fbpx

ANDREAS PEREIRA | PODCAST TOCA E PASSA #09

ANDREAS PEREIRA | PODCAST TOCA E PASSA #09

Olá, tudo bem? Eu sou o João Pedro Fragoso. Aqui comigo eu tenho, claro, Bernardo Coimbra. Fala, Fragoso. Tudo bem, meu amigo? Hoje contamos de novo com a ilustre presença do colunista Diogo Dantas. Fala João. Fala Bernardo. Tudo bem? Diogo. E esse é o Toque Passa, o videocast do Jornal Globo, com oferecimento da S Games. Por aqui receberemos sempre um convidado do Mundo da Bola para passar ali os principais temas da carreira e também falar sobre alguns temas de futebol carioca brasileiro e mundial. E hoje que a gente tem quase um episódio de gala aqui no no Toque Passa, né? Eh, teremos jogador de CCIF europeu, seleção brasileira, eh, Andreas Pereira. Andreas, muito obrigado aí pela presença, por estar com a gente aqui hoje, pô. Muito obrigado aí pela pelo convite. É uma honra estar aqui com vocês hoje. Andreas, era para começar, eh, apesar agora, antes de falar com a gente, você tava no treino, né, do Furna e e domingo vocês têm o último jogo da temporada, né, contra o Manchester City. Então eu queria te perguntar se você tá ansioso para as férias, cara. Se você já tem programação assim, se você vai vir pro Brasil, o que que você vai fazer? Sim, é ansioso, né? Eh, as férias aí depois de uma temporada longa, eh, sim, eu marquei as férias já estão marcadas. Eh, vou, acabou o jogo, já vou direto pro aeroporto. Eh, dias aproveitar o sol lá em lá em Dubai e depois vou direto pro Brasil. Legal. Legal. Vai ficar quanto tempo em Dubai? Vou ficar cinco dias lá. E vai com a família? É, vou com a minha esposa. Eh, e depois eu vou encontrar meus filhos. Minha mãe vai levar meus filhos e para Londrina já. Aí depois eu já vou direto de Dubai, vou para São Paulo e aí vou ficar no Brasil. Ô, que legal, cara. Vai fugir um pouco do frio, então, né? Se bem que agora em em Londres tá frio ainda. Não, agora tá o solzinho é 20 22º. Então assim, não é o normal daqui, né? E e como é que é seu dia a dia? Carregou aqui no Rio, pô. E e como é que é seu dia a dia aí, cara? O que que você faz em Londres, eh, por ter passado tanto tempo na Inglaterra, né, desde a base do do Manchester United, você já se sente meio britânico assim? Ah, h, eu tô acostumado aqui, né, a ao clima, à cultura deles. Então, o meu dia a dia aqui é vou pro treino de manhã cedo, volto para casa, eh faço ali uma complementação de treino, um alongamento ou trato com um preparador físico em casa e depois disso tento aproveitar a família, ficar ficar com os filhos. Eh, agora nessa época dá pra gente sair fazer churrasco. Eh, mas a gente aproveita o máximo porque durante o a temporada é é raro isso acontecer. E, e uma coisa que você falou que a gente vê muito daqui é que às vezes esses churrascos que vocês fazem tem a participação dos outros brasileiros que jogam nos outros times aí, né? Fica todo mundo perto ali, os caras se reúnem. Como é que é isso, cara? Essa resenha até com os rivais às vezes, mas enfim, são brasileiros ali, são amigos. Sim, a gente convida, né? Eh, mas, por exemplo, a gente mora aqui, é perto de Wimbledon que a gente mora, os maiores jogador do Fulum, e aí a gente fala com com Magalhães, com Martinelli e que sou bem chegado a eles também e eles daí porque é muito longe, é muito trânsito aqui em Londres, então, tipo, pega 1 hora e meia de carro, aí os cara fala: "Pô, não dá para ir não, é muito longe, tem treino amanhã". Então a gente acaba só ficando aqui entre nossos jogadores do Fula mesmo. E tu curte tênis, cara? Tu falou que é perto de W. Então, eu moro literalmente 200 m aqui de Wimbledon. Eu já fui visitar. Eh, é muito da hora. E, e assim, comecei a me interessar um pouco mais depois que eu vim morar aqui. Cara, te falar, tem gente aqui no jornal que se souber disso vai ficar morrendo de inveja, cara. que a gente cobre para futebol assim, mas o tênis é uma febre danada antes de ele aberta vista. As pessoas podem entrar durante se não tiver torneio, pode entrar normalmente. Como é que funciona essa? Pode pode entrar. Aí você pode visitar eh o estádio deles, o principal. Tem dois estádios, né? Aí você pode visitar, tem um museu também. Eh, e eu fui, eu fui duas vezes, fui com o Rodney uma vez, ele veio aqui visitar e eu fui com ele, que ele adora o tênis, né? Aí eu fui com ele lá, ele ficou maluco, maluco. E quem é seu tenista ou tenista no no feminino favorito? Você tem já do feminino ou do masculino? Do masculino. E eu gosto. Ah, o Alcaras agora, né? Ele é o é um um dos melhores e também ganhou o Wimbledon última vez. Eh, o João também agora, né? O brasileiro que surgiu aí, tá tá indo muito bem. A gente acompanha. Ô, ô, Andreas, falando só um pouquinho da da temporada sua do da su e do Fulan, você acha que a o título da Copa da Inglaterra agora, o Crystal Palace venceu o City na final e vocês foram eliminados pelo Crystal Palace nas quartas de final da Copa da Inglaterra? Você acha que essa competição ficou com gostinho que dava para ser o Fula na final ali, enfim, ser campeão? Não, com certeza. Eh, foi é foi meio estranho também explicar como que aconteceu o jogo em casa. A gente na temporada, foi 3 a 0, Cristal Palace, né? É, foi 3 a 0. Eh, a gente na temporada contra ele sempre jogamos muito bem. Eh, a gente tava bastante confiante, mas foi bem na época que teve a parada de seleção, a gente ficou 14 dias sem jogar e aí jogamos justo no primeiro jogo foi o jogo da Copa. Então, teve vários jogadores que votaram da seleção. A gente, não sei, foi uma semana meio que estranha pra gente, a gente não focou realmente do jeito que a gente tinha que ter preparado para um para um jogo dessa importância. Então aí você vê eles sendo campeões, aí você pensa, pô, a gente poderia ter talvez feito a mesma coisa. Diogo e Andreas individualmente assim, cara, a gente tem visto que nos últimos anos você tem acumulado aí participação em gol, gol, enfim, tem tido protagonismo com a equipe, né? Eh, você diria que esse balanço de temporada tá que nota ali para você diante das últimos anos aí na Inglaterra? Eh, eu acho que para mim nota, h, contando também o contexto que para mim, eh, foi eh, muito importante, foi a seleção, uma coisa que eu trabalhei muito e fui feliz também, fiz meu primeiro gol na nas eliminatórias, eu