o Brasil é a nossa fonte de inspiração acreditamos no poder transformador das histórias contadas todos os dias de norte a sul do país somos curiosos nos aprofundamos nos temas e a consistência ao longo de décadas nos deu a autoridade reconhecida pela audiência ajudamos a fazer as perguntas certas com inteligência e conteúdo de alto nível vamos além das notícias para chegar à intimidade de cada história e inspiramos as tomadas de decisão da saúde dos filhos ao futuro do Planeta das pequenas compras as grandes aquisições do agronegócio à gastronomia das tendências da moda aos clássicos da [Música] decoração das tecnologias do dia a as grandes inovações [Música] do candidato ao seu próximo carro de onde investir a como empreender traduzimos a complexidade de um mundo em transformação Nosso propósito é conectar pessoas e histórias informando educando entretendo debatendo ouvindo e nos transformando com o nosso público reconhecemos os talentos e celebramos suas conquistas criamos experiências únicas Antecipamos tendências e refletimos a diversidade cultural do nosso país nossa paixão pela comunicação a inquietude criativa o pioneirismo o inegociável compromisso do jornalismo com o fortalecimento da democracia e a busca incansável pela qualidade nos levam à liderança acreditamos na interdependência da sociedade e das instituições e que cidadãos inspirados e bem informados T poder para construir um país melhor trabalhamos com entusiasmo e disciplina e mudamos constantemente para permanecermos fiéis à nossa essência e ao Espírito Criador noss [Música] fundadores favela nome que se originou de uma planta comum na região de Canudos no Sertão da Bahia chegou ao Rio então Capital Federal na bagagem de soldados que voltaram da Guerra por lá no fim do século [Música] X foram eles os moradores que iniciaram oado formou na primeira favela do Brasil o atual Morro da Providência Tem demonstrado cada dia que passa que a gente é uma potência só precisa de oportunidade para poder mostrar essa [Música] potência ao longo de mais de um século o termo foi associado a muitos significados grande parte fazendo referência a carências mas desde sempre quem vive nessas regiões no Rio e no Brasil afora tenta dia a dia mostrar o quanto esses territórios têm de potência favela nada mais nada menos do que a maior potência que a gente tem que dizer e falar que a solução pro Brasil vai partir das Periferia vai partir das áreas pobres a gente tem pessoas com muita potência Muita criatividade na favela a cidade do Rio de Janeiro tem 8813 favelas aproximadamente 1. 350.000 habitantes O que representa mais de 21% da população número tão significativo que não poderia ficar de fora do plano diretor da cidade e foi isso que a câmara de vereadores fez pela primeira vez na história aprovou um capítulo exclusivo sobre as favelas dentro do documento que guia o ordenamento e o desenvolvimento da cidade o documento prevê que todas as comunidades sejam mapeadas e recebam planejamentos específicos para cada uma das necessidades delas isso significa que o poder do município o poder público pode entrar nas comunidades entendeu com infraestrutura saneamento e regras que delimitem a a ocupação desordenada que vem de muito tempo e não é só nos últimos 4 anos o legislativo carioca elaborou inúmeros projetos que beneficiam moradores de favelas se o sistema BRT foi reformulado e até ampliado com a Transbrasil que corta várias comunidades da cidade é porque a câmara aprovou dois projetos de lei que facilitaram a destinação de recursos pro sistema da compra de ônibus novos a criação do programa BRT seguro por exemplo na atual legislatura os vereadores também doaram R 340 milhões de reais ao município dinheiro economizado pelo Parlamento e foi investido em programas e projetos de melhoria do sistema de saúde reformas de hospitais maternidades e até o supercentro carioca são resultado desse esforço a lei 6981 de 2021 criou o programa permanente de reforço escolar para alunos da Rede Municipal de Ensino que vivem em áreas de especial interesse social e comunidades o legislativo também autorizou a prefeitura a investir R 950 milhões deais em infraestrutura urbana nas comunidades que fazem parte dos programas bairro Maravilha e morar carioca entre elas o Jardim Maravilha em Guaratiba e a unidade do aço em Santa Cruz São só alguns exemplos porque as leis trouxeram