Sobre isso pode muito bem ser como um copo com água. O copo é a nossa mente e a água é o conhecimento. Se o enchermos, a água irá transbordar depois de um tempo. E é nesse momento que não conseguimos entender a criação. Hoje em dia, nós temos ao menos uma ideia do que é o universo. Existem milhares de pesquisadores que dedicam suas vidas a tentar desvendar os mistérios do cosmos. Planetas e estrelas são descobertos quase todos os dias, porém tudo que sabemos é apenas um grão de areia em uma praia imensa. E uma das principais perguntas diz respeito à sua origem. Para os cristãos, algumas dessas questões podem ser respondidas de acordo com a Bíblia. Mas será que o cristianismo realmente tem a resposta para a origem de tudo? Na verdade, a Bíblia fala da criação, né, daquela linguagem, está no livro do Gênesis, que é o primeiro livro da Bíblia. Eh, a Bíblia não é um livro científico, é um livro de fé, mas ela tem informações. A origem do universo, mundo, do ser humano, segundo a Bíblia, é uma origem que vem de Deus. Agora, essa origem ela não impede que a ciência, que outras teorias, né, de evolução, da criação do universo todo, especificamente mais da Terra, não é? nosso planeta Terra, Água, Rus diz, e particularmente do ser humano, está descrito ali de uma maneira bonita, religiosa, não é? Para sobretudo insistir no fato de ser Deus o criador. A Bíblia não é um livro e especificamente evangélico, né? Um livro cristão. E a criação do universo, segundo a Bíblia, também não é específica exclusiva do cristianismo, né? as religiões judaic cristã tem a mesma a mesma definição de que Deus criou o universo, né? E é porque o que talvez dificulta a gente compreender e aceitar de forma clara é porque é uma imagem muito muito poética, eu costumo dizer assim, sobre a criação do universo, né? Que Deus criou o universo e todas as coisas que nele existem. Então é isso que eu acredito também. O cristianismo através da Bíblia não pode responder o universo da todavia, se alguém lê a Bíblia anuência do eterno senhor da vida e do destino, pedindo para ele, ele dá a conhecer, a saber a origem do universo, que esse tal de big bang, né? de big bang. Tudo tem sentido. Só que a origem do único, note bem uma coisa, quem quiser compreender, compreenda. Deus é o único ser encriado. Ninguém pode criar Deus. Nos últimos séculos, muitas pessoas tentaram buscar uma forma de conciliar a religião com a ciência, um contraponto entre a fé e a razão. E a maior dificuldade não é necessariamente colocar as diferenças de lado, mas sim encontrar o exato ponto que pode fazer as duas coisas caminharem juntas. Se levarmos em consideração a teoria do Big Bang, o universo surgiu há cerca de 14 bilhões de anos. Em um momento em que ninguém fazia ideia de como era o cosmos, um único átomo, o átomo primordial, concentrou tamanha energia e se tornou tão denso e quente que acabou explodindo no universo que conhecemos hoje. Mas é claro que não foi tudo imediatamente, não é? Logo após a explosão, o cosmos começou a expandir, resfriar e formar matéria. Daí surgiram as galáxias, as estrelas, os planetas e talvez coisas que ainda nem sabemos da existência. Como esse evento de fato começou? Ah, há quem diga que Deus pode ter muito bem iniciado Big Bang, mas outros afirmam que não. Tudo simplesmente estava seguindo um curso normal, natural. Em 2014, o Papa Francisco foi muito direto ao dizer que o Big Bang não contradiz a intervenção criadora divina, pelo contrário, a exige. E em meio ao emaranhado de ideias e possibilidades de associação, nós temos que tomar cuidado para não entrar em um looping eterno de quem criou quem. Existe um criador do criador? O que existia antes de tudo? Sobre isso, nós poderemos discutir o dia inteiro, mas fato é que muitos religiosos não encontram problema em dizer que Deus trabalha usando a ciência e que a partir do Big Bang, tudo passou a se desenrolar de uma forma favorável para que a vida existisse. Então, o universo foi criado há cerca de 14 bilhões de anos. A Terra surgiu há mais ou menos 4 e5 bilhões de anos. A Bíblia não é muito direta sobre essas informações, mas talvez exista uma forma de conciliá-las, que a ciência é um esforço humano de tentar compreender as coisas que não são tão fáceis de ser compreendidas. Mesmo Big Ben, né? mesmo que Big B. Talvez essa seja inclusive a grande discussão teórica, digamos assim, entre Einstein e Stephen Hawking, né? O acaso existe, não existe, tem um ser maior que criou tudo isso. Na minha concepção e na minha crença pessoal, mesmo que o nome dado a ao verbo haja luz dito na Bíblia, mesmo que esse verbo seja chamado pela ciência de Big Ben, eu creio que sim. Talvez possam ter sido milhões, bilhões de anos cronológicos, como a gente os compreende hoje. Sim, o Big Pin, como já disse, falam tanto no Big Ben, né? Então, eh, seria um um como eu diria, um um minúsculo sinal se ocorrisse, se o todo o universo dependesse do Big Bang, então seria apenas um sinal do criador, que uma coisa que a humanidade tem que tomar consciência que Deus é muito maior do que o universo. É is problema. Eu tenho consciência que Deus e o universo são uma só coisa. Sim, só que ele é maior que o universo. Entendeu isso? Quer dizer que Deus e o universo, o cosmo, são uma só coisa, só que ele está, ele que é o criador, ele é maior que o universo. Se o universo, por causa de um big vem, não importa o quê, fosse vacilar-se, Deus não, ele continuaria existindo. Segundo o livro de Gênesis, tudo foi criado por Deus em apenas seis dias, sendo que no sétimo ele descansou. Essa pode ser uma simples alegoria a respeito da passagem do tempo, uma forma mais romântica de contar uma ideia complexa que, para ser sincero, ainda não sabemos dos detalhes mais sórdidos. Eu gosto mais do termo poesia do que alegoria, para ser bem honesto contigo, porque a alegoria é uma forma que a gente criou de visualizar tudo isso, né? como se fosse um um estalar de dedos do Thanos, dos Vingadores e tudo se faz. Então, esses seis dias, essa criação é uma poesia. Não tem como avaliar isso de forma literal, né? Não tem como traduzir isso de forma, ora, foram seis dias, ele começou na segunda e aí sexta-feira já tava quase concluindo para pensando no fim de semana. Não é bem assim, né? A palavra alegoria é interessante, né? Mas a gente interpreta como naquela linguagem, não é? A linguagem até bonita, poética, mas é claro que a cada dia pode corresponder milhões de anos, né? Em outras palavras, ali é o relato religioso, simples, mas bonito. E para valorizar inclusive o sétimo dia, que pro judeu é o Shabat, sábado, dia santo por excelência, que para nós cristãos, cristãos católicos, é o domingo, que foi o dia correspondente à ressurreição de Jesus, que a Bíblia é um livro de letras mortas, repleta de fábulas, lendas, parábolas, metáforas e até charadas. Só com a anuência do Altíssimo, alguém pode compreender ela. Ela é sagrada porque ela cara em seu bojo as leis sagradas. Porque seis dias da Bíblia pode ser 6 trilhões de anos. Por quê? Pera aí, eu sei que tu compreendeu, mas só que praticamente praticamente ninguém parou para pensar por que pode ser 6 trilhões de anos. Eis o o a incógnita 6 trilhões de ano, porque lá onde ele reino absoluto o tempo não conta. Eu creio que não há esse conflito. Houve durante o decorrer do século momentos de conflitos da fé com a ciência. Pode ser que haja outros, mas dentro da própria igreja houve uma evolução nas doutrinas, não é? Aquilo se refere, no caso específico, à criação do mundo. E não há, repito, mais uma vez, não há nenhum impedimento que se afirme, né, a evolução que esses dias aí corresponde a milhares, milhões de anos. E nós sabemos disso. E não fere, repito, a fé que nós temos de afirmar que o criador, né, desse mundo, do planeta Terra, Água, do universo todo, nós afirmamos que é Deus. A ciência encontrou várias hipóteses sobre como a vida de fato surgiu no nosso planeta. Uma delas se chama panspermia e fala sobre a vida ter começado a partir de partículas do espaço que chegaram ao nosso planeta primitivo. O filósofo grego Anazágoras as chamou de sementes da vida. A partir dessa interpretação, é possível dizer que a vida não teve início aqui na Terra, mas chegou tempos depois. Só que essa não é a hipótese mais aceita a respeito do tema. No século XX, os cientistas Oparing e Han surgiram com a ideia de que a vida começou aqui mesmo, dentro do planeta. Tudo graças às condições climáticas e atmosféricas da Terra primitiva. Determinados compostos presentes na atmosfera teriam sofrido ação dos raios e da radiação ultravioleta, fazendo com que moléculas simples se originassem. Junte tudo isso à temperatura elevada e temos uma reação atmosférica que teria criado os primeiros aminoácidos carregados pelas chuvas e depositados em lagos e oceanos. Esses mesmos aminoácidos reagiram ao contato com as rochas quentes da crosta terrestre e formaram as proteínas. Elas começaram a se nutrir dos compostos orgânicos da água, transformando-se em coacervados. E foi depois deste ponto que surgiu o material genético e o primeiro ou os primeiros seres vivos, um organismo completamente diferente do que conhecemos, que se nutria nos oceanos e lagos. Embora alguns experimentos tenham comprovado essa hipótese, o mistério a respeito das reais condições do planeta continua forte, tanto na ciência quanto na religião. Agora, o que nós podemos realmente deixar de lado é a ideia de que o Homo sapiens sapiens evoluiu dos macacos. Uma ideia que com certeza você já conheceu. A verdade é que nós compartilhamos um ancestral comum com os primatas e a partir do momento em que percebemos isso, a teoria da evolução das espécies pode fazer bem mais sentido. Confesso para você que eu tenho dificuldade de imaginar que eu vim de do macaco simplificando a coisa e deixando ela bem grotesca. Inclusive, não creio nisso não. Na verdade, nem os biólogos evolucionistas acreditam que nós viemos do macaco, né? Nós viemos de um hominídio, né? Que foi evoluindo ao longo eh dos anos. Não tem como também a gente desconsiderar as provas físicas que a gente tem encontrado, né? Os crânios, os fósseis. Isso não tem como ser desconsiderado. Ainda assim, ainda assim que existam todos esses fósseis e que são comprovados cientificamente, que eu creio também nisso, eu creio sim que é um processo eh evolutivo nosso, que também foi lento, demorado, em que a gente foi se desenvolvendo enquanto ser humano. Isso acontece com a gente ainda hoje, né? O nosso cérebro, por exemplo, é um órgão que vem evoluindo a cada século, a cada milênio, ele vem se desenvolvendo