Falar sobre a Segunda Guerra Mundial, mesmo após 80 anos de seu término, nunca é algo que traz somente conhecimento histórico, mas também dor e especialmente por parte do povo judeu, que foi a maior vítima do Partidoista e seus membros. E a palavra que resume e traz a lembrança: toda aquela dor é uma só. holocausto. E a pergunta que nunca irá se calar é: por Hitler tinha tanto ódio dos judeus, embora fosse descendente de uma família judia? De fato, não há confirmação oficial de que Hitler tenha descendido de uma família de judeus. Porém, a primeira vez que se ouviu falar sobre isso foi em 1946, durante o julgamento que precedeu a execução de um ex-advogado do líder nazista e ex-governador geral da Polônia durante a Segunda Guerra, conhecido como Hans Frank. Ele afirmou que o ditador, apesar de ter sido cruel contra os judeus, tinha uma costela judaica. usando as palavras do ex-advogado. Em 1953, 7 anos após o julgamento de Nuremberg, como ficou conhecido o julgamento dos nazistas que foram capturados, as memórias e declarações de Hans Frank foram publicadas no livro Diante da forca de uma editora alemã. Segundo as escritas, Frank, que era o braço direito dos oficiais nazistas, afirmou que realizou uma investigação sobre a árvore genealógica de Hitler, a pedido do próprio em 1930. E de acordo com Frank, o meio sobrinho do ditador havia encontrado evidências da sua ascendência judaica e estava ameaçando usar essas informações para o chantagear. Segundo relatos descritos no livro, a avó paterna de Adolf Hitler, Maria Anaikil Gruber, teria trabalhado como cozinheira para uma família judia na cidade austríaca de Graça. Durante o período em que esteve empregada nessa casa, Maria Ana engravidou de um homem cuja identidade nunca foi oficialmente confirmada. Em 1837, ela deu a luz a Aloa Chicken Gruber, que foi registrado como filho ilegítimo. O pai simplesmente não constava nos documentos. Mais tarde, em 1842, Maria Ana se casou com Johan Geor Hitler e durante toda a vida, Adolf Hitler afirmou que esse homem era o seu verdadeiro avô paterno. Essa versão foi aceita como oficial por muitos anos, embora carecesse de provas concretas. No entanto, após a queda do regime nazista, o advogado Hans Frank apresentou uma teoria alternativa. Ele alegava que o verdadeiro pai de Aloís seria, na verdade, o filho do patrão judeu de Maria Ana, Frankenberger, Sir. Segundo Frank, existiriam cartas trocadas entre Maria Ana e a família Frankenberger, que reforçariam essa hipótese. Nessas correspondências, haveria evidência de que o patrão enviava regularmente dinheiro à jovem como forma de pensão alimentícia. Um gesto que para Frank indicaria uma responsabilidade paterna e, portanto, uma ligação sanguínea direta. Se for mesmo verdadeiro, essa possibilidade colocaria em questão a origem familiar de Hitler, trazendo a Atona uma irônica e complexa contradição. O líder do regime nazista, símbolo do antissemitismo extremo, teria ascendência judaica. Contudo, como citado no site All That Interesting, de acordo com a lei tradicional judaica, o status de judeu é apenas transmitido pela mãe. Uma vez que a suposta descendência de Hitler teria sido transmitida apenas através do seu pai, isso significaria que um ritual de conversão seria necessário para que este fosse considerado [Música] judeu. O nazismo surgiu com a fundação do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães em 5 de janeiro de 1919. Adolf Hitler veio assumir o controle da organização apenas em 1920 e rebatizou de Partido nazista. Em 1920, o programa do Partido Nacional Socialista defendia a unificação da Alemanha em uma grande Alemanha. Um dos seus pilares era a exclusão de judeus e seus descendentes da cidadania alemã. A plataforma também incluía propostas de reforma agrária e nacionalização de setores industriais. A ideologia nacional socialista articulada por Hitler em seu livro Man Campf, escrito em 1924, era fundamentalmente antisemita e anticomunista. Hitler desprezava a democracia parlamentar e defendia o direito da Alemanha à expansão territorial. No sistema político nazista, todo poder era centralizado na figura do furer, que significa líder. Após as atrocidades do holocausto e a derrota da Alemanha na Segunda Grande Guerra Mundial, o termo nacional socialista passou a ser utilizado principalmente por pequenos grupos radicais racistas, conhecidos como neonazistas. Hoje em dia, eles se resumem em pequenos grupos em todo o mundo e até mesmo aqui no Brasil. Na Europa, e especialmente na Alemanha, o contingente é um pouco maior, mas costuma dar menos trabalho do que as gangs dos países latino-americanos. [Música] Para entender como Hitler ascendeu ao poder, é bom buscarmos mais informações na história. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha iniciou um delicado processo de reconstrução. Nesse contexto, o respeito pela lei ganhou destaque como símbolo de ordem e estabilidade em meio ao caos deixado pelo conflito. Advogados e juízes judeus desempenhavam um papel fundamental nesse sistema jurídico, refletindo a diversidade que ainda existia na sociedade alemã da época. Inspirado pela ascensão de Benito Mussolini ao poder na Itália em 1922, evento conhecido como a marcha sobre Roma, Hitler tentou imitar o feito com o chamado da Cervejaria, ocorrido entre os dias 8 e 9 de novembro de 1923 em Munique. A tentativa de golpe foi rapidamente reprimida pela polícia Bárvara, resultando na morte de 15 nazistas e na prisão de Hitler. E foi durante esse período de reclusão que ele redigiu Main Campf, seu manifesto ideológico. Hitler soube explorar com maestria as fragilidades econômicas da República de Veima, que enfrentava hiperinflação, desemprego e os efeitos devastadores da grande depressão. Com discurso radical, passou a utilizar os próprios mecanismos da República para miná-la por dentro. Uma estratégia que ficou marcada pela ideia de usar a Constituição para destruir a Constituição. A influência do Partido Nazista cresceu rapidamente até que se tornou a maior força política no reestável. A pressão das ruas marcada por marchas, atos ilegais e uma retórica abertamente racista, obrigou o então presidente Paul von Hindburg a nomear Hitler como chancelé em 30 de janeiro de 1933, num evento que ficou conhecido como a tomada do poder. Pouco tempo depois, em 27 de fevereiro de 1933, um incêndio destruiu o edifício do Restav. O evento foi prontamente usado como justificativa para suprimir liberdades civis e decretar um estado de emergência por 4 anos. O chamado decreto de incêndio do Reistag visava proteger a ordem pública, mas na prática fortaleceu o controle do governo nazista, permitindo prisões em massa, como os 4000 comunistas capturados pela SA, uma divisão de assalto paramilitar naz e conferindo a Hitler o poder de legislar sem o restado. Diversos princípios autoritários foram instaurados nesse período. Os princípios de um líder colocava Hitler acima da própria lei. O princípio vouquista, baseado na ideia de desigualdade racial, reorganizou o sistema judiciário para excluir qualquer pessoa que não fosse considerada parte da comunidade, digamos, ariana. Na prática, isso significava negar proteção legal a judeus e outros grupos marginalizados. Ainda em 33, o Ministério do Interior do Rich foi instrumentalizado para consolidar o poder nazista. Uma nova legislação eliminou do serviço público todos os não arianos e os considerados politicamente indesejáveis. Autonomia dos estados e províncias alemães foi abolida por meio do processo de coordenação e leis raciais passaram a definir quem era ou não verdadeiramente alemão. A repressão se intensificou em 1934, durante a noite das facas longas. Entre 30 de junho e 2 de julho, cerca de 80 membros da SA, incluindo opositores políticos, foram executados numa ação que consolidou o poder pessoal de Hitler. Com a morte do presidente Hidenburg em 2 de agosto de 34, Hitler assumiu também a chefia de estado, acumulando os cargos de presidente do Rich, Chancelet e Fur do Partido nazista, estabelecendo uma ditadura completa. O antissemitismo ganhou proporções ainda mais brutais na noite dos cristais quebrados, entre 9 e 10 de novembro de 1938. Sinagogas foram incendiadas, lojas judaicas saqueadas e mais de 100 pessoas assassinadas. Cerca de 30.000 homens judeus foram enviados a campos de concentração. Ao todo, 267 sinagogas foram destruídas em territórios alemães e os bombeiros foram instruídos a intervir apenas para evitar que o fogo atingisse propriedades arianas. E o regime ainda responsabilizou os judeus pelos ataques, impondo-lhes uma multa coletiva de 1 bilhão de marcos do Rich. Com os novos decretos que se seguiram, os judeus foram excluídos da vida econômica e social da Alemanha. Muitos quando puderam fugiram do país. Embora o holocausto, que foi a perseguição e o genocídio de 6 milhões de judeus, seja a face mais conhecida do terror nazista, é crucial lembrar que a ideologia racial e política de Adolf Hitler e de seu partido tenebroso mirou em muitos outros grupos, infligindo sofrimento e morte em escala maciça. Ciganos foram grupos intensamente perseguidos na Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Estimativas apontam que entre 200.000 e 500.000 ciganos foram assassinados no Horageus, que significa a devoração ou o grande sofrimento em romanês, um idioma exclusivo dos ciganos. Assim como os os judeus, eles também eram vistos como raça inferior e eram submetidos a leis discriminatórias, esterilização forçada e, por fim, extermínio nos campos de concentração. Primo Lev, sobrevivente de Auschwitz, em seu livro É isto, um homem, descreve brevemente o destino dos ciganos que encontrou