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Dinheiro terá de ser restituído, diz ministro sobre descontos do INSS

Dinheiro terá de ser restituído, diz ministro sobre descontos do INSS

dessa investigação da Polícia Federal e sobre uma possibilidade de haver um padrinho político a por trás de toda essa fraude do INSS. Agora, Serapião, é interessante porque falando em padrinho político, eh o INSS é um órgão que gasta, não sei, talvez bilhões de reais, talvez até mais que isso com aposentadorias eh o ano todo. Então, talvez seja o órgão do no país que gaste mais dinheiro. Eh, e muito me preocupa ser o órgão que não tenha fiscalização. Agora, além de fiscalização, claro, tinha gente lá dentro atuando nessa possível máfia. eh de aposentadorias eh de descontos nas aposentadorias. Isso isso já se sabe, certo? Isso eh a suspeita eh até o momento é que a cúpula do INSS toda estaria envolvida de alguma forma. A gente não conseguiu os detalhes do que tem contra eles, né? Isso tá sendo mantido em sigilo ainda. A gente tá apurando, mas a cúpula toda foi afastada ontem, o presidente, o procurador geral, diretor de benefícios. E vale lembrar que esse diretor de o cargo de diretor de benefícios é muito interessante, porque é ali nessa área do INSS que tinham esses convênios que eh favoreciam aí os os descontos, né? Tanto que logo quanto o Vassalo deu as primeiras matérias ainda no ano passado, o primeiro, um dos primeiros efeitos que é que as matérias acarretaram foi a queda do então diretor de benefícios, né? Então é um é um é um posto bem importante. Todos foram afastados ontem, né? por decisão da Justiça Federal. Cinco pessoas afastadas da cúpula da do INSS. O presidente foi afastado, teve uma coletiva de imprensa pela manhã, eu estive lá, o ministro Carlos Lup da Previdência Social estava lá, diretor da Polícia Federal, ministro da justiça e o o ministro da Controladoria Geral da da República. Eu procurei eh o Carlos Lup e perguntei para ele na coletiva lá, né, na frente de todo mundo. Falei: "Ministro, o o que falhou?" Porque a gente, a, a CGU diz que desde 2023 investigava a Polícia Federal, desde 2024 investigava o Metrópolis dando matéria, mais de 20 matérias desde 2024. Então isso era de conhecimento público, né, que tava vendo esse aumento no número de descontos dos valores descontados nos aposentados. O ministro, no primeiro momento, ele chamou para si a responsabilidade da indicação do Stefanuto paraa presidência. Eu questionei se ele iria demiti-lo. Ele disse que não iria demiti-lo, que ele estava só afastado e não explicou muito bem o que falhou, o que teve ali de falha, eh, para que esse aumento exponencial no número de desconto não fosse, eh, percebido e não fosse interrompido antes de uma operação da Polícia Federal, né? Porque quando tem operação, a justiça eh tem que atuar, é porque todas as instâncias administrativas do ministério não fizeram nada. Ele tergiversou, não falou muito, mas garantiu que não seria demitido, eh, que o Stefanuto não seria demitido. A gente saiu de lá, voltou paraa redação, não deu 40 minutos, já começou a pipocar notícias de que o Lula tinha ordenado a demissão. Aí no fim da tarde, eh, a a demissão foi efetivada e o que o Lup falou ali, a gente percebeu que não teve muito valor, né? Então agora a gente tá querendo entender eh como o que o o INSS fez nesse período. Ele abriu sindicâncias internas, ele fez alguma coisa, ele trabalhou para sanar essas brechas que causavam os descontos? Eh, e mais do que isso, o ministro Carlos Lupe foi o responsável pela indicação. Então, é ele o padrinho político. Se a Polícia Federal indicar crimes praticados pelo o Stefanuto, a responsabilidade também é do Carlos Lup pela indicação. Eu acho que essas perguntas vão ser respondidas ao longo do tempo. Como eu disse, Polícia Federal tem muita coisa para analisar, tem muito dinheiro para seguir o caminho, para tentar reaver e os 6 bilhões, mas tem essa essa frente muito importante para saber quem são esses padrinhos políticos e o que fez com que esse escândalo que o nosso querido Luiz Vassalo denuncia desde o ano passado fosse interrompido só agora com uma operação da Polícia Federal e uma decisão judicial, não pelas vias administrativas, né, nele. interessante que ontem a gente tava falando sobre prazos, né, que falamos falamos justamente sobre as matérias do Vassalo. As matérias foram publicadas durante todo o ano de 2024, ou seja, as cartas estavam na mesa e falamos sobre