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AÇÕES TRANSFORMADORAS PARA O MEIO AMBIENTE NO ESTADO

AÇÕES TRANSFORMADORAS PARA O MEIO AMBIENTE NO ESTADO

o Brasil é a nossa fonte de inspiração acreditamos no poder transformador das histórias contadas todos os dias de norte a sul do país somos curiosos nos aprofundamos nos temas e a consistência ao longo de décadas nos deu a autoridade reconhecida pela audiência ajudamos a fazer as perguntas certas com inteligência e conteúdo de alto nível vamos além das notícias para chegar à intimidade de cada história e inspiramos as tomadas de decisão da saúde dos filhos ao futuro do planeta das pequenas compras as grandes aquisições do agronegócio à gastronomia das tendências da moda aos clássicos da [Música] decoração das tecnologias do dia a dia as grandes inovações da escolha do candidato ao seu próximo carro onde investir a como empreender traduzimos a complexidade de um mundo em transformação Nosso propósito é conectar pessoas e histórias informando educando entretendo [Música] debatendo ouvindo e nos transformando com o nosso público reconhecemos os talentos e celebramos suas conquistas criamos experiências únicas Antecipamos tendências e refletimos a diversidade cultural do nosso país nossa paixão pela comunicação a inquietude criativa o [Música] pioneirismo o inegociável compromisso do jornalismo com o fortalecimento da e a busca incansável pela qualidade nos levam à liderança acreditamos na interdependência da sociedade e das instituições e que cidadãos inspirados e bem informados T poder para construir um país melhor trabalhamos com entusiasmo e disciplina e mudamos constantemente para permanecermos fiéis à nossa essência e ao Espírito Criador dos nossos fundadores Bom dia a todos muito bem-vindos muito bem-vindas eu sou Leile terberg jornalista e vou ter o prazer a honra de moderar o seminário Rio de Janeiro resiliente realizado pela Editora Globo com apoio do governo do estado do Rio de Janeiro eu agradeço a presença da plateia aqui no auditório da Editora Globo no Rio de Janeiro e a plateia virtual que tá nos acompanhando nas redes sociais do Globo e do Extra continuem com a gente ao longo dessa manhã para acompanhar o debate de alto nível que a gente vai ter sobre um tema que é tão urgente depois da publicação de um edital de reflorestamento histórico o rio prepara novas medidas tendo por objetivo A Conservação ecológica e o aumento da resiliência num grande plano de adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e nós temos também transformações que passam por fornecimento de água saneamento educação ambiental isso atrelado à participação das Comunidades O que é fundamental partindo desse MTE nós vamos debater com autoridades e especialistas projetos de preservação ambiental e saneamento desafios oportunidades e o objetivo do Rio de se tornar a primeira Metrópole azul do mundo nós vamos ter duas mesas com debates de aproximadamente uma hora de duração a primeira delas tem como tema mudanças climáticas restauração Florestal e e cidades resilientes os nossos convidados são o Telmo Borges que é superintendente de mudanças do clima e florestas na Secretaria de Estado do ambiente e sustentabilidade do Rio de Janeiro o Palmas o Gil campers que é Tenente Coronel Bombeiro Militar especialista em Gestão de Risco e gerenciamento de desastres Mestrando em defesa e segurança civil na uf coordenador do RJ resiliente da Secretaria de Estado do ambiente e sustentabilidade aleta Vieira coordenadora de programas da ONU e Antônio Oscar que é geógrafo e professor adjunto da uer Antes de a gente iniciar o painel vamos assistir a um vídeo sobre o tema o Rio de Janeiro está na Vanguarda da adaptação aos efeitos das mudanças climáticas por meio do Região Serrana resiliente estamos preparando uma das áreas mais vulneráveis do país para adaptação aos eventos climáticos extremos o investimento é de 940 milhões em prol de uma região serrana mais segura para todos a iniciativa que prevê um posto avançado na região será expandida para outros pontos do estado e por falar em adaptação o novo sistema de registro de preços do Governo do Estado permite agilizar os procedimentos de contratação de serviços e aquisição de materiais essenciais em eventos climáticos extremos com limpa Rio já limpamos rios lagos Córregos e canais em 85 municípios Fluminenses a fim de evitar as recorrentes enchentes causadas pelas grandes chuvas mas não é só isso por meio do florestas do Amanhã iremos aumentar em 10% a cobertura de Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro Você sabia que o Rio de Janeiro é o único estado que aumentou a sua área de Floresta nos últimos 40 anos vamos rumo a um estado mais sustentável resiliente e seguro para todos então vamos lá pessoal começando os trabalhos aqui quero abrir a nossa conversa falando do edital lançado no último dia 18 pelo governo do estado e pelo BNDS com participação também do fundo brasileiro paraa biodiversidade e a eg saneamento vão ser destinados R 60 milhões deais Para apoiar cerca de 30 projetos de reflorestamento então uma primeira pergunta pro Telmo é o maior edital desse tipo envolvendo um match funding com o BNDS já lançado no Brasil em que medida ele cria um novo paradigma nas iniciativas de restauração ecológica Telmo bom dia a todos e a todas Leila eh de fato é o SM fund proporcionou eh criar sinergia financeira porque todo mundo fala em escala da Restauração escala da Restauração a ndc Nacional né Tem uma meta 17 milhões nós nós do Rio de Janeiro e em Glasgow colocamos essa meta de ampliar em 10% ou seja 440.000 haes E aí o o desafio todo é eu criar sinergia de recursos financeiros para ganhar a escala da Restauração é o maior edital do BNDS junto com o estado do Rio de Janeiro eg e outros parceiros tá pegando quatro regiões hidrográficas são mais de 33 municípios E aí fazer uma gestão de recurso com gestão de escala que é necessário porque desmatar é muito mais fácil né o restaurar é mais Custoso Então traz pra gente é é um novo paradigma de olhar eh o investimento e não gasto é um investimento na Restauração Florestal como uma economia verde propiciando geração de emprego renda e melhoria na qualidade de água segurança hídrica enfim a própria biodiversidade Então esse é é um paradigma de colocar investimentos em restauração que é pouco visibilizado no Brasil em né com certeza infelizmente mas é isso acho que é algo que tá caminhando para mudar e a restauração ecológica enfim é naturalmente urgente em várias regiões vulneráveis diante dos fenômenos meteorológicos cada vez mais extremos e cada vez mais frequentes né Gil você era secretário de Defesa Civil quando houve a tragédia das chuvas de Petrópolis em 2022 foi um número recorde de escorregamentos como se fala Tecnicamente a gente acaba falando deslizamento mas enfim e cerca de 240 mortes né E aí por conta dessa experiência você acaba acabou sendo chamado para coordenar ações nas calamidades de São Sebastião eh e também no Rio Grande do Sul né E hoje tem o desafio dentro do RJ resiliente começa pela Região Serrana né e justamente por Petrópolis eu queria que você explicasse o que que é esse programa né o Região Serrana resiliente e em que pé ele tá perfeito Bom dia Leila Bom dia todos é realmente é um é um grande desafio e Petrópolis É é uma das cidades com maior risco de desastre do país eh em 2022 Foram 7650 escorregamentos em duas ocorrências em 15 de fevereiro e e 20 de Março e e e são necessárias diversas ações estruturais e não estruturais para que você consiga reduzir o risco de desastres numa localidade eh o Governo do Estado do Rio de Janeiro já vem desenvolvendo ações eh para você realizar intervenções estruturais e o grande desafio do programa é justamente o desenvolvimento das ações não estruturais Ou seja a capacitação da população seguindo eh eh países no mundo que já desenvolvem essa linha como o Japão como o Chile como a Itália como a Espanha e a capacitação Comunitária o empoderamento dessa comunidade é fundamental para que a população Saiba como agir o estabelecimento de rotas de fuga pontos de apoio e esse treinamento ele vai ter uma parceria da Ona habitar Esse é um trabalho fundamental para que você leve pras comunidades eh esse trabalho que é justamente Você montar um centro na comunidade que ele seja uma referência eh Para justamente você eh num num numa situação emergencial ter justamente essa condição de retirar as pessoas com segurança eh levar para um ponto seguro para que essas pessoas possam permanecer em segurança até que os volumes de chuva que a gente tem percebido principalmente em função das mudanças climáticas aind intensificação do Quadro dos Desastres se a gente fizer um comparativo eh na região serrana em 2011 foram em torno de 690 mm em 4 dias e Petrópolis em 2022 a gente já fala de 550 MM em 24 horas São Sebastião em São Paulo em 2023 a gente já fala de 683 MM em 24 horas Tudo indica que nos próximos anos a gente já vai estar se aproximando de 1000 mm24 essa é uma nova realidade E aí tem toda uma questão geológica e para entender quanto uma cidade é capaz de suportar esse volume de chuva então nenhum nenhuma cidade do mundo tá preparada para absorver um volume de chuva como esse E aí é necessário o entendimento né da da da ocupação do solo da questão da drenagem E aí são várias ações que a Defesa Civil por ser uma política transversal começa a tratar é e a gente tem até reportagem no Globo hoje falando da quantidade de Gente em Petrópolis que ainda vive em área vulnerável É muita gente né quer dizer e você tem ali encosta e realmente a grande precipitação em vários momentos se a gente fizer uma um levantamento essa reportagem ela Fala especificamente do Risco geológico mas se você correlacionar o risco hidrológico e o risco geológico a quantidade de pessoas é muito maior e aí o que fazer numa situação dessa em que você tem uma população que ela tá eh extremamente vulnerável à condição de desastres e a gente precisa tratar de uma cultura de prevenção de desastres ou seja o que fazer numa situação de emergência vários países do mundo não é esconder isso não é não é não colocar como risco é justamente você sinalizar Quais são as áreas de risco o que você tem que fazer o que você deve fazer o que você não pode fazer isso tem que ser desenvolvido pela defesa civil e por todas as demais secretarias então assim esse é um grande desafio porque além de Petrópolis outras cidades da Região Serrana também apontam esse cenário de risco e também outras regiões como Angra né como a região metropolitana Baixada Fluminense é importante que a população Saiba como agir Então esse projeto ele ele ele Visa justamente direcionar a população e ter essa percepção de risco para saber o que fazer uma condição de emergência você falou da parceria com a ONU Habit e se chama ambiente resiliente um novo projeto né em que vocês estão envolvidos com o governo do estado o principal produto vai ser um mapeamento pela UFRJ das inundações no Rio e a construção de um grande Parque drenante cuja localização ainda vai ser definida então leta eu vou te pedir para você nos contar sobre essa iniciativa e também voltando Algumas casas aí no tabuleiro ah explicar o que que significa hoje o conceito de resiliência do ponto de vista ambiental eh Bom dia a todos a todas eh quando a gente vai falar de resiliência a gente tem que entender que a gente tá falando da capacidade daquele daquela população daquele local daquele território de se adaptar e eh se transformar em função das novas realidades colocadas quer dizer Às vezes as pessoas pensam em resiliência como vou me manter ali do jeitinho que eu sempre fui e isso não é viável a gente tá é um mundo em transformação então a resiliência passa também pela capacidade de transformação E aí eh isso que o J tava falando e o programa ambiente resiliente né e e o outro programa que a gente tem também com o governo do estado que é o r inclusive sustentável ele fala muito sobre isso a gente precisa ter um entender o que que tá aconte Endo eh então ter diagnósticos das cidades que que significa essa vulnerabilidade à mudança do clima e aos eventos extremos no estado a gente precisa planejar Então a gente vai fazer planos de ação climática que é pensando hoje daqui a 20 anos daqui a 50 anos o que que esses municípios eh precisam eh trabalhar e estruturar e contribuir na implementação então aí passa por esse Parque que você tava falando né a gente estava falando sobre os impactos da mudança do do clima e a inundação é muito é uma a gente tem deslizamentos né que você falou e a gente tem áreas inundáveis muito fortes Então esse Parque que vai ser feito com a ajuda do estudo do diagnóstico eh da UFRJ de onde são as áreas de maior inundação no estado vai contribuir pra gente entender aonde é estratégico para o estado estar e eh eh realizar um parque que tenha esse conceito de cidade Esponja que ajude na capacidade de drenagem desse território de tal forma que reduza de forma com impacto a a inundação em determinada área do estado a gente vai depois entrar no outro programa de vocês e aí para esmiuçar um pouquinho os nove municípios né que ele Abarca falando de cidade Esponja é preciso Antônio trazer o verde para dentro das cidades né explicando um pouquinho quem é o Antônio ele tem uma pesquisa importante sobre a relação entre o aquecimento global e ampliação das de dengue endêmica né mas o laboratório em que você atua na werge vai muito além disso quer dizer ah são estudos da interação sociedade atmosfera né pesquisando aí as muitas interações entre o clima e as pessoas e há uma séries de benefícios né ao se implantar esse conceito da cidade Esponja queria te ouvir sobre isso e também em relação as preocupações que você tem quanto a forma como muitas vezes é restaurada a cobertura vegetal não dá fazer de qualquer jeito né não bom dia Leila bom dia a todos e todas que nos ouve eh quando a gente pensa como os colegas que antecederam falam da cidade a gente pensa numa cidade que retém muito pouco água então a gente tá falando de uma cidade que é produzida ali naqueles modelos antigos que a água quando chega ela fica muito pouco tempo então causa desastre e não produz a regulação que ela precisa quando a gente vem com esse novo paradigma de cidade Esponja ou seja permitir que a água fique mais tempo no ambiente Urbano e que ela seja escoado mais lentamente para evitar os processos de inundação os processos de Enchente alargamento mas que eu tenha água no ambiente Urbano para essa água também atuar como um regulador que ela é então a água tem um papel muito importante na natureza que é realizar esse papel de regulação térmica