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Ao vivo: ministro da Justiça Ricardo Lewandowski fala sobre prisão de Tuta

Ao vivo: ministro da Justiça Ricardo Lewandowski fala sobre prisão de Tuta

Mais uma vez cumprimento a todos. Queria anunciar a ilustre presença do diretorgeral da Polícia Federal, Dr. Andrei Rodrigues, e também o secretário geral da Interpol, Dr. Valdeci Urquisa. é um delegado da Polícia Federal que nos honra com a sua presença nesta organização internacional, recém-eleito quase que a unanimidade dos votos de todos os integrantes desta associação policial internacional. Eu queria agora, neste momento, anunciar que o governo brasileiro teve uma vitória muito importante em sua luta contra o crime organizado, que foi justamente a prisão na Bolívia de um delinquente de alta periculosidade ligado uma importante facção criminosa no Brasil. Ele foi preso na Bolívia. em circunstâncias cujos detalhes depois Dr. Andrei Rodriguez certamente esmiçará. Mas o que eu quero dizer às senhoras e aos senhores que foi uma operação extremamente complexa, porque envolveu não apenas a ciência do presidente da República de que esta pessoa, esse indivíduo, esse delinquente havia sido preso na Bolívia e que o Brasil tinha o maior interesse e em trasladá-lo no menor prazo possível. ível para o Brasil. Evidentemente, como se tratava de um preso em outro país, o presidente da República foi imediatamente informado. Isso foi na sexta-feira passada e o presidente da República determinou que o Itamarati, o Ministério das Rodações Exteriores, fosse avisado e envolvido na negociação para trazer este criminoso para o Brasil. Eh, conversei com o ministro Mauro Vieira, ele prontamente iniciou as negociações com a chancelaria boliviana. Foi muito bem acolhido o pleito do Brasil, que afinal de contas hoje existe uma rede internacional de cooperação contra o crime organizado extremamente eh bem-sucedida, extremamente sólida. Lembrando que a Bolívia, inclusive é país membro do Mercosul, onde nós temos diversos tratados eh de intercâmbio no que diz respeito à cooperação policial. Eh, foi uma negociação bastante intensa, porque o preso eh estava sendo submetido a uma inquirição por uma autoridade policial, judicial, melhor dizendo, local da Bolívia. E havia duas possibilidades de trazer esse delinquente para o Brasil, ou por meio da extradição, que é um processo mais complexo, como todos sabem, envolve o poder judiciário e no Brasil o órgão judicial que é competente para pedir a extradição depois de um longo processo eh em que as partes todas são ouvidas e as questões todas são examinadas, Solicita-se, então, ao cabo deste processo, a extradição para um país estrangeiro. Mas dada a periculosidade e deste delinquente, dada a possibilidade real de fuga, ainda que estivesse sob custódia das autoridades bolivianas, optou-se pela expulsão, que é um outro instituto de direito internacional, um instituto mais expedito, que permite que o país, por meio de uma ação soberana, espila do país, expul pulse do país, aquelas pessoas que possam eventualmente ter cometido um crime ou que possam representar um perigo para a sociedade local. Então, de sexta, sábado até domingo, ontem, essas negociações foram feitas de forma muito intensa, envolvendo, portanto, o Itamarati, o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e, finalmente, os bolivianos entregaram este criminoso, esse delinquente ao Brasil em solo brasileiro, na cidade de Corumbá, que é no Mato Grosso do Sul, onde onde a Polícia Federal imediatamente tomou a custódia eh deste foragido da justiça brasileira, que aliás está condenado a 12 anos por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, organização criminosa, portanto, responde a um processo a perante a justiça brasileira. A Polícia Federal enviou um avião dela para transportar este indivíduo para Brasília. Eu aproveito a ocasião para agradecer não apenas as autoridades bolivianas, sejam elas judiciais, sejam elas policiais, mas também as autoridades políticas que compreenderam a importância desta