prazo, que o prazo da Polícia Federal não era o mesmo prazo da imprensa, mas eu acredito que um prazo de um ano é muito mais do que justo para se investigar um caso como esse, não só pela Polícia Federal, mas dentro do próprio órgão e também dentro do governo federal. presidente Lula sabendo disso, eh, o ministro Carlos Lupes sabendo disso e, como você disse, sabonetando aí numa informação tão importante. Eu volto pro Vassal que eu queria perguntar uma coisa do início. Eh, eu queria saber da onde surgiu a ideia de começar as investigações jornalísticas sobre esse caso específico. Primeiro queria agradecer aí o Serapião. sabe que a gente trabalha aí faz uns 10 anos juntos em outros, não só no Metrópoles, mas em outros veículos e ele é referência para mim, mas para um batalhão de outros jornalistas aí de todas as redações, São Paulo, Brasília, Rio. Eh, então fico feliz em ouvir as palavras dele aí sobre sobre a série. Eh, e assim sobre o começo, eh, foi o seguinte, né? Na na decisão judicial que deflagrou a operação, eles mencionam uma reportagem de 2023. E aí sim, a gente começou a dar a série de reportagens sobre a FARR em 2024, mas a primeira vez ehem que a gente topou com esse assunto das associações, dos descontos indevidos, foi no plantão de Natal de 2023, eh em que tava eu lá e o Fábio Leite eh trabalhando e procurando notícias, porque no Natal a gente sabe que é bem escasso, né? Eh, no dia 25 de dezembro, inclusive isso aconteceu 10 horas da manhã, o Fábio Serapeu me liga e fala: "Olha, a gente recebeu uma queixa de uma aposentada eh sobre um desconto que ela vem recebendo de uma entidade. Ela não conhece, nunca ouviu falar e faz meses que ela tá recebendo esse desconto. Eh, e também eh ela tem junto ao ISS cancelar isso e não consegue entidade, a maior dor de cabeça. E aí assim, eh, logo que isso aconteceu, eu fui dar uma olhada, existem pros públicos a respeito das no judiciário do país inteiro. Descobri que havia de deess, se não me engano, aquela entidade tinha mais de 1000, 2000 processos. eh jud contra ela e que lendo esses processos acumulavamilhavamções indenizar aposentados eh pelos descontos indevidos. Por todo aposentado entrava com uma queiça. idade era intimada. Dificade de entender o Vassalo, a gente consegue melhorar a conexão, tentar um contato de novo com ele. Vamos lá, Serapeão. Vou aproveitar que você tá aqui do meu lado que eu quero falar sobre política ainda referente a esse assunto, porque o presidente Lula viaja hoje pro Vaticano, acabou de nomear o ministro da o novo ministro das comunicações e vai ter essa pendência quando voltar de viagem pensar num novo presidente pro INSS. Já existem nomes. Eu eu confesso que eu não sei como são essas indicações pro INSS. Já existem nomes. O ministro Carlos Lup tá pensando nisso, a gente já sabe de algum bastidor. O ontem na coletiva eu questionei também o o ministro Carlos Lup e ele disse que ele tava procurando alguém. Cabe a ele eh como ministro da previdência social eh indicar essa pessoa, mas eu acho que o governo tá primeiro tentando entender ali como vai eh andar essa crise, né? E aqui um ponto interessante, Neida, eh, conversando com o Vassalo ali sobre as primeiras matérias e entendendo um pouco, vendo os relatórios da da CGU sobre o caso e vendo ali o aumento do número de descontos, a gente vê que eh o esquema em si, ao que parece, começou ainda em 2019, né? Ele tem uma escalada em 2022, tem uma questão ali sobre os convênios e aí aumenta muito 2022, 2023 e 2024. Eh, conversando com alguns investigadores, eles acreditam que um algo aconteceu entre 2021, 2022, que defesa essa mudança, que se achou essa brecha. Eh, aí por causa disso, todo mundo fica eh no governo falando se isso não seria uma crise do governo anterior, né, que Bolsonaro, governo Bolsonaro, é o governo anterior. E por que que o governo não interrompeu isso antes, né? Por que que sabendo disso não interrompeu? Porque agora hoje a gente vê é uma crise do governo Lula, né? Não é mais uma crise do governo Bolsonaro, não é algo que começou no governo Bolsonaro, se fala como uma crise do governo Lula. Tanto que ontem na coletiva a gente soube aí o ministro da eh Sidônio, que cuida da comunicação, do marketing do governo, se reuniu com o Lewandowski, com o Carlos Lup, com o diretor da PF, para tentar passar um discurso de que o escândalo não é do governo Lula, mas que o governo Lula está combatendo eh uma organização criminosa que não foi criada no governo