melhorias também nas áreas de lazer Direitos Humanos habitação e cultura além de infraestrutura saúde educação e transporte a gente tem aí um modelo único de Brasil que tá expandindo pelo mundo de um grande movimento urbano de apresentar ao mundo um planeta chamado favela que nem o mundo mesmo conhece até inclusão do dia da faela no calendário oficial da cidade foi iniciativa da câmara desde 2006 a data é comemorada todo 4 de Novembro mas pro legislativo carioca a favela tem que ser celebrada todos os dias [Música] Boa tarde pessoal todos me escutam bem povo animado né bom dia ó já a a gente tá tão animado que eu já confundi manhã com tarde mas assim gente meu nome é Marcos Furtado sou repórter do jornal Extra e tô aqui dando boas-vindas a todos todas e todes na primeira edição do fórum Extra favelas evento realizado pelo jornal Extra com o apoio da câmara de vereadores do Rio começo agradecendo aqui aos nossos convidados que vão trazer assuntos super importante para uma parcela considerável da população carioca o público né que está aqui presente que acordou cedo que está aqui animado e que tá aqui nos prestigiando também e quem está em casa nos acompanhando por meio das redes sociais ao longo desta manhã vamos ter três painéis que vão falar sobre o pertencimento e a visibilidade das favelas no no planejamento urbano do Rio de Janeiro aprovado no ano passado o novo plano diretor da cidade do Rio inclui as favelas pela primeira vez na história é importante dizer que o plano diretor Mais antigo é datado de 1875 longe para chuchu né Inclusive essa data esse ano é anterior ao primeiro surgimento da favela a primeira favela que é o Morro da Providência que também foi no final do século XIX ao todo foi um século e meio o tempo que as favelas ficaram de fora da principal lei que estabelece regras e estratégias para o desenvolvimento urbano de um município e que e que atualmente é revisada A cada 10 anos aproveito para acrescentar que eu tô muito feliz porque eu sou cria de favela nasci em Belfo Roxo Moro em uma favela atualmente e também porque neste mês se comemora o dia da favela né no dia 4 como foi falado aí no vídeo e essa data surgiu porque lá no dia 4 de novembro de 19 00 foi a primeira vez que se menciona o termo favela e uma documentação então convido a todos que fiquem ligados E compartilhe o link eu sempre quis falar isso nas redes sociais do exra no Instagram no Facebook do exra e também no YouTube do Globo que faz parte da nossa redação integrada inclusive o título do nosso primeiro painel faz uma provocação a favela agora é reconhecida pelo plano diretor Mas e daí e quem vai responder essa pergunta são os nossos primeiros convidados a quem agradeço mais uma vez pela presença nessa manhã o senhor Carlo Caiado Vereador pelo PSD e presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro Preto Zezé cofundador da Central Única de favelas e presidente da CUFA do Rio de Janeiro Renê Silva fundador do Voz das Comunidades e Kenia Maria atriz defensora das mulheres negras pela ONU mulheres Brasil e diretora da mangueira do Amanhã Então essa primeira rodada nessa pergunta né é para entender para fazer o Nossa quem tá nos acompanhando a a pessoa que vive na favela vai pensar assim Ok vai ser a primeira vez que vai ser incluído o plano diretor mas o que que isso vai impactar na minha vida então eu dou a palavra ao senhor Carlo Caiado seja bem-vindo agradecia Oi som um agradecia aqui o mediador Marcos Furtado né Obrigado aí eh queria aqui cumprimentar o André Miranda de todos executivo do Jornal Globo Humberto também diretor da redação jornal Extra o Fábio Gusmão editor executivo do Jornal Extra eh William da Rocinha bom revê-lo quero tê-lo mais de volta na Câmara só quer saber de Brasília ele aí eu falei tem que ficar mais próximo da gente Tô brincando tá sempre interagindo a Juan Juan Juliete também influenciadora da Rocinha e agradecer também a oportunidade também todos os veículos de comunicação comunitário da favela para mim aqui É uma honra poder estar nesse debate enfim nesse diálogo acho que a gente entender e ter aqui eh o proveito né tirar o proveito a oportunidade não só a todos que estão nos assistindo né que vão buscar ter o entendimento mas as pessoas que vocês escolheram né até me tiro dessa beleza minha obrigação sou Vereador no quinto mandato presidente da câmara na qual ele tem nas