cooperação internacional no que diz respeito ao combate ao crime organizado, especialmente no que traz lá adaram imediatamente, sem maiores maiores delongas e sem maior burocracia, este procurado da justiça brasileira para o Brasil. Também é importante fazer um registo de que estas investigações começaram em São Paulo eh a partir numa ação do combativo Ministério Público Paulista. E isto revela inclusive o entrosamento das forças locais de segurança, das forças que integram o sistema judiciário com as forças federais, que é justamente aquilo que nós almejamos com a PEC da segurança que está tramitando no Congresso Nacional. Não há combate à criminalidade, que deixou de ser local, não é mais apenas interestadual, mas é global, sem que haja uma cooperação entre todas as forças de segurança, sejam elas locais, queçá municipais, sejam elas estaduais, juntamente com as forças federais e até internacionais. Nós temos hoje um grande leque de cooperação internacional. O Brasil faz parte da Amer. Recentemente nos juntamos à Europol. Temos, felizmente, um representante brasileiro que conhece profundamente a realidade brasileira latino-americana, que é o Dr. Urquisa Testa da Interpol, quanto a Secretaria Geral é o órgão operacional da Interpol. E aproveito também para agradecer não apenas a Polícia Civil e a Polícia Militar do Distrito Federal, como também a nossa Polícia Penal Federal, que nos auxiliou nesse transporte do criminoso até uma penitenciária de segurança máxima federal aqui em Brasília, onde ele permanece à disposição da justiça. Então, eh, o objetivo da nossa intervenção hoje é mostrar que o combate ao crime organizado hoje é um combate extremamente complexo que envolve não apenas a cooperação entre as diversos entre os diversos órgãos de segurança locais, estaduais e federais, mas também uma intensa e necessária cooperação internacional. O Brasil tá buscando uma cooperação internacional com bastante sucesso, tem logrado vários acordos, sejam eles no âmbito da América Latina, sejam eles no manto específico do Mercosul, mas temos também colaborações muito intensas e já formalizadas com diversos países europeus. Era o que me cumpria neste momento comunicar. E passo a palavra ao Dr. Andrei Rodrigues. Eh, bom dia a todas. Bom dia a todos. Ministro, eu brevemente falarei aqui, acho que o senhor já eh eh explicou com detalhes eh um aquilo que foi acontecido e acho que todos queremos muito ouvir eh a Dr. Urquisa, né, secretária geral da Interpol, eh, que nos honra com a sua presença e eu não canso dizer um feito histórico do nosso país, da nossa instituição, do ministério, né, de termos à frente da mais importante organização policial do mundo um brasileiro, um colega eh delegado de polícia federal, eh, nos 100 anos que essa instituição tem de de existência. Mas nós, eh, como o senhor relator, ministro, fizemos essa operação, eh, desde os primeiros eh momentos que subemos da prisão. E a prisão, e aqui eu gostaria de de salientar eh eh três eixos fundamentais eh dessa operação. é o primeiro deles da cooperação internacional. a nossa presença da Polícia Federal e em vários países por intermédio das nossas adidanças e os nossos oficialos de ligação, como o caso concreto lá em Santa Cruz de Lacierra, onde temos um oficial de ligação, além de outros três colegas eh em La Paz, eh que permitiram uma rápida interação com as autoridades bolivianas, eh notadamente com a Polícia Boliviana e que eh permitiu essa identificação em primeiro momento da falsidade eh documental. E eu não posso entrar em em detalhes aqui de inteligência operacionais dessa cooperação, mas preciso dizer que fruto dessa integração internacional, né, foi possível identificar essa inconsistência e imediatamente o comunicado a Interpol, o comunicado às a nossa unidade em Santa Cruz para que a gente confirmasse os dados. E aqui entramos no nosso segundo eixo que eu gostaria de destacar. senhor ministro, que é a questão da identificação biométrica que nós conseguimos eh de maneira quase instantânea a partir das nossas bases de dados, a partir dos