acho que posso dar um um a uma nota oito para mim. Eh, claro, sempre tem coisas que eu posso melhorar muito, muito mais ainda posso evoluir, mas eu acho que essa temporada a gente batendo o recorde de pontos, eh, eu mudei um pouco minha posição também, joguei um pouco mais recuado do que os primeiros dois anos, eh, mas ainda continuei ainda dando bastante passe para gol, criando chance. Então, foi um ano meio que adaptei um pouco mais e mas eu acho que para mim foi muito bom. E e Andreas, aproveitando esse jogo de vocês contra o City, como é que você acha que os times aí da Inglaterra, tanto City contra o Chelsea e os outros times da Europa, vão estão olhando pro Mundial de Clubes, assim, que é uma competição que aqui no Brasil tá tá bombando agora que falta menos de um mês para para chegar, tá todo mundo falando sobre os clubes, já começaram a preparação de uma forma mais intensa, até tentando se reforçar pensando nisso. Como é que você acha que os clubes daí, principalmente da Inglaterra, mas também da Europa, estão olhando para essa competição? Por ser no final do calendário, é mais uma competição que eles vão tentar ganhar como último gás ou vai servir como pré-temporada préa temporada que vem? Eu acho que eh como é a primeira edição eh desse torneio, eu acho que eles vão querer ganhar, porque eu acho que o primeiro sempre entra na história, sempre é diferente. Então acho que é é um jeito de ah, todo mundo quer ser o primeiro a vencer o Mundial de Clubes. Então eu acho que eles estão bem focados. Eu acho que sim, eles querem ganhar e eu tenho certeza que os times que vão participar vão com certeza vão sentir essa essa talvez falta de gás no início de pré de de temporada, porque eu tenho certeza que eles vão dar a vida para ganhar esse mundial de clubes. E e os seus camaradas brasileiros aí da Inglaterra e da Europa, falaram alguma coisa sobre? Você falou com ele sobre o mundial, sobre expectativa? Não, eu não cheguei muito a tocar no assunto. Eh, tem alguns, claro, que ficaram um pouco chateado que eles não vão ter férias, né? Eh, mas alguns também, pô, quer jogar um torneio a primeira vez, um torneio diferente. Então, ah, tem uns que ficaram felizes, tem uns que nem tanto. Pô, ficar sem férias é complicado, né? E tu vai torcer para quem, cara? Vai torcer para algum desses amigos? Vai torcer pro Flamengo? Talvez já tenha torcida definida. Ah, tem que torcer pro Mengão, né? Não tem jeito. Justo, justo. Eh, Bernardão, eh, e relação ao ao Flamengo ainda, claro que você já falou isso várias vezes, já tocou nesse assunto diversas vezes, mas assim, 4 anos depois ou um pouco quase isso, os 4 anos, aquele lance no Palmeiras ainda eh mexe com vocês? Você fica remoendo esse esse lance ou enfim, faz parte da vida do jogador de futebol? é como se perde um pênalti numa final, enfim. Eh, ou isso ainda se fica matutando na sua cabeça? Não, eh, matutando não, mas claro, eu nunca vou esquecer o que aconteceu, mas não é uma coisa que me eh atrapalha mais, vou dizer, no início, sim, você sempre duvida de você mesmo, eh, duvida, eh, poderia ter feito isso, poderia ter feito aquilo, mas eu acho que eu não não penso mais assim. Eu acho que isso me deixou mais forte mentalmente, meu evoluí como jogador também depois disso. Isso me ajudou também muito e também não foi só isso, o Flamengo, minha família me ajudou muito a superar esse esse momento. Então eu acho que hoje eu posso ver tranquilo. Eh, eu sei que aconteceu uma coisa que eu não nunca vou esquecer, mas não não é uma coisa que eu vou falar assim, pô, não não posso pensar, não pode tocar no assunto, pô. Os cara, eu tava fazendo ultimamente tava fazendo live jogando videogame, os cara os palmeirenses entra na live falando um monte de coisa, eu fala, eu nem ligo mais coisa, eu falo: "Não, beleza, o torcedor é assim, vai falar essas coisas, eu não, pá, vou não, fiquei abalado, não consigo dormir, não se não, isso aí passa". E eu tenho certeza ainda que minha história no Flamengo ainda não acabou. Eu um dia eu vou voltar ainda para escrever outras outras histórias lá. E um dia pode ser a próxima temporada já. Só Deus sabe. Ô Andrei, você tem essa questão aí superada nesse sentido, mas mas a gente vê um comportamento de torcedor do Flamengo que você tem aí eh talvez o contato em rede social de alguns às vezes se pegando naquele lance, né? Para pra torcida ficou o trava, né? Você superou, mas às vezes pra torcida fica. E às vezes você fica marcado, mas a gente veio ainda hoje, desde que você saiu, uma necessidade do Flamengo ter jogadores tipo você, né, meio campos ali que possam até revesar com outros grandes jogadores como Arrascaeta, o Gerson. Você como torcedor também entende essa necessidade assim e talvez viria daí essa motivação de voltar, de reescrever a sua história? Ah, claro. Eu sempre deixei bem claro assim que se eu voltasse pro Brasil, eh, meu minha primeira opção e é o Flamengo, onde é que eu me senti à vontade. E também tenho grandes amigos lá e eu joguei com a Rasca, por exemplo, agora joguei com com G também na seleção e e eu sei também que poderia ou encaixaria também no time do Flamengo. Eu entendo perfeitamente como é que o Felipe joga, é um grande amigo meu, a gente conversa muito. Eh, mas é uma coisa que é tá em aberto. Eu tenho contrato aqui no Fulan, ainda tenho dois anos de contrato. Respeito o Fulan, foi um clube que abriu as portas para mim aqui. Só que, eh, pô, eu virei torcedor do Flamengo. Eh, meu, meu coração é Flamengo. Eh, minha família, meu filho nasceu no Rio. Então é essa conexão com o Flamengo, eu sempre vou vou ter essa conexão especial e o torcedor sempre ele vai relembrar disso, é normal, o torcedor é é paixão, ele vai sentir isso. Eh, e eu entendo isso perfeitamente. Ô, ô, Andreas, você tava falando como é que você conseguiu superar esse aquele aquele erro na final da Libertadores. Eu queria te perguntar se foi um processo que contou com a ajuda de algum profissional da terapia, enfim, dessa saúde mental ou se foi uma coisa mais individual sua? Não, eu eu cheguei a conversar assim, cheguei a conversar com profissional, com o Lulinha, eu acho que ele tá trabalhando agora no Corinthians, inclusive, e não cheguei a falar com ele, eh, cheguei a falar com o meu empresário. O