A cordilheira do Himalayia é famosa por abrigar centenas de mosteiros budistas, primeiro por ser um local considerado sagrado e longe das interferências da humanidade. E segundo, pela sua própria história que conta sobre antigos guerreiros e conquistadores que passavam por diversas regiões entre as montanhas, deixando em seu rastro algumas construções que passariam a ser consideradas tão sagradas quanto o próprio Himalaia. Muitos deles hoje em dia se tornaram pontos turísticos, mesmo que alguns ainda apresentem um certo nível de dificuldade para se chegar até lá. Contudo, outras dezenas continuam como eram há mais de 1000 anos, escondidos, isolados e intocados, praticamente impenetráveis, mas não sem vida alguma. Isso porque neles ainda vivem monges que, além de não terem contato com a civilização, mantém as antigas tradições budistas de meditação e transcendência. Essas figuras misteriosas, aparentemente desafiando a morte, despertam admiração e temor entre os historiadores e antropólogos. Que segredos eles guardam, hein? E por que eles vivem escondidos em isolamento, sussurros de rituais divinos e relíquias antigas, deixando o mundo a se perguntar se esses monges possuem conhecimento que poderia remodelar a humanidade ou até mesmo destruí-la. O que reside nesse mistério além do silêncio? Bom, em primeiro lugar, o que é monasticismo? Prática adotada pelos monges que vivem nos ministérios. De acordo com o site catholic.com ou catholic.com, o monasticismo é simplesmente o ato de viver sozinho. Vem da palavra grega moncos, que significa solitário ou sozinho. Isso ocorre porque os primeiros monges viviam em extrema solidão. Mas a ideia central do monasticismo não é apenas viver uma vida solitária, mas sim viver uma vida dedicada a Deus. Nasce da vontade de renunciar aos desejos mundanos e buscar uma vida de oração, celibato, abnegação e existência comunitária. No entanto, engana-se quem pensa que o monasticismo nasceu nos claustros cristãos, muito antes de Jesus iniciar a sua jornada. A busca por uma vida de contemplação e renúncia já ecoava em diversas tradições espirituais do mundo antigo. Na mística índia pré-budista, por exemplo, o isolamento como um caminho espiritual já era trilhado. Os riches, videntes végicos imersos em profunda sabedoria, habitavam comunidades isoladas da inquietação da sociedade, buscando a verdade em meio ao silêncio. Muitos anos mais tarde, por volta do século 5 ou 6 antes de Cristo, começaram a florescer as sangras budistas, isto é, pequenos grupos ou comunidades que tinham Buda como seu guia espiritual. Assim como 500 anos depois, os cristãos passariam a ter o seu próprio guia, Jesus Cristo. A sangra monástica foi originalmente estabelecida por Gautama Buda no século V antes de. Crist fornecer meios para aqueles que quisessem praticar o dama em tempo integral, submetendo-se a uma disciplina e livre das limitações da vida lega. A sanra também preenche o papel de preservar os ensinamentos do Buda e fornecer suporte espiritual para a comunidade leiga. E lá no alto dos picos imponentes do tibinês, lugar de ar rar efeito e onde o vento corta como uma lâmina, ergue-se um dos mais famosos monastérios do mundo, o monastério de Hongbook, também conhecido por outros nomes semelhantes como Hongpu. Sua fama vem do fato de ser um dos monastérios localizados num dos pontos mais altos do mundo. disse que ele só pede para o monastério de Drirapuc, na região de Nigari. A paisagem é uma extensão interminável de neve. As temperaturas podem despencar a níveis onde os humanos não deveriam ser capazes de sobreviver. No entanto, para o monge, este reino gelado é tanto lá quanto o santuário. Ele permanece lá sem fogo para se aquecer e sem paredes sólidas para se abrigar. Para nós, humanos comuns e acostumados ao conforto e à tecnologia, é praticamente impossível imaginar viver em condições tão severas. Mas este monge encontra