sistemas e o Dr. pesquisa, provavelmente falará sobre isso. Eh, disponíveis eh eh da Interpol, conseguimos eh quase que em tempo real eh confirmar quem era de fato aquela pessoa que estava lá eh se apresentando à unidade policial da Bolívia e com isso dar a materialidade, a certeza, a segurança para que as autoridades bolivianas fizessem a prisão eh em flagrante daquela pessoa. E assim foi feito. É, e o terceiro ponto que o senhor aqui já também deu boas tintas é a questão da integração interna, onde vejam que esse é um processo da justiça estadual e e que para nós da Polícia Federal, do Ministério da Justiça, independe se o processo é estadual, se é federal, eh quando há um foragiro internacional, é nossa atribuição eh fazer a cooperação e envidar os esforços necessários para eh eh trazer de volta esses foragidos ao Brasil. E assim fizemos, né, com essa integração, né, plena. E acho que a imagem, ministro, da transferência, né, dessa pessoa, eh, do nosso hangar aqui da Polícia Federal até o presídio, é também mais uma demonstração clara dessa integração. Eu, assim que definidas as questões logísticas, falei com o secretário de segurança pública aqui do Distrito Federal, Dr. Sandro Avelar, eh, e, e comunicando a ele que faríamos essa operação. E imediatamente ele se colocou à disposição, eh, não só a secretaria, mas a a Polícia Civil, a Polícia Militar, né, para a auxiliarem esse processo, área de inteligência também, para que a gente fizesse essa transferência com a maior segurança possível. E assim estivemos juntos aqui, Polícia Penal Federal, Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil. Eh, e concluímos então essa transferência com segurança pro sistema eh penitenciário federal. A entrega do preso eh como eh ocorre muitas vezes aqui em processos em países vizinhos, foi feita na nossa fronteira eh eh na cidade de Corumbá, onde os policiais bolivianos então fizeram cumprir as formalidades legais. Isso é importante também ressaltar que todo o processo eh eh pautado e e conduzido a partir das balizas legais da Bolívia e do Brasil, recebemos esse preso na fronteira, levamos até nossa delegacia para fazer também procedimentos administrativos e jurídicos legais, eh, por exemplo, exame de corpo de delito, enfim, e documentação. E a partir daí embarcamos na nossa aeronave da Polícia Federal, que já estava lá aguardando, e fizemos esse translado com o desfecho eh muito eh favorável. Isso demonstra, senhor ministro, o nosso compromisso eh do enfrentamento ao crime organizado, da prisão de grandes lideranças, que é um um eixo fundamental, a descapitalização do crime organizado, eh, a e a integração que nós buscamos, né? E aqui ilustro que além desse fato, né, nós temos buscado sobre o seu comando uma integração muito forte com as 27 unidades da federação. Esse ano já fizemos eh eh mais de 40 operações com as forças integradas de combate ao crime organizado. Se compararmos períodos e o primeiro quadrimestre desse ano com o ano passado, um acréscimo grande é de apreensão de drogas, por exemplo, operações importantes como fizemos na questão dos veleiros agora que levavam drogas ao exterior, mais de quase 300 mandados de busca e apreensão só nessas forças integradas. enfim, num grande esforço eh que temos feito para eh cumprir a missão eh da Polícia Federal, do Ministério de Integração, de Cooperação Internacional e de Enfrentamento ao Crime Organizado. Obrigado. Por favor. Obrigado. Obrigado. Bom dia a todos. Bom dia a todas. ministro eh Ricardo Lewandowski, Dr. Andrei Rodriguez. Eh, esse caso é um caso que contou, como já apresentado aqui pelo ministro e pelo diretorgeral da Polícia Federal, com o apoio da Interpol. a Interpol enquanto o organismo internacional e das polícias, uma organização formada atualmente por 196 países, que tem por missão garantir a comunicação e o intercâmbio de informação e a coordenação operacional entre as polícias de todo o mundo. E esse caso requereu justamente isso, uma atuação coordenada entre as polícias da Bolívia e do Brasil. E aqui aproveito para registrar também