Davi Luiz me ajudou muito, foi o cara que realmente do primeiro minuto que aconteceu até ah, vamos dizer que eu foi o quando que virou a chave mesmo para mim foi no jogo do do clássico da contra o Fluminense que eu dei uma assistência pro Gabi e fiz um gol. Foi ali que realmente eu senti o peso sair assim do dos ombros assim e dizer que eu podia sentir alegria em jogar de novo e e me sentir leve. Então, foi eles que me ajudaram muito, eh, e também minha família, minha, minha esposa, meus filhos, que que deixaram ter essa alegria de novo em voltar a jogar. Legal, cara. E e como é que você acha que a quando você, enfim, no primeiro semestre agora, o seu nome foi especulado ali no Flamengo até te perguntar assim, enfim, se o se o Boto, se o Felipe Luiz falaram com você de uma possível volta. E além disso, como é que você acha que o seu nome é recebido hoje pela torcida do Flamengo? Ah, eu acho que sempre vai ter alguns torcedores que vão lembrar do do que aconteceu, eh, que é o normal, mas eu acho que a maioria sabe da minha qualidade, sabe que que que eu amo o clube, que eu faria de tudo para o clube e e sabe da minha qualidade, principalmente, e sabe o que que eu posso entregar dentro de campo. Então, eu acho que isso é o é o mais importante. Eu acho que eles me receberiam assim, eh, de braços abertas e como como eu gostaria de, como eu disse, eh, se eu voltasse o Brasil jogar pelo Flamengo. E eles falaram com você sobre esse retorno já no primeiro semestre, porque aqui no Brasil isso foi noticiado sim, que você foi sondado, que haveria essa possibilidade, mas que talvez eh financeiramente o Flamengo não conseguisse arcar até por estar numa mudança de gestão ali. Não, eu não tive esse esse contato formal assim eh com com o Flamengo, eh, nem com o meu empresário, porque eu também tava no final da temporada aqui e tava focado no Fula, eh, até a temporada acabar. E eu também pedi pro meu empresário não não brindar muita informação de fora, eh, porque isso pode acabar atrapalhando eh aqui, entendeu? E e outra coisa, você fala muito nesse carinho que você criou pelo Flamengo. Por que que você acha que você virou um torcedor assim tão tão forte assim? Porque é difícil hoje em dia. O futebol virou tão tão negócio assim, o negócio business, né, tá tão presente dentro do futebol que é difícil a gente ver um jogador criar essa identificação com o clube. Então você que teve toda a base na Europa, veio pro Brasil, ficou ali dois anos e conseguiu criar essa identificação muito forte. Por que que você acha que aconteceu isso? Eu acho que porque eh meu pai sempre gostou muito do Zico e sempre mostrava vídeo do Zico e falava: "Você tem que bater falta igual ele, se tem que jogar igual ele". E eu sempre criei esse carinho pelo Zico já desde de pequenininho. E eu nunca joguei no Brasil. Eu sempre tive vontade de jogar no Brasil. E aí quando que tive a oportunidade, o Flamengo abriu as portas para mim, foi o primeiro clube que eu joguei no Brasil. Eh, foi, não sei, é como se fosse o primeiro amor. Então você, eu cheguei lá no no Rio, foi a primeira vez que minha minha avó, minha minhas meus avós podia assistir o jogo, meus tios assistiram o jogo frequentemente, ficar ficar em casa, não era aquela coisa, pô, pegar um voo 12 horas pra Europa e planejar e não sei o quê. Então, eu tava direto com a minha família, pô, eu eu gostava muito disso. Eh, jogar no Maracanã, pô. Então, não tem coisa melhor no Brasil. jogar no Maracanã pelo Flamengo. E E como é que foi? Os seus filhos moram no Brasil também, né? Não, eles moram aqui comigo. Eh, mas eu cheguei quando eu fui pro Flamengo, minha minha esposa tava grávida de 8 meses, ela viajou ainda. Eu falei: "Não, tem a chance de meu filho nascer no Rio, tem que nascer no Rio". Aí ela veio de 8 meses. Eh, aí nasceu, nasceu no Rio ali na Barra. E e aí desde então eu já tinha uma filha nascido em Londres. E como é que é o nome do seu filho? Carioca. Jean Luca. Jean Luca. E qual foi a importância para você do Jean Luca ser carioca, cara? Nascer aqui no Rio de Janeiro? Pô, eu sempre falei porque eu tive um pouco de dificuldade. Eh, uma coisa que eu nasci na Bélgica, mas meus pais são brasileiros. Aí toda vez que eu jogava pelo Manchester, eh, a imprensa, todo mundo falava: "Ah, o belga é o belga porque nasceu na Bélgica". E eu, mano, não sou belga, cara. Eu sou brasileiro, mano. Não tenho nada a ver. Eu sou brasileiro. Aí eu falei: "Não, meu filho tem que nascer no Brasil, porque daí ele não tem esse problema". Aí meu pai falou: "Ah, é difícil demais. Como é que você vai fazer isso? Você joga na Europa, como é que você vai deixar teu filho nascer lá? Você não vai poder ver ele?" Aí quando que surgiu a oportunidade, eu falei: "Ó, foi o homem que aprovou, tem que ser agora". Legal. E e como é que é a sua, como é que você constrói a criação deles enquanto brasileiros, assim, brasileiros morando na Europa até? Então, é, é um pouco difícil porque minha esposa é espanhola, eu conheci ela quando eu tava no Granada. Qual Qual o nome dela? Patrícia. Patrícia. E eh eu cheguei, foi engraçado, eu cheguei na Espanha pensando que eu falava espanhol eh e não entendia nada. Aí eu acabei eh conhecendo ela lá e ela acabou aprendendo o português. Então ela fala muito bem o português e a gente em casa fala português. Então tem muitas pessoas que nem imagina que ela é espanhola, só que ela ela fala português perfeito. Então, em casa, meus filhos fala português, a gente come arroz, feijão todo dia, mesmo que minha esposa não é tão fã, que ela gosta mais da culinária da Espanha, mas tipo assim, eu tento eh trazer um pouco da cultura brasileira para dentro de casa, pros meus filhos, mas a gente tá sempre rodeado com brasileiro, a gente vai visitar o Rodrigo Muniz, vem em casa, a gente vai, então tá sempre em volta de brasileiro. Então, meu filho, pô, sente saudade do Rio, minha filha também. Então isso é uma que me orgulha muito. Legal. Qual o nome da sua filha mais velha? Maria Vitória. Maria Vitória. Maria Vitória nasceu em Londres. Nasceu em Londres. É. Ela ela não fica com ciúme não do irmão ser carioca. Não fica. Ela fica. Ela fala: "Eu também quero nascer no Rio". Falei: "Não, já dá para ter o terceiro aqui, então, hein? Terceiro filho, hein, Bernardão. Não. E