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A TRAGÉDIA DO VOO JJ-3054 | Histórias do Acervo

A TRAGÉDIA DO VOO JJ-3054 | Histórias do Acervo

Eram 6:48 da noite quando um Airbus da T com 187 pessoas a bordo ultrapassou os limites do aeroporto de Congonhas em São Paulo, sobrevoou à Avenida Washington Luiz e se espatifou em um hangar da própria companhia aérea. Todos os passageiros e tripulantes do voo 3054 morreram, mas a violência do acidente matou também outras 12 pessoas que estavam no prédio. A maior tragédia da aviação comercial brasileira aconteceu numa terça-feira, dia 17 de julho de 2007. Menos de 9 meses depois da colisão entre um voo da Gol e uma aeronave executiva que tinha deixado 154 mortos no estado de Mato Grosso em setembro de 2006. O desastre no coração de São Paulo gerou consternação no Brasil e revoltou as famílias das vítimas que se organizaram para pressionar a T autoridades envolvidas. Agora, 18 anos depois, uma série documental na Netflix se debruça sobre o caso. Vamos resgatar essa história. O Brasil vivia uma espécie de apagão na aviação comercial. O departamento de controle de espaço aéreo do Ministério da Defesa tinha alertado que o setor precisava de investimentos públicos pesados para impedir uma PAN, mas mesmo assim as verbas vinham sendo cortadas ano após ano. A crise ficou evidente em 2006, quando a companhia aérea Varig foi a leilão e deixou de operar várias rotas domésticas, o que sobrecarregou os guichês das outras empresas. Aeroportos lotados e voos atrasados viraram rotina no Brasil. Mas o stopim do apagão foi em setembro de 2006, com a colisão entre um Boeing da Gol, linhas aéreas, e um jato Legacy da Embraer no Mato Grosso. As asas esquerdas das aeronaves se chocaram no ar e o voo da Gol caiu em uma área de mata fechada na Amazônia sem deixar sobreviventes. tragédias, pôs falhas nos sistemas. E depois que oito controladores de voo foram afastados para investigações, os funcionários dessa categoria deram início a uma greve nacional em protesto contra as péssimas condições de trabalho. Eles queriam redução de jornada, melhores salários e a contratação de mais controladores. No Natal de 2006, com muita gente dormindo no chão de aeroportos lotados, uma reportagem do Globo mostrou que em 3 meses 3.000 voos tinham sido cancelados. Em junho de 2007, quando uma jornalista perguntou pra ministra do turismo, Marta Suplici, que conselho ela daria ao turista brasileiro diante desse caos, a ministra respondeu dizendo: "Relaxa e goza". Semanas depois aconteceu o pior episódio da aviação comercial brasileira. No começo da tarde daquela terça-feira, 17 de julho de 2007, um incêndio em uma obra no aeroporto Santos do Mon, no Rio, causou pânico entre os passageiros. Parecia até um prenúncio. Poucas horas mais tarde, o voo 3054, que tinha decolado de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, se chocou com um prédio da TAN, ao lado do aeroporto de Congonhas. Depois que os pilotos não conseguiram parar a aeronave na pista, todos os 181 passageiros morreram, assim como os seis tripulantes. Muita gente que estava no prédio da Tan conseguiu sair. Outras pessoas foram resgatadas em meio às chamas, mas 12 morreram. A nova série da Netflix reconstitui a tragédia em detalhes, mostrando imagens do acidente e dos parentes dos mortos desesperados à espera de informação e depois protestando contra a companhia aérea e os responsáveis pelo aeroporto. Diferentes pilotos apontaram como causa do acidente a falta de ranhuras na pista que ajudam os aviões a frear. Em 2009, o relatório final da Aeronáutica sobre o caso assinalou a situação da pista como algo que contribuiu pra tragédia, mas destacou outra causa como a principal. De acordo com o documento, um dos manetes que controlam os motores do avião estava em posição de aceleração durante o pouso, mas o relatório não concluiu se a falha foi humana ou mecânica. No documentário da Netflix, os parentes dos mortos acusam a Tan e a Airbus pela falta de um dispositivo na aeronave para alertar a tripulação sobre a posição errada dos manetes. Em 2017, foi homologado na justiça um acordo no qual a Airbus ficou de pagar R milhões deais a um grupo de familiares, mas ninguém foi condenado criminalmente pela tragédia.

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