cada vez mais e a gente também vai descobrindo cada vez mais eh as nossas potencialidades ao longo dos anos. Então, não desconsidero, não descarto isso, não. Mas eu prefiro crer que houve uma criação eh de Deus já com esse hominídio e não um réptio que foi evoluindo, evoluindo, evoluindo ou algum outro ser que saiu do mar e foi evoluindo, evoluindo até que chegasse a homem. Eu tenho dificuldade de crer nisso também. E e falo isso com muita segurança, assim, eu não acho que a ciência está errada ou que a religião está errada. Acho que são caminhos para justificar a mesma coisa que a gente não sabe. Eu creio que não há esse impedimento, como eu disse, né? Porque a própria ciência e há teólogos que também eh fizeram, né, estudos e lançaram hipóteses que são aceit. Houve, como eu disse, repito, alguns momentos de de conflito por aqueles que interpretavam a Bíblia de maneira muito literal. é o caso na época do Galileu. O Galilei é a questão da do sol, né? Como se a Terra fosse o centro, não. A terra gira ao redor do Sol, né? Mas isso, a ciência, a evolução com alguns conflitos, não precisa negar, ela foi evoluindo e a teologia ela foi percebendo e foi aceitando essas teorias dentro daquilo que é a proclamação dos dogmas de fé. que podemos afirmar, se a gente pudesse colocar lugar de Deus, que é muito difícil, que Deus criou por um dinamismo de amor, por uma expansão do poder dele, que é um poder carregado de amor, de de querer fazer maravilhas para que seres humanos o possam reconhecer. Porque na teologia diz que todo seu tudo foi feito para o homem, né? O homem é o centro da criação, porém um ser humano voltado para Deus. Eh, Deus cria o homem simplesmente porque quer criar algo que seja sua imagem, semelhança, algo que possa expressar quem ele é fisicamente num contexto. Basicamente é isso. Ninguém é obrigado a crer, mas o Senhor me mostrou, né? Ele me mostrou que vinha da da água, o que os cientistas chamam de ameba, né? E depois foi se acostumando com a natureza. Depois vinha daí o reptil da água e ia e voltava e foi se acostumando. E daí viam depois o o primata que foi o primeiro que veio sem R, mas desde ameba até o primata são a mesma coisa, né? Aí começo da vida que se compreender que isso que eu tô falando agora, isso sim pode ser trilhões de anos. Entende isso? Uma questão interessante que deve ser observada aqui é que para os cristãos nós somos seres especiais feitos para dominar os animais e plantas do planeta. No primeiro capítulo do livro de Gênesis, no versículo 26, está escrito: "Então disse Deus: "Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rinte ao chão." Por que que diz que o homem e a semelhança de Deus? Olha só, aparentemente pode ser até uma aberação. Isso, que que é isso? Bom, querer se comparar com Deus, né? Então, vamos lá. Por quê? Porque o homem é o único que cria, entende? O a aranha cria aranha, sapo cria sapo, mas cria, criar de verdade uma obra de criação. Por exemplo, o homem único que cria um avião para ir de um país para outro. homem único que criou uma máquina dessa através da qual estou falando. E esse neste particular ele tem a semelhança de Deus que ele recebeu de Deus o dom da criação que os outros não têm. A própria Bíblia, o livro do Gênesis mostra tudo é para o ser humano. Os animais, os vegetais, os frutos é para o ser humano. E o ser humano é voltado para Deus. Mas Deus não vai atrapalhar, não vai diminuir a dignidade, o valor, a competência do ser humano. Ao contrário, se nós pudéssemos falar numa linguagem que é nossa, eh, como se fôssemos deuses, nós diríamos que o que Deus fica muito feliz em ver o ser humano com a sua capacidade. Quantas coisas maravilhosas que o ser humano criou? Talvez quando o assunto seja sobre as maravilhas criadas pelo homem, as maravilhas que deixam as pessoas encantadas, sejam uma simples forma de intuição divina, uma ideia ligada ao criador. Eu me encanto com a tecnologia que o ser humano criou. Eu sou meio, não sou simplório, mas sou simples, mas eu exalto as coisas da tecnologia. Você tá hoje em Goiânia, amanhã cedo, você tá em Lisboa, na Europa, avião, por exemplo, celular, né, que hoje você usa com facilidade, às vezes não usa bem, mas é algo maravilhoso que o ser humano foi capaz de fazer. A ciência, a medicina, estamos vivendo mais, apesar de todos os problemas, né? E que Deus é tão perfeito, ele criou a natureza tão perfeita que tem a cadeia alimentar, que tem. Então eu, na minha luz, na minha forma de ver as coisas, eu amo os mosquitos, as aranhas, os as serpentes, todos os seres que se movem sobre a terra. E se eu não amar eles, eu estou traindo meu pai. Será que existe um ponto, um limite até onde a ciência pode chegar? Ou vai ver, é como um copo com água. E existem mistérios que não estamos prontos para serem revelados por Deus. Eu espero imensamente que nunca acabe esse mistério, porque senão acaba a ciência e acaba a existência do homem na Terra. Se não há nada que a gente tenha que desvendar e pesquisar e procurar. Que que a gente tá fazendo aqui? O papel da ciência, assim como da religião, é sim da gente discutir como foi o nosso passado e como nós chegamos até aqui e quais são os próximos passos. agora dizer se há um limite, nossa, eu seria muito pretencioso em dizer isso. Eu não creio que Deus de propósito imponha limites que impossibilitam descobertas novas, né, novos estudos e tal. Eu diria só que talvez, se é que exista alguma forma de impedimento, de limite, seria colocada por Deus na alguma forma de invenções, de produtos, de tecnologias que viessem a prejudicar diretamente o ser humano e causasse morto e causasse aquilo. Seria realmente um grande prejuízo o ser humano e à humanidade. Se você pudesse escolher algum mistério que ainda não foi solucionado sobre a Terra ou mesmo o universo, qual você escolheria? Sabemos mais sobre a superfície da Lua do que sobre as profundezas do oceano? Tem lógica essa frase? Não tem? Só que talvez ainda não conseguimos arranhar nem a superfície da quantidade de informações que existem por aí. Como explicar a matéria escura? A energia escura de fato existe? Será que algum dia conseguiremos investigar um buraco negro? Quando olhamos no dicionário, o conceito da palavra universo é muito direto. Ele é o conjunto de todos os astros com tudo que neles exista. Ponto. Mas se quisermos ir mais além, podemos dizer que se trata da soma do tempo, do espaço e de todo tipo de matéria que existe. E olha, não é pouca coisa, mas quando falamos sobre a vida, a questão muda um pouco. O conceito é tão amplo quanto o do universo. Só que quando falamos sobre a vida, estamos falando sobre algo que temos mais contato, que temos vivência. Criação da vida eu compreendo como um ato de expansão, de amor, de um Deus cheio de bondade, que quer se comunicar, porque seria muito triste até pro próprio Deus se ele ficasse ali sozinho, vamos dizer. Então eu vejo como uma expansão, um amor, um dinamismo que brotou de Deus, que é todo poderoso, que é criador e que quer compartilhar, que as pessoas possam reconhecer essa grandeza dele, Deus, do ser humano e a grandeza maravilhosa do universo. O universo todo foi criado paraa vida. E o desafio do ser humano é promover vida. É o cuidado, né? Eu falo muito do cuidado e se estáar com o universo. Se não houvesse nada para pesquisar, para descobrir, o que estamos fazendo aqui? Para onde vamos quando não houver mais novidades na Terra? O que pode ser dito sobre isso é que o processo evolutivo ainda não chegou ao fim. Bom, se é que existe um fim, nossos cérebros continuam em expansão e com isso nosso entendimento, a nossa visão sobre o mundo, sobre nós e nossos semelhantes. A criação, independentemente de como ela tem ocorrido, ainda é um grande mistério para toda a humanidade. Um mistério tão complexo que talvez só se compare com o medo criado em torno de uma figura maligna. a própria personificação do mal. Satanás, uma criatura vermelha, com chifres e capaz de fazer mal para qualquer pessoa. Mas afinal, quem é Satanás? Satanás é retratado desde muito tempo como o inimigo de Deus, o inimigo do cristianismo, né? E essa retratação, ela acontece de formas diferentes ao longo do tempo. A origem do nome diabo quer dizer acusador, adversário. Então ele é o inimigo do bem, o inimigo do cristianismo ao longo de todas as eras. Eu costumo dizer assim que eh por muitos anos a igreja já sempre pregou que Satanás era o grande inimigo da humanidade, mas nem a expressão Satanás significa inimigo, né? significa acusador. Uma das definições de Satanás é acusador. Se eu entendo que é acusador, ele tá, talvez a função dele não seja nem ser o meu inimigo enquanto ser humano, mas de apontar aquilo de que não tá correto, por exemplo. Então eu não gosto de pensar sempre só numa numa numa guerra, entendeu? No ser humano não tá aqui o tempo todo com alguém contribuindo pro mal. Eu creio efetivamente que o ser humano tem uma grande parcela de culpa também em várias coisas a quem a gente atribui Satanás. Satanás sim é um acusador, sim é um espírito que foi eh destituído do seu lugar de glória no céu, mas não eh especificamente com a função de ficar eh me perseguindo. Satanás para mim vem de uma antiga história que começou ainda na infância com a música do Rav. Mas eu creio que Satanás pode ir muito além. Satanás para mim é um significado com a realidade, uma significado com aquilo que eu posso enxergar como vida. O que as pessoas negam no dia a dia é Satanás. O que as pessoas impedem que suas vidas façam é Satanás. Então, quando as pessoas negam a sua natureza, estão negando Satanás. Se qualquer pessoa pedisse para você imaginar o diabo, é certo que a primeira coisa que viria na sua cabeça seria uma criatura com um tridente nas mãos. Mas nem sempre as coisas foram assim. Os livros mais antigos retratam Satanás de uma outra forma. Em uma gravura do livro bíblico do Apocalipse, por exemplo, há uma ilustração que mostra a luta do arcanjo Miguel contra os anjos rebeldes. Nessa ilustração é possível ver dois grupos diferentes de anjos. Os que se voltaram contra Deus e os que ficaram ao seu lado. Porém, não existe diferença entre eles, a não ser o lado em que estão. A origem de Satanás é, de acordo com a Bíblia, é um anjo de luz, né? um anjo que fazia parte eh do exército celestial de Deus, em que se sente ilumado e quer estar assim igual ou acima de Deus, de quem pertence toda glória. Então, ele é destituído do seu cargo e vem pra terra com um terço da parte dos anjos que o seguiram. Então, Satanás é um anjo que vem pra terra eh destituído do seu lugar. O problema é que