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Adriana Calcanhotto | CONVERSA VAI, CONVERSA VEM | Por Maria Fortuna

Adriana Calcanhotto | CONVERSA VAI, CONVERSA VEM | Por Maria Fortuna

Olá eu sou Maria Fortuna e esse é o conversa vai conversa vem videocast do Globo aqui no estúdio da redação do Jornal A gente recebe sempre um convidado interessante para trocar ideia fazer revelações abrir o coração falar de coisa legal hoje como vocês podem ver quem nos dá a honra da presença é a cantora compositora professora Adriana Calcanhoto Obrigada Adriana por ter vindo por est aqui vamos começar com essa novidade linda que é depois de 12 anos e volta a parim é a volta da parim depois do disco TR que foi o último né agora vem o quarto composto por oito canções e aí tem músicas próprias tem músicas Rita li Vitor ramil Maris Monte jovem Dionísio tem também clipes lindos que são lindos uma graça e aí eu queria saber de você assim com que com que energia a partin pim volta a cena mais bagunceira mais criativa do que nunca crescida diferente igual que mundo que ela tá inventando é Nossa quanta pergunta Maria ela eh primeira coisa ela faz 20 anos né esse ano e as pessoas perguntaram muitos nos 20 anos se não teria um disco e eu assim eh o ano que vem ela Faria 21 né faz 21 então seria um disco antes dela fazer 21 e um disco antes eu fazer 60 anos achei que era tinha que fazer esse disco Esse quarto Adriana acabou de fazer 59 anos né e partim pin ainda está com 20 ainda está com 20 fará 21 embora é no ano que vem embora a partin pim não a partim pim como criança só vive no presente né então embora ela tenha 20 anos ela não deixa de ser criança nunca Essa é a ideia então ela vem eh com um disco mais enxuto são oito canções isso talvez no primeiro lá 20 anos atrás talvez não fosse considerado um álbum completo oito canções mas hoje é né então tudo é na verdade por causa do tempo que a gente vive do tempo de atenção da aceleração do mundo né da aceleração do próprio tempo de certa forma isso é mais partim pim porque é mais eh essencial é mais direto ao ponto sabe eh tem uma coisa que que tem a ver com ela mesmo acho que ela se sente à vontade nesse tempo E aí assim tem canções dela parim tem canções inéditas tem uma canção inédita da Marisa Monte com o mano Vladimir filho dela chama-se Boitatá chama-se Boitatá e Arnaldo antun são os três parceiros eh tem uma regravação de Vittor ramil que é estrela Estrela tem uma uma tradução do Christian morgenstein que é um poeta alemão traduzido por Augusto de Campos e musicado por C de Campos que essa essa coisa sempre dá muito certo mas aí como tem o pretinho da ser na produção ah essa ideia aí do Christian morgin que que defendia desab burgues a natureza da língua isso vai parar na mão do Pretinho e vira um negócio com violão de sete o Augusto de Campos ouviu e ficou assim Maravilhado porque a música pelo Cid que é um bluesman foi feito como BL e o pretinho ouviu como samba uma outra música que tem que é da pasim que é Malala que eu escrevi para uma peça sobre a Malala eu não escrevi como samba mas o pretinho ouviu como samba quem sou eu ou a parim para discutir com pretinho sobre o que é samba e o que não é samba então assim tem muita espontaneidade mas é enxutinho curtinho isso eu acho que isso tem muito a ver com ela você falou do e achei interessante porque você foi atrás do Pretinho pela sonoridade do disco xand canta Caetano que produzido por ele não foi isso é não é só sonoridade eu ouvi o disco eu me lembro que eu tava num at tava fazendo a tne rante é tava num hotel em Belo Horizonte e botei o disco no Spotify para escutar e eu fiquei assim porque aquilo ali não é só a sonoridade tem a ver também com o entendimento rítmico daquelas do Caetano depois quando eu fui conversar com o pretinho fui atrás dele para conversar sobre um possível disco Partimpim ele me contou detalhes de coisas que depois o Caetano FZ assim eu também entendi assim mas a gravação não saiu assim por causa disso circunstâncias né das gravações dos momentos e tudo e então o pretinho tem essa sensibilidade de ir lá na Essência da composição e ouvir aquilo Claro ouve como samba porque ele é do Samba mas ele não a gente ele não quis fazer um disco de samba a gente fez um disco par Pim é um disco que contém samba junto com outras coisas ele é polir rítmico como a parte enfim gosta então ali tinha alegria né do xand de cantar que é aquela pessoa que canta e a gente ouve na voz dele Aquela alegria de estar cantando que é uma coisa parece que tá cantando sorrindo também né sempre ele tá tão Maravilhado de tá cantando e isso é uma coisa que o Caetano também tem então tem essa Pororoca né nesse disco a a a Musicalidade do Pretinho e tem muita coisa ali e aí eu chamei o pretinho e falei eu não sei que que que que é isso aí mas eu quero isso aí vamos vamos atrás disso mesmo sabendo que não era a leitura da obra do Caetano de uma obra só né de um compositor só uma coisa misturada mas aquele espírito ali daquela Musicalidade e aí Ele trouxe também as pessoas dele né que ajudaram a a fazer aquilo é enfim Malala tem tudo a ver com samba até porque é gostoso de falar Malala né combina ritmicamente com o samba eu achei isso pois é mas eu nunca tinha pensado porque quando eu fiz eu não eu fiz a trilha pra peça algumas canções três quatro canções que o elenco para o elenco cantar em cena não eram gravações minhas quando eu mandei a demo a minha ideia o que que era usava sons assim paquistaneses uma levada do meu violão Mas jamais pensei em Malala como samba e o desde que eu mostrei no violão pro inho eu acho que ele só pensou nisso ele não ele não falou não falou para mim mas eu acho que ele não pensou em outra coisa não ouviu né Outra coisa Ô Adriana além da data Redonda né 20 anos queria saber também o que que te motivou a querer dar asas de novo a parte Pim é porque eu já ouvi você dizer a parte pim gostaria sempre de fazer coisas o problema sou eu eu que sou só uma só mas é que desde o começo mesmo antes de ter o primeiro show porque a minha ideia não era fazer show né era sempre uma ideia Exatamente Essa quando eu tiver oportunidade desejo