obrigações representar a sociedade de fazer as políticas públicas da cidade inovamos e fomos muito felizes aí nesse plano diretor que é um plano diretor muito diferente dos outros os outros planos diretores sem sem desmerecer Inclusive eu participei Esse é o meu segundo mas os outros eram muito diretrizes Esses noss são muito determinantes e são realmente ativos de ações a serem feitas e quando eu falo isso A escolha aqui de ter a Kênia né que representa muito o direito das mulheres negras enfim a até a câmara até importante dizer isso inovou de ter a primeira casa Legislativa de ter uma comissão de combate ao racismo trazido pela vereadora Mônica Cunha e abraçado por nós uma comissão permanente sempre foi provisória a gente botou permanente tem uma política pública permanente e o preto Zezé que eu sempre brinco com ele não só pela sua qualidade né mas um artista assim que isso é importante porque a sua voz assim leva para todo mundo então todo mundo o artista o político é referência né o artista também você vê o artista ali na televisão Você às vezes quer ser igual a ele né né é normal isso vocês transmit e ele assim com toda a sua capacidade transmite as pessoas ficam empolgadas motivadas não pode ficar acuado na nossa expressão da voz então a sua voz para dizer Inclusive a câmara tornou o carioca né n essa expressão o carioca é assim nada contra os outros municípios contra os outros estados nosso até Fluminense é acolhedor é feliz ali tem um diálogo então obrigado e o nosso Renê Silva Vó das Comunidades né um jovem aí já tá ficando que nem o coroa eu tô de cabelo branco você não tá mas você uma é uma uma oportunidade incrível pros jovens aí E como eu fui na política me elegi primeira vez com 22 anos mas você assim na na raiz ali da comunidade eu mesmo vi quando a Priscila tá aqui que trabalha na nossa diretora de comunicação no momento mais difícil do covid E no momento também da tr de Petrópolis por exemplo o Renê interagindo com a câmara a gente conseguiu ajudar muitas pessoas então ele tem ele tem a essência assim da da quando a gente fala Até na brincadeira dos amigos né você nutela o raiz desculpa português claro essa é verdade né estamos aqui num diálogo Franco ele é o raiz que passa a transmissão da realidade das Comunidades como tem que ser para tudo ele até me ligou por exemplo uma vez quando a gente falou aqui desses exemplos que tava uma barreira caindo lá na na comunidade alemão que o própria eh o sistema de operaç da prefeitura não tava identificando Ah Ele identificou na hora e a Defesa Civil chegou em tempo recorde a o prefeito Eduardo paz já já é o rio Então já foi já foi contemplado nesse sentido enfim essa Minha introdução já foi até muito longa mas eh Até eu queria muito escutá-lo mas realmente como a sua pergunta eu falar assim eh qual a diferença eh não só dos outros planos diretores que nunca tinha né um eu até trouxe para poder deixar com com você depois se quiser publicar aí no no YouTube e tal o capítulo né que até o presidente Rafael Freitas daqui a pouco vai falar eh inovador que nunca teve e mais ainda no capítulo não é só uma página são aqui algumas páginas que tem eh seis sessões que trata de todas as políticas públicas que a gente sempre falou né sempre se disz das necessidades mas se trata aqui de realmente de implementação efetiva do do Gover municipal no caso né os estado em relação ao estado São diretrizes mas Municipal e aqui tem até mesmo que foi discutido agora como até o nosso amigo eh pred Zé aís deu oportunidade no G20 social que esteve sobre a questão climática nas favelas na arborização na parte né de você tá ali com a conurb fazendo e o Lixo Zero você ter educação ambiental para as crianças aprenderem como faz para separar o lixo né enfim entre outras coisas passa pela urbanização também a gente tem dois programas de sucesso na nossa cidade inovador até comemorado pelo até financiado pelo Banco Mundial do favel Barra no governo sesama tem no governo Eduardo Morá carioca eh isso óbvio né Tem um acesso à água a todos então assim aqui tem seis eh sessões que fala tudo aquilo que a gente espera mas que realmente tem que acontecer e a gente tem até antes do plano diretor e colocou no plano diretor uma lei que atende a cidade como todo mas ela tem um objetivo muito Claro PR as comunidades é o que gera as comunidades hoje Liberdade Econômica eh até passou ali eu