o agradecimento, parabenizar o Dr. Andrei Rodrigues e o ministro Lewandowski pela atuação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Polícia Federal do Brasil, assim como das autoridades da polícia eh da Bolívia, porque um caso eh complexo, um caso sensível, que eh teve um um desfecho eh rápido e preciso. a Interpol apoia eh em situações como essa, como apoiou no primeiramente com o intercâmbio de informações. Então, eh o alvo dessa operação já constava dos bancos de dados da organização desde o ano de 2020, através de uma difusão vermelha, que é o mecanismo internacional para o compartilhamento de informação de foragidos internacionais. A Interpol também atuou apoiando a Polícia Federal do Brasil e a polícia da Bolívia no intercâmbio de informações de biometria que foram extremamente necessárias e úteis para a correta identificação eh desse indivíduo. A Polícia Federal participa do centro biométrico da do da Interpol, um centro que conta com eh a participação eh de vários países do mundo e que tem por objetivo realizar esse intercâmbio quase que em tempo real. de informações biométricas, o que apoiou então na identificação eh do criminoso. Nós temos eh um uma iniciativa na Interpol em curso, uma discussão de um plano de segurança para a nossa região, para a região da América do Sul, com o objetivo de se antecipar a atuação dessas organizações criminosas através da Interpol, os nossos estudos, através das conversas com os chefes de polícia de todos os países, nós temos visto que o modus operante dessas organizações, de fato, como bem colocou aqui o ministro Ricardo Lewandowski hoje é focado na atuação internacional. São organizações que não respeitam fronteira, seja para realização de suas atividades criminosas, seja para ocupação de ativos, seja para eh atuar na no como esconderijo eh de representantes dessas organizações. E, portanto, mais do que nunca, se faz necessária uma atuação eh conjunta, coordenada, de caráter internacional. E por isso, ainda essa semana aqui em Brasília, sob liderança da Interpol, com uma atuação da Polícia Federal do Brasil e do ministro eh Lewandows, nós nós vamos reunir os chefes de polícia de todos os países da América do Sul para uma discussão focada no combate ao crime organizado transnacional, focada no combate às organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas, que atuam no tráfico de armas, como uma resposta à atuação dessas organizações eh nessa essa região. Eh, aproveito aqui mais uma vez para parabenizar o trabalho realizado pelos servidores do Ministério da Justiça e Segurança Pública, pelos policiais da Polícia Federal numa ação de extremo sucesso que com certeza contribuirá para a segurança das comunidades aqui da região, para as a segurança da população brasileira. Obrigado. Vamos então com as perguntas. Vamos, vamos, vamos perguntas. Começando, começando com Raquel Lopes da Folha. Olá, bom dia. Eu gostaria de saber primeiro quais os próximos passos agora. Ele tende a ser ouvido pela PF ou não? E gostaria de saber se no presídio federal ele vai ficar em Brasília, vai permanecer em Brasília e se ele atualmente tá em regime de RDD. Pois não. Eh, o responder em parte essa questão depois pode eventualmente ser complementado pelo Dr. Andrei Rodrigues. Eh, ele foi transferido para uma penitenciária, um presídio de segurança máxima federal, porque aqui ele estará guardado em absoluta segurança. Eh, nós temos nestes presídios federais um protocolo extremamente rígido. Jamais a lotação é completa para que os supervisores desses presídios tenham amplo controle de tudo que lá acontece. E de tempos em tempos e de forma aleatória e absolutamente confidencial, os presos são transferidos para outras penitenciárias federais. nem o ministro, nem o Dr. Andrei, ninguém sabe para onde eles vão. Isso é feito em sigilo justamente para garantir que os presos não tenham contato entre si e que, de certa maneira, não se acostumem ao local onde estão eh encarcerados. De qualquer maneira, este indivíduo está eh já está respondendo a um processo, possivelmente