repertório condições de fazer um disco eu gostaria de fazer uma discografia par pin nunca foi a ideia de fazer um um disco só inicialmente a ideia não era fazer show eu acabei fazendo que as crianças pediram enquanto os adultos pediram eu não considerei mas quando as crianças pediram aí teve show aí Ainda bem né porque você também deu vazão a uma estética toda própria que é um bom gosto enorme que você traz também na artístico de cenário de né de estética não e o presente para mim eu achei que eu estava dando um presente mas a verdade é que a o show era muito bom fazer aqueles olhos brilhando a maioria o primeiro show da vida né A primeira vez que vão a um show de música não é uma peça musical aquilo já era incrível o show tinha uma hora porque as crianças têm um tempo de abão menor Porque a vida é curta o show era proporcional e tudo isso mas a interação no camarin aquelas perguntas eh porque eu esperava no primeiro momento que eles perguntassem assim por que que o céu é azul esse tipo de coisa mas eles entravam dizer assim por que que a ordem do show é diferente da Ordem do disco aí eu f eu dizia sai daqui mulher não tô preparada não sei responder eram perguntas maravilhosas aí um chegava e perguntava do cenário a outra ia direto para arara com as roupas o outro entrava diz assim comida ia lá para as crianças sempre surpreendem é maravilhoso muito diferente do público adulto que vai um show adulto ou camarim e tem um comportamento de de dizer o que é esperado ou o que ou que a pessoa acha que a cantora tá esperando ouvir exato criança não não gostei ou gostei ou então faz uma pergunta que você vai pra casa com aquele osso para R durante do anos Isso foi o que eu ganhei com muito legal e aí você lançou o primeiro disco da parin 20 anos atrás em 2014 num planeta sem redes sociais né o último T há 12 anos muita coisa mudou de lá para cá inclusive as crianças como conectar com as crianças nesses tempos de vídeos curtos viciantes assim de YouTube tecnologia tikt da vida tem uma coisa interessante que tudo isso para o bem é uma comunicação Direta com as crianças né é estar na rede estar onde eles estão você precisa menos de atravessadores daquela comunicação é a parte pinc com as crianças a coisa do tempo é não é para mim tão desinteressante que tudo tenha que ser mais direto sem menos sabe com menos enrolação agora como é que conecta eu acho que é através do lúdico porque as redes sociais e tudo isso são ferramentas na verdade né eles não são a essência de nada eles são uma maneira da gente se comunicar e eu acho que o lúdico sempre é importante sempre faz falta sempre tem uma função a cumprir né e eu acho que os quatro de desde 2004 né O Primeiro eles eles vão acompan ando de certa forma o tempo até é óbvio que eu tô dizendo né pelas tecnologias cada disco é gravado de um jeito com com sonoridades do seu tempo embora eu faça todo um esforço para para que não fique datado no sentido esse disco é dessa época um pouco fica mas assim tendo esse cuidado de não fazer um disco que duas semanas depois você sabe dizer isso em termos de plugins que se usa sons né o o timbre da moda do teclado ou o equipamento da moda essas coisas que depois você ouve e e e aquilo não resiste a passagem do tempo meio que né é e é é a a a partim pinha ela volta propondo a possibilidade do sonho né né Ela traz eh as crianças para dentro do seu quarto onde o quarto da criança tudo pode acontecer né Eh e da poesia em meio uma a uma realidade em que os pequenos cada vez estão ligados mais na tela mas numa narrativa pronta né Adriana assim dada isso poda um pouco a criatividade né quando você entrega alguma coisa como aqueles clipes tão artesanais que estão sendo lançados hoje inclusive junto com o disco né você Abre ali você você provoca na criança também uma troca né e amplificação dessa criatividade é isso é uma coisa que o disco tem que toca nesse assunto das Lendas tem poema nonsense tem toda uma coisa que meio que eh não quer dizer não posso dizer que não está mas eu não acho com facilidade eh paraas crianças nas redes né porque Ah tem uma coisa de você ir buscar adesão de você buscar like de você querer ser gostado de você se você não é gostado se você não tem like então você não não tem pertencimento se e e esses espaço de inventar e de sonhar e de eu acho que tem que ter uma provocação sabe de que tudo é possível de que tem que inventar de que não pode ficar recebendo as coisas sem sem reinventá-los de você ganha o brinquedo você desmonta o brinquedo você desmonta o brinquedo e remonta de preferência né uma coisa que você me falou ali nos Bastidores que eu achei muito maravilhosa que a a par pin não tá interessada em ganhar like né Não ela faz as coisas nesse sentido ela ela tá na posição de artista ela faz o que ela tem que fazer eh e e isso com as crianças que é tão direto se a criança não gostou ela não gostou né Isso é muito mais direto do que você ouviu um elogio falso Porque diz a sociedade que é melhor né nós que somos tão exageradamente cordiais E ali a a coisa com criança é mais odeio essa palavra mas é mais de verdade sim eh mas o que eu acho também interessante é que assim você não foi atrás de forçar um lugar de se adaptar a essa realidade superficial das Telas das redes há uma marcada de posição também pela importância da poesia né Eh que vai sempre ter lugar mas ela precisa ser estimulada não é é as crianças precisam entrar em contato essa eh para mim quanto antes melhor isso é é o Projeto par impin e as as antologias que eu fiz de poesia também porque eu acho que o contato com a poesia lida ou ou pela Canção ou enfim a voz do poeta né A Voz das formas poéticas e daquele poeta específico quanto antes a gente aprende aquilo fica aquilo a gente não esquece né os poemas que a gente decora na infância As Canções que a gente decora na infância e eu acho que isso faz pras crianças isso que você tá dizendo Pois existe e ela é necessária e os livros ou as telas ou as redes são são ferramentas para para isso ser veiculado a coisa da rede social não é em si uma coisa né Ela serve para transmitir coisas sim e pegando esse gancho sobre Você Adriana você parte