dele e que estaria tomando dinheiro aí dos aposentados. Eu acho que o Lula, eu acho que a equipe do governo tá tentando sentir um pouco que tamanho que vai ser isso, se isso vai escalar, se essa questão do atual presidente que foi demitido do INSS, se vai ficar só nesse afastamento, se não vai ter outro tipo de medida contra ele, se os fatos que são mantidos por em sigilo pela Polícia Federal ainda, se não tem nada ali ainda que já aponte para esses padrinhos políticos, se já não aponta para outros integrantes do governo. Então eu acho que o governo tá sentindo, eu acho que essa viagem pro presidente Lula vai ter, vai ser até um pouco providencial aí para ele tomar um ar um pouquinho eh fora do país e na volta entender o que tá acontecendo, ter mais informações para poder tomar as decisões. Neila, mais uma crise, né? né? Governo Lula que tá cheio de crises e essa estratégia do Sidônio não funcionou não, viu, Serapião, porque essa entrevista coletiva na qual você participou, antes dos jornalistas perguntarem, ficou ficou me parecendo ali uma assessoria de imprensa falando, uma assessoria de imprensa falando, lendo um release. Tanto o Lewandowski quanto o Andrei, todos o Carlos Lupareciam que estavam lendo um release e que estavam falando de uma de uma inauguração do lançamento de um projeto. Não é um escândalo. Um escândalo absurdo de pessoas que ficaram bilionárias, que estão aí andando de carro importado, enquanto pegam dinheiro, roubam dinheiro de aposentados que ganham um salário mínimo. Eles estão tratando isso como se fosse um lançamento de um do programa Minha Casa, Minha Vida. Foi, olha, desculpa a palavra, mas foi ridículo. Parecia discurso de assessoria de imprensa. E um ponto, Neila, eh, que é muito interessante, né, do ponto da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União ali, ali na coletiva em específico, né, para eles o cenário é até favorável, né, eles estão mostrando trabalhos deles, eles investigaram e tudo bem. O ponto central para mim ali é o Carlos Lup, né? Ele foi desmentido menos de 30 minutos, 1 hora depois do fim da coletiva. Ele é questionado, eu perguntei para ele, presidente do INSS vai ser demitido? Não vai ser demitido, ele só está afastado. Ele tem o direito a se defender. Tentou passar ali um pano para ele, saiu dali. tudo que ele disse na na coletiva foi desmentido em seguida com a demissão. Então eu acho que mais uma vez também além da crise por si só, né, tem uma crise, isso é fato, seja se iniciou no governo Bolsonaro ou se não se iniciou no governo Bolsonaro, o fato é que essa crise estourou agora. Então ela é uma crise do governo Lula porque pessoas que foram alvos da investigação foram nomeadas pelo governo Lula. Então não tem como escapar, é do governo Lula. Agora, como você lida com essa com essa crise? Isso pode te amenizar um pouco. E ontem o que a gente viu foi o governo mais uma vez, eh, mesmo com o Sidônio, que em tese é o nome que veio pro governo para resolver o problema da comunicação, o que me pareceu ontem é que não resolveu muito, pelo menos nesse caso, porque teve uma reunião antes, ele estava no Ministério da Justiça junto com os ministros pouco antes da coletiva, deixou os ministros lá, saiu, aí começa a coletiva, começa a coletiva, o Carlos Lup começa a falar coisas meio que sem sentido, tentando defender uma pessoa pessoa que o próprio presidente Lula horas depois vai demitir e diz que nunca seria demitido. Eh, então eu acho que além da crise em si, o governo ainda não conseguiu resolver essa questão da comunicação, porque parece que a cada crise, e é normal que se tenha crise nos governos, mas parece que a cada crise o governo consegue inflar própria crise. Eu não sei o que é pior, se é o ministro Carlos Lupido desmentido 40 minutos depois ou o ministro Carlos Lup não ter sequer alguma autoridade sobre esse assunto. Ou seja, ele falou a A e o que foi definido foi B. Então, não sei qual das duas alternativas é a pior e agora o governo vai precisar restituir esse dinheiro. Também confesso que eu não sei como é que isso vai ser feito, da onde vão sair esses R$ 6 bilhões deais e como é que esses aposentados vão conseguir ter um caminho que não seja pela justiça. Eu acho que o único caminho, infelizmente, é a justiça, né? Ontem a Polícia Federal até divulgou um serviço, o todos os eh aposentados podem entrar ali no aplicativo, né, para paralisar o os descontos e tudo mais. O ministro disse ontem que cada caso será analisado