a outros processos, eh, perante a justiça de São Paulo. Tenho certeza que pelo menos um deles tramita lá. e por iniciativa da do Ministério Público, daquele daquela unidade federativa que tem uma tradição de combate ao crime organizado que vem de longa data. Eu conheço esse Ministério Público, fui juiz em São Paulo, sei como eles são aguerridos, como são eficientes. Então esse preso está à disposição da justiça, certamente responderá a este e a outros processos. É possível que a Polícia Federal queira fazer algumas perguntas, algum questionamento complementar, mas por enquanto está seguro e não creio que sairá tão brevemente do sistema penitenciário federal. mesmo que venha a ser com com condenado, definitivamente com trânsito em julgado, eu creio que dificilmente um juiz estadual ou mesmo um juiz federal, se for o caso, se surgirem novos processos, o retirará eh de um presídio de segurança máxima comção todos aqueles que integram o sistema federal. Quer cumprimentar? Tá bom. Seguimos então com Eduardo Gonçalves do Globo. Bom dia, ministro. Bom dia, doutores. Eh, eu queria queria saber se a gente consegue ter mais detalhes de como foi feita a identificação do Marcos Roberto lá na Bolívia e queria saber se vocês têm investigações de que outros foragidos do PCC se encontram no país. A gente eh, enfim, que eu imagino que ele não estava lá sozinho. É, e uma outra pergunta só, como a gente já tinha informações que tem outros líderes dessa mesma facção aqui no presídio federal de Brasília, eh, por a escolha do presídio federal de Brasília, porque ele é mais seguro, ele é longe das fronteiras, enfim, só para ter um contexto melhor. Bom, é porque eu vou responder a primeira questão, a primeira parte da questão, depois passo a palavra ao Dr. Andrei. Realmente é este presídio de Brasília é o mais seguro possível e é o que estava mais próximo, digamos assim, do local onde o preso foi apreendido em Corumbá e, portanto, tudo estava pronto para recebê-lo. A Polícia Penal Federal estava alertado. Dr. André Garcia, que é o secretário nacional de políticas penitenciárias, foi avisado, preparou este caminho todo. Portanto, nós tínhamos todos equipamentos, veículos e condições de recebê-lo com a maior segurança, não é? Então, eh, não há nenhum perigo de contato dele com eventuais outros membros de facções, porque esse contato é absolutamente impossível. E como nós acabamos de dizer, eh todos os presos de tempos em tempos são submetidos a um rodízio para que fiquem separados em outros presídios de alta segurança. em relação à à identificação, eh, que eu posso comentar eh que na medida que houve a identificação da inconsistência eh da dos documentos apresentados, eh nosso colega lá, o oficial de ligação foi acionado para coletar os dados biométricos, inclusive e registro fotográfico facial, para que a gente pudesse, a partir dessas imagens eh submeter não só aos sistemas da Interpol, Mas também a nossa base de dados se chama ABS, é nossa dada, dado de base biomé. Nós temos hoje 45 milhões aproximadamente eh de dados biométricos nessa base e que nos permitiu eh prontamente com essas imagens e digitais inserir nos nossos bancos, fazer o cruzamento e simultaneamente com a Interpol eh ter esse esse MET, né, de quem era aquela pessoa que estava lá. e é uma pessoa que tinha um documento de identidade boliviano, um documento materialmente válido, mas ideologicamente falso, ou seja, os dados que estavam constando ali eram eh eh dados falsos a partir de uma carteira de identidade falsa eh brasileira eh que ele utilizou para obter esses documentos eh lá na Bolívia. Então esse esse foi o o trâmite, né, para que a gente conseguisse fazer eh a identificação a respeito de outros eh outras pessoas que eventualmente estejam. A gente não vai entrar aqui em detalhes. O que eu posso dizer só é que existe essa grande rede eh eh não só aqui na América Latina, mas no mundo inteiro, tá aqui o Dr. Urquisa com a Interpol, eh que nos permite esse tipo de troca, né, com muita celeridade. Então, nós temos, e aqui falo só da Polícia Federal, atuação