quando a gente permite que no ambiente Urbano eu tenha água seja do ponto de vista de restauração azul que a gente chama da infraestrutura de drenagem tomando os meandros dos rios ou colocando vegetação nesse ambiente Urbano eu tô favorecendo esse processo de regul a natural do ambiente Urbano tornando uma cidade Esponja por exemplo que vai sofrer muito menos com o impacto desse excesso de chuva que as mudanças climáticas principalmente colocam pra gente mas quando a gente tá falando desse Verde no ambiente Urbano a gente tá falando de processo de infiltração de impermeabilidade permeabilidade desse ambiente Urbano mas a gente também tá falando de sombreamento a gente tá falando de benefícios outros cenefis que estão relacionados às ondas de calor que estão relacionados a conforto térmico da população e que estão relacionados também a a uma Resgate desses ecossistemas e esses habitates do ambiente Urbano como você lembrou bem a gente tem estudos sobre dengue a incidência maior de dengue de população de mosquito aeds egipte tá naquelas áreas que antes eram áreas inundadas naturalmente e que foram eh revertidas para um processo de urbanização e que hoje se vê ali no quadros graves de problemas de inundação Mas também de problemas de saúde público relacionados a ela Então quando a gente tá falando desse conjunto sinérgico de atividad que precisam ser pensados a gente precisa dar conta também dessa do que a gente chama de benefícios da natureza ou ecossistêmicos porque eles se complementam com infraestruturas cinzas que por hora por vezes são importantes mas que não são as medidas mais urgentes e importantes a gente precisa resgatar eh essa infraestrutura natural pro ambiente Urbano trazendo mais ecossistema para esse ambiente Urbano para trazer também esses cenef que não vão lidar só com mudança climática tô falando de mitigação de ilhas de calor eu tô falando de mitigação relacionada à saúde diminuição de morbidade e mortalidade de pessoas Então esses benefícios eh São importantíssimos mas se essa restauração Verde for feita num sentido muito mais paisagístico do que funcional não vai dar certo a gente infelizmente tem alguns exemplos que a gente tá perdendo a oportunidade Parque para citar alguns exemplos do Rio de Janeiro que fica mais próximo da nossa realidade Parque ritali Parque Madureira ah o o museu da manhã aquele entorno do do Museu da manhã que foram oportunidades maravilhosas que a prefeitura tinha de trazer Verde pro ambiente Urbano Só que infelizmente não porque eu coloquei Palmeira Imperial eu preciso fazer essa restauração nas áreas de Mata eu preciso fazer essas restaurações nas áreas urbanas eu preciso criar a mesma lógica de conectividade que o Inea trouxe pro pra área Florestal do Rio de Janeiro pro ambiente Urbano também trazendo vegetação nativa Porque sem vegetação nativa eu não vou ter esses benefícios Na verdade eu posso trazer outros elementos que podem piorar a situação e a qualidade de vida no ambiente Urbano então a gente precisa ter atenção de como esses projetos estão sendo feitos e precisa de uma atenção também de que essa restauração Florestal ela precisa est dentro do ambiente Urbano com espécies adequadas para trazer esse benefício porque a população tá no ambiente Urbano E aí quando eu li ontem outra reportagem do Globo sobre a questão do calor né que afeta até a enfim as sinapses da gente eu lembrei de você dos das pesquisas que vocês fazem tmo oio era visto como aquele estado que quase dizimou a Mata Atlântica né uma realidade que mudou me parece que tem um ponto importante que é a cop 26 em Glasgow né que em que se estabelece a meta de ampliar a cobertura vegital em 10% até 2050 E aí você me corrija se eu tiver com dados imprecisos e para chegar lá o Rio tem oportunidades e desafios né Queria falar sobre isso ah é um estado muito Urbano por outro lado mais de eh 50 % né do Estado São pastagens e o que que ajuda o que que atrapalha acho que vai até conforme o Professor Óscar colocou e em glaso a gente desde a criação do iné em 2009 há uma mudança de concepção da gestão ambiental do Estado do Rio de Janeiro como uma política que é possível aliar ao desenvolvimento a eco92 foi aqui né então desde desse momento para cá os três órgãos que se constituíram o Inea vem fortalecendo essa necessidade de olhar o nosso território se a gente olha o estado do Rio de Janeiro 52% aproximadamente são áreas de pastagem pastagens alteradas e degradados e quando você olha a população mais de 90% tá em área urbana né então como eu Trago essa essa relação desses outros espaços que muitas vezes tá em termos de Economia muito frágil né para esse desenvolvimento sustentável das cidades Então a gente tem pensado estruturado vários estudos eh nós temos eh eh o mapa de potencial eh eh eh área prioritária para restauração para abastecimento público Então tá tudo interligado a Mata Atlântica nós fizemos o inventário Florestal do Estado do Rio de Janeiro dos 92 municípios nós temos 24 municípios que T menor cobertura Florestal se fosse uma propriedade rural obrigatório 20% tem menos de 20% nós temos pelo menos seis municípios do Estado do Rio de Janeiro que não tem nem 60 M qu de área verde por habitante Nós temos dois municípios do Estado do Rio de Janeiro na baix Fluminense que não tem uma árvore por habitante então como eu Trago essa questão da Saúde única né olhando a solução baseada na natureza e a solução baseada em ecossistema e olhando nós somos Mata Atlântica 100% dentro do território é Mata Atlântica com uma floresta exobaekhyun Janeiro aproximadamente 900 e poucas espécies Só existe no estado do Rio de Janeiro então a ideia do floreste da manhã é trazer a parte da economia verde Mas alinhada também essa necessidade da Restauração olhando segurança hídrica segurança alimentar olhando essas áreas rurais abandonadas e vulneráveis para também geração de emprego nós temos um potencial da Restauração produtiva paraa geração de emprego não só na atividade da Restauração mas no manejo dessa Floresta Atlântica com frutas da Mata Atlântica acho que nós temos um grande grande potencial de bioeconomia no estado do Rio de Janeiro Ainda a ser desenvolvido Ou seja agrofloresta é uma possibilidade agrofloresta é uma possibilidade a gente vê sempre o espaço muito Urbano né Eh mas só que o espaço urbano consome Então vamos consumir de uma forma mais consciente gerando também emprego no interior e do estado e isso é possível é o que a gente imagina e Tem trabalhado a fase quatro do Flores do manhã que a gente já quer implementar no próximo ano é pagamento por serviço ambiental colocando o o produtor rural proprietário Rural como um ator ativo da Restauração também el sempre foi olhado como o o o o que desmat né o agricultor só que o Estado do Rio de Janeiro 61.000 propriedades rurais que tá escrita no cadastro ambiental Rural 88% é pequeno proprietário Rural então eu tenho que trazer ele e alinhar ele nesse processo de restauração a cedai tem várias experiências o Inea tem várias experiências junto com a Emater projeto conexão mataatlântica que finalizou no início do ano com com o banco interamericano de desenvolvimento gerou todas as experiências possíveis que é é é possível eh não só imaginar mas executar uma restauração e que eu coloque todos os atores né Eh da população do Rio como um ator ativo da Restauração leta queria agora justamente falar do Rio inclusive sustentável né que vai mapear Como é que os ods estão sendo implantados eh e com planos de ação climática para nove municípios Salvo engano Petrópolis Parati Angra Mangaratiba Nova Iguaçu Duque de Caxias belfor rxo Nova Friburgo e Teresópolis na prática o que que esses planos devem contemplar eh queria chamar só atenção de uma coisa importante assim eh o Brasil tem cerca de 5500 municípios que eh em tese Todos deveriam ter planos de ação climática que é um planejamento Estrutural para que os municípios possam seguir de forma sustent e preparados e adaptados e resilientes à mudança do clima eh varia um pouco a quantidade de de e que eu leio em matérias e tal mas no meu mapeamento a gente tem no máximo no Brasil 25 planos de ação climática existentes então a gente vive uma situação de Um Apagão de planejamento por mais que a gente tenha uma série de medidas para a redução do impacto da mudança do clima a gente não consegue necessariamente implementar isso porque a gente não tem um planejamento adequado e o que o estado do Rio tá fazendo com o rio inclusive sustentável e o programa ambiente resiliente é exatamente correr atrás desse prejuízo então ao final de 3 anos Metade dos Municípios do Estado terão planos de ação climática isso é muito significativo e é um diferencial e eu soube que o estado de do Espírito Santo tá buscando uma ação semelhante para tentar abarcar esse planejamento no estado mas é é uma coisa que ainda nós ainda estamos engatinhando no Brasil Então o a importância desses nove planos e que vão ser iniciados agora em março é exatamente essa é um grande movimento que se inicia e que vai permanecer por nos próximos 3 anos da gente ir dentro dos Municípios no território debater com a população conversar com as prefeituras conversar com todos os atores envolvidos para a gente começar a ter um planejamento que realmente seja encadeado né E que todo mundo possa conversar eh o os planos de ação climática eles têm esse papel eh participativo porque não tem como você fazer um planejamento de longo prazo se isso não tiver incorporado dentro dentro do do que a população entende que é melhor para si mas também não tem como se você não explicar e não não trouxer essa esse diálogo que a gente vai fazer com Petrópolis se a gente não for dialogar com as pessoas explicando o que que tá acontecendo e o Observatório dos ods que esse mapeamento dos dos dos objetivos de desenvolvimento sustentável ele vai também chegar junto nesse aspecto quer dizer é trazer informação para um único espaço onde todas as pessoas que estão em busca de informação possam acessar né então o r inclusive sustentável ele ele inicia um processo que o governo do estado eh eh decidiu nos procurar eh paraa parceria pra gente conseguir executar que é eh anda muito junto com o lema do habitar quer dizer não deixar ninguém em nenhum território para trás é a partir do diálogo com os atores e do planejamento que a gente consegue chegar mais longe é interessante como dados são importantes né Juju tá se coçando para falar ali e eu sei que dados são uma questão né sobretudo paraa prevenção de desastres eu queria te ouvir sobre isso e quando a gente conversou né previamente assim preparando aqui o nosso arcabouço para essa conversa você disse uma coisa importante não dá para reduzir o volume volume de chuvas nem aumentar o intervalo entre as grandes chuvas mas dá para reduzir a vulnerabilidade da população para isso você precisa do est dados e de medidas que não necessariamente são custosas você mencionou por exemplo definir bem rotas de fuga né treinar a população população saber usar apitos né é e também algo que eu achei muito interessante as chamadas caixas de retardo uma coisa que é simples viável e que pode fazer uma diferença enorme é assim a gente teve uma experiência em Petrópolis tem uma comunidade chamado Floresta que é uma comunidade com uma área com com áreas de risco bem delineadas eh e enquanto secretário de Defesa Civil de Petrópolis a gente montou um sistema de alternativo de alerta e alar por apito a gente treinou 16 pessoas na comunidade que eh no momento Estiva forte acionados pela defesa civil eles se posicionavam estrategicamente na comunidade começavam a pitar para que essas pessoas avisassem em toda em toda a comunidade que tinha um volume de chuva expressivo chegando que era necessário se deslocar pon de apoio em 2022 nessa comunidade foram 19 carregamentos e nenhum óbito ou seja essa participação Comunitária ela é fundamental o saber da comunidade ele é fundamental muit das vezes quando um representante do Estado um coronel um militar ele vai a uma comunidade e pede para uma pessoa sair pode ser que ele não seja tão bem aceito quanto o morador da comunidade quanto uma pessoa que tem vivência na comunidade Então esse trabalho foi um trabalho muito importante eh já foi estendido por outras comunidades e essa participação da on bitar é justamente isso é você levar o conhecimento técnico para dentro da comunidade e estudar com a comunidade Quais as melhores soluções e as viabilidades essa questão da caixa de retardo por exemplo é uma é uma ideia que você imagine 2.000 3.000 telhados em que você faça a captação dessa água até por calha de garrafa PET e você faça uma uma captação dessa água para uma caixa e que essa água depois sirva para reuso Então você imagine 2000 1500 telhados numa comunidade o quanto isso reduz de impacto no momento da chuva e que reduz essa contribuição PR os rios Então isso é fundamental são pequenas ideias em que a gente pode com a comunidade desenvolver essa resiliência Mas o mais importante é você ouvir essa comunidade é chegar entender porque muit das vezes quando você monta uma rota de fuga E aí essa foi uma experiência que eu vivi em 2021 quando eu assumi a secretaria a gente começou a montar as rotas de fuga das Comunidades E aí no primeiro momento você pega uma pessoa que é Técnica ela vai olhar no Google e vai escolher qual é a melhor rota Nossa perfeito só quando você vai à comunidade o morador fala assim essa rua aqui é larga aqui não tem luz aqui cai uma árvore então assim você precisa ouvir a comunidade você tem que est lá dentro e fazer um processo que Fantástico que foi desenvolvido depois que é o mapeamento participativo você vai com uma comunidade você desenvolve a Rota de Fuga e isso isso faz com que a população se sinta segura numa situação de emergência elas demarcam uma rota de fuga elas sabem qual vai o caminho e aí isso tem que ser treinado com tempo isso foi desenvolvido várias várias Soluções em Petrópolis Como por exemplo o plano de resiliência individual o que uma o que uma família faz numa situação de emergência porque assim você tem um indicativo de chuva forte no final da do do do dia e aí o meu filho eh ele tá numa escola que não tá numa área de risco e ele vai sair da escola correndo para vir para casa que é uma área de risco ele permanece no local seguro eu tenho a previsão de chuar forte por exemplo à noite eu vou me deslocar para uma rua que que que tradicionalmente alarga eu preciso passar naquele horário eu preciso forçar uma passada numa via uma passagem numa via alargada eu não posso aguardar um pouco no local seguro Então são pequenas estratégias em que você preserva a vida com ações Bem Simples