em várias outras culturas ocidentais e orientais foram criadas maneiras de explicar as coisas ruins que nos atingem. Com isso, construir uma figura maligna é uma maneira de colocar a culpa nos valores e comportamentos vistos como negativos. As religiões islâmica, cristã e judaica, por exemplo, figuram o mal em um ser que se opõe a Deus e que busca atormentar a vida das pessoas que nele acreditam. Tanto que, segundo a Bíblia, Satanás era o maior inimigo de Deus. E o nome Satã em hebraico significa adversário ou acusador. Muitos especialistas dizem que a figura do demônio é resultado de várias dualidades, como o belo e o feio, o certo e o errado, a vida e a morte. Essas dualidades têm um lado com um significado positivo, o outro que tem uma imagem negativa. Mas será que essa ideia do diabo poderia ser apenas uma invenção? Dentro do contexto bíblico? Não há essa possibilidade. Se nós pegarmos, por exemplo, Jó, o livro de Jó, dentro do canon bíblico, a formação dos livros da Bíblia, ele é o primeiro livro, ele é o mais antigo de todos. A tradição e a história mostra que ele foi escrito por Moisés. Logo no começo do livro de Jó, você vê um contexto de de uma guerra entre o bem e o mal. O livro de Jó diz que um dia os anjos se apresentam diante de Deus, Satanás também se apresenta. E Deus diz: "Você viu meu servo Jó?" "Não, não tem, não tem como ele." "Ah, não tem por causa disso, tal, aquilo, tal". Então, no contexto bíblico, essa essa imagem de de um grande conflito cósmico entre o bem e o mal, ele permeia por toda a Bíblia. Então, não existe essa possibilidade eh psicológica, mitológica, né, do surgimento da figura do mal apenas para colocar eh medo nas pessoas. No contexto bíblico, existe uma um conflito que começou no céu e se estendeu à terra e ele permeia, né, por todas as eras. Satanás é uma invenção humana para descrever a natureza. Os filhos do sol, os filhos de Lúcifer, da religião cristã, os filhos do ocultismo, os filhos da antiguidade, vão colocar essa dualidade entre o bem e o mal para descrever o que poderia ser Satanás. Durante o século 6 antes de Cristo, existiu um profeta, profeta Persa, chamado Zoroastro. Esse profeta descreveu para os seus seguidores a imagem de um ser chamado Arimã, que era o príncipe das trevas e que lutava contra Mazda, o príncipe da luz. Desde essa época, séculos antes mesmo de Cristo ter nascido, as pessoas já criavam a ideia de um ser maligno. De certa forma, esses seres são o oposto do bem e relacionados com hábitos e costumes mal vistos. Então, sabendo que a imagem do mal existe bem antes da humanidade criar a imagem de Satanás, será que o diabo era e ainda é apenas uma criação para que o sistema religioso funcione como esperado? Eh, eu não acho que ele foi criado para colocar medo nas pessoas. Eu creio que Satanás, sim, eh, existe. Eu creio na existência, mas eu creio que nós supervorizamos a existência dele e a imagem dele como forma, sim, de colocar medo na sociedade, de criar padrões comportamentais, morais, sociais, rígidos, dogmáticos e fortes. Acho que por muitos anos isso foi feito. Então, se você precisa de um Deus para te controlar, então você precisa também de Satanás, porque a partir do momento que este Deus começa a controlar sua vida, você precisa de Satanás para ter o medo. Então, por que não descrever Satanás como um libertador? Alguns historiadores argumentam que esse personagem descrito por Zoroastro foi incorporado por hebreus. E isso deu origem a Satã. No Antigo Testamento, por exemplo, Satanás surge como um tipo de colaborador que recebe autoridade divina para punir as pessoas ou mesmo testar os seguidores de Javé, um dos nomes de Deus na Bíblia Sagrada Cristã. No Antigo Testamento, Jó perde sua família, suas propriedades, riquezas e fica doente. Isso mostra qual o tipo de postura Satanás tinha nos primeiros textos bíblicos. Já no século I antes de Cristo, Satanás aparece em alguns textos judaicos, só que ele é apresentado como um ser maligno que desorienta as pessoas e as leva a cometer atos horríveis. Porém, o diabo só ficou famoso quando a religião cristã ganhou força. No Novo Testamento, autores como Paulo e João falam muito sobre as batalhas travadas entre Deus e o diabo. A partir disso, a imagem do diabo é indefinida. São várias criaturas que fazem parte de uma legião maligna. Muita gente comenta que o Deus do Antigo Testamento era muito mais severo, enquanto do Novo Testamento é um Deus mais bondoso e amoroso. Mas será que essa regra também se aplica ao diabo? Na verdade, assim, quando a gente fala de Antigo e Novo Testamento, há uma diferença eh praticamente de como nós vemos o tudo, né? a criação do universo, de como nós vemos até a própria figura de Deus. Esse Deus que você citou aí, o bondoso, o amoroso, ele tem uma evidência maior só a partir do Novo Testamento e basicamente com a chegada de Jesus na terra, pregando esse Deus amoroso. Porque até então quando os hebreus estão no deserto, né, e até no fim do Antigo Testamento, Deus é muito mais visto como um ser doutrinador, um ser que tá orientando, contribuindo para uma formação comportamental de um povo. Então isso muda também. E falando alegoricamente de novo, eh o que muda também é só a forma de ver Satanás do Antigo e do Novo Testamento. O Antigo Testamento figura Satanás como uma serpente. E lá em Apocalipse, Satanás já é um dragão, né? Já é um um ser muito maior, muito mais eh talvez assustador, digamos assim. Mas em termos de contribuição para a sociedade, não há diferença do antigo pro Novo Testamento, não. No começo do cristianismo, os cristãos acreditavam que os deuses pagãos eram os culpados por tantas guerras, doenças e tragédias. Com isso, Satanás começou a aparecer com as características físicas dos deuses pagãos. É gostoso a gente analisar a evolução dessa imagem durante a história. Se nós olharmos para pro contexto bíblico, os cristãos ou até mesmo eh antes de Jesus, no contexto do Velho Testamento, eles não gostavam de fazer esculturas, de fazer representações, nem de Deus e nem do mal. Então, eh, mais ou menos durante um certo período, a gente começa a perceber que representações artísticas, né, de Satanás surgem, mas não pelos cristãos, porque eles não tinham essa necessidade. Eh, começa a haver, por exemplo, representações baseadas em deuses pagões. Eh, Ben ou Pan. pan tinha patas, né, eh, chifres e eram deuses de guerra e sofrimento. Então, começa a surgir alguma representação a respeito de do diabo nesses contextos deuses pagão, pagães, vermelho com pelo, né, chifres e pés de animais e por aí vai. Já na Idade Média, uma época onde a humanidade sofreu bastante, a igreja passou a representar Satanás com os horrores que aconteciam no inferno, refletindo o que as pessoas viviam naquele tempo. Durante o século X7, quem passou a descrever Satanás de uma forma diferente foram os artistas românticos e iluministas. Para eles, o diabo era simplesmente um nobre rebelde que lutava contra a autoridade de Deus. A igreja era diferente. Falava de Satanás como um sedutor que encantava as mulheres. Surgiram muitas imagens que mostravam mulheres em atos sexuais com o diabo. O pensamento baseava na ideia de que se o Satanás conseguisse corromper uma mulher, isso ameaçava a segurança da família, a santidade e a fertilidade. Durante a idade média, essa imagem de Satanás vermelho, ela surge. Por quê? Porque a ideia da sociedade é representar Satanás de acordo com o contexto em que se vive. Na idade média era um momento de sofrimento. A peste bubbônica solava as pessoas. Então, a igreja na época Igreja Católica, ela não podia livrar as pessoas da doença, mas elas ela então colocava essa ideia de sofrimento, de inferno, para que as pessoas então evitassem o mal, evitassem o pecado, então colocava-se dentro do sofrimento. Hoje você percebe que que é totalmente diferente. John Milton é um é um escritor, ele escreveu o livro Um paraíso perdido. Ele já retrata Lúcifer, né, Satanás, como um ser é solitário, psicologicamente muito complexo, né? Eh, já uma figura mais humanizada e hoje séries de TV como Netflix, tal, LF, já numa figura humana. Hoje em dia, a figura mais icônica de Satanás, sem sombra de dúvidas, é aquela do ser vermelho com rabo, chifres e um tridente. Afinal, o diabo existe ou não? Essa é uma pergunta que talvez a gente nunca consiga responder, mas o que tudo indica é escolha de cada um acreditar ou não na existência do demônio. O mal existe e o bem existe. Basicamente é isso. Simplificando, é isso. Satanás existe. Deus existe na minha crença. E é isso. Agora, de novo, o ser humano é que decide qual caminho seguir. Aqueles que acreditam que Deus exista, eu lamento muito, sabe? Tenho, eu sinto por eles, tenho pena deles. O que eu acho disso? Bom, pode ser que nós nunca encontremos uma explicação para esse poder antagônico. Ou talvez ele esteja bem embaixo do nosso nariz e nós simplesmente não conseguimos perceber sua presença. Mas se somos dualidade, o bem e o mal não habita dentro de nós. Tudo não depende da nossa escolha, do que favorecemos? Deus não é o todo. O Antigo Testamento é o que Deus sigilou com Moisés. E o Novo Testamento é o que foi feito a partir da morte de Jesus. Mas por que existe tanta discrepância entre o Antigo e o Novo Testamento? Dizem que o Deus das Escrituras mais antigas era mau e o das escrituras mais recentes é bom. Por quê? Se estamos falando do mesmo Deus, por tanta diferença? Estando pois, os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado, e os que o acharam apanhando lenha, o trouxeram a Moisés e Arão e a toda a congregação, e o puseram em guarda, porquanto ainda não estava declarado o que se lhe devia fazer. Disse pois, o Senhor a Moisés: "Certamente morrerá aquele homem. Toda congregação o apedrejará fora do arraial." Então, toda a congregação o tirou para fora do arraial e o apedrejaram e ele morreu como o Senhor ordenar a Moisés. Números, capítulo 15 32 a 36. Deus, sendo um ser grandioso, divino, bondoso e fonte do amor e da compaixão, como poderia ordenar que apedrejassem um homem por estar apanhando lenha em um dia de sábado? São passagens como essa que fazem as pessoas questionarem o Deus do Antigo Testamento. Muitos o consideram uma entidade violenta, vegativa, orgulhosa, entre outros adjetivos negativos. Nas atrocidades cometidas pelo Deus do Antigo Testamento estão a morte e destruição da humanidade, como fez no dilúvio em Gênesis e em guerras sangrentas contra os cananeus. detalhadas em Deuteronômio. Mas antes de começarmos a buscar algumas possíveis explicações, é preciso deixar claro porque houve a