acho que nesse vídeo aí até até brinquei com o nosso mediador que tudo que passou no vídeo é tudo que eu ia falar mas foi até bom esse vídeo eh tá bem alinhado aí com a nossa diretora mas hoje a gente tem né 22% em torno das pessoas que moram na comunidade da população carioca e a liberdade Econômica a gente tem assim até no Brasil uns dados que mais de R 200 milhões de reais que gera economia nas comunidades tem a em torno de você fazer a soma dos 21 estados dos 27 Estados da Federação maior as comunidades geram então a gente aprovou uma lei da Liberdade econômico que busca e tá no plano diretor também mas que busca a gente trazer eh a parte comercial das favelas das Comunidades para a legalidade para o licenciamento e com isso você dá o direito para todas as pessoas desde o pequeno comércio que tem na comunidade Claro Desde da senhora que tem no no seu na sua garagem ou na sua dentro da sua própria casa né você ter uma uma nota para você e vender para sei lá ah uma costureira vender para Animale por exemplo né então a gente buscou nessa Liberdade Econômica ter essa economia ativa e de várias outras coisas aqui para poder finalizar a fala para deixar eles falar já falei demais eh tudo que é importante claro tudo é importante né na educação na saúde o acesso a todos a questão do reforço escolar que foi Além de minha autoria também a gente buscou interagir mais na comunidade inclusive mas a gente tem aqui o direito de propriedade eh e título de propriedade das pessoas você cria esse comercio formal das Comunidades tem né uma até hoje dentro principalmente das Comunidades infelizmente um Poder Paralelo seja qual ele seja da milí ou do tráfico que às vezes quer explorar as pessoas em relação aonde viver como viver tem que ter habitação social Claro que tem que ter com dignidade tem que ter o poder público tem que implementar mas a gente tem que também ter entender como a cidade é como a gente quer que ela vá e como entender a cidade é as pessoas vivem na comunidade temos garantia de né área de interesse especial Claro e nós temos que ter o título nós temos que ter o papel é eu tenho minhas filhas minhas filhas tem que ter o direito de morar meas filhas daqui a pouco vão ter filhos os netos têm que ter a Tiito de propriedade você melhorar sua casa você poder ter um financiamento você poder terar o título de propriedade é a maior política pública que gera todos os princípios né Para a gente lutar por tudo então esse eu acho que são as sessões do plano diretor de forma Clara eh mas que esse plano diretor vocês vão ler depois vocês vão ver o o presidente da Comissão Rafael vai falar até de forma mais detalhada né que foi o presidente da Comissão para vocês verem De que forma a gente buscou de fato as ações não ter só e o prefeito sesa Maia o prefeito Eduardo paz que quis fazer uma né um projeto pras comunidad mas ter aqui nos 10 anos Qualquer que seja o governante que as coisas aconteçam Ken dando seguimento né Essa questão eu queria perguntar para você também a mesma fazer a mesma pergunta pros pros quatro né agora pros Três demais e daí o plano diretor para você que é uma mulher negra uma mulher que defende o direito das mulheres tem o projeto mangueira do amanhã conta pra gente por favor então como eh eu tava falando agora os desafios né da gente pensar e as provocações que a gente traz aqui né Eh para que sociedade civil eh instituições particular e e o poder público se mobilize para isso e boa tarde e eu estou como defensora das mulheres negras na ONU mulheres divulgando a agenda né Por um planeta 5050 onde a gente pensa pela primeira vez em recorte racial né E aí é um dos grandes desafios dentro de uma comunidade quando a gente fala até vi uma matéria esse a semana onde diz que 80% das mulheres negras vivem com seus agressores né 80% das mulheres que são casadas vivem com seus agressores e a gente pensa muito Lei Maria da Penha que tem já mais de 15 anos e os desafios para que ela entre dentro da comunidade não pela questão da da da da da punição ao seu ao seu agressor mas o debate né quando até pensando essa matéria eu falei que quando a quando a a a a Maria da Penha a agressão à mulher tem recorte é tratado com recorte racial a a gente percebe que nem toda Maria é da Penha né a gente precisa dar atenção a todas essas Marias que passam isso e a gente falando também sobre esses desafios é importante