em fim não tentar se moldar se desdobrar para se encaixar para caber em algo isso também conversa com uma certa defesa da liberdade assim é essa nossa luta desde criança pra gente ser quem a gente é pra gente poder ser quem a gente é com toda a nossa potência desde sempre né Eh não se moldar para ser aceito tem isso também você passa isso na sua cabeça totalment acho Espero que os discos os trabalhos as coisas que eu fiz paraa criança tenham essa Sementinha em algum lugar né Eu acho que Claro que tem momentos da vida da gente mas aí não são mais as crianças são um pouquinho já os pré-adolescentes um pouquinho mais pra frente aquele desejo de ser igual a todo mundo que é natural que é bom que se temha e é bom que passe né Eu acho que a questão tá em passar e aí você vai ser você você vai voltar a ser aquela criança lá que era diferente de todas as outras depois fica todo mundo igual e depois mas depois tem que isso tem que eh e eu acho que as ideias assim de consumo não gostam tanto disso né dessa individualidade é claro que não sim ao mesmo tempo que você eh vive nesse mundo né você você dialoga também com esse mundo nesse disco tanto que você regravou e aquela música ótima que é um Hit chiclete do tiktok da Banda Jovem Dionísio tô bem tô bonitinho foi um viral né E que chegou até você através de um cachorro influencer é isso Conta essa história eu fico até constrangida de de contar isso porque eu gosto muito do cachorro mas às vezes eu acho que ele eh ele tá ele tá ganhando características muito humanas no no pior que cachorro é esse não eu não vou falar mas o que interessa ele escolhe as roupas que ele vai vestir de manhã botam duas roupas na frente dele e ele bota pata naquela que ele quer vestir hoje é azul e verde e como eu sigo ele eh para mim o algoritmo fica mandando as novidades dele e aí ele tinha ele ganhou uma roupa nova um negócio com capuz o tro ele tava com a roupa nova e a música era essa você reparou que eu me arrumei eu fiquei assim e aí tá ali o crédito do que que é a música foi atrás da música O que que te encantou nela a eu ouvi a parte pvu como uma composição como uma canção aí eu fui ouvir a gravação e a ela é Ela tem outro objetivo ela não foi escrita como canção desse jeito que eu tô pensando ela é toda diluída né e e Engraçado que o que viralizou é a parte do bonitinho e a música chama to bem porque a aposta deles dos meninos do jovem Dionísio é na parte do tobem a a a música tem vários momentos de tobem e esse saúde mental né não é incrível mas assim tem é momentos rítmicos e enfim esse jeito de armar a canção para esse objetivo que tem de de mas tem um negócio rítmico também original porque eles são eles fizeram aquela música Acorda Pedrinho tem um negócio que eu e o pretinho a gente sabe quando eu falei para ele eu tô louca com isso aqui ele falou ah mas é sua cara né você reparou que eu me arrumei e eu ouvi como canção aí eu fui ouvir a gravação eu falei nós tem um trabalho aqui que é que é uma coisa que eu adoro fazer que é botar isso aqui no osso e tirar toda essa outra coisa que é o lance deles o arranjo as coisas eletrônicas as várias levadas dentro disso tarará mas eu enxuguei botei no meu violão foi pro essencial pretinho tocou tem ali os meninos tocando é os eletrônicos e eu achei que é uma música curta que diz o que tem que dizer e para mim para mim não para parte ela entende aquilo como eh botei um botei vestir no se que botei não sei que é tipo botei um pijama para esperar aquele beijo de boa noite que legal porque tudo é no quarto né é começa no quarto e aí é muito interessante porque você também traz a brincadeira você traz a possibilidade de falar sobre o medo e você termina com estrela ou seja vamos dormir né é tão bonita essa trajetória do disco ass é a a curva do disco porque eh estrela nem tava nessa primeira lista o o que que aconteceu no meio do no meio das gravações teve o drama eh Gaúcho das chuvas e aquilo realmente é a par pim e esse disco nasceu assim cascudinho porque eu tinha que sair de casa com aquele eh com coração esmigalhado e ir pro estúdio cantar com ar tininho em meio aquela tragédia toda na sua terra você é gaúcha eu sou Gaúcha eu ouvi as histórias as pessoas ligavam e dizia babá dos sobrinhos tá em cima do telhado eram histórias muito próximas fora o que eu via na televisão Ah minha mãe contando memórias que ela tinha da enchente de 41 era foi muito e aí chegava no estúdio e tinha que ser a parte pin como foi buscar alegria em meio a essa tragédia não sei aí tive o convite fui convidada para fazer o Altas Horas do Sérgio um que foi lindo um programa só com pessoas do Sul artistas cantores compositores eu sou uma compositora do Sul mas me pediram vamos cantar compositores gaúchos e aí eu pensei eu assim estrela estrela a estrela caiu assim no meu coro porque é uma conversa né com uma estrela do Vittor ramil maravilhoso vor ramil maravilhoso e E aí eu cantei no programa e as pessoas se identificaram com aquilo e eu mesma fiquei com canção assim e achei que tinha que tinha a ver com o disco assim o disco foi eh planejei chamei o pretinho eh estudamos datas coisas para fazer e no meio vem aquele negócio que é que as pessoas lá usaram muito a palavra de tragédia no sentido de assim de que os deuses enviaram isso e eu não concordo porque tem ação do homem ali tem negligência do homem tem problemas com aquelas com portas com aquelas coisas lá sobretudo em Porto Alegre que se tivessem sido consertadas ah a situação da cidade não seria aquela então assim não é uma uma simples coisa da natureza que não é simples Ah ainda tem gente negando as a a a o transtorno climático não gosto de tragédia porque não é tragédia né as pessoas eu fui muito atacada por ter usado isso mas é é o sentido da palavra mesmo n eh quando quando tem ação ou inação humana tragédia não é E aí a canção ficou comigo e eu falei pretinho eh estrela e aí a curva assim terminar com estrela tem tudo a ver com disco com a parte pin com que ela passou com que eu passei de ir pro estudo ser parte um p enquando Na verdade eu saí de casa assim me arrastando eh mas terminar o disco para dormir eu sei que os pais agradecem