separação do Antigo e do Novo Testamento. Em realidade, o Novo e Velho Antigo Testamento porque uno preparou ao outro. É muito errado quando inclusive pessoas que comparam e já tuvimos nós pessoas como eh heresias, como marciionismo, que tentou negar velho testamento. El velho testamento em realidade eh nós temos que imaginarnos que Deus tem uma obra eh de salvação para nós. Essa obra de salvação se dividiu em duas partes. Una velho testamento onde nós vimos toda a formação do mundo. Gênesis, el gênesis significa início do mundo, como Deus criou o mundo, como se desenvolveu mundo, como cresceu esse homem e também como se desvirtuou o sentido da humanidade. Porque em verdade Deus criou ao homem para que estejamos todos vivendo num paraíso. primeiro apareceu, né, eh, a lei de Moisés, né, a o TBAT, que a teologia bíblica do Antigo Testamento, ela vai est explicando que durante praticamente 1 e poucos anos, foram-se formando o canon do Antigo Testamento, certo? vindo de Moisés, Pentateuco, e os livros históricos, né, os salmos, os livros sapienciais, né? Ah, e aí vindo os profetas, todos eles, né? Terminando, esse cano foi fechado, né? Depois que esse cano foi fechado, teve um tempo praticamente de 400 anos de Deus estar silente, calado, né? E não houve nenhuma obra, né, da parte de Deus pelos seus profetas nesse momento. Houve sim os apóstrofos que apareceram, né? Após isso, né? Veio o quê? Jesus veio os seus discípulos, vieram, né, a as igrejas, né, através de Paulo nas suas viagens missionárias. E mas eles falaram que a Bíblia de então, a escritura conhecida, qual era? Era o Velho Testamento de Moisés, casa Malaquias, né? E aí se formando esse canon, logo após, né, a igreja ser formada, praticamente primeiro, segundo século, terceiro século, veio então o cano do Novo Testamento, né? Por isso, Velho ou antigo testamento, que é palavra de Deus, e Novo Testamento, nt, palavra de Deus, né? Na profecia de Jeremias, capítulo 31, versículo 31 e 32, que eu quisiera leres, se é possível, uma parte muito pequena, por quê? Perché fundamenta e l’unico versículo nel Antigo Testamento, nel Velio Testamento che fala claramente una nuova alianza, antiga alianova alianamente no corpo. Y la circuncisión era una señal corpo concreta, visian con Deus. Enanto Novo Testamento la circuncisia no corpo. Por meio do batismo la circuncisão se dá no coração. Sim. E essa é uma diferença entre velho e Novo Testamento. No velho, a aliança se dá no corpo. Nel Novo Testamento, la aliança se dá no coração. No Novo Testamento, Deus é o ser que prega o amor ao próximo, mesmo sendo justo quando é preciso. Marcião de Sinope, um cristão que viveu no século I, fundou uma doutrina chamada marcionismo, a mesma citada pelo padre Rafael. Sua ideia central era a incompatibilidade entre Deus do Antigo Testamento e o Deus do Novo Testamento. Ele afirmava que o pai de Jesus não tinha relação com o Deus que consta nas Escrituras Sagradas mais antigas. Tendo esse pensamento, ele foi expulso de Roma pela igreja, voltou à sua região de origem e continuou a pregar sua doutrina. Mas será que existe a chance do Deus do Antigo Testamento não ser o mesmo do Novo Testamento? Dizer que existem Deus diferentes é já entrar inclusive até num politeísmo. Deus é o mesmo Novo e nel testamento. Uno só. Não só é o mesmo do Velho Testamento, quanto do Novo, como é o Deus de todo o universo, né? Então, e essa mentalidade é interessante, né? Porque o problema está na nossa compreensão de quem é esse Deus, né? Alguns realmente falam, né? E até assim no embaixo que ele foi um Deus cruel, entre aspas, né? No VT ou AT no Antigo Testamento. Mas quando a gente estuda o TBAT, que é a teologia bíblica do Antigo Testamento, a gente percebe que ele foi um Deus de graça e um Deus de amor, certo? Uma palavra que a gente compreende no Velho Testamento é resede, é um amor de compaixão. Então, quando a gente mergulha um pouquinho nesses estudos, a gente percebe que ele foi um Deus de amor. Ele se compadeceu daqueles que estavam ali. Enquanto a essa história de que Deus de Velho Testamento Deus cruel, um Deus de vengança, um Deus que mata, um Nós temos que ubicar-nos primeiro historicamente. Estamos falando de 4 a 3000 anos atrás. ubicarnos contexto liter contexto eh desde la mentalidade das pessoas de 3000 anos atrás. Logicamente que o contexto era um contexto diferente, né, do contexto do Novo Testamento e talvez o contexto diferente da da nossa era, né, do tempo odierno. Mas o que que acontece? é o Deus de graça, né, no Velho e no Novo Testamento. E ele prova isso, né, quando Paulo fala que Deus prova seu amor para conosco, né, ele provou desde o Éden até o Apocalipse. Nós somos proveniente de uma revelação. Que diferencia entre religião e revelação? A religião esqueda do homem a Deus. La revelação, Deus se revela ao homem. E nel testamento, Deus tem um jeito de revelar-se a esse homem e nel novo testamento outro. Eu mencionei o marciionismo. Marciionismo inclusive eh fomentaram a laa não leitura do Velho Testamento, inclusive, como dizia o Dr. Daniel, algunos livros de Novo Testamento, como a carta dos Gálatas ou algumas cartas de São Paulo. Por quê? Porque eh eles interpretavam que justamente é como que se falava de dois deuses, que Deus Deus de velho, Deus de novo, Deus mesmo. Outro questionamento feito é sobre a autoria do Pentateuco. Os cinco primeiros livros da Bíblia foram escritos por Moisés, que são Gênesis, Êxodos, Levítico, Números e Deuteronômio. Porém, surgiram algumas dúvidas sobre a autoria dessas obras. Primeiro que há uma grande diferença nos nomes usados para fazer referência a Deus. Em segundo lugar, é nítida a diferença do estilo linguístico de cada livro. Isso nos dá a impressão de que Moisés não escreveu o Pentateuco, mas sim vários autores aleatórios. Se isso realmente aconteceu, provavelmente as pessoas que escreveram esses livros não foram inspiradas por Deus. Então, todos os eventos do Antigo Testamento podem ser considerados histórias da tradição oral, o que torna os acontecimentos meras histórias imaginárias. e sem credibilidade, não, não é uma farsa, mas o tempo que foi escrito foi, né, um tempo pós alguns escritos já existentes, né? A história vai tá provando isso, a história da igreja, né, desde o Velho Testamento até o Novo Testamento. E Moisés foi um homem escolhido por Deus para escrever, né, e levar aquilo que ele queria de nosso Deus, né, para mostrar as outras nações quem era o Deus verdadeiro, o Deus de Israel, certo? E ele escolheu quem? o povo já de Israel, né, os israelitas, para que pudesse então levar que ele era um povo de dura serviz interessante, né, que eles mantinham o foco. E Moisés foi um camarada que manteve o foco e ele manteve o foco na sua missão de escrever, de compreender a voz do Senhor. Uma missão difícil, mas ele fez, né, ele cumpriu cabalmente as escrituras, né? Primeiro que escritos demonstram que momentos que ele não estava e que falavam história dele, então era impossível que ele de punho letra haja escrito. Sim, mas elentateuco leva a linha de pensamento de Moisés, podríamos dizer como assim também nós temos nel Novo Testamento as cartas de São Paulo. Paulo, cartas que ele escribi e hay cartas que la escribí dele. Hai cartas que nós vemos que São Paulo disse mesmo, eu lhe escrevi de punho e letra. Por que ele disse de punho e letra? Porque hay outras cartas que entr espírito paulino, que entr nel espírito de São Paulo, mas que fuitas por ele, mas não se afastan del espírito de São Paulo. Podemos decir lo mismo pentate, que son cinco livros justamente que falam de la lei, dos princípios e como também eh Deus age na história de salvação nossa. Sim, que eh foram escritos por algunos por Moisés e outros por seus próprios discípulos, mas não se afastaram do espírito. Dizer que ele escreviu todo é um fanatismo, fundamentalismo, porque é impossível, mas sim temos que dizer que não se afastou del espírito de la linha de pensamento de Moisés, o Pentateuco. Eh, alguns defendem que deveria, na verdade, ser exateuco, né? Seis livros, não apenas seis. Von Hard escreveu sobre isso, né? Que é um teólogo que pensa a teologia bíblica do Antigo Testamento. Ele fala: "Por que não um exateuco ao invés de ser um pentateu?" Certo? Então, porque Moisés escreveu, mas depois que Moisés morreu, né? Talvez Josué continuou a escrever, porque foi um líder que justamente assumiu após a morte de de Moisés, né? Então ele escreveu a a segunda teologia bíblica e eu creio nisso e é a palavra de Deus para nós. Alguns teólogos ao redor do mundo tem uma terceira teoria sobre a diferença do Deus do Antigo e do Novo Testamento. É sabido que as obras do Antigo Testamento foram escritas por homens inspirados por Deus. Isso mesmo, inspirados. Isso nos dá a ideia de que Deus não ditou exatamente com suas palavras tudo que ele queria dizer. Por isso, todas essas obras sagradas foram escritas por pessoas da época que acabaram inserindo nos livros os contextos em que viviam. Nesse tempo, punir com a morte era algo normal. As pessoas eram apedrejadas em público por roubar um pedaço de pão. Mulheres eram mortas por serem adúlteras. Será que temos a impressão de que o Deus do Antigo Testamento era tão cruel por causa do contexto da época? Não é um cruel. dizer que se escreviu Velho Testamento dentro de um contexto literário que manifesta-se, se manifesta como esse deus da vitória, esse Deus que vence. Ejemplo, una nuevo testamento un canto litgico pisote a morte una occidente pisar lo matou. Mas se nós vemos a história, por exemplo, em Iraque, quando foi a história de Saddam Hosin, quando apareceu um jornalista e mostrou suato, não? La maior la maor humilhação que você tem para alguém é mostrar seu pé e mostrar seu sapato na cara do outro. pisotear no oriente é não só vencer e ir além de la vitória e humilhar a outra pessoa. Contexto era um contexto mau, um contexto perverso, né? Talvez não seja tão diferente da nossa época, né? Mas naquele momento o o se vivia essa essa essas guerras, essas loucuras que aconteciam lá. Deus ele intervém através do seu povo. Na verdade, eu colocar uma palavrinha aqui que a gente às vezes não nunca prega, mas a ira de Deus, tá certo? Ah, se eu não estou enganado, se não falhar a memória, ah, é Harã, né? Harã traz duas conotações, né? Um ciúme e um zelo de Deus por seu povo. E aí quando ele intervém, ele intervém, na verdade com a ira. E a ira faz parte da santidade de Deus pelo zelo. Bíblia que se dice background. que se desenvolveu um fato de história determinada. Para analisar o fato, você tem que conter e eh entender