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Adriana Carranca e a violência contra mulheres

Adriana Carranca e a violência contra mulheres

você sabe que o chekov que além de grande escritor era médico de Formação o chekov dizia que não existe Literatura Infantil como não existe remédio infantil remédio infantil é um remédio de adulto numa dose adequada pra criança n esse caminho que você ele tem contos infantis incríveis incríveis eu gosto muito eu li muito li muito chekov para poder escrever o Malala porque ele justamente ele traz histórias e de violência também ele não poupava também as crianças eh da da da sua escrita era honesto também com as crianças Então acho que é é isso e e eu tenho essa experiência tem sido muito enriquecedora eu tenho ido conversar com crianças e às vezes eu tento amenizar eu digo então a Malala foi atacada e ela dormi aí eles dizem assim não tia ela ficou em coma eu falou é ela não foi atacada ela levou um tiro na cabeça então ele a gente às vezes e menospreza né a criança e ela tem capacidade de absorver e e ainda bem essa é uma história com final feliz então e é uma história que acho que pode ser contada à crianças eu fiquei muito impressionado no livro com a figura do pai da mal L né É você chegou a ter mais contato com ele eu tive principalmente contato com ele ele é que porque quando eu tive no Vale do suate eh a Malala tava em coma então naquela ocasião não pude chegar até ela não pia entrevistá-la eu só a conheci depois né E foi um encontro também muito emocionante mas durante esse tempo até eu conhecer a Malala eh eu vinha muito em contato com o pai dela e ele é uma pessoa extraordinária ele ele eh quando você conhece o Vale do suate você percebe a dimensão do que ele fez a Malala ela repetiu isso para mim inclusive quando eu tive com ela eh recentemente ela disse eh eu que ela sempre fala Não me pergunte o que o meu pai fez por mim me pergunte o que ele não fez ele não cortou as minhas asas e é verdade ali realmente Entre todos os lugares que eu já fui eh no oriente médio ou na Ásia eh lugares eh com onde as mulheres eh tem são tem uma questão de opressão feminina o Vale do suate é o pior onde eu já fui quando você entra no mercado da cidade tem uma faixa escrito proibido a circulação de mulheres eh uma das vezes eu cheguei em casa a mãe tava chorando porque o filho mais velho não tinha deixado que ela atravessasse a não era nenhuma rua porque era um beco que eles viviam e fosse na porta da frente da na casa da prima para comprar eh algumas coisinhas que a que o marido da prima tinha trazido do mercado porque o que eles fazem é isso ou às vezes um marido mais liberal que deixa a mulher ir até o mercado e a acompanha porque ela não poderia ir sozinha compra eh faz uma compra grande e traz pras outras mulheres da vizinhança que não podem sair de casa irem ali só na casa dela comprar e o o filho mais velho não tinha deixado a mãe Eh sair de casa e ela não podia porque quando na ausência do marido o filho mais velho não importa a idade que ele tenha tem ascensão sobre a mãe e você andar pela rua tudo bem as pessoas não Te olhavam de jeito esquisito eu andava sempre com o s o meu tradutor e com o motorista eh que eram pum também então como eu tava vestida eh como elas então chamava acabava chamando a atenção porque o nosso jeito de andar é outro né mas eh eu eu circulava sempre com eles e e foi aquilo foi respeitado assim eles me viam com homens past tuns então eh respeitavam eh e e para dar entrevista assim eu nunca tive problema na verdade até uma vantagem você ser mulher porque você consegue ter acesso à parte feminina das casas eh no Paquistão as casas são realmente separad tem a ala não em todo o Paquistão mas nessa região do Paquistão a ala masculina e a ala feminina então um visitante ele nunca pode ter acesso à ala feminina nenhum visitante vai ver as mulheres da casa ele só conversar com elas nem olhar nem à distância eles não podem vê-las eles vão eh os homens que moram as famílias que moram em casas grandes Elas têm essa ala masculina bem separada e tem uma sala onde eles recebem as num lugar que que eles ninguém possa ver as mulheres as mulheres não podem ir na sala eh muitos nessa região também tem