então é importante que isso eh seja treinado pela população a informação ela importante é importante chegar a Alerta é importante chegar a alarme mas é importante que o cidadão saiba o que fazer numa situação de emergência isso tem que ser treinado e mu das vezes você escuta isso ah uma não foi acionado mas eu não sei o que fazer o que que eu faço numa situação de emergência então isso tem que ser treinado essa cultura de prevenção desastre ela tem que ser desenvolvida no Brasil a gente vê isso muito em outros países como o Japão em outros países mas o brasileiro ainda não tem essa cultura isso é uma coisa que a gente tem que desenvolver aos poucos é uma exemplo simples se a gente tiver aqui agora tocar o alarme de incêndio na primeira vez sai todo mundo na segunda vez a gente senta volta o debate toca de novo a maioria das pessoas fal ah is tá com defeito Não isso não é nada não isso é uma coisa que a gente precisa desenvolver ver a gente precisa ter essa credibilidade das ações e aí isso se fala muito também da da do sistema de alertas como é feito isso como é feit a gente tava até comentando isso um pouco mais cedo da importância da emissão do Alerta e da importância da credibilidade das ações porque se você emite um alerta e a população não sai a gente tem que entender o que aconteceu ou a população não confia no Alerta ou então aquele alerta de alguma forma não tá atingindo o que precisa ser atingido então a gente precisa desenvolver e e o sistema de de Defesa Civil é importante nesse processo Porque isso tem que começar nas escolas é um processo participativo a gente tem que desenvolver isso para que a população se sinta seguro É eu acho que D voz a quem tá nos territórios é um ponto que você defende muito né Antônio E aí Ah tem a questão da comunidade da Maré por exemplo que ao longo dos anos foi criando suas próprias soluções para áreas em que há inundação E por aí vai e aí a gente chega também naquela naquelas perguntas né resiliência para quem né adaptação para quem é preciso ter isso em mente isso é fundamental que essas medidas que são medidas essencialmente técnicas que a gente tá discutindo que elas sejam acompanhadas por justiça social e o que a gente chama de Justiça climática atualmente porque toda essa infraestrutura ela é pensada Mas se a gente não pensa para quem vai servir e quem vai atender essa infraestrutura a gente vai continuar perpetuando uma lógica de desigualdade e em que algumas pessoas vão continuar sem sofrendo e sendo sacrificadas em detrimento de outras então quando a gente trabalha nessa perspectiva que os colegas estão falando que a gente tem um nome para isso que adaptação baseada em comunidad que os relatórios do ipcc já já já trazem pra gente há algum tempo é justamente sobre isso é dar voz a esse conhecimento empírico que está nos territórios as pessoas que estão ali Elas sofrem com isso elas sabem as ruas que alargam elas sabem o grau do problema Elas têm já medidas sendo desenvolvidas nessas tecnologias sociais que já foram algumas trazidas aqui elas já tem as suas tecnologias sociais sendo desenvolvidas porque muitas vezes e uma grande área de preocupação que a gente tem principalmente aqui no Rio de Janeiro são as áreas de favela essa população sofre diuturnamente com esses problemas de deslizamento ah problemas de inundação Então essas pessoas elas já convivem com esse problema e já tem algumas soluções algumas tecnologias sociais sendo investidas se a gente traz uma realidade completamente de fora do território e e e e al a essa população a gente cai nesse erro a sirene que tá ali um investimento técnico significativo do Governo do Estado que muitas vezes por não ter aderência com aquela população por ter algum problema em relação a essa sensação de pertencimento da população com o projeto não vai surtir efeito então a gente precisa nos nós precisamos nos aproximar a gente precisa estar cada vez mais próximo das pessoas e eu falo isso com muita tranquilidade porque eu venho da academia então é uma visão técnica também eh então a gente a gente precisa est aberto a essa cocriação a essa coprodução com quem tá no território então não só com a população da favela com a população urbana mas com os indígenas com os quilombolas a gente tá falando em Brasil também e mesmo aqui no Rio de Janeiro a gente tem população quilombola no município do Rio de Janeiro população indígena no município do Rio de Janeiro também então esses tipos de conhecimento esses outros saberes são saberes tão importante quanto que eu tô produzindo na universidade quanto meus colegas estão produzindo nos escritórios técnicos da Secretaria de Estado na ONU porque essa integração ela é valiosa ela é importante quando a gente vai para países como o Japão Estados Unidos que tem essa cultura desde a primeira infância de treinar as crianças para poder fazer frente a esses alertas isso passa por uma cultura e isso passa por uma valorização das bases de conhecimento territorial também então sem dúvida essa é uma estratégia necessária e fico muito feliz de ver que os novos projetos eles já estão incorporando essa perspectiva porque se a gente continuar com um viés tecnocrático pura e simplesmente a gente não vai conseguir avançar a gente na verdade vai correr o risco de perpetuar situações de desequilíbrio e desigualdade o que a gente não pode deixar acontecer porque a gente precisa dar atenção para quem precisa prioritariamente se a minha rua alarga mas eu tenho acessos acesso à tecnologia acesso a um plano de saúde acesso a seguro então a prioridade de intervenção principalmente do estado não é na minha rua a prioridade de acesso tá lá em Acari que em janeiro vai fazer um ano do problema que teve em rari então a população que tá lá na Rocinha que tem prioridade Porque eles estão numa situação de vulnerabilidade e suscetibilidade Ola e na prática essa interação com as comunidades essa escuta participativa por parte da ONU habita como é que ela se dá o ONU Habit Ele trabalha muito so medida dependendo daquela situação daquela daquela questão que que o local vive né a gente tem alguns exemplos eu acho um exemplo muito interessante o projeto que a gente tem em Alagoas eh o visão das Grotas tá sendo super premiado e reconhecido internacionalmente porque ele é um um foi um um um é um trabalho cotidiano com jovens que vivem nessas comunidades de Maceió que são chamadas de Grotas eh e aonde eles têm a voz para falar sobre as suas questões então eles eh a gente deu capacitação de para eles filmarem para para fazerem Instagram para fazerem tiktok e tal e eles vão para dentro da comunidade conversar eles vão mostrar Olha isso aqui tá acontecendo é assim que a gente vive é isso aqui que a gente acredita é isso aqui que a gente quer e ao dar voz a essa Juventude você não só tá trazendo a voz daquela comunidade Mas você também tá criando uma Juventude ativa altiva que tá indo eh buscar os seus os seus direitos né Eh e passa a ser um ator relevante dentro daquele com voz né Eh na naquele espaço eh a gente tem um trabalho aqui no Rio também na C na cidade de São Gonçalo que tá conversando com a população em diversas comunidades Eu acho que o o o mais importante tem um trabalho muito interessante com a cidade do Rio de Janeiro que são os territórios sociais que vai para dentro de determinadas áreas da da do Rio de Janeiro para entender Quem é que tá fora do sistema quem não tá mapeado pelo sistema e a partir desse mapeamento inclusive mapeamento georreferenciado mas também eh de conversa feito por moradores com moradores essas pessoas passam a ter acesso a a a benefícios que elas teriam direito e elas estavam fora inclusive para entrar nos programas de habitação social Então são muit são diferentes soluções que o onob tá vem implantando no Brasil há 30 anos e que eu acho que culminam muito nesse projeto da gente com o governo do estado porque cada município como a gente vai trabalhar com 92 municípios eh cada município é uma história e uma realidade Então a gente vai precisar A partir dessa escuta tia eh entender como é que a gente pode atuar de maneira diferenciada naquele local é bem legal é tem que ser sob medida Realmente você não tem jeito você não pode ter uma forma que você queira né reproduzir Ô Telmo eu queria saber quais são as áreas prioritárias pro plantio no programa florestas do amanhã e se existe uma atenção especial pros Mananciais por exemplo que abastecem o rio já pensando até no próximo painel E se contempla também por exemplo manguezal ou só fica em Mata Atlântica é a estratégia Nossa do floreste do amanhã ela toda pensada no atlas de Manancial de abastecimento público e do Estado do Rio de Janeiro desenvolvido pelo inia nós temos também dentro do lei de priorização né A questão de áreas rurais e conectividade unidad de conservação nesse edital agora com o BNDS ag Rio e e e fbio são quatro regiões hidrográficas ou seja região do Guandu E aí pega a justamente o corredor Tinguá Bocanha como área prioritária o leste da Bahia de Guanabara na na na rh5 o Macaé das ostas pega a região todinha de de Macaé das ostas e mais um corredor ali em lago São João que é do Corredor Mico Leão Dourado Então essas são áreas prioritárias e dentro dessa priorização nós temos as microbacias mais prioritárias por conta de abastecimento público Além disso fazendo uma conexão ao estado litorâneo com 22 municípios eh eh litorâneos eh nós estamos colocando manguezal dentro do de pelo menos um ou dois projetos por região hidrográfica em manguezal já pensando nessa adaptação das cidades litorâneas e do ecossistema manguezal que sempre foi visto como latrina no estado do Rio de Janeiro só que é um ecossistema que auxilia na adaptação das cidades frente todas essas mudanças de elevação de nível do mar e tudo mais mas também seguranç alimentar por conta da da da economia Pesqueira do Estado do Rio de Janeiro Então os estudos da werd do Nema eh o o manguezal do Estado do Rio de Janeiro tem tem entrado né interior e você vê várias áreas de ocupação onde são as áreas ainda passíveis desse manguezal expandir e restaurar as áreas e de manguezal para esse contínuo a gente ter manguezal num futuro né é esse são áreas prioritárias nesse nesse edital bom já então demos um spoiler aí pro próximo painel vamos falar um bocado de manguezal Com certeza Olha só Gil de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas espaciais entre Janeiro e Setembro foram registradas no rio 760 queimadas né no estado é o maior número em 10 anos já que a gente tá falando de reconstrução ecológica de planti e tal é algo pra gente prestar atenção isso é efeito de estiagem ação humana como é que você vê esse quadro e eu tive a oportunidade de comandar o quartel do corpo de bombeiros de Petrópolis e período de 2019 2020 e a equipe de Oficiais lá fez um estudo que me chamou muita atenção eh na época 86% dos incêndios eles tinham a causa ação humana ou por pela questão da da limpeza de terreno ou então para queimar lixo eh mas a gente consegue perceber que a ação humana ela ela ela era sempre predominante nessas causas é claro que as mudanças climáticas a questão da estiagem a gente teve esse ano alguns municípios que foram severamente atingidos pela questão da estiagem E aí também é uma questão que passa pelo planejamento Urbano pela questão da omenagem pela questão da eh eh da questão da da gestão dos recursos hídricos mas os incêndios florestais eles também impactam em outras áreas né Eh a gente não faz normalmente a gente não vê a correlação entre o incêndio Florestal e o e o desastre movimento de massa mas eh a gente também fez esse estudo em Petrópolis e a gente correlacionou as áreas de incêndio Florestal com as áreas de escorregamento e as áreas elas coincidiam Então as áreas que queimam hoje amanhã elas estão mais sucetíveis a movimento de massa eh os a a o incêndio Florestal ele vai reduzir a cobertura vegetal ele deixa o solo mais exposto além de alterar a composição fisicoquímica do solo então quando a gente fala de incêndio Florestal que é um desastre ele tá codificado no cobrad E aí até o sistema de defesa civil não tá muito preparado para isso lá no ministério público eu tava como assistente técnico dos promotores esse ano e foi necessário eh eh mover algumas ações para que o sistema de defesa civil entendesse a viagem e o incêndio Florestal como um desastre porque de um modo geral no Rio de Janeiro e no Brasil a gente tá sempre relacionando os desastres aos movimentos de massa e aos desastres de de de fonte eh hídrica E aí a gente não consegue fazer essa correlação entre os elementos então a estiagem ela ela grava muito a condição do incêndio Florestal e o incêndio Florestal acaba eh intensificando ainda mais os movimentos de massa a gente precisa entender os desastres como um todo a gente precisa parar como Gores e e fazer um estudo técnico desse comportamento que envolve desde o incêndio Florestal a estiagem E aí todos os fenômenos que envolvem as chuvas intensas eh o Brasil ainda tem uma política de Defesa Civil que a gente chama muito adolescente né a legislação que fala de Defesa Civil ela é de 2012 pós tragédia de 2011 só pra gente ter uma ideia a mesma legislação no Japão data de 1888 1888 então assim a gente ainda Precisa desenvolver o sistema de defesa civil a gente precisa eh ter os instrumentos de Defesa Civil eh eu eu fiquei um pouco preocupado quando eu tive no sul ano passado no no desastre foram 97 municípios em calamidade pública e menos de 10 tinham defesa civil municipal E aí a defesa civil municipal que tá no território é ela que faz a atuação direta e aí no no Rio de Janeiro infelizmente ainda tem eh todos os municípios TM Defesa Civil mas é muito comum você ver municípios menores em que a Defesa Civil só tem o gestor e eu tenho conversado muito com o secretário municipais de Defesa Civil E aí eu tava conversando um dia desses com o secretário que eh a gente batendo um papo e como é que tão as coisas como é que é a sua estrutura ele falou eu sou uma eip ele usa o carro dele ele não tem nemuma equipe 199 é no sigam do celular dele então assim esse E aí esse esse esse gestor ele passou recentemente por um desastre e e as pessoas não entendem a importância de ter uma equipe qualificada em 2022 Quando aconteceu o desastre eh o desastre aconteceu no dia 15 no dia 16 a gente fez reconhecimento e e fez a solicitação de recursos no dia 17 A gente já tinha uma quantidade de recursos depositado na conta para atender a população quando eu cheguei no sul eh 15 dias depois do desastre e eu fui conversar com um prefeito de município falei Prefeito como é que estão as coisas já deu entrada no s2d que é o sistema para você solicitar