todos todos os filhos Flamengo ou a a que nasceu aqui e nasceu aí na Inglaterra gosta de um do Fula, de um Chelsea, do Arsenal. Como é que não? Eles são eh se perguntar para eles, eles são Fula e Flamengo. Eh, é os dois clubes que eles conhecem que Fula, Flamengo e Brasil. Era, foi difícil explicar isso para eles, que eu iai, fui pra seleção, ele agora eu vou jogar com o Brasil, com a seleção. E ele, ah, você vai concentrar, vai no fulan. É no jogo do Full. Não, não é do Fula, é do Brasil. Aí demorou até se pegar. Eles tem quantos anos? tem, meu filho, tem três, minha filha tem cinco. Legal, legal, Diogo. É, eu queria perguntar se ele viu eh se repercutiu lá para eles aquela declaração do diretor do Flamengo, José Boto, até aqui é o toque passa, dizendo que o Flamengo era um time melhor que 70% das equipes da Premier League. E recentemente teve também um comentário aqui de imprensa, eh, criticando jogadores convocados pelo Dorival Júnior, que eram de clubes de menor expressão da Inglaterra. Tem essa comparação aí? Existe algum tipo de rivalidade aí que vocês tenham escutado? Não, eu eh não, eu não eu não ouvi essa notícia, nem sabia, mas eu acho que não existe essa rivalidade. Eu acho que eh é diferente o o futebol. Eu acho que não dá para comparar o futebol da América do Sul com da Europa. Eh, os tem as diferenças são eh tem muitas coisas diferentes. É difícil comparar um time aqui que joga na Premier com um time que joga no brasileiro. Tem o o time que joga no Brasileiro, que nem o Flamengo, tem seus méritos em várias coisas, que é o maior time da América do Sul e e aí os times aqui são diferentes. Então, eu acho que é muito difícil comparar isso. Eh, mas é é difícil, sempre vai ter essa comparação, né? Se os os torcedores, os próprios, as pessoas vão comparar, porque a maioria dos jogadores sai do Fluminense, sai do Flamengo, vai pro Wolves, eh vai pro Notham ou pro próprio Fulan, eh, ou mesmo você vê o Savinho, ele sai do do Galo, vai pro pro Girona e depois vai pro City. Então eu acho que, ó, os clubes aqui são muitos fortes, no Brasil também são muitos fortes. Então acho que é difícil, a gente só vai ficar sabendo se um dia mesclar, né? E tem tem mesclado na seleção, né? A gente tem acompanhado não só jogadores que saíram, mas que ainda permanecem, no caso do Gerson, que você citou aqui. Então assim, a gente entra nesse tipo de comparação, assim, o Gerson ou jogadores como o Andreas, enfim, estão equiparados. Eu acho que talvez pra seleção seja o melhor dos mundos, né? Não sei se vale a pena entrar nessa nessa richa entre É, eu acho que não tem que entrar na richa. Eu acho que, pô, o Gerson tá voando, pô. Eu tô fazendo uma boa temporada. A gente pode estar junto na seleção, um ajudando o outro. É isso. E aí, André? Fala aí, Bernardão. Não, você a gente tá falando de seleção brasileira, você até falou que seus filhos não entendem ainda quando vai pro Brasil que bagunça a cabeça deles. Seleção brasileira para você, novo treinador, enfim, que que você tá pensando em relação a isso? É uma vida nova comelote agora para você na seleção? É ruim? É, é melhor? Enfim, o que que você pode dizer a respeito disso, por favor? Ah, eu acho que eh não preciso de explicar muito. O Anchelote é um é um treinador que venceu em todos os lugares que ele passou, foi vitorioso em todos os clubes. É, eu acho que é o ele é o técnico que tem mais títulos, né, se eu não me engano. Eh, então ele todo lugar que ele passou no Real Madrid, no no Milan, no Chelsea, ele ganhou títulos. Eu acho que agora ele estando na seleção, eu acho que com certeza a possibilidade de a gente beliscar um título é muito maior com ele e ele vai ajudar a seleção, os jogadores. E e para mim, eu acho que para mim, eu acho que eu tenho que continuar fazendo o meu trabalho que eu tô fazendo, eh, que eu tenho chance de ser convocado e e ajudar a seleção. Tenho certeza que eh vocês eh todo mundo que que acompanha o futebol da Inglaterra eh sabe e vê o trabalho bem feito, você vai querer um jogador desse na seleção. Então eu acho que eu tenho que focar mesmo. Acho eh, claro que é bom para mim o Anchelot, eh, é um grande um grande técnico e será uma honra poder trabalhar com ele na seleção. Você falou aí no meio do papo, passou perdido, mas eu queria voltar um pouquinho. Você disse que você e o Felipe Luiz conversam muito. Eh, eu queria saber, enfim, sobre o que que vocês conversam, como é que é essa amizade. E você disse também que não dá para comparar os times aqui do Brasil com os times da Europa, que às vezes fica uma coisa meio abstrata. Mas falando sobre o Felipe Luiz, especificamente, você que acompanha os jogos como flamenguista, enfim, e como amigo dele, acompanha os jogos do Flamengo, conhece o estilo tático dele, você acha que ele se daria bem aí na Europa, cara? Você, enfim, aqui no no Brasil falam que ele parece muito com Deserbe, né? O Boto já falou isso, ele mesmo já falou que, enfim, eh, é um espelho para ele, que eles já conversaram sobre. Como é que você vê o estilo de jogo dele comparado com os que têm dado certo aí na Europa? Pô, é difícil falar assim de estilo. Eh, eu acho que o o Felipe sempre foi eh um gênio na maneira de pensar. Eu cheguei no primeiro dia no Flamengo e eu jogava pelo lado esquerdo, jogava do lado dele, ele já me falava: "Ó, nesse setor você tem que correr aqui, n aqui a bola tá aqui, você tem que tá aqui, você tem que me ajudar desse lado, tem que fazer isso". Então ele sempre foi muito avançado na parte eh tática, no que fazer. Então eu acho que ele sempre teve isso, eh, esse essa inteligência já muito avançada. Eu acho que o estilo dele, eh, é, pode comparar com Deserb, eu acho que pode também um pouco comparar com com o técnico do Atlético Madrid, eh porque ele também ficou lá, eu acho que ele pega todos os positivos dos técnicos que ele pegou também e os que estão agora atualmente. Mas aí ele tá formando o estilo dele, né? Então eu acho que com certeza que ele tá fazendo um grande trabalho no no Flamengo. Acho que ele ficou três meses no Flamengo, ganhou o primeiro título. Eh, e ele tem, eu acho que ele tem essa essa aura de treinador. Eh, ele sempre foi assim já. Eh, mas a gente conversa sobre essas coisas. A gente às vezes eu mando mensagem, eu falei: "Como é