paz ali cercado por montes brancos e céus silenciosos. Não existem registros precisos de quanto tempo ele ficou no monastério de Hong ou mesmo qual poderia ser o seu verdadeiro nome. Tudo o que se sabe é que ele saúda cada dia antes do nascer do sol com um ritual que poderia destruir a maioria das pessoas em minutos. Ao amanhecer, ele sai para o frio entorpecente e pega pedaços de neve com as mãos nuas, deixando frio cortante morder a sua pele. A sua única fonte de água potável vem do degelo que muitas vezes ocorre nas palmas de suas mãos. É um processo lento e deliberado, enquanto ele espera que o calor de seu corpo derreta o punhado de gelo. Quando finalmente se torna a água, ele a bebe com reverência, como se carregasse uma essência espiritual. Naquele lugar que para nós parece o fim do mundo, o monge não só renunciou ao calor e ao abrigo convencional, como também renunciou à alimentação tradicional. De acordo com os raros viajantes que o observaram, ele parece não comer ou se o faz, é apenas porções mínimas e muito ocasionais. Em vez de depender da nutrição física, ele extrai força do profundo poder da disciplina mental. Ele dedica horas todos os dias à meditação focada, cantando mantras que preenchem o ar rare efeito e congelado com uma sutil sensação de calma. O vazio ao seu redor não é um tormento, é o meio para ele cultivar um estado de entrega. Ele acredita que ao se abdicar de tudo, confortos materiais, a necessidade usual de calor e até mesmo o impulso constante de autopreservação, ele pode se conectar com uma força divina. Em sua compreensão, essa força está ligada à Chiva, frequentemente vista como a energia tanto da destruição quanto da transformação. Abraçado a esses extremos e inserido num frio letal, ele se sente protegido por algo maior que ele mesmo. Isso nos mostra o quanto a mente humana, quando levada pela fé e devoção rigorosa, pode expandir os seus limites. Num lugar onde a temperatura e a altitude, por si mesmas, expulsaram a maioria dos visitantes em horas, esse monge encontra propósito nas ações mais simples. Fica até difícil da gente imaginar, né? Mas ao aceitar o desconforto e liberar as suas necessidades pessoais, ele parece alcançar um estado além da capacidade humana comum. Através dessa solidão silenciosa no topo de uma montanha nevada, ele ensina que disciplina, fé e maestria podem remodelar nossa compreensão do que é possível num dos ambientes mais inóspos da Terra. Esse caso que acabei de contar é apenas um dos vários que existem no meio monástico e não é o mais incrível ou misterioso. Os monges são seres incríveis, como o que desafiou a gravidade. Em 2020, um vídeo curto causou sensação nas redes sociais, especialmente na plataforma X, a antiga Twitter. Uma mulher totalmente equipada com cordas de escalada e um marnês resistente era mostrada escalando penosamente o que parecia ser uma borda rochosa quase vertical. Cada movimento que ela fazia parecia ser lento e cauteloso enquanto ela avançava centímetro por centímetro. No entanto, o verdadeiro espetáculo estava bem ao lado dela. Um monge sem camisa, descalço e sem nenhum equipamento de segurança. Deslizava pela superfície íngrinho suave de um jardim qualquer. Que é isso? Algum tipo de magia, uma ilusão ótica? O monge parecia agarrar-se à rocha de uma maneira aparentemente impossível, desafiando a falta de atrito misturada a gravidade, algo que subverte os nossos sentidos, né? Muitos disseram que isso é uma mistura de yoga, meditação e muitos anos de treino constante. Tal eficiência e movimento demonstram não apenas proeza física, mas também uma compreensão calma e precisa da montanha. A chave para sua conquista provavelmente reside em dominar a sua mente primeiro. Embora o preparo físico seja necessário para lidar com uma escalada difícil como essa, é claro, muitos acreditam que o verdadeiro avanço vem de aquiietar o medo. O pânico é um dos