Você sabe porque existe um papa? Porque ele muda de nome? Que já existiram antipapas e que talvez já tenha existido até uma papisa, uma papa mulher? Pois é, o concláveio começa hoje e o processo de escolha do Santo Padre você já viu por aqui. Mas o que você ainda não viu são as curiosidades por trás da figura mais emblemática da Igreja Católica. Isso até agora. Para começar, o papa acumula funções. Ele é líder religioso, chefe de estado e bispo ao mesmo tempo. Como bispo de Roma, ele administra diocese com ajuda de muita gente. Claro, como chefe do Vaticano, um país menor que o Hopri, ele lida com questões políticas, diplomáticas e internas. E como líder espiritual, ele influencia decisões no mundo todo, canoniza santos e orienta milhões de fiéis e tudo isso sem salário. No comentário amém perguntando ao papa disponível no Star Plus, Rod Rebergolho, o Papa Francisco, explicou: "Quando precise de dinheiro para comprar sapatos ou algo assim, eu peço, não tenho salário, mas não me preocupo com isso, pois sei que seria alimentado de graça." Mas de onde surgiu essa figura central, com tanto poder, tanta responsabilidade? A origem remont ao apóstolo Simão, pescador, um dos mais próximos de Jesus. Foi Cristo quem disse: "Tu és Pedro. Também sou. E sobre essa pedra edificarei a minha igreja. Ali Simão ganhou um novo nome, Pedro, que vem exatamente de pedra e a missão de ser a base da igreja. Ele foi para Roma, virou referência entre os cristãos e acabou sendo morto por causa da fé. foi crucificado de cabeça para baixo, inclusive a pedido dele mesmo, por não se considerar digno de morrer como Cristo. Desde então, quem assume seu lugar, o de bispo de Roma, é visto como seu sucessor direto. É por isso que existe Papa. Ele representa a continuidade da missão de Pedro, que é na Igreja Católica ao longo dos séculos. E por que os papas mudam de nome? A troca é simbólica. Assim como Simão se tornou Pedro ao receber sua missão, os papas adotam novo nome ao serem eleitos, marcando o início de uma nova fase. Ao longo da história, os nomes mais escolhidos foram João, Gregório, Bento, Inocencio, Leão, Clemente e Pio, o mais popular João, com 23 papas chamados assim. E se você espera ansiosamente alguém aparecer na varanda da Basílica de São Pedro falando abemos papam, saiba que não é à toa. Segundo a legislação do próprio Vaticano, o latim é a língua oficial da igreja. Mesmo com algumas mudanças recentes, como a retirada do latim como idioma obrigatório em um sínodo, por decisão do Papa Francisco, inclusive ele continua sendo a língua de referência para os atos oficiais. Mas a história do papado também teve esses momentos meio turbulentos. Ao longo dos séculos surgiram os antipapas, pessoas que também se diziam papa, geralmente apoiadas por reis ou grupos políticos dentro da própria igreja. Teve época com dois até três papas ao mesmo tempo, cada um dizendo que o outro era falso. Foi preciso muito debate, pressão e concílio para resolver essas crises. E tem ainda a lenda da papisa Joana. Reza a história que na Idade Média uma mulher teria se disfarçado de homem, se destacado nos estudos e chegado até o trono papal. A face teria sido descoberta quando ela entrou em um trabalho de parto durante uma procissão. A igreja nega, claro, e os historiadores também não encontraram provas, mas a história continua viva, atravessando os séculos entre o mito e o mistério. O papado é muito mais do que uma figura vestida de branco na sacada do Vaticano. É história, fé, poder, tradição e também algumas boas lendas. Se curtiu, manda para alguém que acha que o Papa só reza miss. Mas informações sobre conclave, o mundo você encontra nas páginas do Globo, no site e nas redes sociais. Até mais. [Música]
Fique informado(a) de tudo que acontece, em MeioClick®