contexto histórico. E o contexto histórico do Velho Testamento era mostrar se teu Deus era verdadeiro, era um Deus de vitória, era que vence a outro. Então se seu povo, se o povo estava com Deus e Deus estava com esse povo, esse povo tinha que vencer. Ese era contexto en se esperaba ese deo judeus cuando Jesús nació no lo reconocieron como de esperaban un Messias poderoso e se ofreci como um Jesus humilde que viene a salvar a la humanidad. Até agora existem religiones que não reconcem a Jesus como Messias. Tudo isso nos leva a mais um questionamento. Podemos interpretar a Bíblia ao pé da letra? Devemos levar em conta o contexto em que a obra foi escrita? Levar ao pé da letra significa interpretar de forma literal. Mas muitos estudiosos da Bíblia afirmam que de alguma forma devemos interpretar as obras sagradas desta maneira. Isso porque muitas passagens são linguagens figuradas usadas pelos autores. Mas se tanto o Antigo quanto o Novo Testamento foram inspirados por Deus, o ser superior, dono de todo o conhecimento do universo, as palavras que foram inspiradas por ele não deveriam ser interpretadas de forma literal? Sempre. É, meus alunos acham, mas como assim, pastor, né? A literalidade que eu compreendo, né, é do jeito que tá escrito. Se você se a Davi escreveu um poema, é o poema que você tem que interpretar ali, né? Se é um cântico, você vai ter que interpretar aquela leitura ali como um cântico, tá certo? Se se se é uma proeza que Deus tá fazendo na talvez na guerra dele levantando, né, ajudando a Ur, né, e e Calebe levantar os braços de Moisés e tá contando aquela história. Cara, é uma história que tá sendo contada, entendeu? Então é literal a coisa, você precisa compreender. Logicamente tem algumas passagens que são difíceis de compreender, mas aí o hebraico ajuda, o grego ajuda, né? aramaico, quem compreende um pouquinho, ajudam bastante, né, as línguas originais, mas a Bíblia, no meu entender, na minha teologia, tem que ser interpretada literalmente. Eh, não podemos interpretá-lo literalmente, nem velho, nem novo testamento. Nós temos que ubicar-nos 2000 anos atrás. Sim, eu di aulas como professor de teologia e eu dei um exemplo para que o povo se ubique. Por exemplo, na Argentina, eh, tempos na minha juventude, uns 30 anos atrás, decíamos eh tirar a agulha. Agulha, sim. Se você alguém tirar a agulha, pega uma agulha e laga, não? la tirar la agulha 30 anos atrás era que hora é que horas então para saber contexto de algumas palavras que remitirnos e voltaros fontes levando em consideração tudo isso que foi dito podemos considerar que o Deus citado no Antigo Testamento é mau muitos ateus fazem o seguinte questionamento como posso confiar em um Deus que manda seu povo cometer genocídio. Religiosos dizem que Deus é amoroso, mas também que é severo na hora de punir. Porém, a pergunta que não quer calar é: o Deus do Antigo Testamento era mau? Nós podemos primeiro sempre pensar que Deus o mesmo. Não podemos falar de Deus cruel e Deus bonzinho. Deus é o mesmo. Nel Velho e nel Novo Testamento, ele se revelou, la revelação, que eu falo se apresentou de diferente forto. Velio testamento seentria dos povos venciendo, iba mostrando que aquele que está com sempre vence. Novo testamento também do mesmo jeito quando ele nos fala: "Se vocês que são cristãos, se morrem comigo, se me tomam e me seguem, tomam a cruz, vocês vencerão." Mas para vencer você tem que passar pela cruz. Sim. Vel testamento que passar por distintos situações para chegar a ver la luz de Cristo. O Deus do Antigo Testamento sempre foi bom, sempre foi amável. uma palavra, outra, né? Palavra que vem à minha mente é amado. E ele falou: "Tenho um servo meu que eu tô escolhendo, ele é segunda o meu coração. O nome dele é Davi e a palavra Davi no hebraico é amado, certo? Então, toda vez que a gente falar o nome Davi, tem que lembrar do hebraico que é o amado. Então, na verdade, não foi Davi que foi amado, foi o Senhor através da missão de Davi. E aí foi Davi que foi amado, foi no seu tempo, mas apontava para um Davi que viria depois, tá certo? Ou seja, alguém que viria do trono de Davi, que foi o amado de Deus, Jesus. E ele fala assim: "Olha, isso aí é o meu filho amado, certo?" Ou seja, meu filho Davi, ouçam a ele. Ele é o profeta, ele é o meu profeta, certo? Ele é o rei e Deus assina embaixo tudo que Jesus fez, o nosso amado Senhor, nosso amado Salvador. Deus é um ser sobrenatural que nel testamento se revelou de uma forma, novo de outra, mas sempre acompanhou a história de seu povo, porque em definitiva o povo é dele, ele lo criou, ele lo formou, ele quer que esse povo volte a ele, mas ele ama tanto a seu povo que ele respeita a sua liberdade. Ele sofre quando nos vê a nós brigar entre nós. Quando há crianças que morrem de fome por negligência nossa. Crianças que morrem de fome por mala distribuas que tudo e las demais pessoas que lo que se conforma e se tenta viver com sobra de esos poucos que tem. Deus não quer isso. E já amós, o profeta amó en el velho testamento e 600 anos atrás, 600 anos antes de Cristo, diríamos 2600 anos atrás, ele já denunciou que vocês serão julgados por injustiças que fazem com os pobres, por vender um pobre por dois sandálias. Dice Amulo 2. Significa que nel Velho Testamento existia clientelismo, mas clientelismo del testamento se manifestava de um jeito e hoje se manifiesta de outro. Antes les davam duas sandália, hoje lhe damos um plan social ou uma cesta básica ou outra coisa. Então, compreendo que o Deus do Velho Testamento é um Deus de graça, um Deus de amor, um Deus de bondade. Provou isso durante a história, tem provado na nossa história, no nosso tempo, né, através logicamente de Jesus Cristo, do seu profeta, o seu senhor, né, nosso Senhor, no caso, né, aquele que mostra a graça de Deus e tem mostrado essa graça e vai mostrar essa graça para todo sempre nossos corações. Creio assim. Para finalizar, quero dizer, por exemplo, se vocês, a pessoas que não gostam de ler o Velho Testamento, porque lo vem assim, leanam Provérbios, lean los salmos. Provérbios está extraído de experiência de vida. Nós encontramos aí exemplos e sabedoria de vida. E com esse exemplo termino dizendo que o princípio da sabedoria, disse nos provérbios, é o temor a Deus. Temor a Deus não é o medo, é sentir outro a presença de Deus. E quando eu sento na presença de Deus em la outra pessoa, eu não roubo, eu não sou hipócrita, eu não sou falso, eu sempre dou melhor para o outro, porque no outro nós vemos a Deus. E esse é nosso princípio de sabedoria, não o medo, porque o amor expulsa o temor. O fato é que o Antigo e o Novo Testamento tem muito em comum, apesar de também haver muita discrepância. Por isso, ter uma boa compreensão sobre as duas principais divisões da Bíblia Sagrada é fundamental para termos um bom entendimento do que Deus quer nos falar através das suas palavras. Niceia, Trento, Constantinopla, Éfeso. Esses quatro lugares possuem uma história bastante rica que muitas vezes é esquecida por grande parte da humanidade. Essas quatro cidades guardam segredos que, provavelmente jamais serão revelados. Segredos que poderiam reforçar a fé ou quem sabe destruí-la. Elas sediaram grandes reuniões de líderes do cristianismo que ficaram conhecidas como concílios ecumênicos. Entre os anos 325 e 787, nada menos do que sete dessas reuniões foram realizadas, todas com o objetivo de encontrar uma espécie de consenso na fé cristã. Depois desse sete, mais de 10 outros conselhos foram organizados pela Igreja Católica. O motivo que faz com que esses primeiros sejam os mais famosos é muito simples. As sete primeiras reuniões entre os representantes da igreja tentaram desenvolver uma cristandade unificada e restaurar a paz entre os cristãos. Entretanto, ao olharmos para o passado, torna-se evidente que nem tudo aconteceu tranquilamente. Para mim, os concílios foram uma guerra, um conflito, uma disputa de interesse, uma disputa de poder, de grupos. As religiões, as igrejas, ela tem vários grupos. Aparentemente para fora, tá? É todo mundo homogêneo igual, não é verdade? Existe uma disputa exclusa, uma disputa rasteira que muitas vezes nessa disputa os mais fortes ganham e são suas teses, seus conceitos, suas teorias, seus pontos de vistas interessantes que prevalecem em função de outros conceitos, teses não prevalecida e que são excluídas ou são feito inquisições. A inquisição não é algo somente da Igreja Católica Apostólica Romana. A Inquisição, basicamente, você vê em todo o cristianismo, nos pentecostais, neopentecostais, evangélicos, protestantes, aonde aquilo presta e você presta, aquilo não presta e você não presta. sua inquisição. Durante a seleção dos materiais que fariam parte do conteúdo sagrado cristão, eh além de os concílios eh alterarem com frequência todo o material de acordo com a conveniência, eh todos os revisores e tradutores eram eh bombardeados com intenções dos seus governantes. Muitos, por exemplo, a existe um material que faz referência à escravidão como positiva, que foi inserido na primeira tradução do material judaico cristão pra língua inglesa. Então, foi nesse momento que foi inserido o material em específico, eh, fazendo referência como positiva a escravidão. Os Estados Unidos, naquele momento, ainda não haviam abolido. Então, é, a Bíblia, ela foi manipulada em vários momentos por milhares de pessoas a fim de de fazer referência a a interesses particulares e de governo. Após a morte de Cristo, seus seguidores continuaram pregando o evangelho por vários lugares, principalmente no Oriente Médio e na Europa. Porém, essa pregação teve um preço altíssimo. Por cerca de três séculos, os cristãos foram perseguidos pelo Império Romano e por vários outros reinos próximos. Milhares foram mortos ou presos, acusados de ferir leis de Estado ou de profanarem as religiões oficiais de impérios e reinos. Mesmo assim, de forma espantosa, a religião foi ganhando cada vez mais adeptos. Foi então que, ao ver que o cristianismo estava ganhando cada vez mais seguidores e que uma revolução poderia começar a qualquer momento, o que enfraqueceria seu poder, o imperador romano Constantino decidiu permitir que os cristãos praticassem livremente sua crença. Não é à toa que, de acordo com alguns historiadores, o imperador sempre foi considerado um político muito sábio. O cristianismo continuou ganhando força nos anos seguintes, principalmente quando o imperador Teodósio I oficializou a crença como religião oficial do Império Romano. Graças a essa decisão, o cristianismo ganhou um status e um alcance gigantesco na Europa. Só que