que tá, Felipe? Pá, e ele, pô, o grupo tá bem, sabe como é que é, vamos para cima." E ah, pô, Felipe sempre foi me ajudou muito também. Então, eh, sempre que quando eu vejo um jogo que ele então o Flamengo tá muito bem, eu mando parabéns. Quando que às vezes não tá tão bem, eu aí, pô, também mando mensagem, não é só quando tá conetada, é uma connetada. Falou, pô, tá precisando meio de campo, manda para ele. Ele Mas tu dá a cornetada como jogador, como ex-colega ou como torcedor? Não, como torcedor tem que ser como Justo, justo. E o Felipe Luiz, que inclusive é um grande amante de tênis também, né? Vocês falam sobre isso, sobre rock. O Felipe Luiz gosta muito de rock, enfim. É, ele gosta de rock, sempre usa as camisas de rock dele que ele ia pro treino. É doidão. Mas e, pô, mas ele vai lá, ele vai todo ano, ele vai lá no Rio Open, né? Assiste o Riopen. É sim, ele gosta muito de tênis. Andreas, um complemento aqui, cara, dessa questão que o João levantou, legal aí da da questão do do de como é essa conversa com o treinador, né? A gente teve realmente trein recentemente treinadores falando que no Brasil jogam mais os jogadores medianos. O Renato falou isso, Renato Gaúcho, o Mano Menezes falou isso. Eh, como espectador e também como tendo passado pelo futebol brasileiro, como é que vocês vem essa questão aí eh de realmente parece que aqui só tem a sobra da Europa, digamos assim? Eh, hoje em dia a gente vê um campeonato que paga muito bem, que tem times muito fortes e agora nesse Mundial de Clubes vai tão vão estar à prova essas equipes, né? Como é que você vê essa essa essa impressão de que aqui é um é um futebol médio? Talvez o calendário pese, faça um diferencial danado. Ah, eu acho que não. Eu acho que não é um futebol médio. Eu acho que tem no Brasil tem grandes jogadores, eh, com muita qualidade. Eh, eu mesmo quando eu joguei, eu fiquei, eu fiquei muito surpreso, porque eu tava no Manchester, um dos maiores clubes do mundo e tem sempre grandes jogadores. Joguei com com Vany, com Luny. E aí você chega a qualidade quando que eu cheguei a treinar no Flamengo, eh, quando eu vi o Ribeiro, o Ribeiro, o Bruno Henrique, o o Gabi, você vê os caras jogando, você fala: "Pô, a diferença é mínima, não é muita coisa diferença, mas é claro que o calendário não ajuda, os campos não ajuda, eh o o tempo também é um calor, não dá para correr igual os caras corre aqui eh no Brasil quando você vai jogar é difícil. Então eu acho que essas coisas influencia muito no no estilo de jogo, na intensidade do do futebol. Então, mas eu acho que a qualidade com certeza não peca para para pra Europa. Qual é o seu jogador favorito aqui do Brasil? Favorito? É, pode falar com coração também se tiver um do Flamengo aí. Não, hoje, hoje, eh, não, claro, tirando o Nei à parte, que o Nei tá número um, eu acho que o jogador que eu mais gostei de jogar foi foi com o Bruno Henrique. Legal. E uma coisa, você fala aí. Não, com o Bruno Henrique foi o que eu mais gostei de jogar. Eu eu queria dizer não, você falou do Neymar, a sua família é santista também, não é? Você tem uma parte da família que é santista. A parte inteira, sim. É, é inteira. E eles não ficaram, eles não ficam chateados contigo não, cara, de tu não falar em jogar no Santos. Não, ficaram muito chateado comigo. Até hoje não posso tocar no assunto quando nó faz churrasco em casa, porque eu sempre falei, pô, quando eu for pro Brasil, vou jogar no Santos, pá. E e aí chegou o momento e nada, nada. E aí o Flamengo falou, sabe o quê? Eh, não pode, vamos vem para cá, tal. Eu falei: "Vou pro Flamengo". Aí o meu primeiro gol ainda foi contra o Santos, mano. Nossa Senhora. Teve isso. É verdade. Grupo da família me xingou. Pensei que os cara ia me xingando. Não te tiraram do grupo da família? Não. Não, não tiraram não. Mas mas, mas não, não tem jeito. Não tem jeito. Mas aí, André, chega agora uma proposta do Flamengo e uma proposta do Santos com Neymar no Santos. Esse coração balança para onde? Vixe, aí é difícil, não é difícil? Não sei. Depende. Se o Nei chamar mesmo aí, aí treme a base. Tem vista ele jogar lá, cara? Oi. Tem vista ele jogar lá? Tá difícil ele engrenar, né? Não, eu vi o último jogo agora, os lances quando ele entrou no jogo agora. Eh, impressionante, né? Entrou, já deixou três na cara do gol. Não, e a jogada que ele fez assim, bateu no meio das pernas e o goleiro ainda pegou. Pô, você vê que é difícil depois da lesão que ele teve voltar em alto nível. Tem que a gente tem que ter em mente que ele precisa de um tempo para voltar em alto nível. Então é difícil porque o Nei, pô, Nei, todo mundo quer que ele já volta, pô. O nei do Barça, aquele Nei que rabisca e é difícil, precisa de um tempinho para se adaptar, pá. Ele vai sentir um pouco o corpo normal, mas pô, o cara não vai desaprender de jogar bola. Aí o cara é fenômeno. A gente tem que dar tempo, deixar ele em paz que o homem já tá destruindo de novo. Legal, cara. E além de Flamengo e Santos, eh, o seu nome teve muito ligado ao Palmeiras no início do ano também. E depois o que se falou aqui é que você decidiu não ir continuar no Furran até pela pela pelo carinho que você tinha construído com o Flamengo. Eh, eu não lembro se você chegou a falar sobre isso, sobre esse episódio, sobre essa negociação com o Palmeiras, mas eu queria entender um pouquinho de como é que foi também eh esse papo com a Leila, que também é uma figura muito muito especial aqui no Brasil. Enfim, não, eu tenho um carinho, tipo, imenso por tudo que ela fez por mim. mandaram eh falaram com meu empresário, eh fizeram a proposta. Eh, a Leila é uma pessoa que eu respeito muito. Eu tive com ela também na seleção, que ela tava junto com a gente, então admiro muito o trabalho dela. Eh, e eu acho que da melhor forma eu tenho um carinho muito grande pelo Flamengo também e eu tava no meio da temporada no Fulla e eu queria terminar a temporada, a gente tava muito bem e eu fiquei assim, pô, eu quero terminar a temporada aqui. Eh, claro. Eh, agradeço pelo carinho que o Palmeiras teve por fazer a proposta. Eh, mas eu eu falei: "Não, eu vou seguir ainda no Fulan, eu eu vou ficar aqui, tenho um contrato aqui, eu quero acabar essa temporada bem, porque eu acho que eu tenho tenho ainda que acabar a temporada. Não gosto de no