hoje em 22 países, eh, com presença de adios, policiais ou ou oficiais de ligação, eh, que nos permitem exatamente essa fluidez, eh, na troca e nas investigações conjuntas que fazemos. Seguimos com Davi Vitoraz, Jornal Valor Econômico. [Música] Bom dia. Eh, a minha pergunta vai pro secretário da Interpol. Eh, você, o senhor acabou citando aí a questão de que existia um plano paraa América Latina em relação a ao combate desse crime organizado. Queria que, eh, o senhor pudesse falar um pouco mais relacionado se de quando começou, como que é a atuação mais desse plano. Perfeito. A, a Interpol possui uma presença eh regional em todos os países eh da região, todos os países aqui da América do Sul e possui também um centro operacional que fica localizado em Buenos Aires. Então, o que nós vamos fazer aqui essa semana é com a presença dos chefees de polícia de todos os países da América do Sul discutir essa coordenação das atividades operacionalis, atividades investigativas e operacionais, para que a Interpol possa apoiar, atuar em apoio às polícias da região no desenvolvimento de ações de inteligência e ações operacionais com o foco no combate ao crime organizado transnacional. A grande verdade é que as organizações criminosas que atuam eh no Brasil ou que atuam em outros países da região, elas não se limitam às fronteiras de um país específico, elas atuam eh em mais de um país. E é a resposta precisa ser coordenada, precisa haver uma efetiva coordenação dos trabalhos entre as diversas agências policiais da região. Seguimos com Iago Macorde, Correio Brasiliense. Bom dia. Bom dia, ministro. Bom dia, doutores. A minha pergunta é o seguinte: eh, a partir de 2019, grandes líderes de facções de todo o país começaram a chegar na penitenciária federal aqui de Brasília. Com isso, a gente começou a notar uma expansão muito grande do crime organizado no entorno do Distrito Federal, tendo, por ex, um exemplo claro no último mês, final do final de abril, uma operação contra o PCC, uma célula do outro PCC aqui no Distrito Federal. A minha dúvida é a seguinte, eh, como garantir que a população do Distrito Federal esteja em segurança do avanço do crime organizado, especialmente o PCC, atualmente a maior do do país, e como evitar que a capital federal se torne uma possível base do crime organizado, né, com levando em consideração até o próprio presidente Lula no ano passado afirmando que o PCC tava se envolvendo politicamente com vereadores e tudo mais em pequenos municípios. Bem, primeiramente eh eu quero afirmar com muita convicção de que as penitenciárias federais não dão causa a um aumento da criminalidade organizada em seu entorno, até porque, como eu disse, eles são eh remanejados de tempos em tempos para as distintas penitenciárias do Brasil. Então, não há tempo de que se organize em torno das penitenciárias qualquer eh tipo de suporte ou qualquer tipo de expansão eh deste crime organizado. Brasília é hoje, felizmente, claro, está afetado pelo crime organizado que opera não só no Brasil, e aqui o Dr. Urquisa é testemunha, infelizmente em todo o globo. Por isso que nós gostamos eh de afirmar, gostamos, não, temos que constatar e temos que afirmar que o crime organizado hoje é global, é global, transcende as fronteiras, mas nós temos aqui forças de segurança bastante competentes. Os índices de criminalidade em Brasília, aqui no Distrito Federal, tem caído. A Polícia Militar e a Polícia Civil tem feito um excelente trabalho. Além disso, nós temos aqui a sede da Polícia Federal, a sede da Polícia Penal Federal e outras forças e que combatem eh estas facções criminosas. Eu não vejo nenhum problema com relação a este fato. OK. Seguimos então com Isabela Camargo, TV Globo. Oi, ministro Dr. Quiza, Andrei, boa t bom dia. Eh, boa tarde. Não, boa tarde. Eh, eu queria um pouco na linha também de tentar entender, eh, a gente já observou a importância e a grandeza da operação, mas qual o impacto de fato na cadeia de comando desse grupo criminoso? Quem era esse líder que está preso? Qual era a importância dele mesmo fora