a gente pensar que o Rio de Janeiro Tem 59 das mulheres que são empreendedoras são mulheres negras né e 87% Delas vivem chefiam os seus lares aqui no Rio de Janeiro das mulheres empreendedoras então acho que o desafio é muito grande é uma novidade eu acho que eh tardia mas importante acho que agora começa o debate agora começa as provocações falando de mangueira da manhã que é é uma É uma honra aqui tá a diretora Célia eh que é uma diretora uma uma cria da Mangueira a gente tem essa palavra que eu acho que é tão é tão sabe é tão acolhedora né pr pra favela e importante falar favela eh a mangueira da a mangueira tem um grande desafio né que você olha geograficamente você vê uma uma quadra de escola de samba abraçada mesmo pela sua comunidade eh chega a ser poético né é muito bonito ver isso e os grandes desafios já trazendo um pouco da sexta ods da ONU eu a gente vai voltar a falar mas eu já vou trazer algumas coisas interessantes que me faz pensar nesses desafios do plano diretor agora e e o cumprimento das leis que precisa de da sociedade civil que é uma um acordo da ONU né do pacto global que envolve 190 qu países que se alinham para pensar sustentabilidade e Desenvolvimento Social né então a sexa ods fala justamente de água potável dos da água que é uma fundamental né pra vida humana e também de sustentabilidade a gente eu queria não queria deixar de citar uma situação que a gente precisa pensar né dentro disso um passista da Mangueira que morreu vítima de uma enchente na Praça da Bandeira que fica bem ali abaixo da da da mangueira né então a gente precisa pensar nesse lugar que é abraçado essa você falou do dia quatro dia da favela e a gente tem o dia do samba também né que é O Maior Espetáculo a céu aberto do planeta que é um movimento cultural autosustentável a gente só precisa de poder de de vontade política vontade da sociedade toda e conscientização como foi falado aqui né de que foi colocado em relação às crianças da gente levar isso porque isso é um hábito inclusive quero falar de da cultura banto né a sustentabilidade é muito nossa aí já vou puxar aqui a mangueira que vem falando da cultura banto estejam atentos e aí a gente eu acho que trazendo esse debate trazendo essas provocações e pensando quero que eh chamar todo mundo para que eu acho que tá dentro desse debate ficarem atentos à sexta a sexta ods e a 18ª que inclui igualdade racial que eu acho que tem tudo a ver com que a gente tá conversando aqui eu não sei se eu te respondi Se tiver faltando alguma coisa não a conversa vai vai vai longe vai longe vai tentei jogar tudo num bloco só mas é isso Ótimo vou voltar com você daqui a pouco mas agora eu quero falar com preto Zezé que primeiro lugar sim É uma honra tá aqui no mesmo no mesma no mesmo palco na mesma mesa que o senhor e entender porque o senhor há mais de 20 anos fundou a central Única de favelas Então o senhor tem um diálogo com os cria os moradores de favelas e o Quais são as demandas que chegam até o senhor que o senhor acha que o plano diretor ele pode atender e também reafirmando né a pergunta que fizemos aqui nessa rodada Bom dia que bem agradecer o convit do da Fórum da do Extra favelas cumprimentar aqui meus parceiros de mesa já conhecida amigos cumprimentar lideranças que já vieram Antes de nós começaram os movimentos quando tudo era literalmente mato né Tem muita gente que literalmente abriu o caminho na mão eh eu penso que um um privilégio você ter um capítulo especial sobre as favelas no plano diretor o plano diretor Talvez seja depois da Constituição o conjunto de leis mais importantes que a cidade pode ter porque ele que regula onde vai ser cada lugar da cidade onde vai ficar cada departamento onde vai ficar os pregos do poder público onde é que vai ficar como é que vai ser organizada a divisão da cidade pro nosso convívio em sociedade então acho que isso é uma coisa que do Rio de Janeiro pro Brasil vai ser bastante inspiradora principalmente parabéns a quem lutou e quem participou em todos os fóruns possíveis a gente sabe a dificuldade da gente participar e fazer as nossas demandas virarem lei demandas essas que são de toda ordem respondendo já a sua pergunta porque as favelas elas hoje elas somam o quarto estado da quase 17 milhões de pessoas então no Brasil inteiro a gente seria somados os moradores de favela seríamos o quarto estado teria mais gente nas