meio no meio das coisas deixar para trás. Então, falei, eu acho que agora eu vou passar." Falei com o meu empresário e ó, tem uma convidada aí, ó. Vai lá, o papai já vai. Não, pera aí, o papai já vai. E só ilustreado. É, chegou na hora certa. Chegou na hora certa. Não. E aí eu eu decidi com o meu empresário, falei: "Eu acho que agora não é um momento certo de eu de eu sair do Fulan. Eh, e a gente decidiu a a recusar e e seguir em frente no Ful. Andreas, eh, pai completar, Fragosa. Não, só para antes da gente voltar a falar de seleção, eu queria te perguntar o que que você tá pensando do seu futuro em termos de clubes, assim, se você pensa em continuar na Europa, se você pensa em continuar no Furran, se você, enfim, pensa numa volta ao Brasil também para ficar mais perto da família. Ah, sinceramente assim, eu eu não pensei muito nisso ainda. Eh, foi um final de temporada muito assim, foi esticado, foi foi bem pesado. Eh, os últimos jogos aqui desgastante. E eu falei com o meu meu empresário também, eu falei: "Olha, eu quero ir de férias e esquecer um pouco e vou desligar o celular e quando eu voltar de férias eu vou me preparar o melhor possível, porque é um ano, um ano de Copa do Mundo. Eu quero fazer parte desse grupo, então não quero ficar distraído muito com o clube se eu vou sair, se eu vou ficar, eu vou me preparar o melhor para voar essa temporada. E aí ele falou: "Não, tudo bem, é isso que você tem que fazer". Então eu não fiquei assim: "Ah, vamos ver o que que vai acontecer. Se a melhor coisa chegar, se for uma proposta, se for ficar no Fulam, eu não não decidi ainda. E e tem que passar um tempo com a família mesmo, até porque a marcação tá dura aí, né? A Maria Vitória já tá aqui, ó. Não tá, tá difícil. E eles vão embora amanhã já. Então eles já vão pro Brasil, vou ficar ali cinco dias sozinho com a só com a esposa lá em Dubai. Então vai ser difícil. Eu imagino, cara. Imagino. Fala aí, Bernardão, na que você eh chegou na num estágio da sua carreira profissional, que você tá falando da questão do Palmeiras, que não gosta de abandonar no meio da temporada, enfim, eh, a sua a sua a sua a sua carreira hoje em dia, ela você consegue não só olhar pro lado financeiro, você consegue olhar para outras coisas, porque às vezes tem jogador que tá começando a falar assim: "Não, vou para um centro de para um lugar de futebol que não é muito desenvolvido, mas que nesse momento vai resolver a minha vida financeira da minha família". Você já chegou nesse estádio que que não que que a questão financeira é importante, mas não é só isso para você hoje em dia? É, eu acho que eh claro, vindo isso ainda do o meu pai ainda, ele fala isso muito comigo e claro, a parte financeira é importante, é, mas eh eu sempre vou vou olhar pro projeto esportivo, porque eu eu gosto muito de jogar futebol, gosto muito de competir ao ao nível mais alto que eu posso. Então, eu acho que eu mesmo não eh aceitaria de talvez eh ir para um lugar que o projeto esportivo não seja tão tão bom e e financeiramente eu acho que passar um tempo eu acho que eu não ia me sentir bem, porque eu eu não gosto de perder, eu gosto de ganhar, eu gosto de est sempre ali no meu maior nível, treinando. Então eu acho que eu sempre vou escolher pro melhor projeto esportivo. Então que seje aonde seje, mas financeiramente eu acho que eu não decido meus planos pensando só no financeiro. E Andreas, dentro dessa linha, eh, quando a gente avalia aí você com 29 anos, né, tá garoto. A, a gente tem visto jogadores vindo pro Brasil numa idade ali mais para 32, voltando da Europa, né? Não, os que já estão por aqui ou às vezes batem e voltam. você consolidou na Europa primeiro e depois teve a primeira oportunidade aqui. Então você vê de repente como plano de carreira aí dentro do que os colegas perguntaram, de repente um salto a mais aí na Europa e aí depois finalizar na carreira no Brasil. Passa por aí o seu planejamento? É, eu acho que sim, o planejamento eu pensaria deve ser isso, mas pô, a gente nunca sabe o que que pode acontecer. Só que é isso sim que que eu eu tenho em mente, eh, que eu gostaria que que aconteceria, mas a gente tem que esperar. Vamos ver o que que vai acontecer. Eh, o que que vai se vai acontecer também. Mas eu acho que eu sempre também falei isso junto com o meu pai, com com os meus tios. Eu não eu não gostaria de, pô, voltar pro Brasil e falar: "Pô, voltei pro Brasil só por voltar. Não, eu quero voltar porque eu quero competir, eu quero ganhar, porque uma coisa que eu não eu não gostaria de voltar e falar: "Não, voltei, vou aqui ficar de boa, jogar aqui tranquilo, não vou treinar não. Nso aí eu acho que eu não conseguiria fazer não." Dentro disso você vê que eh quando você tá no Flamengo e tem aquele lance aí em 2022 você continua jogando em bom nível e aí tem aquele gatilho, né, de compra. Como é que foi aquilo para você, cara? Hoje você, muitas pessoas eu vejo arrependidas, torcedores do Flamengo, do Flamengo não ter executado, não ter bancado tua permanência. O que que você acha que mudaria na tua história se você tivesse se prolongado aqui um pouco mais? Vixe, é difícil, mano. Não sei. Eh, eu acho que se eu teria ficado no Flamengo, eu teria uma Libertadores a mais. Eh, eu acho que não. Eh, eu teria vários títulos. Mas eu acho que sim. Eu tava feliz no Flamengo. Não vou eh tava muito feliz no Flamengo. Eh, é um, que nem eu disse já, um clube que me recebeu muito bem. Então, eh, às vezes eu pensava nisso, falei: "Pô, se eu tinha ficado no Flamengo, se ele realmente tinha me com que eu, será que eu teria eh estado lá ainda? Será que eu tava jogando na Europa de novo? Que que Mas é uma coisa que é muito difícil dizer. Eu acho que eh eu acho ainda que eu vou voltar um dia ainda pro Flamengo. Isso é meu desejo. Eh, mas vamos ver vamos ver que futuro tem para nós. Boa. Quer perguntar, Diogo? Não, não. Vai lá, vai lá, segue aí. Eh, falando de novo de seleção, cara, eh, enfim, a gente escuta muito no senso comum a fala de que a seleção brasileira perdeu relevância entre o povo e, enfim, que o povo brasileiro, o público brasileiro não se importa mais com a seleção brasileira, que tá afastado da seleção brasileira. Mas eu acho que a gente tem dois acontecimentos recentes que quem podem indicar o