no campo, ressaltando a brutalidade com que eram tratados. O povo esávo, os poloneses, russos, ucranianos e outros também foram escravizados. A ideologia nazista considerava os esclavos como subhumanos e eram vistos como mão de obra escrava para a expansão do espaço vital alemão. Milhões de civis eslavos foram assassinados, deportados para trabalhos forçados ou morreram de fome e doenças como resultado da ocupação nazista. A Polônia em particular sofreu perdas imensuráveis com a elite intelectual e política sendo sistematicamente eliminada. Jean Gross, em seu livro Vizinhos, a destruição da comunidade judaica em Jebine, Polônia, embora focado em um evento específico, ilustra o clima de violência e a desumanização dos grupos não alemães sob a ocupação nazista. Através do programa Action T4, os nazistas assassinaram sistematicamente milhares de alemães com deficiências físicas e mentais, considerados um fardo para a sociedade e uma ameaça à pureza racial. Eram eutanasiados em centros especiais. Essa política de extermínio de vidas consideradas indignas de serem vividas precedeu e, em muitos aspectos, pavimentou o caminho para o holocausto. O autor Robert J. Lifton, em seu livro Os médicos nazistas, assassinados médicos e a psicologia do genocídio, explora a participação da comunidade médica nesse programa macabro. Homossexuais eram perseguidos sob o parágrafo 175 do Código Penal alemão, que foi reforçado pelos nacistas. Milhares foram presos, enviados para campos de concentração e submetidos a tratamentos brutais e experimentos pseudocientíficos. Embora o número exato de vítimas seja difícil de precisar, estima-se que dezenas de milhares foram perseguidos e muitos morreram sob custódia naista. Outro grupo bastante perseguido foi o de testemunhas de Jeová. Esse grupo religioso foi implacavelmente perseguido por sua recusa em prestar juramento a Hitler e em participar de atividades militares. Milhares foram presos, torturados, mortos por sua fé. Eles eram identificados nos campos por um triângulo roquentemente enfrentavam um tratamento particularmente cruel. E por fim, comunistas, socialdemocratas, liberais e qualquer um que se opusesse ao regime nazista era alvo de perseguição, prisão e assassinato. Muitos foram enviados para campos de concentração onde sofreram brutalidade e morte. A resistência alemã, embora muitas vezes fragmentada e reprimida, demonstra a coragem daqueles que se recusaram a se curvar a tirania nazista. Como bem pontuou o historiador Raul Hilberg em sua obra seminal A destruição dos judeus europeus, o objetivo final dos nazistas era a purificação da raça ariana, o que implicava a eliminação de todos aqueles considerados inferiores ou inimigos do estado. Essa visão de mundo distorcida e perigosa levou a uma perseguição implacável e a assassinatos em massa dos grupos que falei até [Música] aqui. Desde as suas raízes antigas na região do Levante, há milênios, os judeus fojaram uma identidade única, marcada por uma fé monoteísta, inovadora, para sua época, expressa na Torá e por uma profunda conexão com a terra ancestral Israel. A Bíblia hebraica, um tesouro de histórias, leis, poesias e profecias, não apenas moldou a religião judaica, mas também influenciou profundamente o desenvolvimento do cristianismo e do islamismo, lançando as bases éticas e morais para grande parte do mundo ocidental e além dele. Ao longo dos séculos, a história dos judeus tem sido marcada por diásporas e retornos, por períodos de florescimento cultural e intelectual intercalados com ondas de perseguição e exílio. Após a destruição do segundo templo em Jerusalém, no ano 70 depo de Cristo pelo Império Romano, a maioria dos judeus se dispersou pelo mundo, formando comunidades em diferentes terras e culturas. Não importava o lugar, os judeus se adaptaram e contribuíram de maneiras notáveis. Na Espanha medieval, sob o domínio muçulmano, por exemplo, floresceu uma idade de ouro da cultura judaica, com pensadores, poetas, médicos e filósofos judeus, como Maimonides Hamban, deixando um legado intelectual duradouro que influenciou tanto o pensamento judaico quanto o judaico. As obras de Ramban, como o guia dos perplexos, tentaram harmonizar a filosofia aristotélica com a teologia judaica, demonstrando a capacidade dos judeus de se engajar de maneiras mais profundas com as correntes intelectuais de seu tempo. No entanto, essa coexistência nem sempre foi pacífica. Eles eram frequentemente confinados a guetos e impedidos de exercer certas profissões, o que ironicamente muitas vezes os levou a se especializarem em áreas como o comércio e as finanças, alimentando estereótipos negativos que persistiram por séculos. Apesar das adversidades, a resiliência e a capacidade de manter sua identidade cultural e religiosa foram marcas distintas do povo judeu. Tradições, a