do Brasil? tantos anos, a gente consegue dimensionar qual é o impacto nessa cadeia, como por exemplo na linha do colega que fez uma pergunta na semana passada, o Quantasco deu uma matéria mostrando que 42 municípios eh eh informações de inteligência teriam tido algum alguma interferência desse grupo criminoso nas eleições. Ele tem vínculo, por exemplo, que esse relatório pode pode coibir esse tipo de tentativa de expansão da atuação criminosa. Eu vou também responder a primeira parte da pergunta, até porque deixei de responder a última parte da pergunta do colega. eh o o governo federal, o Ministério da Justiça, Segurança Pública, a Polícia Federal, as demais autoridades estão extremamente atentas a esse fenômeno da tentativa de infiltração eh do crime organizado na política, sobretudo nas eleições. Nas últimas eleições municipais, nós identificamos esse fenômeno, algumas facções criminosas tentando lançar candidatos a vereador e até a prefeitos. Nós imediatamente, além de fazermos todo o trabalho de triagem, de investigação por meio da Polícia Federal, fizemos eh um trabalho bastante coordenado com a justiça eleitoral, sobretudo com o TSE e com os TRS, e conversamos inclusive com os presidentes dos partidos políticos, porque a nosso ver a primeira obrigação no sentido de fazer a triagem dos candidatos antes de lançá-lo ao a lançá-los a um determinado pleito, é dos partidos políticos. Partido político tem que saber se tá lançando alguém ligado a uma facção criminosa ou eh alguém que pertença à sociedade, seja um cidadão ou uma cidadã de bem. Então, na última eleição, nós, eh, tanto aprioristicamente antes das eleições, como durante as eleições e depois das eleições, nós acompanhamos esse fenômeno, sobretudo com um trabalho bastante intenso da Polícia Federal, que tem um banco de dados bastante elentado e creio que nós conseguimos eh impedir que esse fenômeno realmente deitasse raízes. Quanto à importância desta pessoa que foi detida agora, eu passo a palavra a Dr. Eh, boa tarde, Isabela. Isabela, eu não não quero aqui glamorizar organização criminosa, facção criminosa. Acho que é assim que deve ser tratado, como uma facção criminosa, sem outra terminologia eh que não seja essa, muito menos exaltar qualquer integrante desses grupos eh eh criminosos. que eu posso eh asseverar você é o trabalho que nós temos feito, independente de da avaliação às vezes muito eh própria de cada pessoa ou de cada segmento, de que um é mais líder, é menos líder, manda mais, manda menos. Isso para nós eh eh é um fato que temos que ter conhecimento, mas atuar independentemente de cadeia hierárquica, sempre é óbvio, focando naqueles que entendemos que nos permitirão desarticular esses grupos criminosos. Eu acho que essa é uma ação nesse sentido, é que é aliada à questão da descapitalização. E eu preciso lembrá-los que ano passado a Polícia Federal apreendeu 6.4 4 bilhões deais do crime organizado. Eh, e é aliado a presão de lideranças, descapitalização, cooperação internacional e integração, esteios da nossa atuação. Então, isso é o que temos feito e trazido eh eh esses resultados e os números e que apontam nesse caminho eh para que a gente enfrente o crime organizado. E também preciso sempre exaltar a questão da integração com as 27 unidades da federação. a Polícia Federal, eh, com o suporte, eh, eh, orçamentário do Ministério da Justiça, tem acordos de cooperação com os 27 estados, onde nós atuamos nas forças integradas de combate ao crime organizado, eh, conjuntamente com as forças estaduais. Dr. Urquisa eh registra, né, essa importante reunião que teremos aqui com todos os chefes de polícia da América do Sul. Eh, semana que vem eh lançaremos e nós estamos eh eh ajustando últimos detalhes, mais um plano de segurança de fronteiras, eh onde sinalizamos, né, de maneira integrada com todos os estados, eh, a necessidade dessa atuação conjunta, coordenada e eficiente. Finalizando com El Jonas Maia da CNN. Boa tarde, ministro Dr. Andrei, Dr. Orquisa. Bom revê-lo. Eu queria entender melhor, se possível, essa questão de biometria. Não