É verdade é pois é mas enfim você conseguiu fazer alguma coisa você conseguiu eh contribuir de alguma maneira para PR eh pros danos ali do Sul de que maneira que você se envolveu objetivamente assim você conhecia gente conseguiu ajudar alguma coisa consegui ajudar sim né sou é sou uma formiguinha mas eh consegui ajudar algumas pessoas com dinheiro com roupa com trabalho trabalho com com com conversas né no sentido de acalmar de acolher eh muitas histórias assim muitas histórias também muito bonitas de superação né e o estrela estrela Ah no clipe que hoje tá disponível eh tem aquele aquele cavalo caramelo em cima de um telhado Aquila uma imagem que não sai de mim eu vou chorar porque aquilo é a gente né a gente não deixa animais para trás a gente não deixa ninguém para trás e a gente ficou observando aquele cavalo e a parin viu que ali essa coisa da estrela aquela estrela que fala com a parting pin ela tá ali brilhando no reflexo daquela água ela também tá com aquele cavalo ela tá com todo mundo que se ferrou na tragédia né então Eh estrela ficou uma canção fortíssima nesse disco quando ela nem tava nessa lista não quer dizer que ela não seja uma canção par pin que algum disco da par pin ela não pudesse aparecer mas eh ela entrou na vida da par impin dessa maneira acho muito interessante como você se mistura com a par pin hora né você fala não é a parte impin não é Adriana e eu queria saber um pouco isso assim onde é que você guarda essa criança interior que vem de vez em quando né que você permite que ela se manifeste ali a Adriana tá com um tênis marav oso com umas asinhas que já tem ali uma pitada de par pim né mas ela deve ser uma fonte de alegria muito grande também né mas Maria ela toma conta não só de mim como ela vai ela vai tomando conta da equipe das pessoas tá começa todo mundo a usar tênis jina Então ela baixa em você e aí ela tem momentos que eu não posso deixar ela ela existir né ela fica lá porque como eu digo eu sou só uma só quando ela vem não não dá para ficar administrando ela entendeu quando ela vem eu tenho que ter disponibilidade para ela tomar o lugar dela e fazer porque ela demanda ela é muito diferente vamos dizer da Adriana Calcanhoto que é alguém que não acumula que tem ela é o oposto disso né ela anda com as coisas ela leva os bilhetes as crianças os brinquedos que ela ganha ela leva todas as coisas ela ela é diferente então se eu não posso deixar ela ser ela mesma eu tenho que eu tenho que que não deixar porque senão eu não dou conta ela toma conta do seu cotidiano também um pouco da sua vida prática não quando ela tá on ela é ela que que comanda E agora tem isso é ela ouve coisas que eu por exemplo tô bem É o ouvido par enfim quem ouviu fico assim sem você no carro com motorista e que pedir perdão perdão motorista eu vou ouvir mais uma vez e disz dona Adriana tô direitinho foi a parin é o ouvido da parte Pinho sabe quem ouve canções que são para criança não são para criança não se sabe não sei o que é esse ouvido é parte pin então às vezes eu tenho que botar um um algodão não sabe não ou algodão Imaginário eh a gente já falou da história de malar a gente já falou do tob queria falar de Boitatá que é uma música do da Marisa Monte com o mano Vladimir eh filho dela e aí fala sobre eh a a mãe ter medo do Boitatá né e ele dizendo mas o Boitatá que deve ter medo da minha mãe que é brava e aí Traz a maravilhosa voz de Arnaldo Antunes também fala um pouquinho dessa música essa música eu fui na casa da Marisa eu não me lembro assim mas ela mostrou isso não sei não sei por que a gente entrou nesse assunto não sei se a gente falou em par pin se ela falou em par eu não tenho memória disso mas eu lembro dela mostrou a gravação porque ela não ela tentou Ah não lê mais não sei o qu E aí a história é que eles estavam numa varanda acho que em Angra sees estavam de férias mas Marisa e Arnaldo e um Violão tem não tem férias e o eu acho que ela sonhou que de todas as lendas acho que ela teve um pesadelo de todas as lendas ela lida bem com todas as lendas mas ela tem medo do Boitatá eu acho que ela contou um sonho uma coisa assim e humano começou essa música assim a minha mãe tem medo do Boitatá E aí o Dad o Arnaldo começaram essa música A minha mãe tem medo do Boitatá não pode contar história não não pode aí eles foram eles começaram a achar engraçado foram fazendo a música e eu tenho essa gravação que são eles fazendo e humano inventando aí tem uma hora que ele ele diz porque ela é brava ela é invocada e a gente começa a ver Marisa nessa situação de brava de invocada com medo do Boitatá e o Boitatá com medo dela e é tudo assim uma coisa do mano então e e eles vão eles vão compondo conforme o que o mano tá propondo e o Arnaldo faz o Boitatá com medo da Marisa Monte então aí o Arnaldo é parceiro também eu fiz o coala com o Arnaldo a gente já fez muitas coisas O Arnaldo Mas são coisas assim alternativas Arnaldo antú coisas alternativas coisas como Augusto de c coisas performance coisas de poesia né E aí a gente fez o coala e há pouco e aí eu falei Arnaldo não quer já que a música é sua e da Marisa e tudo faz uma coisa aí tal mandei a fach disse assim aí ele ligou Tô no estúdio o que que você quer que eu faça eu falei não sei a música é sua mas eu se fosse você faria um Boitatá com medo da Marisa Monte eu falei porque né porque é o medo da minha mãe e e é muito legal porque no final dessa gravação que tinha deles compondo o mano tem a voz do Mano o tempo todo eu não lembro Que idade ele tinha mas é uma voz de garota ele sacaneando ele fala minha mãe E aí no final ele diz ô gente o boit é uma cobra que é a coisa mais querida e lá no fundo disso aí tem a risada do Arnaldo Porque eles estão ali compondo então tem essa essa passagem de tempo ali do Arnaldo sendo o Boitatá medroso e sendo o compositor ao mesmo tempo fui humano também compositor uma delícia né uma brincadeira né delícia partin pin hoje tem fãs de 20 anos né assim crianças eh que são jovens hoje alguns até T filhos Qual é na sua opinião assim eu sei que é uma pergunta difícil mas eh você deve pensar sobre educação né Marisa ou né Adriana desculpa a gente tava