até isso acontecer, a religião precisou ser modelada, visto que ainda na época em que Constantino era imperador, era notável que existiam divisões entre os próprios cristãos. Apesar de nova, a religião já tinha muitos atritos e questões a serem resolvidas. E por causa disso, Constantino organizou uma reunião que ganhou um nome que você deve ter ouvido nas aulas de história, o concílio de Niceia. O imperador Constantino, ele reconheceu que Roma precisaria de uma religião monoteísta, é uma coisa nova que não era realmente conhecido em Roma, porque ele começou a perder a perder mão da própria população por conta do adentramento de algumas outras religiões politeístas, boa parte de da Grécia. Então, eh, foi escolhida a doutrina dos, foi levada para Roma, embalaram e entregaram uma nova religião para que a população pudesse seguir. Uma população que eh segue apenas uma instituição religiosa, um deus, eh, é um pouco mais fácil de ser controlada. Constantino, em uma jogada de mestre, entendeu isso e trouxe o que acabou virando o cristianismo. Para boa parte dos intelectuais, eh, a religião cristã não seria o cristianismo, e sim o paulinismo. Paulo de Tarso, ele foi referência, ele foi responsável por muita coisa que é seguida hoje como cristianismo. O concílio de Nissia aconteceu em 325 depois de Cristo e foi responsável por estabelecer a data da Páscoa e condenar o arianismo. Isto é, a ideia de que Jesus estaria abaixo do Deus Pai e não seria o próprio Deus. Com isso, o concílio reconheceu a natureza divina de Jesus Cristo e determinou que ele tinha a mesma essência do criador. O concílio de Nic, ele ficou muito conhecido pelo fato de atribuir a divindade a Jesus Cristo. Então, é um fato interessante é que a divindade, o fato de Jesus ser realmente filho de Deus, foi atribuído só quase 350 anos depois da suposta vida de Jesus. Eu parto da interessante ponto de vista e o concílio de Niceia não tá só em Niceia, ele tá acontecendo agora no século XX. São mais de 3000 igrejas cristã. Nós temos a Igreja Católica Apostólica Romana, a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa, a Igreja Católica Apostólica Grega. Nós temos os espíritas que se consideram cristãos e nem por isso o cristianismo é a maior religião no mundo. Quanta disputa ainda teremos que ter para que a gente possa possamos promover o diálogo transeligoso? O problema é que o concílio de Niceia não resolveu todos os dilemas que o cristianismo enfrentava. O mundo passava por mudanças, por choques de culturas e ideias. Então, outros concílios foram realizados para tentar resolver as divergências. No ano 381, foi a vez da cidade de Constantinopla ser palco de mais uma reunião, responsável por condenar o arianismo novamente, e, dessa vez também desaprovar a ideia de que o Espírito Santo não fazia parte de Deus. 50 anos mais tarde, em 431 depois decoist, a cidade de Éfeso foi palco do terceiro concílio ecumênico para discutir o nestorianismo, uma doutrina que dizia que Maria seria a mãe apenas do Cristo humano e não de Deus. Sendo assim, Deus teria habitado o filho de Maria, da mesma forma que teria acontecido com outros profetas. O concílio então repudiou essa ideia e reafirmou o título Teótoco, que significa portadora de Deus. Em 451 foi a vez da cidade de Calcedônia realizar aquele que é considerado o quarto concílio ecumérico. Na ocasião, outra doutrina foi refutada, a que excluía a natureza humana de Jesus Cristo, o chamado de monofismo. A reunião com 650 bispos repudiou a doutrina e reconheceu a unidade das duas naturezas de Cristo. a divina e a humana. Depois desses quatro primeiros conselhos, a religião só precisou de mais uma reunião do tipo em 553, 102 anos depois, convocado pelo imperador Justiniano I, o quinto concílio ecumênico ocorreu novamente em Constantinopla e condenou os chamados três capítulos, que eram obras com teorano. Em 680 depois decoist, Constantinopla foi novamente à sede de outro concílio, agora convocado pelo imperador Constantino I, a fim de resolver questões envolvendo o monotelismo. Basicamente, essa doutrina acreditava que, por mais que Cristo possuísse as naturezas humana e divina, ele tinha apenas uma vontade, a divina. Quando analisamos a história, é possível perceber que o monotelismo se relaciona intimamente com o monoergismo, a crença de que apenas uma energia habitava em Jesus. Com o terceiro concílio de Constantinopla, o monotelismo foi condenado e ficou estabelecido que havia duas naturezas e vontades em Jesus Cristo, sendo a vontade humana subordinada à vontade divina. Mais de 100 anos depois, em 787, Niceia voltou a ser o centro das atenções quando sediou seu segundo conselho. Esse foi o sétimo e último conselho reconhecido tanto pela Igreja Católica quanto pela Igreja Ortodoxa. anos antes, a veneração aos ícones religiosos havia sido contestada pelo movimento da iconoclastia. Assim, o segundo concílio de Niceia foi responsável por repudiá-lo e restaurar a veneração e o uso de ícones de imagens sagradas. No final das contas, ao mesmo tempo em que tentavam solucionar certas questões, os concílios também causavam suspeitas e discrenças em muitos cristãos. Atualmente, muitas dúvidas persistem algumas pessoas e há quem acuse essas reuniões gigantescas de obstruírem segredos sobre a vida de Jesus e dos apóstolos. Eu consideraria a Bíblia como, né, uma biblioteca divinoana. E aqui a gente capta esses dois aspectos importantes. Primeiro, o fato de que, né, para a maior parte daqueles ou a totalidade daqueles que creem, melhor dizendo, consideram a Sagrada Escritura como tendo um autor divino, isto é, Deus, é palavra de Deus revelada. Então, a as fontes sobrenaturais da Sagrada Escritura precisam ser consideradas, considerando, né, esta presença inumerável de cristãos. e de outro lado, como biblioteca também humana, porque a gente capta este outro aspecto que é um um conjunto de livros escrito por autores diferentes, claro, debaixo de um carisma, da inspiração, da força divina, mas são autores humanos usando a sua inteligência, usando a sua língua, usando a sua experiência cultural, seus valores, seus padrões de pensamento para escrever a mensagem divina. Então, a Sagrada Escritura eu a considero como uma biblioteca divinoana e que no seu conjunto oferece, né, um tesouro a ser de novo e de novo redescoberto pelas novas gerações. O imperador, ele escolhia os membros do concílio de modo a favorecer aquilo que era preceito dele, aquilo que ele imaginava como correto. Os livros foram escolhidos como um material que confirmasse boa parte da literatura sagrada dos judeus. Eh, existem algumas profecias que hoje estão no Antigo Testamento da Bíblia Cristã, que era material fonte e sagrado dos judeus e o que foi escolhido para o Novo Testamento, boa parte daquilo que foi escolhido para o Novo Testamento, faria referência, eh, seria muito mais fácil de mostrar como cumprida a profecia, como por exemplo, o nascimento de Jesus em Nazaré. Eh, alguns livros do Novo Testamento da Bíblia, mesmo esses que entraram, eh, não fazem referência a esse nascimento em Nazaré. No entanto, isso foi muito provavelmente pedido para que fizessem referência à profecia judaica. A Bíblia, ele é uma uma série de coleção de livros aonde se misturam diversas religiões, não é uma única religião, que ele está dividido entre o novo e o velho. Quando eu fiz teologia popular, uma das coisas que mais me chamou atenção, na época eu tava com 18 anos e eu morava em São Paulo, na região de São Miguel Paulista, a coisa que mais me chamou atenção foi um professor irracional que nos convidou a fazer um estudo comparativo entre a Igreja Católica e demais outras eh formas práticas religiosas ou de conexão com o sagrado ou com o seu Deus. E eu percebi que muito daquilo que eu conhecia da Bíblia estava no candomblé. Estava na Umbanda, estava na quimbanda, estava nos judeus, estava no hinduísmo, estava no budismo, estava no chamanismo, estava nos espiritualismos, estava na Rosa Cruz, estava nas igrejas, nos diferentes caminhos. Mesmo sendo uma obra de ficção, o livro O Código da 20 faz uma referência ao Concílio de Niceia e instiga o leitor a imaginar o mundo no qual Cristo teria tido um filho com Maria Madalena. Existe a possibilidade de que alterações tenham sido feitas na Bíblia? Seriam verdadeiras as acusações de que evangelhos e outros livros foram adicionados e retirados do livro sagrado durante o concílio de Niceia? No meu interessante ponto de vista é pura manipulação. Não se fala do Cristo ressuscitado, se fala do Cristo morto. Eu tive na na Catedral do Gógata, mas também eu tive aonde o Cristo ressuscitou, aonde, segundo a tradição, tá lá o vestígio do local aonde ele fez a ressurreição. é o local menos revisitado, é o local menos falado por todos os cristãos, judeus, islâmicos, tintuistístas, budistas, sem religião, espiritualistas. Se fala da morte, do trauma, do drama, se fala da do flagelo, se fala das mentiras, mas não se fala do grande feito do Cristo, que é a ressurreição. E não se fala do outro grande feito dele. Ele se revelou para as mulheres. E as mulheres são as mais abafadas, aonde se diz, aí tem algumas religiões que a mulher só não pode fazer determinadas coisas, em outras até que pode, mas chega até um determinado grau daquela hierarquia. Apesar de acreditarem em Cristo e de enxergá-lo como a figura principal, os cristãos estão divididos. A própria Bíblia possui ao menos duas versões diferentes e um exemplo disso é a separação entre os textos católicos e protestantes que se divergem em sete livros. São eles Tobias, Judite, Sabedoria, Baruque, Eclesiástico e o primeiro e o segundo livro dos Macabeus. Todos são contabilizados pela Santa Sé e ignorados por protestantes ao redor do mundo. Você já parou para pensar qual seria o motivo dessa divisão? O que está por trás das escolhas do que seria considerado canônico e o que se tornaria apócrifo? A própria Igreja Católica rechaçou também alguns livros. Não foi só o protestantismo, né, que é justamente a linha que que nasce, né, o pentecostal, os pentecostais, os evangélicos, né, algumas literaturas foram tiradas justamente porque essas literaturas ia contra os conceitos e preceitos e dogmas e modos operantes das pessoas, das lideranças de plantão, daquelas lideranças religiosas que diziam que isso não podia, isso podia, ou que isso é apócrifo e isso não, isso aqui é sagr sagrado. Esse aqui não é sagrado, isso aqui é apócrifo. Então vamos rejeitar, vamos excluir. Bom, se tá excluindo, o que mais é possível? E é interessante, eu gostaria de perguntar aos adeptos e as adeptas