O Fernando Nacaga tá comigo hoje no início do nosso bastidor CNN. Importantíssima a sua presença, Fernando Naga. Cadê o sorriso? Tô preocupado com a sexta-feira de escalada da Guerra Comercial, Tainá. Ah, sim, né? Foi muita pressão na Cagaua, muita pressão. Mas é que eu preciso de você aqui, pressionado ou não, para destrinchar pra gente na qual é a relação hoje comercial entre Estados Unidos e China. Boa tarde. Dá para Boa tarde, Tainá. Dá para dizer que neste cabo de guerra entre as duas maiores potências do planeta, tem um lado, um lado tem uma larga vantagem. Entre China e Estados Unidos, a China vende muito mais do que compra e os números são absolutamente incontestáveis. Vamos entender um pouco essa corrente de comércio. Primeiro com o que os chineses importam dos Estados Unidos e que passam a ter a partir de agora, nos próximos dias, esta anunciada mais cedo. Ao todo, os Estados Unidos venderam aos chineses, ou se você preferir, os chineses importaram dos americanos 143 bilhões de dólares no ano passado. Grande parte e desses itens são de elevada industrialização. Aí neste gráfico a gente tem a partir dos químicos, né, que é o primeiro item aí são 4 bilhões de dólares. Aí temos veículos, plásticos, produtos farmacêuticos, tudo isso abaixo de 10 bilhões de dólares. Depois aparecem instrumentos, instrumentos óticos e médicos, aeronaves, reatores, caldeiras, oleaginosas, grãos, já perto de 15 bilhões de dólares. e combustíveis e máquinas elétricas são os dois itens mais comprados pelos chineses, perto de 15 bilhões de dólares por ano em cada uma dessas linhas. Então, guarda bem esse número. Os chineses compraram 143 bilhões de dólares em 2024 dos Estados Unidos. Aí na próxima tela a gente tem o sentido contrário. Quantos americanos compraram dos chineses? Três vezes mais. dá 400, quase 440 bilhões de dólares. E a magnitude deste fluxo é muito maior. Em máquinas elétricas, os americanos compraram quase 125 bilhões de dólares. Máquinas, equipamentos elétricos são os itens usados por toda a indústria americana. Reatores Caldeiras são 70, quase 80 bilhões de dólares. Tem uma larga, uma ampla variedade de itens. Eh, mas esses números deixam muito claro, Tainá, que esta pode prejudicar especialmente o consumidor americano, que é quem mais importa nessa história. Se formos comparar quem compra mais de quem, são os consumidores americanos, os Estados Unidos da América, que compram três vezes mais dos chineses do que o contrário. Então o imposto de importação pode até vai prejudicar obviamente os exportadores dos dois países, mas quem depende mais do outro acaba sendo os Estados Unidos que dependem muito dos itens manufaturados da China. O que acontece nesta sexta-feira, Tainá, é a é uma coisa que ninguém queria no mundo econômico, que é a escalada, porque havia a sensação de que, OK, Trump anunciou tudo isso, Trump tem uma maneira muito sugêneres de atacar este problema, de tentar solucionar este problema, mas havia possibilidade ou esperança entre muitos economistas de que os países talvez não escalassem dessa maneira, pudéssemos ter ali algumas reações pontuais. Esta reação da China é muito contundente e aí isso explica porque o mercado financeiro está desse jeito, como a Priscil Asbec nos trouxe agora. O petróleo está caindo 7%, 7% de queda do barril do petróleo. As bolsas nos Estados Unidos caem perto de 5%. O dólar aqui no Brasil tá subindo 3%. Então é uma sexta-feira de pânico, mais um dia de pânico, depois de da quinta-feira de pânico no mercado, com este medo sobre o futuro. O futuro passa na economia a ser cada vez mais imprevisível. Ninguém sabe onde vai parar essa escalada. Será que os países vão continuar reagindo assim? Será que o Donald Trump vai reagir a tudo isso que que a China anunciou? Diante de tantas dúvidas, no mercado financeiro, o pessoal opta por uma coisa: vende. Vende porque eu tenho dúvida, não tenho confiança no no amanhã. E aí acontece isso que estamos vendo no mercado financeiro hoje, os preços estão derretendo. Tainá. Yeah.
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