falando de Marisa Monte eu te chando de Marisa eh mas como é que a a parte enfim eh eh propõe educação assim propõe algo nesse lugar de Formação tem isso eu acho que é através da da música e da poesia né Eu acho que quando você tá ouvindo arranjos músicos que são tão criativos com poemas tão lindos você tá ouvindo sei lá música do Ed do lobo com uma letra do Chico Bararque com arranjo de não sei quem com solo de não sei que e toda essa gente que é maravilhosa e que quando é a parte em PIN chama eles todo mundo vem menos burocrático não é que as pessoas venham trabalhar com a Calcanhoto de forma burocrática não quero ser injusta mas quando é com a parte pim as pessoas vêm trazem brinquedos as pessoas vêm com umas ideias que elas talvez não elas não propusessem para um disco Calcanhoto entendeu E isso tudo porque a educação passando assim por essa via eh da cultura sabe é uma educação para ser livre para ser culto para ser feliz para ser quem é eu acho que passa por aí não não é uma educação para ser para não se ser quem se é sim eh falando nas mensagens que você Adriana também passa pro mundo não só a parte IMP pim passa pras crianças mas pros adultos e a natureza a questão ambiental como a gente já falou aqui sempre perpassou a sua sua trajetória né você falou dos lixos dos oceanos quando eh a gente conversou falou Maria as pessoas estão comendo o pástico que jogam fora né Os bebês estão mamando microplásticos você já falou sobre a pesca ilegal no Japão das baleias né dos Barcos eh tá um pouco de cansaço não dá Adriana olhar para hoje assim tanto tempo falando e assim o que que falta as pessoas ouvirem para entender que daqui a pouco vai ser viável essa vida aqui na terra já não tá viável porque todos nós temos microplástico agora na corrente sanguínea todo mundo microplástico eh éramos felizes quando a gente achava que ainda poderia e eu acho que a coisa da pandemia por um lado quando o mundo parou e os Animais voltaram um pouco pros seus habitados né deu uma largada de uma melhorada Mas a quantidade de coisas descartáveis por causa da pandemia que foi parar nos oceanos aí o microplástico realmente agora tá em todo mundo eh qualquer exame que a gente faça a gente sabe que tem microplástico no corpo que que precisa ouvir talvez talvez seja música talvez porque o o discurso eu me lembro quando eu era criança que ouvi falar pela primeira vez que ia chegar um momento se a gente não se cuidasse Não tomasse as atitudes certas ia chegar um momento que não ia dar mais tempo não ia não ia ter como regredir não ia ter como voltar isso já aconteceu são anos as pessoas falando a mesma coisa agora essa geração que vai ouvir o disco parinho agora que é criança eles não tem mais tanta escolha eles T obrigação para sobreviv de cuidar da água de entender tudo isso e eu acho que eles é que vão finalmente resolver porque a minha geração podia ter resolvido e não resolveu e e o país está em Chamas continua desmatamento eh Bom enfim a gente sabe da situação né então e a água como é que vai fazer com a água quem é que vai fazer isso não são os adultos Essa é uma das respostas que eu tenho para te dado o por fazer Disc par um pin francamente trabalhar pros adultos e dar isso que você tá dizendo dá um cansaço por que que eu falaria de meio ambiente com os adultos que tem toda a informação disponível porque não é mais possível dizer que não há informação disponível né a gente não vive mais esse tempo a informação está totalmente disponível e está há muitos e muitos anos há muitas décadas como você falou né e da sua geração e lembra quando Sônia Braga foi Varrer a rua ou quando a Lucélia Santos pegou um ônibus todo mundo ridiculariza né vira esse lugar da da piada e a gente tá falando muito sério há muito tempo né e continua continua uma coisa muito abstrata Então tira desmata eh queima ah polui e e parece que não vai ter consequência e a consequência é visível Então quem quem quem vai lidar com isso são as pessoas que hoje são crianças então elas têm que ter eh visão de mundo né assim a informação tem é é é essa coisa da da Inteligência que a gente fala tanto né eu eu vou para coema eh Recebi um convite não da Faculdade de Letras da departamento de ciências para fazer um trabalho de pesquisa de inteligência artificial na composição musical E aí eu eu acho que é um uma experiência interessante para pensar a inteligência sobretudo porque inteligência há anos atrás há bastante anos atrás era era considerado um jeito que você tem de lidar com todas as informações que você tem o jeito que você joga com essas informações e hoje a ideia de Inteligência é basta ter as informações el não faz nada com as informações você tem as informações Mas isso não é inteligente eh do ponto de vista da espécie se a gente só tem as informações e não faz nada a gente é tipo erva de passarinho né você acaba com o seu habitar aí você destrui o seu habitar aí você acabou isso não é coisa para est dizendo numa entrevista de lançamento de de de criança mas talvez isso seja uma hiper inteligência no sentido de se a gente vai destruir o planeta é melhor que o planeta nos destrua Então essa seria uma inteligência maior tipo Vamos tirar essa espécie daqui porque é uma espé que se acaba com não é só a gente que tá no planeta se a gente acaba com o habitar de tantas outras espécies é preciso expulsar esses seres espe é essa é tem essa espécie entendeu Você bebe água do Guandu não eu bebo água do Alto da Boa Vista filtrada num filtro de barro morente na sua casa no da bo V um dos motivos que eu moro lá um senhor motivo né um senhor motivo E também porque tem macacos soltos tucanos Eu preciso da Mata eu vivo na mata eu tenho lá árvores que a Susana plantou que o al Salomão deu pau mulato que tá gigantesco eu vejo as árvores crescendo Suzana de Morais cineasta o ol Salomão poeta maravilhoso também Poeta tem Unos IPS tem tem as Palmeiras tem não temho foligem eh não tenho não tenho problemas urbanos eu só tenho problemas urbanos quando eu deo para o asfalto e aí eu vejo a cidade sendo maltratado as pessoas continuam poluindo as pessoas fazem campanha vendendo ideias de petróleo e de de combustível