[Música] Débora de volta aqui no estúdio do Live CNN pra gente falar a respeito da ata do COPOM que foi divulgada mais cedo, né, que detalha a decisão do comitê de política monetária do BC, que é o Banco Central, de aumentar a taxa de juros para 14,75%. Débora, o que que a gente pode entender dessa decisão do Banco Central? Projeções, o que esperar daqui pra frente? O que esperar daqui paraa frente é a grande interrogação, viu, Renan? Porque o Banco Central deixou em aberto o que que vai acontecer para a próxima decisão de política monetária. O Banco Central que utilizou muito duas palavrinhas desde o comunicado da semana passada que foram cautela adicional e flexibilidade. A autarquia precisa de ter maior cautela nesse momento, uma cautela que agora é ainda maior e precisa de mais flexibilidade para analisar os próximos dados e a condução de todo esse cenário externo que gera uma incerteza. ainda maior. E essas palavras que eu tô trazendo aqui para vocês são palavras também utilizadas no tanto no comunicado na semana passada da decisão do comitê de política monetária, como na ata que foi divulgada hoje. A ata do comitê de política monetária funciona mais ou menos como aquela ata de reunião de condomínio do síndico, sabe? Que vem ali trazendo todas as discussões ponto a ponto, viu, Renan? A decisão foi unânime por aumentar essa taxa básica de juros a 14,75. A gente tá hoje no maior patamar de taxa básica de juros desde 2006. Lá em 2006 a gente também tinha um cenário externo muito adverso, que a palavrinha que o Banco Central gosta muito de usar, ou seja, com muita incerteza lá fora. Também não é diferente do que acontece agora. Ah, Débora, mas a gente teve ontem uma trégua nessa guerra tarifária com esse acordo temporário entre os Estados Unidos e a China. Pois é, é um acordo temporário e isso não tira essa incerteza que ainda paira no ar em relação a essa guerra tarifária, porque ainda estão continuando as negociações e a gente tem um prazo a ser dado. Tanto a China como os Estados Unidos podem acabar voltando atrás. O fato é que tudo isso gera muita inflação no mundo inteiro. E esse cenário inflacionário, ele também pesa na decisão do comitê de política monetária, que continuou grifando a preocupação com a condução da nossa inflação paraa meta. A gente tá muito distante ainda da meta de inflação. A nossa meta, viu Ran, é de 3%. E a gente tem um limite de um ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, o teto disso seria 4,5% as projeções de inflação que agora com essa taxa tão elevada, que começaram a ceder um pouco, ainda estão muito distantes da meta, tá na casa dos 5,5%. É muita coisa. Então por isso o COPOM continua bastante preocupado e mais frisa bastante também a preocupação com o cenário fiscal aqui do Brasil. Isso veio relacionado com o esmoecimento, ou seja, com o esfriamento do andamento das a a das reformas que estão ainda em andamento. A gente tem reforma que tá travada no Congresso e o andamento de outras reformas, a condução da dívida pública do Brasil. Tudo isso tem entrado ainda como grande preocupação, de acordo com o documento que foi divulgado hoje pelo comitê de política monetária, que manteve essa decisão de continuar com juros elevados por mais tempo. Uma decisão que foi unânime e um tom de comunicado ainda muito preocupante em relação à inflação, ao cenário fiscal e ao cenário externo. Um condomínio bastante harmonioso, pelo menos, né? Porque lá no prédio discussão não tem unanimidade, não. Não tem não. Pelo menos nesse caso tem. E olha que a gente tem diretores que ainda vem da gestão anterior e tem mais, claro, diretores da atual gestão nesse momento, viu, Renan? Boa. Débora Oliveira com a gente nos ajudando a entender um pouquinho desse universo tão fascinante da economia. Te agradeço. Me despeço de você, né? Se despede, mas amanhã a gente tá de volta aqui. É isso aí. Obrigado, Débora. Valeu,
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