favelas do que o Rio Grande do Sul por exemplo e quando a gente olha pro aspecto que a gente conseguiu trilhar até aqui essa soma de esforços históricos em que você tá na Segue do Jornal Globo em que você tá com presidente de um Parlamento Municipal que você tá discutindo que a favela agora é eu acho que tem várias conquistas e passos que a gente deu que precisam ser bastante celebrados precisam ser bastante divulgados até porque são essas pequenas conquistas que vão oxigenando a luta maior Eu acho que o grande desafio agora é aí pro Caiado já uma provocação positiva como é que para além dos espaços que já foram abertos para elaborar as leis como é que a gente vai produzir agora a interlocução do Legislativo Municipal com o Executivo para que essas leis virem eh realidade e a grande dificuldade no Brasil pastar a nossa Constituição que é uma das mais avançadas uma das melhores do mundo e a gente não tem conseguido tirar ela do Papel isso tem custado caro porque há uma descredibilização do da política criminalização inclusive da política H um descrédito do poder público e a principalmente a frustração da sociedade a ponto dela está apontando para outros lugares que não seja a política para solucionar os seus problemas acho que tem um enorme pela frente agora que é decidir com Eduardo pais sentar com ele construir outro uma outra etapa agora de fórum fazer um planejamento com a secretaria de planejamento com a secretaria de fazenda com o orçamento que se tem e definir prioridades para serem executadas Então acho que essa etapa agora Talvez seja a mais desafiadora de todas porque a hora em que a sociedade disputa os recursos públicos e a gente sabe que durante muito tempo as favelas só tiveram no lugar do gasto e nunca do investimento Então se é verdade que a favela é potência se é verdade que a favela tem essa força toda se é verdade que a favela produz riqueza produz toda essa referência que a gente tanto comenta nada mais justo do que a favela ter acesso à riqueza e às oportunidades que ela produz E Agora Nós temos a chance no Rio de Janeiro que é inedita acredito já falei pro Caiado que eh Presidente isso onde eu for vou falar que a câmara municipal do Rio inovou criou um capítulo especial das favelas o objetivo todo nosso é que ess situação de precariedade que as pessoas que vivem nesses lugares não existam Mas até que isso não isso até que isso acabe nós vamos estar lutando pela dignidade dos morador de favela do Brasil inteiro e acho que a imprensa tem um papel também porque muitas vezes as práticas políticas S são lembradas quando um político rouba quando um político comete uma coisa errada ou Setor privado também ou setor público acho que a gente tem agora também que começar jogar luzes o tempo inteiro de maneira igualmente intensa sobre as boas práticas desse es para que a gente possa inclusive inspirar as pessoas a voltarem a acreditar na política acreditarem na política pública e acreditar que o recurso público que que é resultado de recolhimento de impostos esses impostos vão voltar então o nosso esforço agora é fazer com que a favela Dê um passo mais além A gente já tem uma entrada grande no Parlamento vários parlamentares vindo de favela que são eleitos e agora eu acho que é de vez colocar a favela já tá no mapa do IBGE já tá na lei do plano diretor agora preciso ir para dentro do orçamento pegar a parte de recurso para que essas leis virem realidade concreta Muito [Aplausos] obrigado e você Renê eu acompanho o seu trabalho eh você eh fundou o Voz das Comunidades há quase 20 anos não é mesmo então você também tem esse contato é a idade chega para todos mas e há quase 20 anos você fou Voz das Comunidades e acompanhando você ali nas redes sociais a gente vê essa questão da demanda né você falando sobre os moradores o aquilo que chega de denúncia de reclamação durante a pandemia vocês fizeram um trabalho super importante de distribuição de cestas básicas e outros trabalhos como o que que o plano diretor essa inclusão do plano diretor significa para você que tá ali na ponta bom dia bom dia para todo mundo eh o preto CZ já saudou mas gostaria de novamente fortalecer essa saudação a a todas as lideranças de favelas aqui presentes Acho que são eh as nossas vozes as vozes de vocês as nossas enfim é que hoje estão chegando nesse plano diretor acho que tem uma relevância uma importância muito grande