recurso do governo federal a pergunta dele para mim Que sistema é esse então assim muitas pessoas acham que quando existe uma calamidade pública e o governo federal disponibiliza uma quantidade de recursos esse dinheiro vai ser transferido para município sem nenhum tipo de critério e não é assim então o sistema de defesa civil é muito importante e ele tem que estar interligado município Estado e Governo Federal para que você possa chegar ao atendimento na ponta na população no território o governo federal ele não vai ter uma atuação direta e o estado não vai ter uma atuação direta sem o município então a gente precisa urar o sistema de defesa civil porque a gente vê situações como a estiagem como o incêndio Florestal que muitos municípios nem tem a dimensão de que aquele desastre impacta o seu município ele não consegue entender a gente fez uma reunião com alguns municípios E aí a gente foi perguntando o que que o município tá fazendo com relação ao incêndio Florestal várias secretarias municipais falaram o seguinte não isso é questão do bombeiro Isso é questão eh do do Inea mas eles não se vêm inseridos no problema ele não conseguem entender que aquele desastre vai atingir diretamente o município dele e aí assim esse é um problema que a gente tem que trabalhar como um todo então a gente fortaleceu o sistema de defesa civil o sistema Municipal o sistema estadual e o sistema Federal eles têm que eles têm que tá alinhados Uma coisa básica que a gente discute é a questão do financiamento quantos municípios TM dotação orçamentária para defesa civil municipal São poucos os municípios que TM fundo de Defesa Civil com recurso próprio ou seja como é que você vai realizar ações preventivas preparatórias e mitigatórias sem recurso Então se é um trabalho tem que ser desenvolvido a gente tem que começar a olhar isso as mudanças climáticas estão apontando a necessidade de você fortalecer eh os governos e a governança Municipal Estadual e Federal paraa gestão de desastres a gente precisa entender esse processo como um todo e ele inicia no município o município tem que estar fortalecido E aí o Estado tem que estar fortalecido o estado Rio ele é uma referência em defensiva no no país mas quantos estados não estão preparados para isso o governo federal tem uma equipe técnica muito boa muito qualificada mas muito pequena eh imagina quantos planos de trabalho dão entrada no no Governo Federal para solicitação de recurso e muitas vezes eles não têm perna para analisar todo esse trabalho então assim é um grande desafio como a gente falou a Defesa Civil é uma é uma é ainda um conceito que tá engatinhando no país mas é um processo que precisa ser olhado com bastante atenção porque os desastres Eles serão cada vez mais frequentes então a gente tá aqui falando de um processo que ele já teria que Ter iniciado a resposta é só um item mas o que tem sido feito de preparação prevenção e mitigação o que os governos municipais estadual e Federal pensam de prevenção porque já existem estudos na academia que falam muito bem isso a cada R 1 investido em prevenção você economiza 50 na resposta e mais do que isso a gente tá falando em salvar vidas quando eu entrei pro bomo esse foii o meu juramento salvar vidas então a gente pode antecipar tem uma frase que eu acho Sensacional no bombeiro que diz o seguinte não há mérito nenhum se combater o incêndio que poderia ter sido evitado Então se a gente tem a condição de trabalhar na prevenção e a gente vai ficando mais experiente né você começa a entender que essa ação ela é muito mais importante claro é heróico é bonito você ir lá fazer um salvamento Mas se você puder evitar é muito mais eficiente é e é importante essa integração entre esferas de governo e também entre os municípios né Antônio porque não adianta a cidade do Rio de Janeiro assumir a Vanguarda numa série de iniciativas sem que haja coordenação por exemplo com municípios da Baixada Fluminense né porque na hora da inundação por exemplo o bicho pegou lá vai pegar aqui também é só uma complementação na fala do Gil quando a gente pensa o estado do Rio de Janeiro e bem seu excesso de chuva desde 2019 a gente tem uma lei transitando no congresso nacional para trazer o semiárido também pro norte Noroeste do Estado do Rio de Janeiro tamanho o problema das secas e chages no nosso estado é que talvez ela não esteja tão diretamente no nosso cotidiano da metrópole e não tenha tanta pujança eh mas a gente tem um problema que vai se agravando significativamente com passar do tempo e quando a gente pensa essas estratégias regionais como bom geógrafo pensando a escala quando a letra traz Ah não a iniciativa dos planos dos 92 municípios é importantíssimo indiscutível que seja importante que as prefeituras os municípios tenh os seus planos de ação planos de de Defesa Civil eh plano de adaptação à mudança climática mas a gente também não pode esquecer que a natureza não tem limite né então quando tem uma tragédia que eu já me referencie aqui a como a de Acari aqui no município do Rio de Janeiro o município do Rio de Janeiro tem plano de eh de adaptação à mudança climática tem plano relacionado a calor agora tem uma série de instrumentos na Vanguarda para enfrentamento desse problema mas aquilo mostrou muito claramente que se o município do Rio de Janeiro atua única e exclusivamente dentro dos seus limites territoriais ainda assim vai causar problema porque P Duque de Caxias tá dentro dessa dessa bacia São João de Meriti tá dentro dessa bacia e são municípios que historicamente estão à margem desse processo de adaptação esse processo de mitigação que tá à margem dessa discussão sobre a premência dessas pautas na política pública principalmente na política pública de gestão Urbana então quando eu não tenho esse trato Regional vamos dizer assim eu vou continuar tendo esse tipo de problema então eu tenho que pensar localmente eu tenho que pensar nos municípios Porque toda a nossa política é pensada a partir de uma lógica municipalista pro bem e pro mal tá Ah isso inclusive traz muito muita informação e muita incubência PR os municípios o que não é adequado pros municípios mas isso acaba gerando uma lógica de municipalista que eu só penso no meu próprio território então o governo do estado dentro das suas ações ele precisa pensar também essa governança regional do território Face a mudança climática Então eu preciso pensar plataformas em que esses diversos planos eles se comuniquem que as diversas os diversos investimentos em infraestrutura de drenagem macrodrenagem eh de ampliação de espaços verdes seja pensado em nível regional também porque senão eu não eu vou ter um investimento eu vou concentrar esses investimentos eu vou concentrar ah recursos humanos eu vou concentrar conhecimento técnico em uma porção do território que também não vai estar produzida Então isso é contraproducente contraproducente no uso do dinheiro público contraproducente porque eu vou colocar a pessoa em situação de risco vou continuar colocando pessoas em situação de risco e aí cai naquele problema anterior Nossa a prefeitura o governo do estado investe investe investe faz drenagem de rio mas isso não reverte em nada porque no verão seguinte começa a ter continua tendo problemas de inundação enchente e pessoas morrendo sim continua porque eu não tô pensando nessa macroescala eu não tô pensando no sentido Regional então fazer o dever de casa do município Como o Rio de Janeiro tá fazendo o Niterói tá fazendo é importantíssimo tem que continuar fazendo inclusive falar pro sec ários mas agora é fundamental que a gente tenha uma perspectiva ampliada de pensar esses territórios no seu conjunto da bacia hidrográfica no conjunto e da paisagem eh pensando de forma integrada e E aí isso não é só entra municípios ou seja Caxias dialogar mais com o Rio de Janeiro São João de Miriti e assim sucessivamente é pensar isso dentro do próprio município eh uma coisa que a gente costuma falar e que não é só o jeitinho brasileiro que a gente estava falando antes eh a gente identificou que tanto aqui no Brasil quanto no Reino Unido quanto em nos Estados Unidos Numa pesquisa que a gente desenvolveu desenvolveu financiado pelo f belmon é que os Shadow spac são muito importantes nesse processo o que que são esses Shadow spaces numa tradução literal são os espaços de sombra ou seja nós que estamos na administração pública por mais que sejamos do mesmo órgão do mesma da mesma estrutura Governo do Estado a gente precisa de um colega na outra secretaria para abrir o caminho pra gente que é exatamente o que o Gil tava falando da coordenação excelente que acontece agora entre seias e Defesa Civil mas a gente precisa dessas relações interpessoais E isso não é só no Brasil então enquanto isso for um mote isso for uma verdade a gente não vai conseguir evoluir a gente não vai conseguir avançar a gente precisa entender que todas as secretarias tem relação com mudança climática a gente precisa entender que as ações precisam ser coletivas não só entre municípios mas intra município também porque senão a gente vai ficar enxugando gelo então isso isso isso não é produtivo isso não pode continuar assim a gente precisa pensar a mudança climática num sentido eh de coparticipação de colaboração porque se a gente estiver atuando isoladamente a gente não vai conseguir E aí fica um apelo inclusive quando nós da Universidade eu os meus colegas pesquisadores a gente busca os órgãos públicos e as iniciativa privada também para poder ter acesso a dados não é para fazer uma denúncia não é para poder fazer perseguição de qualquer tipo de de de forma é porque a gente precisa desses dados para poder alimentar de conhecimento eh de informação o poder público para transformar isso em políticas públicas e medidas pra sociedade então o nosso único intuito de acessar base de dados que o governo tem e no Brasil Quem produz dado eh sobre território sobre pessoas é o governo é o poder público Principalmente quando a gente quer acesso a esses dados é para ajudar é para poder trazer e fazer uma análise insenta crítica sobre esses dados para trazer e reverter da melhor forma possível pra população políticas públicas que sejam adequadas aquelas realidad aqueles territórios a integrar tudo isso que tá sendo produzido e todas essas ações que são estão sendo fomentadas aqui no estado do Rio de Janeiro muito interessante Ô Telmo eh como é que o estado do Rio pode se beneficiar ah nessa fase aí de reconstrução de cobertura Florestal do mercado de crédito de carbono então eh todas essas políticas eh de mudança climática não só de adaptação que a gente vem vem trabalhando aqui e e e e discutindo nessa mesa também tá alinhada uma política de mitigação né o estado do Rio de Janeiro assinou o contrato com a frj nós estamos em elaboração do plano de adaptação às mudanças climáticas Estadual além das estratégias municipais então casa tudo dentro dessa lógica territorial como também de mitigação que tá no escopo do projeto assim como um sistema de vulnerabilidade climática e a parte do mercado de carbono no G20 eh social o estado do Rio de Janeiro também celebrou com com com penu de Brasil né o programa das Nações Unidas para o desenvolvimento é um um memorando de entendimento e no início do ano só esperando aguardar a fase da da da ABC né da agência Brasileira de cooperação para assinar a cooperação e nós temos lá um componente que é o estruturação de um mercado de carbono para o estado do Rio de Janeiro dentro da realidade porque mercado de carbono fala-se muito da Amazônia do Red e outras formas a lei federal foi sancionada agora muito recentemente Então a gente tem um potencial eh da Mata Atlântica de rest ação como também da floresta secundária ou seja ela continua crescendo de gerar um crédito e conforme eu coloquei aqui maioria das nossas florestas e áreas de restauração são em áreas privadas então a gente tem uma possibilidade de gerar mais uma renda dentro de uma sexa não é a solução o mercado de carbono não pode ser pensado como uma única solução ou a solução até de renda pro produtor é mais um produto dentro da cesta eh do produtor rural proprietário Rural mas o estado do Rio de Janeiro tá né nessa trajetória nós eh eh esperamos muito nessa trajetória paraa cop3 já apresentar o estudo do potencial de de geração de crédito carbono pro estado do Rio de Janeiro assim como um documento para consulta pública do plano estadual de adaptação e o plano estadual de mitigação também então tá toda nessa trajetória do Rio de Janeiro frente às emergências climáticas tanto mitigação quanto adaptação então nós temos um potencial o a emissão do Estado do Rio de Janeiro negativo é justamente na parte floresta e o uso do solo Então a gente tem um caminho conforme e a gente colocou anteriormente o dado nós temos 52% de área pastagem Então são 52% ou 30% podemos dizer assim para o desenvolvimento de Floresta nesse memorando de entendimento nessa parceria com penude também tá previsto por conta da área do que que é que o semadem fechou o estudo agora de aridez o norte do estado do Rio de Janeiro é o que tem menor cobertura Florestal então nessa parceria com o penu também prevê um plano de desenvolvimento florestal a região do norte Noroeste do Estado do Rio de Janeiro que tem o menor cobertura Florestal então gera crédito gera emprego renda aumenta a cobertura Florestal então nós estamos com essa visão territorial dentro da política de mudança climática do Estado do Rio de Janeiro é interessante que 2024 é um ano realmente chave né quer dizer ao mesmo tempo a gente tem ah a tragédia do Rio Grande do Sul a gente tem todos os incêndios que a gente teve a cerca histórica mas um monte de coisa acontecendo por exemplo a regulamentação do mercado de créditos de carbono que traz acho que boas notícias como você mencionou leta a ONU abita tá no Brasil há cerca de 30 anos né E você já citou algumas estratégias bem-sucedidas alguns exemplos acho que tem Juiz de Fora é um Case interessante também queria só lembrar mais algumas histórias da da dessa trajetória da ONU Habit no Brasil é como o o ONU Habit é um programa né das Nações Unidas para assentamentos humanos eh a visão é muito eh realmente territ quer dizer você at como é que a gente consegue transformar o habitar o espaço onde nós habitamos né então Eh por exemplo a gente tá em Juiz de Fora fazendo exatamente um Observatório de políticas públicas Então você consegue reunir ali as políticas públicas existentes e Verificar como elas estão sendo implementadas se estão o que que tá acontecendo Eu acho que é um dos aspectos positivos de um Observatório que é exatamente o que a gente tá começando a a preparar aqui