transmissão do hebraico e do Iris e a forte coesão comunitária permitiram que sobrevivessem a inúmeras provações. A partir do século XIX, o surgimento do sionismo, um movimento que buscava o estabelecimento de um lar nacional para os judeus na sua antiga pátria, ganhou força em resposta ao crescente antissemitismo na Europa. O holocausto, a tentativa sistemática de aniquilação dos judeus europeus pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial, um evento de horror indisível que seifou 6 milhões de vidas, reforçou a urgência para a busca por um refúgio seguro. Após a Segunda Grande Guerra Mundial, em 48, o Estado de Israel foi estabelecido. Um momento de profunda alegria e realização para muitos judeus ao redor do mundo, mas também o início de um complexo contínuo conflito com seus vizinhos árabes. Hoje, o povo judeu está disperso globalmente com grandes comunidades em Israel, nos Estados Unidos, França e em outros países, inclusive aqui no Brasil. Eles continuam a contribuir de forma significativa para as artes, as ciências, a medicina, a tecnologia e o pensamento em diversas áreas. mantendo viva uma herança milenar de criatividade e resiliência. Diante dessas circunstâncias e tudo o que vimos até agora, é que vem a pergunta do título. Por que Hitler perseguiu judeus? Por que tanto ódio? E até hoje, acredite, eles são rechaçados por milhões de pessoas em todo o mundo. Por quê? Vamos começar pelo antissemitismo secular e racial no século XIX. Naquela época, com o advento do nacionalismo e das teorias raciais pseudocientíficas, o antissemitismo religioso ganhou novas roupagens seculares e científicas. E os judeus foram categorizados como uma raça inferior e degenerada, intrinsecamente diferente e prejudicial à pureza da raça ariana. Essa visão racialista desumanizava os judeus, retirando deles qualquer humanidade compartilhada e justificando a discriminação e a violência. livros e panfletos antissemitas proliferado, disseminando teorias da conspiração absurdas, como a dos protocolos dos sábios de Sião, uma fraude forjada que alegava revelar um plano secreto dos judeus para dominar o mundo. Essa literatura venenosa encontrou terreno fértil em um período de instabilidade social e econômica, oferecendo um bode expiatório conveniente para os problemas da sociedade. Na Alemanha, após a derrota na Primeira Guerra Mundial e a crise econômica que veio em seguida, o antissemitismo já estava presente, mas Hitler e o Partido Nazista o levaram a um nível de intensidade e brutalidade sem precedentes. Hitler explorou e intensificou os preconceitos existentes, apresentando os judeus como a causa de todos os males da Alemanha. a derrota na guerra, a inflação, a instabilidade política e a decadência cultural. Em seu livro Main Campf, que quer dizer minha luta, Hitler expôs sua visão de mundo racista e seu ódio obsessivo pelos judeus, descrevendo-os como um fermento de decomposição e uma ameaça pureza da raça ariana. Ele articulou a ideia de uma luta racial pela sobrevivência, na qual a eliminação dos judeus era vista como uma necessidade para a saúde e a grandeza da nação alemã. A propaganda nazista desempenhou um papel crucial na disseminação desse ódio, utilizando todos os meios de comunicação disponíveis na época, jornais, rádio, cinema, cartazes, para bombardear a população com imagens e mensagens que demonizam os judeus. Eles eram retratados como seres repulsivos, traiçoelhos e conspiradores, desumanizando-os sistematicamente aos olhos da sociedade alemã. E além disso, o regime nazista implementou leis discriminatórias que marginalizaram e isolaram os judeus da sociedade alemã, preparando o terreno para a perseguição e o extermínio em massa. A privação de direitos civis, a expropriação de bens e a violência crescente criaram um clima de terror que culminou na solução final, o plano genocida para aniquilar todos os judeus da Europa. Em suma, o ódio visceral de Hitler e do regime nazista pelos judeus não foi um fenômeno isolado, mas sim um resultado trágico de séculos de antissemitismo religioso, econômico e racial, intensificado por um contexto de crise social e política e manipulado por uma ideologia extremista e desumana. Compreender as raízes desse ódio é fundamental para aprendermos com o passado e combatermos todas as formas de intolerância e discriminação no presente. É fundamental lembrar que cada número representa uma vida, uma história interrompida pela intolerância e pelo ódio. As vítimas do nazismo em sua diversidade nos lembram da fragilidade da humanidade diante da ideologia extremista e da importância da vigilância constante contra todas as formas de discriminação e desumanização. A memória de seu sofrimento serve como um alerta solene para as gerações presentes e futuras. Ah.
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