né porque foram muitas lutas o William né de tanta gente aqui a Kelly tantas pessoas de várias favelas de vários espaços e que lutaram diariamente que lutam para que esses esforços sejam eh reconhecidos e que a gente seja incluído nesse orçamento da cidade eh achei eh de Fato né mais cedo me perguntaram sobre achei tardio quando a gente fala de não é possível pensar a cidade sem pensar a favela né acho que é foi um ponto muito necessário né a gente ter incluído a favela mas achei muito tardio quando a gente pensa a favela como um todo como a gente olha para esse espaço que são 22% da da sociedade carioca são 1 milhão e meio de pessoas que moram dentro desse espaço e acho que é importante né quando eu olho pro plano diretor como um todo acho que vai ser muito importante a participação efetiva das favelas né E quando eu fala a participação efetiva né Você trouxe o exemplo sobre a pandemia sobre as soluções que foram criadas durante o momento da pandemia quem nos primeiros TR 4 5 meses fez de verdade as pessoas não passarem fome fez com que as pessoas tivessem acesso mínimo à água que lutaram que usaram as suas vozes todos os dias foram as lideranças de favela né foram essas lideranças que diariamente todos os dias usaram as redes sociais usaram seus canais gritaram nos jornais no Extra no Globo no dia para que as nossas vozes fosse ouvida que durante o momento mais crítico da pandemia a gente estava sem água dentro das favelas durante momentos mais críticos da pandemia onde ninguém podia sair para poder pegar o metrô pegar trem pegar ôni porque a gente estava sendo impedido devido à circulação do vírus na cidade quem ajudou nos primeiros momentos com distribuição de cesta básica distribuição de alimentos foram as organizações sociais das favelas Então acho muito importante né quando a gente pensa no plano diretor eh que a gente inclua né o Caiado citou que eu liguei outro dia né falando sobre isso eu sempre ligo para ele Prefeito ligo para outros setores e órgãos públicos para que a gente tenha essa porque a gente tem as soluções dentro da favela né quando fala por exemplo de recolhimento de lixo né são tantas demandas é uma complexidade muito grande quando se fala de favela e para quem nunca foi numa favela para quem é só ouve falar da favela nunca pisou numa favela Talvez não tenha noção da complexidade que é né criar o Caiado trouxe exemplo aqui de dos poderes Paralelos dasas dificuldades é Um Desafio gigantesco você imagina fazer comunicação fazer o que a gente faz trabalho de liderança muitas das vezes até a própria sociedade nos interpreta de uma maneira muito equivocada então é desafio é complexo mas eu acho que quando a gente tá incluído no plano diretor acho que é um momento pra sociedade né Eu acho momento para todos os cariocas entenderem que as pessoas da favelas estão sendo compreendidas como cidadãos né como pessoas que têm direitos como pessoas que podem investir nos seus negócios como pessoas que podem lutar pelos seus direitos mínimos né o acesso à água o acesso à moradia o acesso ao básico do saneamento a gente luta pelo básico do saneamento existem lugares no Complexo do Alemão existem ligares no Morro da Providência na mangueira em várias favelas que ainda hoje em 2024 muitas das vezes tem dificuldade de acesso à água tem dificuldade de acesso ao básico do saneamento né Tem dificuldades eh de urbanização de modo geral Então acho importante o Extra provocar esse debate né a câmara dos vereadores do Rio de Janeiro provocar esse debate para que a sociedade para que as favelas para que as lideranças participem desse processo porque só assim que eu acredito que haverá uma revolução que haverá de fato uma mudança eh desses lugares onde a gente tá falando que são as favelas que é um lugar de muita [Aplausos] potência e por falar em potência né esse plano diretor ele promete né Ele é muito potente então retorno ao preto Zezé porque o senhor falou a pouco sobre a questão do orçamento né da aplicação desse orçamento e quais seriam as áreas que seriam eh de prioridade para aplicação desse orçamento nas favelas é ó a pergunta do Milhão literalmente né Falando de orçamento né é milhão né Car eu acho que assim uma das coisas que a gente tem que discutir eu tenho acompanhado no Brasil o que que tem dado certo o que tem dado certo é quando a gente tem feito junto com Os territórios então cada