fóssil muito atrasado na mata Eu não me sinto na mata eu me sinto no tempo eh presente né a a coisa Urbana Me angustia porque por todas essas questões Você tá falando da sua casa você tá falando da Suzana sua companheira que foi muito por muitos anos que nos deixou em 2015 eh e aí a a gente conversou o ano passado sobre errante o seu disco e você me falou uma coisa que me tocou muito que sobre além dessa trajetória errant né dessa rância pelo mundo de tá sempre viajando e tal e que você era uma artista que eh sempre que viajava para fazer os trabalhos eh pegava o primeiro voo de volta quando acabava os compromissos e que depois da perda da Susana você passou a se questionar mas voltar para onde voltar para quê voltar hoje amanhã eh e agora você também tá falando da sua casa você continua com esses sentimentos continua continuo esses dias eu pensei nisso Porque eu peguei um voo que era 3 da tarde pegar um voo 3 da tarde como assim 3 da tarde o dia tá na metade do dia vou chegar em casa no fim da t eu tinha coisas né de voltar logo Agora agora eu não volto mas a coisa da Mata é é é muito importante assim eu tenho um ar puro água pura e vivo dentro da cidade um privilégio uma coisa que realmente você morar na floresta dentro da cidade no Rio de Janeiro é realmente assim né com os meus bichos meus gatos meus cachorros e tudo isso mas se eu não voltar hoje eh volta amanhã a mata tá lá né tá que não vai tá eh você também no ano passado eh fez esse show em homenagem a Gal né Eh repetiu até aquele gesto icônico dela no palco mostrando os seios e tudo aquela coisa linda eu queria saber como é que foi mexer com essa mulher eh como é que foi bolir com ela que que que isso trouxe para você Adriana trouxe uma coisa porque a gente se amava muito e se via muito pouco né A vida as agendas ela foi para São Paulo e tudo mas as as poucas vezes algum as vezes que a gente se encontrou era tão amoroso tão afetivo tão e as duas tímidas librianas uma olhando pro chão a outra também mas mas muito muito afeto muita eh então quando veio esse convite e eu achei também muito bacana assim porque eu não sou uma pessoa não sou uma cantora que eh tem as as qualidades enfim as características da Gal mas o meu entendimento da obra dela e aí eu fui rever isso de como eu sabia todos os discos todos os arranjos de cor um dia que a flauta entra um dia que a voz dela entra então eu aceitei aquilo e aí eu me dediquei a gau com exclusividade assim o algoritmo não mandava nem gato gau gau Gal eu revi todas as entrevistas euv todos os shows de novos eu eu ouvi todos os discos de novo então tudo aquilo que a gente não conviveu e foi o jeito para mim de de de viver o luto da gaus sabe deu uma partida tão abrupta no momento que ela tava animada para cantar fazer festival e tem essa coisa que a gente sabia que ela ela tava sem brilho no olho que ela não tava feliz e ela partiu num momento não feliz aquilo ficou assim tão Injusto né ão é então e aí vê todas as pessoas também que amavam ela muito e que trabalharam com ela todo mundo arrasado o Brasil sabe foi foi difícil e o show e toda a dedicação ao show e as coisas todas o trabalho de voz e os arranjos e a banda dela foi a hora que realmente a hora que eu baqueei foi o primeiro ensaio porque eu trabalhei primeiro com Pedro Sá aqui no Rio e depois chegou a banda o trio dela e eu entrei no estúdio tinha o trio dela tocando sem ela no estúdio assim aquilo mas eu falei bom não tô aqui para para baquear nem para desmoronar vamos nessa assim e ela ela tava perto da gente o tempo todo assim e deu uma alegria né aquela equipe toda trabalhar para ela por ela eh fazendo o repertório dela e eu perguntava mas ela o como é que ela fazia isso aqui o que que ela dizia disso aqui então assim ela tava sabe é tá perto eles contavam histórias engraçadas dela e coisas assim então deu PR Por incrível que pareça deu para matar a saudade dela e e passar uma segunda numa coisa tão então e daí em seguida meses depois a Rita ali e aí no dia que eu gravei Atlântida no dia que a partim pim gravou Atlântida foi exatamente no disco eh que já era de possibilidades parting pin para qualquer álbum sempre teve na lista Atlântida né Porque fala de Atlântida Atlântida de Platão a canção é uma cois sempre ameia essa Canão E aí estavam marcadas ali as agendas as datas de gravação e E aí eu falei não dia 9 Atlântida aí a parte armou uma cadeira cheia de bichos de coisas de pelúcia uma cadeira vermelha e ficou lá no estúdio eh aparentemente desocupada e foi foi bem emocionante assim fôlego curto para cantar Atlântida foi lindo foi lindo que bom e falando dessas duas mulheres né que nos ensinaram tanto abriram tantas portas assim em termos né de tudo e de principalmente representação da mulher assim que que é Adriana ser mulher no mundo de hoje assim para você mais difícil do que devia ser eu sei vou dizer uma coisa polêmica aqui mas eh as mulheres trans Elas são mulheres mas eu fico pensando fica aí cara porque ser mulher é muito é muito difícil ainda entendeu é muito você tem que ficar se impondo você tem que ficar e eu tenho stalkers é o inferno entendeu É é muito devia tá muito diferente já e a gente batalha nós todas mulheres estamos batalhando para que melhore mas francamente já podia est muito melhor é uma luta diária né diária diária é é é é sem fim é sem é sem folga ser não ser morta PR não ser morta para não ser abusada para não ser invadida para não ser desconsiderada é você falou que tem Stalker pessoas que te perseguem tem H an na nas redes ou é na vida na vida como é que você lida com isso pessimamente mas é isso é da condição de ser mulher não é da condição de ser conhecida entendeu eu sou eu sou uma mulher são homens são homens Eu sou uma mulher branca eh e não sou mais jovem e sou acometida por isso então eu fico assim pensando nas mulheres não brancas não conhecidas trans trans sobretudo nas mulheres trans E aí e a gente falou né né Adriana que ano que vem par pin faz 21 anos a maioridade e Adriana faz 60 estará oficialmente idosa não é mesmo e a outra est maior de idade maior de idade como é que ter 59 anos é diferente não não é não é diferente de T7 