por exemplo os empregados são homens porque quando eles vêm servir e para que os visitantes não vejam as mulheres Então vem um homem servir a casa a o visitante né e é realmente é segregado eh por exemplo eu tava na volta do Vale do suat eu parei num Vilarejo que chama mardan para fazer uma matéria sobre meninas dadas em casamento em disputas tribais porque no entendimento dos ptun as mulheres eh são o eh uma uma propriedade do marido eles não entendem isso como uma coisa ruim eh ele a é a mulher as terras os filhos e os Animais é tudo isso é propriedade do homem e cabe a ele protegê-los então Eh quando eu voltava do para fazer essa matéria eh eh como as mulheres são propriedades do homem nas disputas tribais muitas vezes eh eles são condenados nesses eh tribunais tribais a pagar paraa família eh opositora além de uma quantia vamos dizer em dinheiro quase nunca geralmente em terra em animais e em mulheres então eles dão as mulheres mais novas da família eu entrevistei meninas de 5 anos que tinham sido dadas em casamento uma conseguiu fugir e a outra estava esperando o o o rapaz que que a a ganhou como mulher e vir buscá-la a família Apelou e o o ancião da Vila entendeu que ela era muito nova para sedada Então ela tava esperando mas a vida dela tinha se transformado num inferno porque todos os dias ela achava que um homem ia entrar dentro de casa e levá-la ela tava esperando aquele momento acontecer Não havia mais nada que a família pudesse fazer e nessa para eh chegar nesse Vilarejo a gente eu tava com uma documentarista paquistanesa que é de uma outra região e Nós entramos numa rua e tinha um bebê na rua no meio da rua era uma ruazinha de terra bem bem Estreita e um bebê no meio da rua ele o motorista brecou né abruptamente Nós descemos do carro pegamos o bebê à distância nós vi temos uma mulher chamando a gente fazendo um sinal de dentro da casa ela tinha assim só uma pontinha do rosto assim para fora e a gente foi se aproximou e ela falou Esse bebê é meu filho os meu os meus filhos mais velhos saíram para brincar com o irmãozinho e deixaram o irmãozinho na rua e eu não posso sair para pegá-lo da rua porque meu marido não tá em casa e se eu sair os os vizinhos vão me me denunciar pro meu marido porque como eu falei também a honra pros ptun é muito importante então um vizinho vigia o outro a conduta do outro então aquela mulher não podia sair na rua nem para pegar o bebê que tava no meio assim era um bebezinho de um um ano um lugar horrível né É É um é é é por isso você me perguntou do do pai da Malala quando você entende essa realidade que a gente vê como ele a grandeza dele e Grand Que tipos de desafio e de críticas que ele aguentou Porque além do da ameaça do Talibã ele teve que aguentar durante muitos anos todas as críticas de de outras outros homens ali do Vale do suate que diziam que ele tava expondo as mulheres eh a filha dele na na rua Ele eles não entendem o confinamento da mulher como uma coisa ruim eles entendem como proteção então O Homem Que expõe a mulher na rua é o homem mau ele tá expondo ao olhar dos outros homens né eles fazem isso porque são bons para as mulheres eles H é no entendimento deles o o aquela região do Afeganistão e do Paquistão a gente tem que ver que eles viveram sucessivas guerras eh eh além de ter o isolamento geográfico Porque eles estão no meio dessas montanhas eles viveram na história uma guerra atrás da outra então é um lugar que não pode se desenvolver eles ainda vivem Quando você viaja para região você tem a sensação de ter viajado 2000 anos mesmo no Afeganistão eh eu me lembro quando eu porque teve a invasão americana Então os Estados Unidos levaram alguns investimentos para lá e uma das coisas foi construir um aeroporto novo embora muito simples mas a primeira vez que eu fui não tinha ainda aeroporto na segunda já tinha um aeroporto melhorzinho e você chega nesse aeroporto eh com cadeiras novas e tal e todas as cadeiras estão vazias e as pessoas estão sentadas de cócoras em círculos como eles costumam fazer porque é o costume tribal deles eh então você percebe já no aeroporto como não houve eh qualquer interação entre os estrangeiros e e a população local

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