lembro de alguma outra prisão que tenha tido isso ou que eu tenha divulgação dessa forma. Como é que funciona na prática? A pessoa vai, ele coloca o dedo e já vê que é que é falso algo nesse sentido. E outro ponto, ele já tava sendo monitorado há um tempo pela Interpol. Por que que a pressão só foi feita nesse fim de semana? Era melhor horário ou era porque era uma operação de alto risco, como o ministro comentou? Obrigado. OK. Obrigado, El Jonas. Sobre Interpol, deixa o Dr. Urquisa eh responder. Mas sobre biometria é importante a sua pergunta, né? A biometria ela não é só a questão datiloscópica, não é só identificação digital, ela tem vários outros requisitos eh para que se chegue à conclusão de que aquela pessoa de fato eh eh que tá apresentando o documento é ela mesma ou não é. Então, a nossa base de dados, e aqui se poderia citar vários exemplos. você perguntou de outros casos, caso do 8 de janeiro, houve a coleta de vários fragmentos, né? E aí falo de fragmentos. Muitas vezes não tem uma digital completa, tem um fragmento, tem um material biológico que a gente consegue nesse conjunto de elementos chegar a conclusão de quem são as pessoas que tocaram naquele objeto, que deixaram um vestígio eh biológico naquele lugar a partir dessa base. Então, a polícia nas suas investigações eh tem a coleta, né, dos seus indiciados, por exemplo, a coleta de dados biométricos que fazem parte dessa base de 45 milhões eh de de de identificações biométricas. E aí muitas vezes um fragmento, outras vezes uma biometria completa. E o que ocorre quando se tem eh qual a grande dificuldade, ele Jonas? às vezes se encontra se tem uma uma digital ou parte dela e não se tem uma base de dados para cruzar. Então, a importância de termos e e a união tem no Instituto Nacional de Identificação que é da Polícia Federal, eh, o, assim como tem os institutos estaduais em cada uma das unidades da federação, tem o a sua unidade nacional de gestão de de bases biométricas. Então, toda ação que ocorre, que precisa de alguma identificação e nós temos convênio com os 27 estados, nós recebemos bases dos estados e oferecemos esse cruzamento para quem tiver interesse. Então, basicamente, esse é o nosso funcionamento. Seja fragmento, seja biometria plena, a gente insere na base, cruza e vê quem é quem. Obrigado, ministro, senhores. Obrigado, colegas. Só Dr. acho que faltou a resposta do Jonas que o Dr. Secretário geral. Obrigado, Eli Jonas. Eh, boa tarde. Respondendo, eh, primeiramente só um um um comentário também sobre o tema da biometria. Dr. Andrei, eh, bem explicou aqui, eh, mas para passar um pouco de como isso é tratado na Interpol. Nós temos um banco de dados de biometria que fica localizado na sede da Interpol. Eh, é um é chamado de um hub biométrico, onde são armazenadas informações eh relacionadas a impressões digitais, a fotografias, a informações de DNA, todas relacionadas a eh algum alguma possível atividade criminal, geralmente relacionadas a foragidos internacionais. E através desse hub biométrico, nós podemos fazer a conexão com bancos de dados nacionais. E esse é exatamente o modelo que temos aqui com a Polícia Federal do Brasil, no qual os bancos de dados de informações biométricas do Brasil são conectados com as informações da Interpol. Isso permite essa identificação, mesmo em casos em que você tem pessoas utilizando documentos eh falsos. e eh essa estrutura que é utilizada eh em situações como essa que tratamos eh dessa prisão. Em relação ao momento eh da atividade eh eh da prisão propriamente dita. De fato, como foi dito aqui, os dados constavam no banco de dados e difusões vermelhas da Interpol eh desde 2020. E desde então, eh, a Interpol, juntamente com as polícias dos países, tem atuado na efetiva localização do criminoso. E aí são vários eh eh temas que que podem impactar no momento adequado paraa deflagração da operação, entre eles eh a efetiva localização, questões operacionais e de segurança das equipes também. Agora sim, obrigado. Obrigado, colegas.

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