maravilhosa e bom tem uma coisa nas suas músicas que para mim assim elas são muito imagéticas e muito sensoriais elas me trazem Sensações assim concretas e tem um trecho de vora que para mim é assim arrebatador que me pega muito que é porque meu coração dispara quando tem o seu cheiro dentro de um livro é uma capacidade muito única que você tem de traduzir um tipo de coisa que a gente sente que é difícil colocar em palavras assim como é que essas imag e sç chegam para você e desaguam em composições como elas chegam eu não sei Maria mas as pessoas falam isso da coisa imagética da coisa cinematográfica das minhas canções n e talvez seja porque eu tenho gosto por poetas que produzem imagens assim compositores eu acho que é um gosto daí aquilo sendo depurado né a gente vai aprendendo vai vai como elas aparecem eu não sei te dizer essa essa imagem que você tá passando aí é realmente uma coisa de partícula né são partículas de cheiro dentro de um livro que é um objeto que tá na estante cuja lombada lombadas né no plural do Ferreira Gular e do Manuel Bandeira os primeiros livros de cada um sendo que o do Ferreira Gular diz dentro da noite veloz que nem é uma coisa dele é uma expressão da poesia grega Então dentro da coisa da partícula tem passagem de tempo né e de muito tempo via poesia é é difícil de explicar mas eh eu queria usar esses dois samples que são dentro da noite Veloz e na cinza das horas porque na cinza das horas também tem uma coisa de velocidade e de e de passarem de tempo e tudo é tão lindo né e dentro disso tem o os poetas e seus livros e suas obras e né e dentro disso tem o que a gente sente porque eu já abri vários livros e já senti cheiros de pessoas muitas é tem e tem o que tá sendo dito realmente o que tá sendo dito e o que como a outra pessoa recebe né como Cada um faz daquela música a sua própria história a sua própria história Exatamente é e você fala muito de amor de fim do amor do amor em geral suas músicas embalam as relações das pessoas qual é o lugar do Amor hoje na sua vida eu digo amor romântico amor ou não como é que você e tem o amor amor é é eu acho super revolucionário no sentido de que por amor a gente muda e quando a gente muda as coisas mudam quando eu mudo mudo o mundo muda quando você muda o mundo muda o amor faz isso qualquer tipo de amor faz isso o amor materno o amor paterno amor romântico eh um amor na amizade amizade o amor pela que você tenha pelas causas pelas questões pela humanidade pelo enfim O amor move né ou a move move move move e como ele tá te movendo Agora Eu Tô Assim no Mud das Crianças agora tô o amor pelas crianças o amor pelas crianças pelo que elas podem pelo que elas nem sabem que podem mas elas podem uma vez provocadas elas podem mais ainda do que elas acham que podem eu pensam não pensam nisso nem tem que pensar elas tem que brincar né Eh é isso que tá me movendo eu acho que elas bem nutridas de amor e de e de de coisas lúdicas e tudo elas espero eu Talvez tenham mais armas mais ferramentas para lidar com o que elas têm que lidar que não é pouca coisa se você pudesse pensar em alguém que entrasse por aquela porta agora e dissesse que te adora quem que seria essa pessoa alguém uma uma amizade uma pessoa que você admira Nossa mar mas nem olha a porta é muito estr para passar todo mundo né É não vamos ter que quebrar aqui a parede eh bom Você é professora de composição na universidade de Coimbra né em Portugal como é que tá isso você falou que tem um novo projeto para estudar inteligência artificial na composição é esse ano que você vai não é o ano que vem então eu tô impressionada que você não perguntou sobre show tô realmente impressionada porque achei que era a primeira pergunta ah tá vendo eh eu vou ano que porque isso já tava marcado e é um convite porque eu sou em badora da Universidade de Coimbra e a minha relação toda se dá muito com a Faculdade de Letras pelo Óbvio por ser uma compositora mas também porque lá tem os estudos clássicos tem a arqueologia tem o departamento de música então eh só que agora este convite é do departamento de Ciências e Tecnologia mas não saio do mundo da composição porque justamente é esse estudo eh na composição musical eu já vinha fazendo esse convite tem a ver porque eu já vinha fazendo uns estudos por mim assim e tem uma coisa interessante da Inteligência Artificial pelo menos na composição musical a inteligência artificial ela não tem preconceito Ela não ela ela é capaz de fazer misturas que que uma pessoa não pode porque a inteligência não tem moral a inteligência não tem preconceitos ela não tem algumas coisas que um compositor tem uma osora tem E aí aparecem realmente coisas novas misturas que ninguém faria e muito assim depende do que que você tá propondo e tudo mas tem uma capacidade de ver um negócio que não parece com nada porque ainda tá muito novo e não nem acho que vai ficar assim para sempre mas tá muito novo então surgem coisas completamente inesperadas é um campo Rico para explorar né é um campo rico acho que a gente tá num momento eh preng disso eu acho que é uma é uma um momento muito interessante de da criação através da da Inteligência Artificial como ferramenta também mas eu acho que dá para tirar partido de coisas que talvez você não possa propor para uma pessoa porque ela tem um um passado ela tem escolhas Ela Tem gostos desgostos afetos e a inteligência artificial não tem afetos e pode tirar um partido disso sim mas então experimentar né vamos ver então vai dar para conciliar com o show ano que vem eu vou para lá passo um semestre letivo lá e na volta tem show Só na volta de coincide com as férias das Crianças porque eu S só uma só Maria a gente tá doida para tiver no palco com esse trabalho e mas só aqui pra gente concluir essa parte da da Universidade Que que foi mais interessante eh que essa experiência te te deu né tá num lugar ali onde passaram tantos pensadores um lugar tão rico com tanta história o que que te trouxe de mais legal assim são muitas coisas em muitos aspectos isso que você tá falando assim de fisicamente você tá passando pelo Jardim Botânico pelo laboratório onde tantas pessoas muito interessantes