão arterial está relacionada a condições maternas mas realmente da mãe tá o que tem muito a ver com a a a parte dos dois é a a gestação gemelar né a gestação gemelar realmente aumenta muito a chance do aumento da pressão arterial e os riscos de desenvolver um quadro como esse na primeira gestação são maiores do que na nas próximas sim nas primeiras gestações gestações muito jovens né ou na primípara que a gente chama primípara idosa que é a gestação acima de 35 anos quando é a primeira gestação a gente aumenta bastante essa chance tá quando a gente fala como você colocou do fator genético né do pai e da mãe ainda existem algumas controvérsias na gestação Mas é porque a gente fala muito que o corpo da mulher ele às vezes é como se ele desenvolvesse anticorpos né com aquele sangue igual acontece quando a gente tem um tipo sanguíneo negativo Então existe tem alguns estudos que falam dessa possibilidade mas o fator materno ainda é o predisponente agora Doutora eh tendo o diagnóstico de que a gestante tem um quadro de pré-eclâmpsia o que que é feito como que é feito o acompanhamento para que isso não se desenvolva para um quadro mais grave então aí vai depender desse grau como a gente colocou né dessa dessa dessa pré-eclampsia então a gente vai ter que ver como que estão Esses exames laboratoriais como é que tá o exame físico dessa paciente se essa pressão está conseguindo ser controlada a gente vai fazer os exames né de detecção da proteína na urina Então a gente vai acompanh aí o quanto que ela tá perdendo aí dessaa na através a gente vai fazer monitoriza da pressão arterial muitas vezes a gente vai deixar ela em casa em repouso fazer uma boa suplementação de cálcio Então a gente vai equilibrar essa mãe né princip suplementação de cálcio principalmente a gente a gente p mais leve a gente vai deixar essa mãezinha em casa em em repouso e a gente vai dar todo esse suporte para ela em casos que a gente já tem mais alterações laboratoriais aumento das enzimas hepáticas a gente vai deixar essa mulher internada fazendo todo esse monitoramento no hospital em alguns casos a gente precisa entrar com medicações a da medicação para pressão a gente vai precisar a gente fala que é sulfatar entrar com Sulfato de Magnésio para essa paciente isso tem que ser né num controle de uma unidade intermediária então é a nível hospitalar a gente também faz medicações para acelerar o processo de amadurecimento do do pulmãozinho do bebê caso precise fazer o parto prematuro nos casos mais graves quando a gente não consegue Esse controle dependendo da idade gestacional a gente precisa acelerar esse parto para muitas vezes aí salvar a vida da mamãe e do bebê e é um acompanhamento né Doutora não tem uma cura mesmo para essa condição a cura na verdade é o parto né é tentar manter esse bebê sendo gestado o máximo de tempo possível para evitar que ele nasça muito prematuro mas não tem mais o que fazer para para curar a condição não tem como né é mais uma forma de manter o bebê e a mãe bem durante o processo da gestação isso exatamente a gente não consegue reverter muitas vezes é não tem como reverter esse quadro A partir do momento que ele tá instalado a gente consegue controlá-lo deixar esse amane o mais estável possível mas a cura vem após o parto né com a retirada da placenta né Por conta desses vasos placentários de tudo isso essa condição como eu coloquei aqui é como se o corpo cria anticorpos aí né com essa placenta com esse bebê então quando a gente retira a placenta muitas vezes essa mãezinha volta totalmente a um estado normal algumas mães vão ficar hipertensa Dep hipertensas depois mas a grande maioria ela volta ao estado normal ela às vezes depois nem nem precisa de medicação para pressão arterial e aí é só seguir as orientações médicas né Doutora seguir todos os cuidados necessários durante a gestação para que tudo fique bem né isso eu sempre falo né que o pré-natal de extrema importância né bom acompanhamento médico com uma orientação nutricional uma orientação de estilo de vida a suplementação a gente fala sempre isso hoje paraas pacientes graças a Deus né a gente tem mais acesso aí a informações então a gente se preparar para engravidar também é muito importante Renata né se se a mulher pudesse se preparar para engravidar até porque a maioria de nós está engravidando um pouquinho mais tarde com mais idade então o ideal que a gente se prepare que a gente faça toda essa suplementação se a gente já tiver algum fator de risco fator genético alguma alteração nos exames a gente pode começar usando uma aspirina uma as desde o início da gestação para que a gente evite que o quadro se desenvolva então o mais importante é o acompanhamento e a partir do momento que o quadro tá instalado procurar o mais rápido possível aí uma ajuda médica Doutora muito obrigada viu por todos os esclarecimentos que você trouxe pra gente é bom todo mundo se cuidar né Ficar atentos ali ao aos sintomas a gente sabe que é um quadro importante bastante sério é a terceira causa de morte em gestantes em países subdesenvolvidos eh em países desenvolvidos no subdesenvolvidos se eu não me engano é a primeira causa de morte de gestantes Então é bom ter bastante cuidado Mas como você disse identificando os sinais o quanto antes e fazendo acompanhamento tudo acaba dando certo obrigada mais uma vez uma ótima tarde para você
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