do cristianismo se elas já se questionaram por si mesmo, não pelo que as suas lideranças lhe falaram, não pelo que os cursos de ideologia que elas fizeram falaram. Questionar por si próprio, esse é cientista do saber? é realmente seguir a energia daquilo da teologia, do estudo do TOS, do Deus, do sagrado, do profano, o estudo do luminoso, o estudo das ciências da religião, que é completamente diferente da religião. De acordo com os protestantes, a adição dos sete livros bíblicos foi um erro, pois eles não estão presentes em manuscritos hebraicos. Contudo, os católicos dizem que, embora tenham sido reconhecidos oficialmente apenas no século X, as sete obras foram de fato inspiradas por Deus. Tanto é que estiveram presentes ao longo da história do cristianismo. Com os bastidores dessas escolhas em um passado muito distante, chega a ser difícil estabelecer um motivo exato a respeito do que deve ser considerado sagrado. Não é à toa que a partir disso várias teorias surgiram no decorrer dos séculos. Cada uma abordando um aspecto diferente do desconhecido. Por mais que algumas não sejam tão bem vistas, todas levam a um questionamento. O que mais não sabemos? Eu estive no Mar Morto, aonde foram encontrado os pergaminhos no século passado e eu acessei em 2016, 2017 aquele votes de energia. E o que foi que fizeram? Eles pegaram os pergaminhos que foram encontrado e dividiram em diferentes universidades, centro de pesquisa, aonde um não sabe a parte do outro e algumas partes vazaram. Esses conhecimentos precisam ser revelados do mar. E se eles forem revelado, é possível que as pessoas de todas as tradições religiosas poderão ter mais facilidade e leveza na vida e perceber aquilo que os físico quânticos, o que nós da física quântica, nós da medicina quântica, nós das terapias quânticas falamos, tudo é possível se a gente sair dos julgamentos, se a gente sair do trauma, do drama, do sofrimento. Tudo é possível se nós percebemos que tudo é energia. Se tudo é energia, por que tantas pessoas querendo dominar e controlar o que tá escrito nesses livros sagrados que foram incluído e outros excluídos? Nessa concepção de excluir, o que mais estão fazendo aí? Quais são os conhecimentos que está sendo manipulado para que a gente não perceba outra possibilidade? Eh, diz, normalmente as pessoas gostam de dizer que nós cientistas somos ateus e não a a nossa o nosso contato com sagrado, com luminoso, com com Deus me fizeram essa pergunta, né, Dinivalda, você acredita em Deus? Eu disse, com certeza, porque Deus está nas moléculas. Deus está nas moléculas. Se ele tá nas moléculas, ele está em tudo e em todos. Não tem acepção, não tem separação. Então, cristianismo, por que tanta exclusão? Para que tanta separação? E o que mais estaria disponível se nós incluíssemos a todo mundo? São questões importantes a serem pensadas, mas não são as únicas. Se existem motivos que fizeram o cristianismo ser o que é hoje, não é absurdo dizer que a humanidade teve uma participação crucial no conteúdo final da Bíblia. Isso por si só não seria algo a ser levado em consideração durante os estudos bíblicos? A escolha foi humana. A escolha dos livros que estão na Bíblia foi humana. Esse é o meu ponto de vista interessante. Eu sei que tem pessoas que vão discordar de mim e discordem. Vamos pro debate. Que bom, porque é isso que a ciência da religião traz. Quem é Maria? Que alguns incluem, outros excluem. Verdade. Quem foi Maria Madalena? Que alguns inclui e outros exclui. Verdade. Quem foi Judas que alguns inclui outros exclui? Verdade. O Novo Testamento realmente está revelando a história do Cristo, do Emmanuel, do Yahvé, verdade? Porque se tirou alguns livros e permaneceu outros. O que estavam escondendo? O que não estavam revelando? E se tudo for revelado? Mesmo hoje, o cristianismo segue com diferenças entre os seus fiéis. E para quem está de fora, pode ser questão de detalhe, mas para muitos é algo que define a crença. Será que algum dia, com o auxílio de um novo concílio ou por algum tipo de acordo, as diferenças entre cristãos terão o fim? Jesus não foi único. Está na hora da verdade de que tá escondida, tem muitos conhecimentos escondido. Como seria as nossas vidas se esses conhecimentos emergissem e fosse dito: "Há verdades para cristão e não cristãos?" Como seria as nossas vidas se nós lideranças religiosas, se nós lideranças de todas as religiões, todas as filosofias de vida, todas as práticas, religiosidade, espiritualidades, nos fizéssemos um grande concílio e colocássemos na mesa todos os conhecimentos que estão escondidos, porque a gente tem eh instituições religiosas cristãs e que tem divergência com relação aos dogmas de uma ou para outra instituição religiosa. E quase sempre as verdades teológicas defendidas pelas instituições, elas são, digamos assim, ou se pretende fundamentá-las na escritura. Então, a a a tradução de alguns termos são basilares, como eu falei, para a construção dos dogmas. E aí é por isso, como eu falei, que no nível de um diálogo interreligioso, né, entre as instituições ou ecumênico, eh, propriamente dito, entre as eh instituições religiosas cristãs, aí você precisa então eh a passar deste nível das traduções para os textos originais e aprofundar, né, a fundamentação destas verdades defendidas por estas devidas instituições. Então, a história não é a história. A história são fatos contados a partir de um ponto de vista. E não existe somente esse ponto de vista, existem vários pontos de vista. Eu acredito que vai chegar um momento que não vão poder mais enclausurar o conhecimento, não vão poder mais manipular o conhecimento que ele vai vir por si só. Então, eu acredito numa nova realidade. Eu acredito numa nova criação, aonde não mais vai ter guerras, mortes, acepção, aonde nós realmente possamos dizer: "O meu sagrado é o seu sagrado. Nós somos um só." E chega, chega de mentiras, chega de gasl, de abusos. E o que mais é possível? Gratidão. Gratidão. Apesar de pregar a união entre todas as pessoas, o cristianismo é uma religião dividida em grupos que, de certa forma, interpretam a mesma obra de maneiras distintas. É comum que um livro, um filme ou mesmo uma música ger entendimentos diferentes. Mas não é um pouco estranho imaginar que isso possa acontecer com as Escrituras Sagradas? A escrita foi desenvolvida não apenas para melhorar a comunicação humana, mas também para deixar registrada a nossa história. Foi uma das maiores invenções da humanidade, só que ainda assim seu desenvolvimento causou certos problemas. De um lado, determinados conteúdos não são escritos de forma compreensível e, de outro, o leitor tem interpretações incoerentes ou distorce a imagem original. Por exemplo, uma simples frase pode ter dois ou mais significados totalmente distintos. João encontrou o dono da loja com o seu irmão. Deixe-me repetir. João encontrou o dono da loja com o seu irmão. Como você interpreta essa frase? João estava com seu irmão em uma loja e encontrou o proprietário. O João entrou em uma loja e viu dois homens. Um era o dono e o outro seu irmão. Bom, vai ver. O João entrou em uma loja e viu dois irmãos e um deles era o dono da loja. É um pouco confuso, não é? Mas como deu para anotar, uma simples frase pode mudar todo o contexto de um acontecimento. Agora, imagine que tenha sido escrito um grande livro com narrativas de eventos históricos milenares, muitos personagens e tramas complexas. Por meio das histórias dessa obra, as pessoas construíram igrejas, tornaram-se fiéis, definiram normas de convivência, instruções comportamentais e, talvez, o mais importante, deram sentido para a sua existência. A diferença desse livro para os outros é que ele é visto como sagrado, inspirado pela própria vontade de Deus. A sociedade bíblica do Brasil estima que a Bíblia tenha sido traduzida para quase 3.000 idiomas. Ao longo dos séculos, pessoas diferentes ficaram responsáveis por esse trabalho e, por vezes, expressões ou palavras advindas do idioma original fáceis de se compreender. O suposto conteúdo isento de erros torna as escrituras sagradas alvo de muitas perguntas. É fato que a obra foi escrita por humanos. Sendo assim, seria ela a palavra de Deus em sua totalidade ou a interpretação dessas palavras por parte dos homens? Hã, a Bíblia é considerada uma biblioteca divino humana. Em geral, se considera que o autor da Sagrada Escritura é o próprio Deus. Por isso se pensa sobre a questão da inspiração divina. No entanto, Deus não escreveu os textos como tais diretamente, por isso é também a autoria humana. A escritura ou as Sagradas Escrituras, como são chamadas, elas eh são resultado de o do trabalho de muitas pessoas, muitas pessoas e que cobrem um período histórico bastante extenso as tradições orais, remontam a personagens possivelmente eh do século XVI, talvez até X antes de Cristo e com as últimas páginas da Bíblia remontando ao período da era cristã. um século, ao menos depois da era cristã. Esses diversos autores que viveram em períodos diferentes, escreveram certamente a partir da própria cultura, a partir da própria experiência, a partir do próprio cabedal também de conhecimentos, de eh construção poética, de historiografia, de relatos históricos, de poemas, de cânticos, de súplicas, de louvor, cada um com os recursos próprios da própria fala, da própria língua. a partir da própria experiência pessoal e comunitária. Não dá para afirmar quem foram os autores da Bíblia. Escolas modernas, tanto teológicas como não, eh não conseguem entrar num consenso. Não existe registro de fato de quem seriam os autores da Bíblia. a respeito do Pentateuco, que são os cinco primeiros livros da Bíblia cristã e também eh compõe a Torá judaica, eles são atribuídos de fato a Moisés, mas no entanto se sabe que eh pode ter sido qualquer um, mas não Moisés, ou pelo menos não completamente Moisés, porque durante esses livros é citado o desligamento de Moisés. Ele não chega à terra prometida e passa o cajado para Josué. A Bíblia ela é um um livro humano. Ela ela foi escrita por homens como eu e você, que eram membros e parte de uma sociedade, que tinha uma cultura, que tinha ali a sua língua, eh que tinha a sua visão de mundo. E tudo isso apareceu-se na na produção da Bíblia. Então, esse é o lado humano que a Bíblia tem. Mas por outro lado, nós temos ver que a Bíblia também tem o seu lado divino. Ela, como diz lá em segunda Timóteo 3:16, diz que toda a escritura é inspirada por por Deus e é útil para o ensino, para compreensão, para correção, para instrução na justiça e para que o homem de Deus seja hábito e plenamente preparado