maiores riscos em qualquer atividade perigosa, especialmente escalar sem proteção. Ao manter ali a sua respiração lenta e a sua tensão totalmente focada no presente, o monge substituiu a ansiedade por uma compostura inabalável. Essa abordagem mostra por a disciplina mental pode ser tão vital quanto a força muscular em qualquer desafio. Você tem essa disciplina ou se sente fascinado por ela? Tem vontade de desenvolvê-la? Outra história muito interessante acerca dos monges remonta de 2015, quando a descoberta surpreendente emergeu de uma antiga estátua de Buda. No interior de sua estrutura jazia um copo perfeitamente mumificado. Os pesquisadores esperavam descobrir o interior simples de argila ou pedra, mas o que encontraram foi a forma preservada do monge bugista Lian, sentado na posição de meditação. Estudos posteriores revelaram que ele não havia sido colocado dentro da estátua após morrer. Em vez disso, ele havia empreendido o que chamam de automificação, transformando o seu próprio corpo no que seria a alma da estátua. A automificação é uma das práticas mais raras e extenuantes em certos ramos do budismo. Os participantes intencionalmente preparam seus corpos para a preservação enquanto vivos. O primeiro estágio é uma mudança drástica na dieta. As refeições normais são substituídas por pequenas quantidades de nozes, sementes, cascas e raízes. A gordura e a umidade que causam a decomposição são gradualmente removidas do corpo. Essa lenta inção não apenas evita a aputrefação posterior, mas também é vista como uma forma de devoção extrema, despojando os apegos mundanos no processo. Mas no entanto, esse foi apenas o começo. Liu Quan supostamente bebeu uma mistura tóxica feita de seiva de árvore. Essa mistura era suave suficiente para não matá-lo imediatamente, mas letal suficiente para repelir bactérias e insetos após a sua morte. Cada gol era um passo calculado mais fundo em seu estado, onde o seu corpo estava sendo preparado para existir sem as funções vitais. O estágio final desse processo envolveu selar-se dentro de uma câmara. Ele se sentava ali, ia continuando meditar enquanto tocava um pequeno sino todos os dias para sinalizar que ainda estava vivo. Quando Cino finalmente silenciava, a câmara era fechada por um período determinado. Após a reabertura, se o corpo do monge permanecesse intacto, ele era homenageado como um verdadeiro mestre que havia conquistado a decomposição. Essa honra foi dada a Alan, cujo corpo permaneceu intacto por séculos. No entanto, a estátua guardava um segredo extra. Junto ao corpo de Luan havia inscrições e símbolos misteriosos esculpidos na pedra circundante. Alguns pesquisadores suspeitam que essas marcas possam conter métodos esotéricos de meditação ou quem sabe diretrizes espirituais que se perderam com o tempo. Se os estudiosos modernos conseguirão decifrar essas mensagens, permanece incerto, mas elas aumentam o fascínio em torno do sacrifício monumental deste monge. Hoje, o corpo mificado de Lan, ainda intriga tanto buscadores espirituais quanto historiadores, exibido em condições de proteção, ele permanece como um testemunho dos extremos a que alguns chegarão em nome da devoção. Embora a ideia da autoumificação possa parecer estranha ou extrema para a maioria de nós, ela captura um nível incomparável de fé e disciplina. os monges e suas histórias. Afinal, o que eles protegem? Eles possuem um entendimento completamente diferente do que nós, pessoas comuns, temos a respeito da vida, da morte e do próprio Deus. Ao irem para locais tão ermos e viverem uma vida tão desprovida de qualquer materialidade, conforto ou luxo, eles tentam proteger não a sua fama de sujeitos enclausurados, mas a própria alma, pois eles acreditam que a verdadeira face da vida não está aqui, mas sim na comunhão com o divino, seja ainda nesta vida ou após a sua duração.
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