né Eh quando o colega tava falando sobre o acesso aos dados é isso né Às vezes a gente precisa de uma informação que ela é tão pequenininha mas que é ela é muito relevante para um determinado uma uma determinada tomada de decisão né então ter estes essas informações Reunidas ela é um um grande diferencial né Eu só vou Desculpa vou aproveitar só o meu tempo só para falar de uma outra coisa porque a gente tá falando aqui aqui da integral integral pensamento integral territorial né e assim eh só para esclarecer quando a gente pensa em fazer planos de ação climática municipais a gente não tá deixando de ter um olhar de bacia hidrográfica Porque todo o tempo a gente tá pensando numa divisão de bacias hidrográficas porque onde a gente tem as questões semelhantes acontecendo Então você precisa juntar aquela população da região para debater a gente no ano nesse ano de 24 fez o desafio dos odss Nós fomos em 13 municípios mas nós conversamos com 89 porque a gente chamava os municípios para irem para junto Porque os as questões enfrentadas elas por por vezes são muito semelhantes dentro daquela bacia hidrográfica né E tem coisas específicas mas esse olhar é eu acho que é Um Desafio que o Brasil vive que é como é que você consegue ter tomada de ação implementação dentro de uma escala regionalizada Porque mesmo as nossas regiões metropolitanas não têm essa escala de poder né Nós temos os os três poderes estanques Então isso é um desafio por exemplo Medelin Conseguiu resolver isso de outra maneira a região metropolitana de medelim ela tem recurso implementador e definidor do seu sistema de transporte de forma bastante substancial assim e de política pública para segurança e para outras instâncias ela consegue sair só de um porque a gente aqui no Brasil faz consórcio né isso não permite uma não não dá escala de poderes é um consórcio que jun conjuntamente Toma decisões então esses são os desafios que a gente vive dentro da nossa estrutura né Eh que tem coisas muito positivas de você poder ter um município por exemplo como Niterói que que fez a sua eh Secretaria de clima e isso faz com que a questão do clima seja Vista transversalmente dentro da prefeitura E ao mesmo tempo mas eh Isso quer dizer permite que ela temha Independência suficiente para fazer isso ao passo que um outro município Toma decisões e soluções de outra maneira Mas uma coisa é complementar a outra a gente não tem eh o estado do Rio de Janeiro por mais boa vontade eh que ele tenha por exemplo para contribuir com os municípios eh a partir por exemplo de planos de ação climática municipais eh com uma parceria com a gente eh ele não tem poder sobre esse município paraa implementação disso né então se o município não estiver engajado de fato aquilo não vai acontecer não é um não é o desejo do estado não se concretiza necessariamente dentro do território do município né olha que perfeição a gente você terminou sua resposta e a gente Zerou o nosso cronômetro eu tinha várias perguntas outras aqui queria falar de a planejamento Habitacional construção irregular nas encostas mas acho que a gente vai ter que fazer uma outra conversa para abordar tudo isso é bom que haja muito assunto e acho que é muito frutífera essa troca e vê na prática mesmo esse diálogo acontecendo entre diferentes ah integrantes de academia né ONU e diferentes ah atores dentro do Governo do Estado fico muito feliz aqui com a com essa nossa conversa agradeço demais e acho que a gente tá na direção certa né pessoal muito obrigada gente vamos ter hora da foto agora é o que me disseram vamos fazer uma foto coletiva aí e depois a gente passa pro segundo painel [Aplausos] [Música] t [Música] [Música] bom enquanto nossos convidados desse segundo painel vão se acomodando já vou dando início aqui aos trabalhos essa nossa segunda mesa se intitula Rio Metrópole Azul sustentabilidade ambiental social e econômica e os nossos participantes são o Anselmo Leal que é diretor presidente da águas do rio palmas para ele Leonardo Soares diretor de assuntos corporativos da iguá saneamento Tamara Fernandes geógrafa da Coordenadoria de articulação institucional do programa de saneamento ambiental do Estado [Aplausos] coordenadora do programa Cidade integrada e a Moema versani que é superintendente de recursos hídricos da secretaria do ambiente e sustentabilidade do Rio de Janeiro bem-vindas bem-vindos e vamos assistir a um vídeo sobre o tema o Rio de Janeiro está a um passo de se tornar uma Metrópole Azul Nossa missão é conectar o oceano com economia e qualidade de vida de forma sustentável o nosso estado tem a terceira maior Costa do Brasil com 636 km de extensão hoje a economia azul já movimenta 242 bilhões por ano no território Fluminense em parceria com a organização para cooperação e desenvolvimento econômico vamos poder fazer ainda mais o Rio de Janeiro vai se tornar referência Global em economia Azul onde o mar também é fonte de riqueza cultura e inovação em um futuro mais azul esperamos aumentarem até 40% o PIB do Rio de Janeiro só em setores estratégicos como turismo e imobiliário espera-se uma movimentação de 25 bilhões até 2046 vamos rumo a uma economia resiliente inclusiva sustentável e [Música] circular é isso pessoal então vamos dar início aqui ao debate propriamente dito Anselmo H TR águas do rio assumiu o desafio de tornar Universal o abastecimento de água tratada e a coleta de tratamento de esgoto em 27 municípios diga-se de passagem com realidades um bocado distintas a primeira fase de atuação de vocês foi recuperar ativos recebidos da Sedai e Salvo engano mais de 600.000 pessoas passaram até água encanada em casa né nessa retomada de capacidade Operativa que exemplos você pode dar que equipamentos em condições precárias vocês encontraram e que equipamentos foram recuperados Bom dia Leila obrigado pela pela oportunidade de falar um pouco desse desafio que é cuidar das pessoas através do saneamento né se a gente lembrar da história do saneamento no Rio de Janeiro ele começou quando fizeram o Arcos das da Lapa para transportar água Isso foi no século XVI depois Dom Pedro I construiu as represas do Acari então a gente opera um sistema de abastecimento que data de século e ele foi crescendo conforme a população foi se adensando no no país na colônia que depois virou a capital que depois foi expandindo para um grande eh adensamento Metropolitano como é hoje quando nós recebemos os ativos da Sedai a Sedai ela fez parte de um processo de conção dos serviços pela perda da capacidade de investimento em decorrência da economia do Estado então a cedai fez excelentes ativos ao longo dos anos construções dignas de dos de recordes como a maior estação de atamento de água do mundo como a segunda maior estação de esgoto do do Brasil mas ela careceu de investimentos importantes para manter a capacidade Operativa Então quando você olha hoje a Praia do Flamengo balneá a Praia do Botafogo com balneabilidade Praia da Glória balneá não foi porque águas Rio fez uma construção nova de um novo sistema de tratamento mas nós retomamos a capacidade de transporte de um túnel de 5 M5 de diâmetro que tava totalmente assoreado por lixo quando a gente fala de água a gente sabe que no Brasil a gente vive e a nossa missão é transformar um cerceamento do saneamento para quem não tem dinheiro Então todos que podiam todos que tinham capacidade Econômica conseguiram de alguma forma ser abastecidos e as pessoas que não tinham a mesma capacidade Econômica foram dando um jeito dando um jeito fazendo uma construção um pouco irregular fazendo um puxadinho para ser abastecido quando a gente chega com esse desafio de levar água para todo mundo a premissa Inicial é que não existe um manancial novo não existe mais água dispon nível a gente ouviu no painel anterior uma discussão importante sobre resiliência da cidade sobre a ótica de como lidar com essas grandes chuvas com essas grandes catástrofes mas a gente também falou de um processo de desertificação e a gente não tem um outro recurso Então o que nós fizemos ao longo desses anos nós investimos R 4 bilhões deais nos últimos 3 anos nós fizemos mais de 13.300 km de novas redes de água nós instalamos mais de 1000 pontos de monitoramento de pressão no sistema para que a água que hoje estava concentrada em alguns pontos pudesse alcançar novos lugares e essas 600.000 pessoas são essas que conseguiram de alguma forma sair da informalidade sair da ligação irregular e recebeu mágua com qualidade e regularidade são ativos que nós cuidamos desde reservatório tombado ali no Pedro ulho e elevatórias que foram construídos pelo Getúlio Vagas que é essa do gua Cruz que alimenta lá na casa do Léo Lá no Flamengo ou seja nós vivemos aqui um grande desafio de trocar o pneu do carro com carro andando eu acho que essa é a é o desafio que nos associa nessa nessa jornada de levar água paraas pessoas mas isso também faz parte de uma política pública maior né hoje pela primeira vez né desde 2020 existe uma lei que diz que o senamento é para todo mundo que cria um ecossistema de subsídio cruzado para que quem pode mais financie o saramento de quem não tem a gente tem até 2033 para que 99% da população brasileira de área urbana tenha água isso é uma mistura né de se associar então aqui no Rio de Janeiro a nossa parceria com a cedai vamos chamar de parceria porque ela continua produzindo água os quatro Mananciais disponíveis no Rio de Janeiro o Guandu que é a transposição do rio Paraíba do Sul a usina de Ribeirão das Lajes que manda água pro Rio de Janeiro as represas que foram construídas por Dom Pedro no Acari e o sistema imun an Laranjal São os únicos Mananciais disponíveis pra região metropolitana então nós compramos água da Sedai a gente tem visto a Sedai fazendo investimentos importantes alguns anos não se falala mais de geosmina mas para quem tem memória boa Isso foi um problema importante então quando a cai se concentrou no processo de produção de água e delegou um serviço público nós somos servidores públicos tanto quanto a cedai a diferença que o nosso capital é privado mas é o mesmo serviço foi basicamente para que a gente pudesse cuidar das pessoas levando água e a cidade se concentrar da produção eu acho que seria isso as palavras iniciais é e a iguá tá mais ou menos nessa vibe né nessa recuperação também nesse primeiro momento ah de bombas elevatórias pequenas extrações de tratamento iguaque assumiu para Vale em fevereiro de 2022 sendo que naquele ano Leonardo houve uma seca intensa ali afetando Miguel Pereira a partir do Alferes municípios Serranos que são atendidos por vocês e Diferentemente do que acontece na no Rio de Janeiro na Cidade do Rio de Janeiro Ah não é Sedai né Vocês captam a água também eh para distribuir tratam enfim e como é que vocês superaram esse desafio é bom dia bom dia a todos eh então a igual hoje opera né ela veio eh junto no mesmo momento o leilão que também sagrou vencedora a águas do rio no bloco 1 e quro a iguá pegou o bloco dois e o bloco dois compreende a área a ap4 na Cidade do Rio de Janeiro né que pega o que a gente chama de Zona Oeste litorania que pega barra Recreio var jacaré Paguá e aquele um monte de Sub bairros ali de jacaré Paguá né E além disso mais uma área no interior do Estado já imediatamente disponível para ti do Feres e Miguel Pereira patido a férias e Miguel Pereira assim como toda aquela região eh do Entorno eles sofrem a décadas e décadas e décadas com uma enagem bastante Severa né que ordinariamente se dava ali pelo meio do ano em Julho e por conta até de questões e fatores climáticos isso tem se deslocado um pouquinho tem chegado até setembro até muitas vezes chegando quase ao início de outubro eh a gente com investimento em rede né a gente no primeiro ano assim com águas do rio foi uma estratégia que me parece comum a a todas as operações que inauguram no país afora ela trata muito fortemente de recuperação de estruturas né como Ancelmo falou o que acontece é que a falta de capacidade de investimento das empresas públicas ou autarquias ou Fundações Seja lá o que forem que operem em cada lugar aqui no no caso da do Rio de Janeiro a Sedai uma sociedade anônima de Capital misto ela ela perdeu a condição de investimento e por isso a presença eh das privadas né no caso da iguá a gente eh nosso sócio majoritário é como se fosse o ins SS do Canadá gerido por gestores financeiros internacionais tá um núcleo muito forte Eh estamos aqui estamos em Sergipe agora recentemente no Oeste do Paraná cooperação de esgoto em Cuiabá enfim vários ativos pelo Brasil na serra a gente pegando lá em Pati e Miguel quando a gente pegou a gente tinha esse problema grave né a captação toda praticamente para abastecer os dois municípios vem do Rio Santana e você tem um espaço delimitado confinado de tratar água eh que inviabiliza a ampliação da estação de tratamento de de de de água local que é em Miguel em Miguel Pereira então ali a gente conseguiu estruturar uma ETA móvel uma estação de tratamento móvel Além Da ampliação da rede né a gente ampliou em rede de água praticamente 9% do total do ativo da gente né já acrescentou em quase oito e alguma coisa esgoto seis alguma coisa e a gente instalou essa essa estação de tratamento auxiliar é móvel provisória e mas ela vai se eternizar enquanto a gente não conseguir encontrar a solução definitiva mas a gente chegou nesse ano com uma chiem talvez a mais grave do dos da última década sem que a população eh local sofresse com aquela chiem tradicional que sempre a cometeu né aqui no Rio a gente teve problemas de seca também né tivem um período de chiem com diversos reflexos negativos em toda em toda região metropolitana creio eu no Rio de Janeiro seguramente na nossa área a gente teve reflexos negativos bastante importantes né E esse trabalho eh se juntasse tudo legal né Leila seria juntar todo papo todo mundo que tava no primeiro painel com todo mundo no segundo painel porque as coisas se combinam e se conectam o tempo inteiro né a gente lá na barra por exemplo a gente tem uma uma selva de pedra né um uma barra C que se desenvolveu desde 70 80 90 de maneira pouco ordenada isso traz uma série de de dificuldades e novos desafios para serem enfrentados né Sem dúvida nenhuma Tamara você tá envolvida no plano Regional Metropolitano de saneamento o que que ele contempla Bom dia Leila bom dia a todos e todas e contextualizando primeiro eu sou do pissan é o programa de saneamento ambiental do Estado ele foi criado em 2011 e lá na época de sua Criação em 2011 eh não tinha ainda o Marco Regional de saneamento novo Marco legal era o Marco antigo nessa época o psan ele era o território dele era os municípios do entorno da Baía de Guanabara