contrário, assim, o mais recente deles é a entrevista do Rafinha contra antes do jogo contra a Argentina e a repercussão que essa entrevista teve e depois da derrota principalmente. E também teve aquela sua entrevista antes da eliminação do Brasil pro Uruguai na Copa América e também a repercussão que teve. Eh, você foi colocado no centro das atenções por falar que que a seleção brasileira tinha melhores jogadores, que os uruguaios sonhariam em ter jogadores da seleção brasileira, claro, respeitando muito os jogadores do Uruguai. Eh, apesar do ônus assim de ter sido colocado no meio dessa polêmica toda, você acha que esses casos de falas de jogadores da seleção brasileira que tem tanta relevância assim no no debate público, pode indicar que a seleção tem sim uma relevância pro povo, que o povo ainda se importa com a seleção brasileira? Não, eu acho, com certeza, eu acho que um país eh que que é o Brasil, que é o futebol que mexe com o Brasil, eh todo mundo tá acompanhando, todo mundo, todo mundo gosta. Agora falar para mim, Brasil é, a gente fala, talvez critica, porque a gente critica porque a gente gosta. Os torcedores nunca vão falar realmente se alguém fala mal aqui fora do Brasil, a gente briga aqui, fala: "Não, vocês não vai falar mal. A gente fala mal do do próprio Brasil, mas vocês não. Vocês não existem. Então, a gente sabe que é uma cobrança. A gente, todo mundo, a gente quer ganhar Copa América, a gente quer ganhar o Mundial, a gente quer ganhar a Copa do Mundo, que é a Então, como não aconteceu nos últimos nos últimos anos, é normal ter essa cobrança. Eh, os torcedores um pouco que eh perderam a esperança, vamos dizer assim. Eh, mas eu acho que isso é faz parte, é normal. O torcedor sempre quer ver o seu, a sua seleção melhor nível. Então, eh, eu acho que claro, entrevista do do Rafinha antes da do jogo da Argentina, igual também. Eh, aí eles pegam isso para se motivar e fazer um monte de e faz uma história gigante de uma entrevista ali que era para ser uma entrevista de boa. O Rafinha é o cara nota 1000, cara é incrível, o gente boa que ele é tudo que craque dentro de campo, fora de campo também. Então, a relevância do futebol ali no Brasil é muito grande. Todo mundo acompanha a seleção. Isso. Falar que o torcedor brasileiro não acompanha a seleção, isso aí é mentira. Todo mundo que eu conheço, brasileiro acompanha a seleção. Então eu nunca vi um brasileiro falar: "Pô, tem jogo da seleção, não vou assistir isso". Aí para mim não existe, pô. Se, se eu for convocado, se eu não for convocado, eu vou assistir a seleção. Não existe eu não assistir a seleção. E Andrés, tem esse lado de de pressão que a gente vê na seleção e às vezes a gente acha que tem só no clube, né? Você jogou em grande clube no Brasil, você grande joga em grande clube na Europa e passou pela seleção brasileira. É, é maior pressão na seleção brasileira? Você sente, se sentiu mais? É muito mais. A seleção brasileira é o melhor lugar do mundo. Então é o lugar é o topo do topo, é o Mount Evereste do futebol. Não existe. Pode falar qual seleção é a última que ganhou a Copa para Argentina. O Brasil é a seleção que todo mundo gostaria. os ingleses aqui fala para mim, pô, se eu tivesse uma chance de escolher qual seleção, todo mundo escolhe o Brasil, todo mundo quer ser brasileiro. Então essa pressão a gente sente, mas tipo assim, como é que eu vou explicar? É uma pressão que é boa. É uma pressão boa. Você todo mundo quer orgulho, talvez. É um orgulho. É um orgulho imenso de est representando o Brasil, de, pô, para mim, o meu melhor momento na minha carreira foi na hora que eu fiz o gol contra o contra o Peru lá, ele. Então, assim, posso fazer 50 gols na temporada? Se eu falar, pô, eu trocaria tudo por fazer um gol só na seleção. todo mundo. E você tem e você tem dentro dessa questão da pressão e da dimensão, eu ouvi muito isso recentemente, porque o Brasil andou mal, né, nas eliminatórias, o quanto a falta do Neymar impactou na seleção e como ele é referência dentro do desse orgulho e do que a gente também tem de personificar, né, às vezes em um jogador, em um craque, como a gente teve tantos no Brasil, eh, você conseguiria explicar porque que o Neymar ainda é tão referência, mesmo que seja para amar ou odiar entre a torcida, mas principalmente entre os atletas? Ah, eu acho que eh acho que o Neymar ele é pra gente ele é eh é o nosso ídolo, né? você pega pra gente, eu cresci vendo o Neymar jogando no Santos, eu cresci vendo o Nei no Barça. Depois eu tive a oportunidade de jogar contra ele no Barça. Então ele ele é o ele é o craque que a gente cresceu assistindo. Então por isso que eu acho que tem essa dentro da seleção todo mundo tem essa admiração a mais ainda por ele, porque a gente cresceu, a gente jogou PlayStation com ele, então é difícil você falar assim: "Pô, por que que ele é?" Não, ele é o cara. Então, tipo, aí você tem o Vini, tem o Rodrigo, tem o Rafinha, que são os caras que daqui 10 anos os os caras que vão estar na seleção, vão falar: "Caraca, nós tá na seleção com o Vini quando ele tiver mais velho". Vai falar, vai ter a mesma a mesma sensação então acho que é isso que traz pro o Nei é o é o é o nosso é o nosso ídolo. Então é difícil falar, pô, ele é o cara, né? Todo mundo vai prestar atenção que ele faz dentro, fora de campo, pessoas que odeia ele, pessoas que ama ele. Então, acho que é normal, é o nosso nosso craque, a gente tem que preservar ele. Eh, quem não é do futebol, cara, às vezes acaba criticando um pouco essa tentativa do Neymar de não deixar a vida pessoal dele de lado, assim, eh, porque, enfim, a gente às vezes acaba não conseguindo ter noção dos sacrifícios que os jogadores têm que ter desde muito pequeno. Então, quando os caras conseguem chegar num certo nível, parece que o externo acaba criando a expectativa dentro de um cara para um cara, né? E quando esse cara não cumpre a expectativa que criaram em cima dele, às vezes ele nem quis que criassem aquela expectativa, eh, as pessoas acabam criticando. Então, hoje em dia a gente vê o Neymar aqui no Brasil e essa tentativa dele de viver a vida pessoal dele da forma como ele quer, sem fazer mal a ninguém, mas enfim, às vezes é muito criticado. Vocês como jogadores entendem quando às vezes o Neymar quer ir para para