passaram pensando sobre o Brasil pensando o Brasil que isso é é impossível est lá e não ver nesses termos e eu fui inserida dentro de uma tradição que é a de estar em Coimbra pensando o Brasil muito por acaso não era uma coisa que tava no meu plano então só isso é um ganho né é uma coisa que eu ganhei sem imaginar e e também o nível de excelência né o nível de excelência ali tem gente que que quer isso que só pensa isso e a Paixão quando você faz uma pergunta para um lente da aqueles para um para um professor num corredor vem a resposta num nível de excelência máximo mas vem o brilho no olho ele ele te dá aquela resposta com toda a paixão que ele tem por aquilo ele dedicou a vida dele aquele assunto e ali na Faculdade de Letras fica passando assim o maior especialista do mundo em Camões o maior especialista do mundo em essa de Queiroz aí passa o Frederico Lourenço com com o mundo grego aí passa o outro dos Romanos aí e passa Adriana COC não sim mas eu eu realmente mas entendo Realmente são pades por aquilo lá sim só de estar naquele ambiente né é a gente fica e eu sinto nesse momento que eu preciso eh estudar é uma coisa que eu não vivo sem E aí eu vou deixando a vida um pouco né um projeto outro projeto não sei que tal tal tal umas oportunidades umas coisas convites muito bons que surgem e e eu vou fazendo mas eu não vivo sem estudar eu tô carente desse esse momento de tá lá eh são muitos apelos e a arqueologia não sei que mais mais concentrada focada estudando aquela conversa de ab ficou por isso mesmo né Não a minha é eu eu confesso que eu fiquei interessada na vaga da Cleonice porque que era sua grande amiga Cleonice Cleonice bernardinelli professora era sua minha mestra sua professora mestra foi a pessoa que antes de eu para coiro eu liguei eu falei Cléo quem é quem é com quem que eu chego lá e par Camões de ligue eh diz que nove par Camões me deu e aí assim realmente sobre o conhecimento desses assuntos eram mas são pessoas e eu fui acolhido de uma maneira naquela Elite do conhecimento e eles são generosos eles são eles te provocam para você dar o melhor de você e tudo isso então eu achei assim pela senti muita falta sinto muita falta dela porque era uma pessoa que não saía daquele Do Alto Da onde ela pensava ela não ela não ela transmitia conhecimento para qualquer pessoa entendia o que ela tava dizendo mas o que ela estava dizendo a forma de dizer era totalmente acessível Mas o que ela estava dizendo não saia daquela coisa então ela faz muita falta e aí quando ela morreu eu pensei bom eu poderia talvez dar continuidade porque porque ela era a ligação de Coimbra com a academia e eu me sentiria bem seria sofrer um pouquinho menos da perda dela se eu desse continuidade mas a academia também é uma casa de sucessão a gente né É É um E aí veio o show da Gal por isso também ou era fazia o show da Gal ou eu me dedicava à campanha da clo e a academia realmente não precisa de mim a minha academia é co lembra e eu me senti tão feliz de fazer a Gal tive que escolher e acho que escolhi bem Nossa escolheu muito bem foi muito lindo ti V no Palco cantando aquele repertório não e depois tá lá o kenac tá lá L já já m também tá Gil tá Fernanda tem boa né de frequentar maravilhoso você vai participar do projeto aquários é uma iniciativa aqui do jornal pela qual a gente tem muito carinho que é um projeto que tem mais de 50 anos de existência que faz essa ponte né populariza a música clássica e também a música popular Que que você tá preparando você vai cantar com aled Luna também que que vocês vão cantar juntas a Não não vou cantar lá só uma pistinha e a gente vai cantar Fico Assim Sem Você juntas ela vai cantar umas canções dela vai cantar asas eu vou cantar eu vou cantar Malala legal e não vou contar tudo não mas é muito legal Eu amo orquestra eu já fiz coisas mas eu nunca fiz o projet brasileira aquários a orquestra sinfônica Brasileira é uma gente maravilhosa músicos incríveis são simpaticíssimo tratam a gente assim feito eh Uma rainha e e a gente já teve conversas estamos conversando sobre essa apresentação o programa é muito legal é muito legal tem coisas clássicas com coisas mais eh recentes na na programação nas peças que eles vão tocar é muito Muito legal essa junção da música popular com dita música erudita que na verdade é tudo música né É tudo música são linguagens e a gente vê que o público ama porque o projeto aquários é amado pelo público sempre tem gente as pessoas ficam emocionadas elas vão elas comentam depois e aquilo fica na memória das pessoas das Crianças acho incrível tô muito assim agradeci muito o o convite tô muito animada muito bom mas a gente tá tomado meio mesmo é pelo repertório de meu quarto meu quarto coisa mais maravilhosa você vai tocar umazinha pra gente eu pode trazer o violão pra gente Jojô participação especial Obrigada esse violão pertenceu a alguém não esse não esse é um violão de de da lida da Batalha os violões que pertenceram a alguém não p na estrada temes n leão a or Sil é uma guardiã desses instrument mas eles vêm para mim as pessoas eh trazem para mim não só porque eu cuido muito bem mas porque eu toco e componho nesses violões eles são amados por essas pessoas Dá vontade de tocar E então inz de ficar dentro uma caixa em cima do armário porque pertence a alguém traz para cá que eu eu eu dou alegria porque eu toco imagina deixar esses essas pessoas felizes no astral também porque um instrumento tá sendo tocado o o violão da Nara eu no par pin no no quarto tem agora eu não vou lembrar Qual é a canção mas eu gravei tem uns registros agora com meus né com esses violões que legal que são deliciosos histórico você reparou que eu me arrumei tô bonitinha já vesti não sei o que e botei meu cabelinho de frente estô bonitinha de lado bonitinha já não posso esperar que de noite eu vou ganhar Aquele Beijo aquele beijo aquele beijo aquele beijo tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem tô bem Uh que luxo Adriana muito obrigada muita alegria muito é sempre muito bom conversar com você te ouvir Nossa muito sucesso mais ainda sorte à nossa valeu i

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