tanto que o nome do programa era programa de saneamento ambiental dos Municípios do entorno da Baía de Guanabara hoje em dia 10 anos depois em 2021 Isso mudou e agora ops Abarca o território do Estado todo eh eu digo isso porque que naquela época o psan apoiou a criação do plano de de Municipal de saneamento básico de sete municípios ali do entorno da Bahia de Guanabara Então deu a expertise ali pra gente eh participar desse tipo de plano o plano de saneamento básico ele é muito importante um plano Municipal porque ele vai ditar as ações pros próximos anos né Eh primeiro ele dá o diagnóstico do que de de como tá a situação do saneamento naquele município o município que a apesar da concessão ainda é o titular do serviço de saneamento né então ele tem que chegar junto conversar com os concessionários ele é mas nunca esquecer que ele ainda é o titular do serviço e fizemos esses planos passados 10 anos com o novo Marco né o novo Marco legal eh 14026 de 2020 eh ele estipula que existe o plano Regional eh que pode ser criado eh por blocos ou por antiguidade né e entra o irm e faz o plano Regional Metropolitano né ele tá quase terminando eh foi um plano que o psan Como que o psan E trabalhou nesse plano né Nós temos uma base de dados ge referenciados uma base de dados geográfica com toda a estrutura de saneamento do Estado então nós não produzimos esses dados nós coletamos e já o referenciamos então é uma base bem rica que a gente conseguiu trocar com o irm né Eh para fornecer e ajudamos bastante na questão do diagnóstico além das nossas obras né do psan também que a gente informou ali eh o plano agora tá ótima audiência pública né ele teve participação social teve a participação de todos os municípios eh foi bonito de ver todo mundo envolvido né Porque é importante na minha opinião opinião do psan que todos os atores da sociedade estejam envolvidos né Não adianta só ir à concessionária é necessário que a concessionária esteja conversando com o município que o município esteja conversando com a sociedade civil e o estado também né ali em cima como juntar tudo isso né Eh e agora tá em fase de aprovação legal né mas o plano é é um ótimo plano e tá norteando bem ali as ações pros próximos anos é o estado acaba sendo um Maestro nessa orquestra que tem que funcionar afinada né digamos poema como é que a gente pode definir economia Azul Afinal de contas se o rio quer ser uma Metrópole Azul precisa ter uma economia azul e o que é isso bom dia bom dia a todas e todos de fato Né Leila eh a definição desse conceito ela ela varia né ela ela tem diversas definições aí por exemplo a da a Unesco define como uma economia do mar sustentável né a utilização de recursos eh do mar de uma forma responsável no caso aqui da da Secretaria de Estado do ambiente sustentabilidade a gente vem trabalhando na construção de uma visão comum né pra gente poder justamente partir para eh a a a conexão né a articulação de todos esses projetos programas que partem da possibilidade do vislumbre de uma eh de uma Bahia de Guanabara e ecossistemas eh ambientalmente saudáveis equilibrados né e nós partimos exatamente eu trouxe aqui o merchandising Mas ele também apareceu ali no vídeo Inicial nós temos uma parceria com sde né E nós acabamos de receber de de de ter entrega desse produto que foi realizado em parceria conosco eh no início de novembro né e a primeira eh recomendação desse estudo da ocde é justamente a construção dessa visão comum para a economia Azul Então como é que a gente parte a gente parte de uma de uma definição mais ampliada que é essa definição da Unesco que seria eh uma gestão integrada das bacias hidrográficas das regiões costeiras águas does águas eh oceanos né Eh conjugando com uma proteção desses ecossistemas aquáticos e o fomento às atividades econômicas de uma forma sustentável gerando eh riqueza e renda a partir do que é disponível localmente os recursos naturais disponíveis localmente e de forma como foi falado aqui no na primeira mesa né de uma forma que sugere renda para as comunidades locais então isso tem muita relação e conexão com diversas iniciativas da do do Governo do Estado vou citar alguns exemplos aqui a própria criação da Secretaria de Estado de energia e economia do mar com a instituição da política de incentivo a uma economia do mar que é liderada por essa nova secretaria né é data de 2021 a a criação na estrutura da seas né de uma coordenação de Economia azul e bahías justamente nesse viés de coordenar e liderar a implementação e a construção dessa política pública de Economia Azul pro estado eh nós temos um programa de inovação aberta chamado Blue Rio que Visa justamente buscar soluções para problemas reais e concretos né como por exemplo eh eh com as parcerias né com o setor privado com as concessionárias com águas do rio eh vibra energia galp Porto Açu enfim eh justamente para buscar acelerar soluções para problemas antigos né como por exemplo a questão que o Léo mencionou né de não temos idade hídrica onde é que a gente vai buscar mais água né então a gente tem mapeia esses desafios e busca soluções ou parceiros para enfrentar esses desafios então na primeira edição do programa foram 289 startups eh que eh mostrar o interesse em vir nos apoiar né na indicação dessas soluções pros desafios foram 17 eh provas de conceito que chegaram a ser selecionadas e estão em implementação aqui no no território do do Estado nós temos também o programa Guanabara azul que Visa justamente dotar eh o estado de um Centro Integrado pra gestão da Bahia de Guanabara envolve toda a região metropolitana bacias contribuent contribuintes a esse espelho d’água da Bahia de Guanabara eh E então de uma forma bem resumida nós podemos dizer que para nós nesse nessa visão conjunta que estamos construindo o conceito de Economia Azul engloba a gestão das Águas Doces águas costeiras produção de de fomento a atividades produtivas com a distribuição dessa renda e sobretudo eh fazendo isso com um plano de ação estabelecido ações de curto médio e longo prazo que estão todas calcadas na potencialidade né dos ganhos socioeconômicos da despoluição dessa nossa Baía de Guanabara São estimados foi falado no vídeo né em cerca de 25 bilhões de reais até 2046 E aí eu queria até pedir para passar um vídeo sobre o programa Guanabara azul para ficar mais concreto tudo isso que eu falei nesse momento pode ser O Sonho Azul já é uma realidade graças ao trabalho do Governo do Estado para recuperar a Bahia de Guanabara o maior cartão postal da cidade já reflete o fruto dessas ações as praias da Bahia de gabara já estão voltando a ser balneá veis mas o trabalho está só começando vamos dar mais um passo importante para garantir o avanço da economia azul no estado chegou o Guanabara Azul programa que Visa estabelecer uma governança para a gestão integrada ambiental da Baia de Guanabara envolvendo setor público e privado instituições de fomento nacionais e internacionais comitê de bacia organizações da sociedade civil e universidades para o combate à degradação ambiental da região hidrográfica a iniciativa estabelece o Centro Integrado de gestão da Bahia de Guanabara responsável pelo planejamento e coordenação de ações de recuperação da Bahia com uma governança compartilhada interativa coordenada e transparente engajando as diferentes entidades envolvidas contará com uma plataforma de monitoramento em tempo real com estrutura para modelagens e simulações que possibilitará a integração de novas tecnologias de informação e comunicação a partir de um comitê técnico-científico serão estabelecidas metas e indicadores para o desenvolvimento sustentável e inclusivo da Baia de Guanabara melhoria das condições de vida da população e crescimento da economia Azul junto com a universalização do saneamento da região metropolitana o novo conjunto de ações reforça o alinhamento do Rio de Janeiro aos objetivos de desenvolvimento sustentável da agenda 2030 da ONU os desafios existem mas a transformação do Rio de Janeiro começa pelo meio ambiente é a secretaria de estado do ambiente e sustentabilidade navegando rumo ao futuro azul muito dado né ambicioso mas é necessário Sem dúvida nenhuma o Rute o programa Cidade integrada tá dentro do gabinete do governador dialoga com diferentes secretarias e tem uma metodologia muito interessante Oficina do Imaginário né a que vai buscar os reais Desejos da comunidade eu te pergunto se ter água encanada ter saneamento é algo que aparece com frequência nesses anseios dos grupos junto aos quais vocês atuam e nesse sentido eu queria a até que você falasse da dragagem de Dois Rios no jacarezinho que tá para ser feita e que começou justamente Salvo engano na oficina Bom dia bom dia a todos bom dia Leila muito obrigada por essa oportunidade então para falar um pouquinho do programa como você mencionou ele é um programa estratégico né que está dentro do gabinete do governador na Casa Civil mas eu vou voltar 15 anos atrás eh nós iniciamos em 2007 na época do PAC da as favelas eh foi uma exigência do Governo Federal como que uma das diretrizes eh diretrizes era ter a participação Comunitária em todos os projetos naquela época o jacarezinho não fazia parte mas a Rocinha Manguinhos e o complexo do alemão eram as grandes favelas que eh receberam investimentos do PAC e eu fui convidada para ser a coordenadora do trabalho técnico social que tinha como obrigação trazer a população para que ela pudesse participar trabalhar com mais dois eixos que era geração de trabalho e renda e educação sanitária ambiental muitas vezes a gente pensa assim ah trabalhar em favelas e nós temos no Rio de Janeiro mais de 1000 favelas Mas trabalhar em favelas o grande desafio é enfrentar a violência eu acho eu Rute que sou urbanista acho que o grande desafio é enfrentar a questão do saneamento onde a gente além da água do esgoto e da da drenagem a gente tem que ter mais um tema que é extremamente sensível que são os resíduos sólidos então quando a gente fala sobre isso e quando a gente atua nessa direção a gente foi trabalhando ao longo dos anos implementando diversos projetos e programas E chegamos ao Jacarezinho em 2012 Por uma questão da participação da população que procurou o governo naquela época para que o que a comunidade fosse incluída no chamado PAC 2 o PAC 2 não saiu do Papel Mas aquela experiência nos trouxe uma nova metodologia um aprimoramento que se chamava diagnóstico social prévio com esse diagnóstico a nossa equipe que era uma equipe multidisciplinar e segue sendo multidisciplinar a equipe literalmente se mudou pro Jacarezinho e a gente trouxe importou de Medelin que hoje é uma referência de Urbanismo social no mundo eh as oficinas do Imaginário e o que que são as oficinas do Imaginário a gente convida a população para se expressar através do desenho e não das palavras porque o desenho ela é uma metodologia Universal desde a criança de CCO anos até um idoso que pode ser inclusive analfabeto ele consegue desenhar tendo vergonha ou não ele sabe se expressar através do desenho e por que que eu tô contando tudo isso foram mais de 30 oficinas do Imaginário ao longo de 2 anos dentro do jacarezinho e nessas oficinas apareceu a temática de dois rios que cortam a comunidade e desembocam na Bahia de Guanabara que é o rio salgado e o Rio jacaré Então essa demanda que era uma demanda muito forte porque em cada chuva esses Rios enchem eh o lixo é carreado e ele volta para dentro das casas e tem uma inundação forte inclusive no ano acho que de 2014 o prefeito decretou o estado de calamidade pública a partir do jacarezinho a água chegou a cerca de 2 m então é um problema muito importante paraa comunidade como um todo quando o governador Cláudio Castro então eu dou um salto porque o programa não aconteceu o PAC 2 não saiu do Papel mas os projetos estavam ali com quando há 4 anos atrás o a equipe do governador Cláudio Castro me chama para coordenar o programa Cidade integrada era um programa também ambicioso que tinha como premissa atuar em seis diferentes regiões da cidade que correspondem a 30 comunidades de baixa renda a 30 favelas e a primeira dessas comunidades seria então o jacarezinho e Manguinhos tratando da questão como uma ba hidrográfica Então a nossa equipe volta pro território há quase 4 anos atrás para validar aquele diagnóstico não só Tecnicamente mas buscando a população buscando as lideranças e as referências comunitárias então a gente tentou validar aquilo que em 20121 foi levantado como sendo a principal demanda e o Rio jacaré e Rio salgado continuavam como uma demanda importante então a gente validou esse diagnóstico a gente elaborou um diagnóstico mais atualizado de todas as importantes eh demandas que surgiram com as lideranças e com os moradores e realizar uma obra desse porte desse investimento que são 130 milhões que a secretaria de de ambiente junto com o inia eh já está implementando não é que ela vai implementar eu digo que o governo teve muita coragem de tirar esse projeto do Papel porque ele já está em implementação há cerca de 7 8 meses e e para implementar uma obra dessa a gente tem que trabalhar com famílias que moram na beira do rio que moram exatamente nas margens que são margens que não poderiam ter casas e aí você pergunta ah por que que a família mora lá ela mora lá porque ela quer não ela mora lá porque ela não teve um plano b e uma oportunidade de ter uma mor adequada então a gente trabalha na dimensão de hábitat e não só na dimensão da moradia Tratando as questões do abastecimento do saneamento da geração de renda a questão das áreas verdes que precisam ser renaturalização de 400 famílias já quase 200 famílias foram realocadas num processo absolutamente democrático e participativo onde a gente chama individualmente cada família para negociar a sua saída daquela moradia e todo essa área toda essa região ela vai ser transformada e o rio que desemboca na Bahia de Guanabara e que causa causava eh enchentes inundações não só no Jacarezinho mas em toda a região de Manguinhos e ali de Benfica essa transformação ela tá muito próxima de se tornar realidade ou seja um ganha ganha é um investimento alto mas que realmente compensa né ancelma numa entrevista recente você lembrou que 70% dos problemas de saúde de crianças T por origem doenças por veiculação hídrica e ao mesmo tempo a gente sempre ouviu dizer que a obra de água esgoto não dá voto né porque é obra que não se vê então eu te pergunto se é Um Desafio deixar Claros os ganhos em saneamento junto à classe política e à população bom respondendo sim é um grande desafio eh a gente viu que o desenvolvimento urbano ele e o poder público ele tomou a direção inicialmente para garantir que