para toda boa obra. Assim como o reverendo Hernandes Lop diz, ele diz o seguinte, que a Bíblia é o livro dos livros. A Bíblia foi é inspirada por Deus, escrita pelos homens, concebida no céu, nascida na terra, odiada pelo inferno, pregado pela Igreja, perseguida pelo mundo e crida pelos fiéis. Entre 5 e 7 bilhões de cópias. Esse é o número que a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira encontrou em 2021 a respeito da provável quantidade de impressões que a Bíblia já teve no decorrer da história. Embora não seja possível determinar um número exato, é certo que estamos falando do livro mais vendido de todos os tempos. Esse título só foi possível graças à criação e popularização da tecnologia de impressão em meados do século XV. Antes disso, a Bíblia era muito conhecida pelos cristãos, mas ter uma versão completa dela era algo extremamente raro, já que não era fácil, muito menos barato, produzir cópias à mão de um livro tão extenso. A sociedade britânica também calculou que de 1815 a 1975, quase 2 bilhões e meio de cópias da Bíblia foram impressas. Em 46 anos, o número de impressões mais do que dobrou e a estimativa é que aproximadamente 80 milhões de cópias da obra sejam impressas por ano. Foram séculos, recebendo diferentes traduções com várias pessoas escrevendo e interpretando o mesmo conteúdo. O problema é que as estruturas linguísticas variam de cultura para cultura. Com isso, uma palavra ou frase pode adquirir sentidos diferentes. Há quem diga que as traduções para várias línguas podem ter causado erros de interpretação e como consequência as ideias de certos trechos foram repassadas aos fiéis de forma errada. Então, as traduções da Bíblia criaram desencontros de informação. Em geral, as bíblias hoje existem nas línguas vernáculas de cada país, cada nação que tem uma língua própria oficial. Os falantes daquela língua têm o seu texto traduzido na sua língua. No entanto, eh, como você bem mencionou, a Bíblia foi escrita em línguas diferentes, com os os textos eh que são considerados como da primeira aliança. Alguns chamam de Primeiro Testamento ou Antigo Testamento. Os a as línguas originais desses textos aqui são o hebraico em grande parte, alguns textos em aramaico que compõe a chamada Tanac, que é a Bíblia judaica da do canon judaico palestinense. A a esta a esta a este cânico-palestinense foram acrescentados outros livros pelo judeus da diáspora em Alexandria, no Egito, que ao traduzir esse material do hebraico e do aramaico pro grego, acrescentaram outros livros em numa outra língua diferente que é a língua grega, ao passo que a Bíblia tem uma outra parte conhecida como Novo Testamento, que foi diretamente toda ela escrita em esta parte aqui, toda ela escrita em grego. Então, estas são as línguas chamadas bíblicas, eh, hebraico, aramaico e grego. Certamente que o processo de tradução deste material é um processo longo, depende de qual língua a gente considera, mas se a gente pensa na língua em português, o processo da história da tradução em português começa no século X7, mais ou menos com a primeira tradução em português de um português, João Ferreira de Almeida, e depois com outras bíblias que foram sendo traduzidas até hoje, a gente ter aí no mercado, digamos assim, uma série de traduções diferentes. E nós sabemos que a na reforma e ao longo do do tempo essa essa questão de traduzir a Bíblia das línguas originais paraas paraa língua materna, que o povo, né, não é todo mundo, o hebraico, o aramaico, todo mundo vai ter conhecimento dessa língua. Então, há uma necessidade que a Bíblia ela ela ela ela pudesse ser eh traduzida para pra língua materna. Isso foi muito evidente também na reforma. Eh, a Bíblia lá usava a vugata, né, o latim, os padres utilizava e boa parte do povo, eh, realmente não tinha contato com o latim e ficava mais para a liderança eclesiástica, n ficava mais para pra questão dos papas ali dos padres. Então, com a reforma vem-se essa essa essa de colocar a Bíblia a a à disposição do povo na sua língua. E isso só que nós sabemos que isso eh houve a necessidade de tradução. Então, quando se vai fazer a tradução de das línguas originais pra língua materna, nós sabemos que há há muita dificuldade. Por que que há dificuldade? por exemplo, a dificuldade de pegar palavras que são extremamente entendíveis na nossa na nossa cultura e e e que de alguma forma eu vou ter que encontrar essas melhor palavra para que possa ser uma tradução que venha a não se perder também no original e tornar-se entendível. Algumas palavras, sim, podem ter sentido diferentes. E hoje nós temos estudiosos especificamente dessa área em que vive ajustando isso aí. Mas o que a gente tem hoje, nós temos muita tecnologia, muitas, muitos cientistas bíblicos, né, em que eu acho que isso já foi bem reduzido. Eu acho que antigamente tinha mais do que hoje. Toda a tradução é também uma um entra num aspecto de interpretação, porque uma língua ela não se sobrepõe tal e qual dentro da outra língua. Existem tempos verbais em grego, em hebraico, por exemplo, que não existe em português, não tem correspondência. Existem e substantivos, existem nomes, existem eh adjetivos na língua grega, hebraica e aramaica, que não tem o seu correspondente exato na língua portuguesa. Então, o que que os autores ou os tradutores fazem? Eles procuram eh, digamos assim, investigar o campo semântico. Campo semântico é uma espécie de um raio de significado que uma palavra pode ter. A questão é que num leque de vários significados de uma palavra, na hora da tradução, o tradutor precisa escolher uma palavra, porque não dá para toda palavra usar todos os recursos do campo semático dela, caso contrário, a tradução não flui. Então, nesta eleição de um termo em português que capte de alguma forma o campo seman da palavra, é que temos a variedade das traduções. E por isso existem algumas traduções um pouco melhores e um pouco não tão melhores assim. Algumas que querem ser, digamos assim, mais próxima da linguagem falada do dia a dia, acaba se distanciando do texto na língua original. Então, nós temos dificuldades de compreensão e de interpretação. Agora o perigo, porque algumas traduções muitas vezes tem uma tendência teológica. Isso é ruim. É esse que é o problema. Talvez o leigo, talvez aquele que nunca tem uma formação disso, ele possa ficar refém a isso. Por isso que é o entendimento. Como é que eu vou fazer o significado, a compreensão daquilo se eu estou usando uma tradução que tem uma tendência teológica? tem que ser levado em conta também. Por vezes, as divergências entre instituições religiosas se baseiam em termos precisos, que um para uma instituição religiosa se traduz de um jeito, para outra se traduz de outro jeito. Isso e é possível? É possível ambas, alguma delas está errado? Sim e não, porque uma insiste num aspecto semântico, outra insiste noutro aspecto semântico. Às vezes, uma insiste no tempo verbal, outra insiste no aspecto verbal. E aí nós temos as diferenças. E essas diferenças, por vezes nas traduções, são basilares para construções de dogmas dentro das instituições religiosas, com histórias que contemplam séculos repletas de ensinamentos, deveres, conselhos e alertas. A Bíblia passou sua existência assistindo o mundo ao redor se modernizar enquanto seu conteúdo continuava o mesmo. Dos livros que constituem a obra, é possível encontrar questões científicas e até mesmo relacionadas com a medicina. Porém, trata-se de questões de tempos longincos em que a vida era bem diferente. É por isso que muitos afirmam que a Bíblia está desatualizada, pois embora continue famosa, possuem um conteúdo arcaico para o mundo moderno. Então, a Bíblia ela é milenar, escrita em outras línguas, né, em momentos diferentes, com eh valores culturais diferentes. A Bíblia, certamente que numa sociedade pós-moderna, sociedade líquida na qual nós vivemos, ela precisa, continua tendo o seu valor por dois motivos em em dois aspectos diferentes. Para aqueles que creem na Bíblia como palavra de Deus revelada, ela continua tendo o seu valor autoritativo. Quer dizer, ela é a palavra que eh é a é a garantia da verdade divina revelada para a vida eh de fé das pessoas. Então, para aqueles que creem, a Bíblia tem um valor inquestionável e ela é eh digamos assim, a palavra de Deus na sua pureza conservada para que aqueles que creem possam dela se alimentar e participar então da da vida divina ofertada pela palavra de Deus. Para aqueles que não creem, curiosamente, é importante recordar que a Sagrada Escritura é um patrimônio cultural da humanidade. Infelizmente, eh, digo isso, no Brasil não se não foi descoberto ainda esse valor cultural da Sagrada Escritura. Em países da Europa, a Sagrada Escritura, ela é estudada inclusive por ateus como um grande patrimônio cultural, linguístico, religioso. Em alguns países, por exemplo, no Reino Unidro se estuda a King James Bible, que é a versão eh inglesa, eh, digamos assim, standards para paraa igreja anglicana, que é um um livro de fé para os anglicanos, na tradução oficial para a igreja anglicana, mas ela é estudada no curso de letra. Se você entra em qualquer universidade no Reino Unido, né, no campo da literatura, ela é estudada, é apreciada. É apreciada. Sem mencionar que na Europa inteira é um debate continuado e sempre reativado de novo as questões das raízes cristãs da Europa. Quer dizer, o mundo ocidental ele é incompreensível sem levar em consideração a influência, né, das ideias, dos valores, dos costumes e da ética que está conservada e mantida e defendida dentro das tradições religiosas. A Bíblia, pelo menos na minha opinião, se torna desatualizada com o avanço do conhecimento científico, o avanço do eh da capacidade cognitiva do ser humano. É fato que quando sim ela foi escrita, o a humanidade detinha de uma certa capacidade de interpretação das coisas, fenômenos e tudo mais. Eh, então, eh, com o passar do tempo, a ciência melhorando, a capacidade do ser humano melhorando, ela se tornou desatualizada. Por exemplo, a gente teve Galileu, que questionou o fato de a Terra não ser o centro de tudo. E ele foi mandado para um exílio, uma espécie de prisão domiciliar, só porque ele tinha amizade dentro da Igreja Católica, caso contrário, ele seria executado. Pessoas que pensam que a Bíblia tá desatualizada, ela tá pensando na Bíblia como um manual de um computador que não se tem mais. E seria muito ilógico usar o manual eh para para se aprender de um computador que não existe mais. seria um absurdo um para estudar um para que de algum
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