algum lugar ou quer, enfim, apoiar o time dele na Kings League, esse tipo de coisa? Vocês como jogadores entendem que isso faz parte talvez aliviar um pouco da pressão ou até ele ser quem ele quer ser, ele ser quem ele é? Não, com certeza. Eu acho que como jogador você tem que desconectar. A gente, eu tenho esse, esse, para mim é diferente. Eu chego do treino, eu desconecto, eu saio aqui em Wimbledon, em Londres, sai ninguém me filma, ninguém tira foto. Agora o Nei não dá para fazer isso porque o Nei é mundialmente todo mundo sabe, todo mundo acompanha. Eh, então acho que é difícil para ele e ele tenta se desconectar, mas é impossível. A vida segue ele, todo mundo segue ele. Então eu acho que as pessoas não deixa ele realmente desconectar e cobra ele certas coisas que é impossível de cobrar o cara. O cara quer relaxar, não pensar no futebol para depois quando volta o cara tá 100% da 100% no futebol. Então você precisa desconectar um pouco. Quando você tá trabalhando muito, eh, você foca muito, você sufoca. você precisa um pouco de, pô, pensar, vou descansar um pouco, depois você trabalha com mais vontade, com mais com mais garra, com mais força. Então eu acho que é difícil eh pela grandeza dele, ele, pô, ele quer desfocar, quer quer relaxar um pouco, aí os caras vai pode criticar ele. Eu acho que é difícil, é muito mais fácil para mim. Eu eu chego em casa, vou desconectar, coloco um tweet, joga um Warzone, falo besteira, não sei o quê. Ninguém tá nem aí, ninguém tá, todo mundo tá seguindo o homem. Legal. Eh, enfim, a gente já tá chegando no final do programa aí, quase 1:50. Andreas, eu queria te agradecer antes de passar aqui pro Bernardão e pro Diogo perguntarem também, enfim, te agradecer pela participação, por est tão aberto assim a falar sobre sobre a sua vida, sobre a sua carreira, sobre a sua família, eh revisitar alguns episódios que não podem podem não ter sido tão bacanas assim na sua carreira e falar de uma forma muito sincera. E da minha parte, cara, eu queria fechar perguntando duas coisas assim. Primeiro, por que que você acha que o Dinis e o Dorival não funcionaram na seleção? E e o que que você acha para rolar uma o que que você acha que falta para rolar uma comunhão de fato entre o torcedor brasileiro e a seleção brasileira, os jogadores da seleção brasileira, para que não fiquem mais ruídos na relação, sabe? para que até a Copa do Mundo olhe uma comunhão que não vamos fechar aqui, vamos estar todo mundo junto, fechado, em busca desse desse título que não vem há tanto tempo. Ah, então a primeira pergunta, eu acho que eu acho que é difícil explicar e pontualmente mostrar, ah, porque talvez não deu tão certo. Eu acho que é futebol é muito momento quando você pega um time e reformulando, eh, num momento talvez que é difícil, o trabalho é muito mais difícil do que se você pegar um time que já tá encaixado, eh, já tá voando. Eu acho que daí é diferente. Eh, eu acho o Jeans um grande jogo. É, infelizmente eu não tive lá pr para ver o que aconteceu, mas tem certas coisas que talvez não funcionaram e não talvez não foi culpa dele, talvez não foi culpa do dos técnicos do Dorival, é a mesma coisa, talvez não é culpa dele, eh foge eh do do controle deles. Eu acho que certas coisas é momento. você pega uma, pode ser que encaixa agora, eh, comelote, pode ser que encaixa agora e a gente atropela todo mundo. Eh, então são certas coisas que é muito depende do momento. E sobre eh engrenar com a torcida, eu acho que é simples. a gente tem que ganhar os jogos e ganhar bem, eh, com alegria, mostrando o futebol que a gente sabe jogar, eh, com confiança e eu acho, com certeza com o apoio e com o carinho da seleção, eh, e dos torcedores junto, hum, eu acho que a gente tem muita qualidade, eh, e a gente só tem que botar isso para fora. E eu acho que com certeza agora com a vinda do Anchelote ele vai trazer essa essa paz, a sabedoria dele, a experiência que isso pode tranquilizar o o os jogadores e a torcida brasileira também. Boa, boa, Bernardão. Ô, André, só já agradecendo sua participação também no no toque passa de de desse desse toque de passa que foi ótimo, foi show de bola. Eh, o Anchelote com a experiência que ele tem, com a caixa que ele tem, você acha que é diferente em relação aos treinadores anteriores? Ele é um cara que vai treinar uma seleção, mas que nos clubes já ele já treina jogadores que são de seleção, né? Muitas vezes o elenco, o time titular, todos jogador de seleção, um da França, um do Brasil, outro do Uruguai, outro da da Croácia, enfim, isso isso é uma uma diferença importante pra seleção com a chegada do Ancelote. Ele vai saber lidar melhor com essa situação de vários jogadores desse nível, de craques assim. Sim, ele tava, ele tá acostumado, ele ele o técnico do Real Madrid, técnico do Milan, então ele tá acostumado a a trabalhar com craque mundial. Então, eh, isso com certeza. Eh, e também, pô, ele vai ter umas informações boas também de outros jogadores da seleção, comparar eles, ele como teve com vários jogadores. Então, não, acho que, pô, eh, foge de palavras a a experiência e e a sabedoria que ele que ele tem como técnico. Então, acho que isso só vai somar a a seleção brasileira. Bom, só dar um salve aí, agradecer o Andreas também, parabenizar pela carreira, pela temporada e aos amigos também agradecer aí pela participação. Deixar só um spoiler aqui. Tá na tá na pré-lista da seleção, Andreas? Não sei ainda. Eu pedi pro meu empresário não falar nada para mim. Então, boa sorte na segunda-feira na convocação, pô. Muito obrigado, Andreas. Boa sorte, tá, camarada? Na segunda, eh, na carreira, no futuro aí. Eh, a gente espera poder te receber aqui de novo, talvez quando você vier aqui no Rio, enfim, não tirar muito teu tempo de ir da praia, enfim, ficar com a família, visitar os amigos lá no Flamengo, mas quando quiser, as portas do do Toque Passo estão abertas, tá? Não, com certeza. Muito obrigado pelo convite aí e vou levar uma camisa para vocês aí quando passar no Rio. Olha só, a gente cobre, hein? Então, valeu, pessoal. Esse foi mais um toque passo aí com Andreas Pereira, oferecimento da S Games. Espero que vocês tenham curtido e semana que vem tem mais. Um abraço.

Fonte





Fique informado(a) de tudo que acontece, em MeioClick®