as pessoas tivessem onde morar que a economia se aquecesse e foi assim a história do Brasil dos últimos 200 anos isso trouxe um passivo que a aglomeração de pessoas num lugar só adensa tanto a necessidade de insumos então a água que não é disponível aqui tem que vir de longe em qualidade e regularidade assim como o esgoto gerado tem que ser tratado para ser destinado na natureza acontece que essa esse estoque e a boa vontade do mundo conosco tem acabado a gente vê hoje a Baia de Guanabara com 12 milhões de pessoas lançando esgoto em Natura dentro dela e ela de fato saturou eh em 2020 com o Marco do saneamento foi a primeira vez que o saneamento tomou um um olhar diferente e ele saiu do que a gente falou agora H pouco né de um privilégio de que dos melhores iptus das melhores rendas e passou a ser uma obrigação para todo mundo né todo mundo deve se esforçar e todas as pessoas terão o direito de ter saneamento tentando traduzir o que é falado de como O saneamento atrapalha a vida das pessoas imagina uma criança que mora numa casa sem saneamento Então ela fica mais doente porque ela tem contato direto com o esgoto essa criança falta mais na escola os pais dessa criança não podem trabalhar todo dia porque tem que cuidar da criança essa criança ela consome mais o equipamento de saúde e o governo tem mais custeio com isso e talvez essa criança fique mais tempo na escola porque ela não vai conseguir acompanhar o ritmo dos outros por est ausente pelo absenteísmo o a OMS fez um estudo que a cada ó investido em saneamento você afasta 55 do custo público seja da escola seja da saúde pública quando a gente olha que a gente ainda tem no Brasil 100 milhões de pessoas convendo com esgoto imagina a poupança pública que não poderia ser evitada quando o saneamento fosse eh direto para todos o que a gente viu é que a política pública industria transformação então de 2020 para cá nós vimos diversos processos de entidades públicas autarquias públicas eh autarquias municipais empresas estaduais atraindo o capital privado para ajudar nessa nova jornada do saneamento claro que para essa ajuda acontecer é necessário segurança jurídica é necessário eh capital é necessário que haja um ambiente iluminado para que as pessoas tenham conforto e transparência do que que vai ser feito do saneamento a gente aeg opera em 766 cidades de mais ou menos 33 milhões de pessoas numa busca de transformar o que tá no Rio de Janeiro tá no Brasil inteiro eh não é um privilégio nem um um uma ausência de ação só do Rio e a gente tem visto Sim hoje tem um caminho mas não é possível falar de saneamento sem falar com educação Então se a gente não trouxer essa luz para esse tema dentro das escolas que o que a gente faz a gente vai viver a consequência daquilo que o esgoto que eu Gero enquanto ele tiver perto de mim ele é um problema quando ele sai dos meus olhos ele deixa de ser um problema é uma grande mentira porque todos nós compartilhamos o mesmo planeta não tem um planeta b a gente fez uma pesquisa recente na rocinha e vocês conhecem bastante a realidade da Rocinha as pessoas que moram longe do Valão quando questionadas se saneamento um problema eles respondem que não que não é porque quando o esgoto sai da casa dele quando ele para de cheirar ou quando ele não vê mais ele deixou de ser meu problema ele passou de alguém quando você vai em comunidade com a maré você vê que não lá out um problema para todo mundo porque quando chove inunda casa de todo mundo então enquanto a gente tiver um um modelo mental super exclusivista que basta o meu bem-estar para que minha vida esteja resolvida a gente não muda esse paradigma então iniciativas como essa de falar um pouco sobre saneamento iniciativas de entrar nas escolas e falar com as crianças da importância do saneamento a gente em 3 anos nós falamos com mais de 650.000 crianças da rede pública de ensino Contando um pouco o que que é ser um Embaixador de saneamento como é que você na sua casa faz a diferença eu acho acho que é isso sim que que é uma camada nova que a gente deve aderir para que acionamento seja importante agora é uma jornada né é uma maratona é uma maratona de muitos desafios que a gente vai ter que encarar dia após dia buscando a próxima casa ligando a próxima pessoa para que a gente possa remediar falamos há pouco de uma economia azul não adianta o Rio de Janeiro ter 86% da produção de petróleo sem jogar tudo de ruim dentro da Bia de Guanabara isso não vai parar de pé se as pessoas que moram no entorno da B de Guanabara não fizerem parte da equação como a rut falou não não adianta a gente investir lá no leblom para coletar o esgoto e tratar Se as pessoas que moram na Maré continuarem jogando esgoto na Bahia a gente precisa que o que a que o tratamento do assunto seja igualitário para que o produto seja completo para todo mundo é educação é chave acho que transparência é chave né Leonardo e claro rapidez na ação também né porque as pessoas querem ver os resultados e a gente já falou do desafio da comunicação queria te ouvir sobre os outros desafios porque há outos quer dizer construção em área irregular a questão do Poder Paralelo que muitas vezes não deixa vocês entrarem aqui a colar né E claro conseguir manter o equilíbrio econômico-financeiro é os desafios eles por incrível que pareçam os mais sensíveis não são eh os a princípio mais palpáveis né aquela coisa de fazer a obra levar a estrutura fazer é um desafio é um desafio mas esse é um Desafio que você faz lá o seu projeto conceitual o seu projeto executivo executa a obra né submete as licenças previamente que tem que submeter executa a obra e entrega a meta prevista contratualmente isso em tese é Um Desafio e pela magnitude dos investimentos né pelo mas é Um Desafio que eu diria que que é praticamente vencido porque os investimentos para tanto você já captou né Agora você tem desafios da vida como ela é né então a problema o problema da comunicação por exemplo a gente tem todo ano naturalmente um reajuste tarifário a ser tratado a população naturalmente não quer ter esse reajuste no nosso caso hoje a partir da modelagem do Nosso Leilão feito a partir da lei de 2020 a gente tem a questão do subsídio cruzado que o mencionou aqui antes então assim classe média classe alta vai pagar por boa parte dessa estrutura que não foi edificada ao longo das últimas x décadas e tem que ser feito agora ou recuperado agora e colocado agora à disposição de todos para que a gente não tenha exatamente aquela questão de Olha eu não tô vendo não é mais comigo não O problema é de todo mundo mesmo e tem que sair de algum lugar e uma das formas de maneira muito inteligente até eu diria estruturada para isso é é é o subsídio de Cruzado Então assim Então a pessoa que não tem o esgoto correndo na na na porta da casa dela ela tá pagando mais para que o outro não tenha esse cara vai reclamar esse cara reclama E pior esse cara pressiona o governo Esse cara tem voz na imprensa é uma é uma dificuldade lidar com isso né E aí a gente ia falando né o desafio da comunicação é algo muito importante porque assim da comunicação para você levar educação ambiental da comunicação paraa pessoa entender o propósito do que você tá fazendo né ela tem que entender que quando chove alarga tudo na porta da casa dela e é por não é por conta da chuva é por conta de décadas de degradação ambiental é por conta de construição irregular também perpetrado ao longo das últimas sabe se lá quantas décadas é por conta do desenvolvimento urbano desordenado enfim é por conta de uma série de ocras que a gente com elas convive ao longo de muitos anos e vez por outro a gente encontra fórmulas para combater eu diria que agora a gente encontrou uma fómula para combater que não é absoluta evidentemente até porque a gente não tá falando que os investimentos das concessionárias são absolutos e e e e eles por si só se bastam ou se esgotam não é uma verdade restam muitos investimentos a serem feitos por município por estado enfim pelos órgãos públicos eh no Rio de Janeiro a gente tem alguns exemplos para dar a proposta desses investimentos aqui no primeiro painel foi falado da da da das questões do reflorestamento E por aí vai né e há também uma uma uma necessidade de você o sistema todo é muito novo né a novidade né A Novidade tem seu preço novidade é um por si só é um Desafio então a gente tá falando de um formato de leilão de um formato de contrato que embora a gente tenha concessão nesse país há mais de 50 anos e diversas experiências pra gente visitar e colher ensinamentos aqui no Rio por exemplo a gente tem experiências absolutamente traumáticas eu posso citar barcas e SuperVia por exemplo toda hora dá problema a gente não consegue resolver isso agora parece que ter conseguiu o governo do estado me parece ter conseguido endereçar uma nova tentativa de solução Estamos torcendo mas é importante que Esses contratos que são vivos né são são feitos a partir de dados estimados e como toda estimativa você tem que adaptar calibrar acertar é importante que a gente tenha o amadurecimento de todas as instituições para que elas tenham condições de viver com isso e complementando a questão do desafio do do território é assim quase que inconcebível você ter que entrar num lugar para trabalhar para levar saúde para levar desenvolvimento tudo através de saneamento e sem impedido de atuar funcionalmente dentro daquele território é inconcebível que você tenha pessoas que extraem a água do subsolo e queiram vender para quem pagou x bilhões de reais para poder investir explorar determinado serviço em prol da sociedade essa conta não fecha se eu não tiver essa receita aqui por conta de alguém alguém estar competindo irregularmente comigo de algum lugar eu vou ter que esse dinheiro vai ter que ser fabricado pena dos investimentos praos não poderem ser feitos Então esse é um esse é um outro problema grave com o qual e a gente lida né decorrente e da dificuldade do Estado de estar presente em todo seu território e aí não é um problema de de estado a estado B ou estado C esse problema não é da agora esse problema é de anos e anos e anos Talvez seja o maior desafio que o Estado do Rio de Janeiro viva hoje seja dessa natureza mas com ele nós temos que conviver e a ele nós teremos que enfrentar né E espero e tenho certeza que a gente tem muitas condições de ter sucesso cada um em seu Bloco fazendo trabalhos né não é rara a exceção que a gente senta busca exemplo no que tá fazendo águas do rio no que tá fazendo a Rio mais para poder buscar transportar exemplos positivos para nossa operação e o caminho inverso também com certeza existe né então Eh buscar inovações buscar tecnologias novas buscar tecnologias de toda sorte né Não só Tic mas sociais etc Então esse me parece ser os os os grandes desafios a serem enfrentados com e tem certeza que a gente precisa de muita transparência de muito boa comunicação e de maturidade maturidade dos contratos dos agentes com os quais que lidam com todo esse tema e por aí vai Acho que pela minha visão periférica que eu vi o Ancelmo fazendo assim némo Tamara estado continua atuando em municípios que não são cobertos pelas concessões entre eles a áreas rurais para implementar e ampliar O saneamento Rural né que projetos ou obras há em curso nesse momento bom eh foi isso né Eh depois da concessão eh ficou aquela pergunta e agora o estado vai atuar onde né porque as áreas concedidas já tem as concessionárias atuando e não se pode ha dupli de investimentos né tá lá no contrato de concessão eh porém existem alguns municípios primeiro que não aderiram a concessão né na na própria região metropolitana a gente tem Guapimirim que não aderiu e e alguns outros municípios mais pro interior também não eh dito isso eh outra parte da contato contrato de concessão diz que as áreas de aglomerado Rural não são cobertas pelas concessionárias então o Estado at através do programa de de saneamento ambiental eh tá encabeçando o projeto para pegar essas áreas e promover o saneamento ali nelas eh a gente agora primeiro né a gente eh oficiou todos os municípios do Estado eh perguntando sobre áreas de aglomerados rurais eh para ter um um diagnóstico de como tá a situação do saneamento Rural nesses municípios os municípios a gente teve uma boa resposta os municípios responderam a gente eh lá dentro do psan mesmo eh nós estamos abertos para receber os municípios lá porque essa conversa tem que continuar e estamos agora com dois municípios né selecionados que vão começar as obras eh meados de 2025 que são Parati e Petrópolis os dois municípios responderam a gente eles já tinham alguns projetos executivos ali um pouco mais disponíveis então a gente conseguiu entrar mais rapidamente nesses dois mas para Além disso O psan ele já tinha obras em curso né quando da concessão então er são obras anteriores à concessão que ainda estão em cursos em curso eh entregamos em 2022 o coletor coletor tronco de Manguinhos e em 2020 o coletor tronco Cidade Nova eh isso afetou eh 700.000 pessoas né Eh uma principalmente de Manguinhos que são 600.000 pessoas pessoas foram afetadas né Eh positivamente com essas obras e atualmente nós temos quatro obras ainda em região urbana né acontecendo que são Faria Timbó temos Maricá que tem o emissário submarino temos Roquete Pinto que é na Maré e temos Itaboraí eh continuamos dando eh andamento essas obras que tem previsão de terminar todas assim né Eh fim de 2025 vai eh algumas terminando no primeiro semestre e outras terminando no segundo semestre eh a gente também no psan sempre Deixa claro essa eh importância de estarmos disponíveis para os municípios né porque o estado sendo o município ainda o o detentor da titularidade dos serviços né Por mais que eh os serviços de saneamento tenham sido de saneamento não de água e esgoto tenham sido eh eh concedidos o município ele ainda deve ter eh noção ali do que está acontecendo né o gestor Municipal eh deve eh estar a par do que está acontecendo no seu município e o psan através da coordenação de articulação institucional eh trabalha com com com essa ponte né a gente apoia os municípios nessa nessa parte de entender o que está acontecendo a eh sobretudo através dos planos né dos planos municipais saneamento e agora com o plano Regional que é mais uma ferramenta pro município poder elaborar a sua política de saneamento pessoal para que o rio se torne uma Metrópole azul eu preciso universalizar Claro O saneamento mas também há o problema dos resíduos sólidos Como já foi mencionado aqui né do lixo que vai parar nos rios e no mar Moema como atacar essa questão bom é uma preocupação muito grande também a questão dos resíduos né Eh antes de te responder eu