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Conexão Verde: presidente da COP30 divulga carta sobre desafios globais

Conexão Verde: presidente da COP30 divulga carta sobre desafios globais

[Música] O presidente da COP 30 divulgou uma carta em que fala dos desafios geopolíticos, socioeconômicos e mentais que o mundo enfrenta. No documento, André Correa do Lago defende que é preciso união dos países para discussão e implementação de medidas no combate às mudanças climáticas. lhe alerta para uma perigosa tendência de efeito dominó e por isso a necessidade de reforçar o multilateralismo. O Brasil vai sediar a COP 30 no Pará em Novembro. O presidente afirma ainda que é preciso conectar o que acontece com o clima, com a vida das pessoas. Então, para analisar esse assunto, quem chega aqui no Conexão é o professor do Departamento de Engenharia Agrícola e Meio Ambiente da Universidade Federal Fluminense, o Marcos Alexandre Teixeira. Professor, boa tarde. Seja muito bem-vindo sempre. Eu que agradeço, Kell. Muito obrigado por estar aqui. Muito, muito boa tarde para todo mundo também. Professor, achei muito interessante essa fala, né, que é preciso conectar as pessoas, né, sobre o que acontece no meio ambiente, na vida delas, porque talvez aí despertando a consciência de todo mundo, né, inclusive desde os menores, quem sabe a gente consiga cobrar ações mais efetivas, né, dos governantes mundo afora nossos e também de uma forma global, né? Sim, quando a gente fala na COP, a gente fala muito em governança, né? E a governança nada mais é de você pensar quais são as regras de bom convívio. Então, eu gosto de pensar a COP, por exemplo, com uma reunião de condomínio. Todos nós moramos no planeta Terra. Em algum momento a gente tem que se reunir para falar, gente, então parece que alguma coisa tá dando errado. O que que a gente vai fazer com isso? Então, na governança, a gente vai determinar algumas regras. Por exemplo, no condomínio, a gente pode jogar lixa em qualquer lugar do condomínio ou tem que jogar no lugar certo, né? A gente tem que manter as áreas comuns limpas. O que eu faço dentro do meu apartamento, eu não faço do lado de fora e vice-versa. Então, é na COP que a gente tem a oportunidade de pensar essas regras em específico na questão da mudança climática, né, que aí é um assunto que de fato envolve todo mundo. Só temos um planeta, né? Exato. Talvez por isso, né, ele fale de tendência perigosa e efeito dominó, porque a gente já está numa situação, agora h pouco a gente mostrou a questão da reportagem do plástico na Amazônia, por exemplo, né, e tá tudo conectado. Então, veja, se a gente não toma as ações necessárias hoje, que na verdade já deveriam ter sido tomadas, até quando o planeta aguenta? Essa é a grande pergunta, né? É, Kell, até quando o o planeta aguenta, aí tem uma certa ironia, né? Porque os dinossauros vieram, os dinossauros foram, né? E o planeta tá aí. Tudo bem? Então, assim, não é o que o planeta aguenta, é o que nós tornamos o nosso planeta amigável pra nossa espécie. Então, assim, a gente tem que pensar que o planeta Terra está num processo de evolução, esteve, sempre estará. A questão que a gente tem que olhar é se a gente vai conseguir se adaptar ao que nós estamos fazendo com o planeta Terra, porque o planeta Terra vai continuar, o prédio vai continuar, né? A gente é que talvez tenha que sair desse condomínio e procurar um outro lugar. Epa, não tem outro lugar, né? Ó, vamos fazer. Então assim, você falou de temos que fazer hoje, mas o que hoje é velho já, né? Tem quase 30 anos. É, a ciência tá avisando faz bastante tempo, né? E o que a gente vê muitas vezes é muita falação e proca prática, né? Porque ainda se coloca o lado econômico muitas vezes acima do ambiental. Agora, a pergunta que fica é quando não conseguir produzir mais, quando tiver o caos total, muitas vezes pode ser tarde para nós, né? Para nós, pra nossa subsistência, né? É, o professor Carnal da Unicamp teve uma fala que foi muito boa, foi na época da COVID. Ele fala: "Todo mundo tá numa tempestade, todo mundo tá no mar. Agora tem gente que tá de navio e tem gente que tem só um tronco para poder se agarrar, para não afundar". A questão toda que a gente tem que entender é a mudança climática, né? A questão da do clima na Terra, ele afeta todo mundo. Alguns países, algumas pessoas, algumas camadas da sociedade estão melhor adaptadas do que outras. Quem tiver mais adaptado, e aí é puro darwinismo, né? a sobrevivência do mais rápido. Quem tiver mais bem adaptado vai acabar sobrevivendo. Quem não tiver mecanismo para se adaptar, porque a mudança e é essa é a brincadeira, né? A pessoal já tá discutindo qual o nível da mudança, se nós vamos conseguir parar 1,5 ou se nós não vamos conseguir segurar nem 2º de mudança de temperatura do Globo. Kelly, 2º 2 a gente, a gente não briga por isso nem no ar condicionado. E a gente tá vendo aí no mundo, tudo tá mudando de uma forma tão rápida, o clima tá ficando cada vez mais cheio de extremos, né, mais secas por mais tempo e mais duradoras e mais chuvas com maior intensidade, mais inundação. E a gente, o que que a gente tá se preparando para enfrentar esse desafio? E a cópia é esse é esse fórum, né, da gente ver como humanidade o que que nós devemos, podemos e queremos fazer para tentar minimizar esse impacto. Meu impacto já tá vindo. E como o impacto ele já tá vindo, já tá complicado demais, será que nessa cópia a gente pode ter resultados mais concretos, sair com algo mais prático, né, ou só ideias ou acordos que não são cumpridos? Qual que é a sua esperança para essa cópia, hein, professor? Hum. Então, vamos ver. Se eu usou a frase acordos que não são cumpridos, que ali só a ideia de ter um acordo, de ter um um ponto em comum, já me deixa feliz, porque ao menos o pessoal concorda que a gente tá num problema. Ah, na COP nós temos dois problemas bem básicos, que é assim, um no condomínio a gente tem dinheiro, que é o dinheiro do condomínio para fazer as coisas. na COP a gente não tem isso. Nós temos muita questão de soberania, então é muito complicado um organismo internacional que a COP, né, o multilateralismo, ele é ele vem dessa, dessa filosofia de tá o que cada país deve fazer. Agora, por outro lado, se o país não fizer nada, sabe que ele vai estas tareas piores? Realmente, a gente vai ter que seguir, tem que fazer alguma coisa, né? Porque no teatro eh mundial nós temos que estar com a figurinha um pouquinho limpinha, né, pô? Mas você não fez nada do clima. Exato. Vamos ver, vamos ver o que vai sair. A gente vai sempre trazer aqui essas pílulas no Conexão para deixar todo mundo também pensando e também fazer uma autoanálise, o que pode fazer em casa no que no seu consumo, por exemplo, de embalagens individuais. Enfim, todo mundo pode ajudar o meio ambiente. Muito obrigada, viu, professor? sempre legal te ouvir. Obrigado, Kell. Eu que agradeço a oportun. Obrigada. Boa semana.

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