um por vez ali, não tem como ser no geral, porque precisa saber quais aposentados realmente deram autorização pro desconto, quais não deram. Isso vai levar um tempo, isso vai dar um trabalho. Tanto que o ministro não conseguiu garantir que nesse próximo mês não haja desconto. Então, pode ser que mesmo após a operação haja esse desconto irregular, porque a folha já está rodando. Então, isso é uma coisa que ainda não vai se resolver tão rapidamente. Eu acho que o grande trunfo do governo agora para tentar eh resolver isso é apostar na Polícia Federal e conversar com o Andrei ali para que a Polícia Federal seja bem ágil para seguir esse caminho de dinheiro e tentar evitar que esses empresários dessas entidades eh sumam com a boa parte do que foi desviada, né, Neila? Porque se a Polícia Federal não conseguir achar esse dinheiro, se a justiça não conseguir bloquear esse dinheiro, aí a situação fica um pouco pior. Porque se consegue, vamos supor que a Polícia Federal agora consegue mapear para onde foi todo o dinheiro. Obviamente tem um tanto que já foi, já virou um Porsche, já virou um Rolls-Royce, já virou uma viagem, já virou eh já virou um Rolex. Mas isso também foi foi muita coisa apreendida. Para você ter noção, conversando agora de manhã com algumas fontes na Polícia Federal, eles não conseguiram nem fazer o balanço ainda da operação, né? Porque é muita busca e apreensão, muita gente alvo, muita coisa apreendido. Então a Polícia Federal tá vendo ali, pode ser que nessas buscas a gente já consegue reaver muita coisa em bens, carros, itens de luxo. Então já é ali um uma coisa que ajuda. O segundo passo, como eu disse, é ver o dinheiro, essas empresas de fachada que receberam, essas empresas ligadas aos donos das entidades que também receberam o dinheiro. Então ali também pode dar uma ajuda pro governo para já tentar o mais rapidamente bloquear esse dinheiro, conseguindo a justiça que devolva esse dinheiro para que o governo possa pulverizar nas contas que foram feitos os descontos. Mas isso a gente sabe que como depende da justiça, como depende de autorização, isso normalmente não é tão rápido. E o governo, a gente sabe também não tá fácil você conseguir 6 bilhões da noite pro dia, né? a gente tem uma situação fiscal complicada, o governo tem lutado com isso, eh tem feito cortes de gasto eh sempre que necessário, mas eh tem mais esse problema, eh por uma questão bem específica, né? você envolve uma fatia grande da sociedade, que são os aposentados que votam, que conversam com outras pessoas que também são eleitores e que pode resultar ainda mais numa avaliação ruim pro governo. Então, eu acho que o governo aí tem uma crise, mais uma crise para se resolver e a gente sabe que é isso, você tem que resolver essa crise com o carro andando, né, Leila? E pode ser que no próximo ponto tenha outra crise. Então, eh, a gente sabe, a gente tem falado muito aqui de emendas, a gente deve ter muita coisa de emenda ainda nos próximos meses, que também são coisas que começaram no governo anterior, mas que tão estourando no colo do governo que aconteceu com o ministro Jcelino, né? Era um um fatos totalmente alheios a este governo, né? Era tudo enquanto ele era deputado ainda no governo Bolsonaro. Lula nomeou ele ministro, estourou na cola do governo que teve que demitir eh um ministro suspeito de corrupção, acusado de corrupção, né, que virou réu por corrupção. Então, eh eu acho que é mais uma crise e o governo aí vai ter que gastar um pouco, não só a sola da bota aí para correr atrás desse dinheiro, mas também a voz, né? É, a gente, como a gente estava falando, Sidônio veio para resolver a comunicação do governo, pelo menos isso é o que foi anunciado, né? Eu, como polícia federal, essa parte da política eu só acompanho também dos meus colegas do Metrópolis, de outros veículos que a gente acompanha. Eh, mas pelo que eu soube, veio para resolver a comunicação. Ontem, eh, pelo menos ontem, nesse caso específico, pelo que eu percebi, a comunicação do governo serviu mais para aumentar a crise. Olha, antes de eu continuar externando a minha indignação, eu vou agradecer a participação do Serapião. Obrigada, viu, Serapião? Matérias agora, então, mais matérias à tarde no Portal Metrópolis, na sua coluna. Eu acho que ela deve sair na editoria de Brasil, mas assinou eu e Vassal. Maravilha. Ó, então, mais matérias sobre assunto. Editoria de Brasil, portalmetropol.com.

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