vou me permitir aqui falar um pouco enquanto servidora que trabalho no Poder Executivo né eh e aí eu vou incluir todos nós que estamos aqui né as concessionárias tem a concessão de um serviço público essencial né o abastecimento o O esgotamento para todos né E esse realmente é o fato novo né há 3 anos temos 3S anos aí de concessão com resultados expressivos sobretudo aqui né na região e da Bahia de Guanabara da zona sul Mas se eu como servidora do executivo Estadual não trabalhar com os meus sonhos né eu eu não evoluo Então imagina Rute o os rios que cortam ali o jacarezinho balneis né a gente vê a população do jacarezinho indo às praias no final de semana né com transporte público que não dá conta de receber toda essa essa visitação nos finais de semana então como seria ali se aqueles Rios fossem balneá veis para que eles pudessem desfrutar daquele Manancial a própria Baía de Guanabara ali da na sua parte leste né a a população de São Gonçalo e tabori também pudesse desfrutar de uma qualidade Ambiental de uma saúde ambiental daquelas águas então voltando pra pergunta né o resíduo ele se gera em terra e ele vai parar nas nossas costas na Bahia eh por ah eh exceção né dos visitantes que precisam de educação que precisam de eh eh melhor eh uma como o Léo falou né se sentirem integrados e partes do problema a gente sabe de quem são as responsabilidades né Nós temos políticas públicas bem estruturadas de gestão de recursos hídricos de saneamento com instituições com instrumentos com funções B bem definidas mas somos todos partes do problema né então se aquela população aqueles visitantes não se sentirem parte do problema eles não vão atuar no sentido de levar seu lixo né levar seu resíduo dar o destino adequado então o que que nós temos com relação a uma política de enfrentamento ao resíduo e ao lixo no mar né Nós temos sim uma estratégia Estadual de enfrentamento ao lixo no mar foi construída em parceria com a cátedra da Unesco da USP mas nós temos que trabalhar em Estreita articulação com os municípios né Sobretudo com relação àquele região metropol região hidrográfica contribuinte a Bahia de Guanabara aqueles municípios que tem uma coordenação né do irm trabalhar em parceria com o irm a elaboração do plano de sento básico envolve água esgoto lixo e drenagem né pra gente enfrentar também essa questão que é tão séria quanto O esgotamento e abastecimento de água que é a questão do resíduo que vai parar na nossa Costa e na nossa Bahia o aí criar alternativas de geração de renda a partir do próprio lixo pode ser um caminho é com certeza é um caminho então no início do cidade integrada Como Eu mencionei além do diagnóstico eh nós fomos trabalhar com todas as secretarias eh do Governo do Estado educação eh meio ambiente cultura Assistência Social e dentro dessa perspectiva a minha equipe tem Arquitetos urbanistas assistentes sociais sociólogos e os arquitetos então tiveram como um grande desafio a projetar e elaborar um projeto para um polo de reciclagem por que isso porque o programa ele prevê eh ações não só relacionadas ao saneamento relacionadas à habitação mas também relacionadas à geração de renda à educação a questão do envolvimento e da participação e tem mais um componente no programa que é a segurança é a primeira vez que o governo do estado dentro de um programa de urbanização de favelas ele inclui a temática da Segurança Pública que é um enorme desafio trabalhar com essa situação mas a gente tem avançado bastante a gente tem avançado em dois sentidos um foi a criação dos conselhos comunitários do cidade integrada onde participam atores não só do poder público das diversas secretarias da águas do rio que está sempre presente mas da própria população e onde a gente debate todos os temas e sendo resíduo sólido uma um problema né como a gente já mencionou aqui talvez seja um dos mais sérios a serem enfrentados por que não pensar no resíduo sólido a partir da geração de renda com os resíduos plásticos que são os que mais vão eh sendo lançados né na Bahia nos Córregos nos rios a Rocinha é um exemplo disso né a praia de São Conrado em dias de chuva vira uma onda de garrafas PET então nós projetamos um polo de reciclagem para cada uma das Comunidades e um mais um polo para a Rocinha onde a gente pensa em trabalhar eh em conjunto com a secretaria de ambiente com a equipe do cidade integrada mas principalmente com os moradores das Comunidades então eles ser ão os grandes atores e gestores de um projeto de coparticipação entre o poder público e a sociedade compra um programa de geração de renda a partir desse lixo que é um ativo eh ele gera renda de fato e ele pode transformar e no prédio que tá sendo revitalizado ali no Pavão Pavãozinho então a reciclagem vai est presente também porque esse é um projeto importante n do projeto o pavão pavãozinho Cantagalo né uma comunidade situada na zona sul carioca 30 e poucos mil habitantes numa área é extremamente bem localizada entre Copacabana e Panema e ela é uma das áreas do cidade integrada ali a gente tem um grande Edifício quem passa pela Lagoa pode ver esse Edifício já foi um hotel no passado depois foi Berro d’Água para quem e tem mais de 50 anos vai lembrar depois ele foi um projeto do Criança Esperança Viva Rio mas ele é um prédio público do Governo do Estado o que nós fizemos foi mapear esse prédio como um todo ele tinha 22 ONGs trabalhando nesse território de maneira informal e esse prédio está todo ele sendo reformado então ali a gente vai ter um restaurante escola um museu uma biblioteca uma área para a secretaria de ambiente uma área já destinada à secretaria das mulheres e essas 22 ones que trabalharam durante anos de maneira informal ocupando espaços para cursos de dança para lutas Pavão Pavãozinho é famoso pela questão dos esportes e principalmente da lutas com vários campeões nacionais e internacionais então a gente está valorizando todos ess esses representantes dessas organizações que passaram anos abandonados e que agora estão recebendo espaços de qualidade com investimento e ali tem uma diferença né assim como a Rocinha é uma comunidade que tem uma topografia inclinada de diferente do da Maré então quando a gente chegou lá há 3S anos e pouco tinha um elevador funcionando que era somente pra polícia e pros funcionários do Viva Rio E aí eu falei não mas e a população como que ela acessa não ela tem que subir pela Ladeira 30 minutos andando com criança no colo gestante idosos Então a primeira medida do Governo do Estado a primeira determinação do governador foi a reforma dos seis elevadores que agora I Então qualquer morador chega em 30 segundos e ele vence eh desculpe 90 m de altura em 30 segundos podendo chegar à comunidade com uma maneira mais digna né é quando a gente tá falando de sustentabilidade ambiental mas também social e econômica passa por aí Leonardo queria juntar duas coisas que é o seguinte O que vocês estão fazendo ali na no complexo de Lagoas barra e jacaré dragagem dos canais restauração das chamadas Cavas né os Fundos das Lagoas Ah e construção de coletores de tempo seco né para esgoto e água pluvial ampliação E modernização das estações de tratamento da estação né E qual é a perspectiva para isso mas também falar um pouco já que a gente tá caminhando aqui para pros finalmente da nossa conversa da reconstrução dos manguezais porque acho que tá tudo junto e misturado é é isso é e vou acelerar eh a gente tem no contrato de concessão algumas metas que são objetivamente fixadas e outras que são abstratamente fixadas Então a gente tem que ampliar rede de tratamento né extensão de rede de água extensão de rede de esgoto né tem que eh chegar a universalização do serviço que significa dizer em 2033 99% da população atendida com água 90 com com serviço de esgoto e temos também metas que eu chamo de metas concretas no contrato então no contrato da iguá a gente tem lá a obrigação de investir 250 milhões de reais na na na na Restauração na recuperação da do complexo lagunar de barra Recreio e temos lá mais c e tantos milhões também paraa instalação de coletores de tempo seco isso significa dizer que o assim a a barra Recreio para quem conhece bem aquela conformação Aquila é uma grande bacia e toda ela deságua no complexo lagunar toda né todas as montanhas do Entorno lá que são às vezes um pouco tem uma pizzinha de chegar nela mas todas as montanhas do Entorno carregam risco e acabam todos eles despejando lá então todos esses lugares onde não tem saneamento no entorno e são ali quase 200 comunidades Elas têm naturalmente e que que não tem sistema de saneamento naturalmente o que acontece com eles é que vai tudo pro Rio vai tudo pros rios que desaguam lá esses Rios vão pro seu turno para para as galerias de águas eh pluviais então tem uma obrigação no contrato que é enquanto a gente não vai conseguir fazer e é muito razoável isso funciona assim em diversos locais do mundo isso funciona assim em Paris em Londres na Rússia enfim todo mundo usa coletor tempo seco eu digo isso faço essa essa ênfase porque no passado houve gente capaz de discutir se isso devia ser feito ou não uma discussão meio tola Na minha opinião mas enfim houve graças a Deus ficou um pouco ultrapassado ainda tem um outro mas enfim então Eh você intercepta essas redes de água pluvial antes de chegar nesses principais corpos hídricos como o complexo lagunar né e retira eh ali a questão do esgoto do do lixo do do resíduo sólido que vem carreado pela pela pela galeria de água plurial então são dois investimentos muito expressivos em paralelo que a gente faz que é esse no coletor de tempo seco e outro na é dragagem e de uma região bastante expressiva mas não integral do complexo lagunar E ali a gente além de fazer a dragagem a gente faz a dragagem E aí desenvolvemos balsas especialmente para esta finalidade que ela ela faz a dragagem aqui joga numa outra balsa grandona e essa balsa grandona tem uma espécie de peneira que segura todos os resíduos sólidos e outras sortes de detrito permitindo que o material natural dragado e passe por essa peneira e recompõe o que a gente chama de Cavas essas Cavas O que são ao longo da década de 70 80 e 90 né sobre tudo eh a gente teve uma expansão muito grande Imobiliária para aquela região de barra Recreio sobretudo e a turma se utilizava muito de material para construção civil retirado do fundo das Lagoas isso criou e perturbou por completo O fluxo eh marítimo local Então você tem uma entrada lá por Marapendi que deveria ter o condão de reoxidar todo o complexo lagunar através do movimento das Maré e esse movimento das Marés foi artificialmente alterado por força tanto do assoreamento tanto quanto por força dessas Cavas que eh invertem fluxos marítimos ordinários então é nosso compromisso e especialmente a reconstrução desse fluxo natural né você eh recolocar aquilo como um ambiente tinha bolado inaugurar então a gente tampa essas Cavas com esse material e faz a dragagem da dos principais canais de acesso Para viabilizar essa troca essa troca hídrica e reoxidação e adicionalmente a igual entendeu por bem e faz isso eh E isso não tá em nenhuma meta do contrato mas a gente entende que isso é um trabalho e Fundamental paraa restauração ambiental local eh especificamente que e é um trabalho que a gente tem em parceria lá e a gente contrata o Mário moscatelli que é quem coordena esse trabalho e a gente tem lá a a a a semeadura de fonte de de e mudas de mang vermelho né E hoje você tem pássaros já rehabitar a localidade há décadas né E você tem lá a criação hoje de cinco nós temos a criação de cinco manguezais específicos que tem a capacidade extraordinária pelo menos quatro cinco vezes maior de sequestrar carbono do do meio ambiente e a gente espera com isso além de contribuir para revitalização local a gente também espera com isso ter uma capacidade adicional de resiliência da cidade para combater impactos climáticos eh locais é já acho que um pedaço da história da tal Metrópole azul que a gente quer conquistar Ancelmo pra gente encerrar Nosso Tempo Acabou mas assim rapidinho se o rio efetivamente se transformar numa Metrópole azul que ganhos na sua visão a gente vai ter pra qualidade de vida dos Fluminenses e pra economia do Estado acho que serão diversos ganhos a gente vê um pouco da história da da Lagoa de Araruama que há 10 anos atrás ela tava completamente poluída e morta com o trabalho que nós fizemos lá com a prlos de tirar o esgoto em Natura da da Lagoa esse ano ela bateu o recorde de pesca de novo e a sociedade voltou a usar a lagoa como equipamento público recentemente a gente entrou no Rio de Janeiro há 3 anos e a gente conseguiu trabalhar na Lagoa Rodrigo de Freitas tirando o esgoto em na Natura dela e hoje a gente vê água transparente a gente viu quando a gente ajudou a reconstruir o manguezal de ciliar a explosão de de fauna que acontece hoje na Lagoa com novos novas espécies todos os dias e o que vai acontecer na BA de Guanabara é a mesma coisa a gente a água hoje são 600 quase 700 milhões de litros de esgoto aportado por dia na Bahia de Guanabara nós já tiramos 93 milhões Mas tem uma longa jornada pela frente que vai transformar de fato a cor da água a a qualidade do Manancial para que novos animais entrem não sei se vocês notaram que nesse ano diversos animais que não entravam na Bahia começaram a entrar eh colônia de botos agora um leão marinho veio passar o fim de semana aí a gente vê que a qualidade da água tem melhorado o nível dos pequenos peixes os grandes peixes estão entrando teve show de jubarte esse ano né na dentro da Bahia que não entravam há décadas então a gente vê que a natureza ela faz o trabalho dela de regenerar aquilo que a gente causou agora voltando paraa nossa discussão Central se o comportamento não mudar se a gente deixar para trás as pessoas que não tem condição financeira da discussão se a gente não se comprometer de fazer o que é certo a gente não vai conseguir usufruir dessa Metrópole Azul hoje de novo o grande motor da economia do Rio de Janeiro é o mar pela indústria do petróleo pelo potencial que tem imagina como a Bahia balneá imagina o potencial imobiliário imagina o potencial turístico que não vai destravar paraa economia então Então a gente tem muita fé e crença que com muito trabalho a gente vai ver essa Metrópole Azul brilhando em breve eu como carioca ncio embaixo muito obrigada Anselmo Tamara Rute Moema Léo e obrigada a vocês também os que aqueles que assistiram a essa conversa pela transmissão aqueles que vieram até aqui foi realmente um prazer e agora a gente tem aquela hora da foto obrigada gente [Aplausos] [Música] [Música] t di

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