território vai decidir não dá para fazer tudo o que que se faz e muitas vezes é interessante olhar o que são prioridades eu vou dar um exemplo eu tava numa favela e Alto José D Pinho é em Recife e eu tava com o prefeito de lá O João Campos isso bem no início née nem era tão Popstar como ele é hoje e aí vi um cara correndo e gritando prefeito prefeito prefeito aí eu fiquei pensando que era aquele Líder né que vai pedir ali sei lá ajeita uma coisa Ajeita a escola e tal Na verdade o cara pedi para ele ajudar o Santa Cruz né que um time que tava que virou até meme isso mas aí a gente tava nessa favela e a gente viu que as pessoas escalavam o morro e não tinha muita acesso quando a gente voltou pro gabinete Eu até brinquei assim pô a gente terado uma escada rolante igual que a gente viu em medelim que a gente foi em medelim tem uma favela lá comuna 13 que tem escada rante dentro da favela no morro e aí a gente realmente falou de colocar a escada e quando eu fi pra reunião do conselho lá que decidi as prioridades dentro das favelas e algumas pessoas da gestão falaram que uma uma escada era muito pouco para para aquele lugar né e daí eu fiz a pergunta Quem ali nas morava no lugar que subia escada e todo mundo morava em lugar que subia elevador Então as pessoas não sabiam a importância de uma escada na sua vida é E aí além além das escadas tinham cor mão tinha lixo que era perto tinha um lugar que tava perto de arriar tinha uma quadra quebrada então não era só uma escada que ia para aquele lugar era um conjunto de ações de melhoramento por onde a escada fosse passando Quanto é conhecida como a escada da Esperança O resultado é que de uma escada surgiram 8111 escadas nas favelas do Recife então fazer junto com as favelas É principalmente pra gente saber medir esse termômetro de qual será a prioridade de cada território quer vezer um que é uma linha do ônibus algum quer abrir uma via o outro quer uma urbanização do resto das casas outro quer uma parte de saneamento o outro quer uma parte de infraestrutura outro quer unidade básica de saúde então cada território também vai tendo um pouco assim ó tem muita coisa que falta mas isso aqui ajudar e o principalmente o que eu acho é que cada obra dessa tirada do Papel ela estimule que as pessoas continuem em Ação porque uma das coisas que a gente viu também é que tem dado certo é onde você constrói a obra e as pessoas continuam cuidando da obra continuam Fazendo a manutenção continuam acompanhando continuam utilizando equipamento e aquele sentimento de pertencer às pessoas isso continua cada vez mais forte isso tem sido um pul do gato porque isso mobiliza as pessoas inclusive Aprendeu o que diab é um plano diretor Com certeza essas informações técnicas de planejamento de unidade de IPTU de não sei o qu de eh o valor venal o valor então essas coisas são linguagens do mundo burocrático do Parlamento até você destrinchar isso por faelis demora um tempo mas quando as pessoas se apropriam desse conhecimento quando as pessoas se apropriam das regras do jogo do Poder quando as pessoas se apropriam de como funciona uma gestão pública de como funciona a relação do Parlamento com o poder público porque a tendência é que as pessoas mais e mais participem politicamente Então acho que a para além da prioridade é como é que a gente mantém as pessoas num ritmo em que cada passo que elas avançam elas tenham mais sede mais some de participar mais então cada território vai dando a sua resposta e com certeza eu acho que cresce o poder público cresce a crença no no legislativo e principalmente cresce ganha sociedade como um todo obrigado boa o senhor falava dessa linguagem né Eu até lembro de um termo que enfim já trabalhei em outros lugares inclusive com Periferia e o pessoal falava muito do protuguês né que é o português dos nossos né quem quem fala a nossa língua eu aproveito e retorno pro Senor Carlo pro nosso eh Vereador para perguntar como que se tangibilização de linguagem fácil já tá falando difícil tangenciar Tô brincando mas eu queria registrar a presença também já do presidente da Comissão do plano diretor Rafael luí Freitas tá aí participar do próximo painel obrigado para poder detalhar até melhor do que eu ele foi craque presidiu todas as comissões foram 40 todas as audiências mais de 40 audiências públicas e assim o presid Zé assim ele só levantou a bola para mim e eu tenho que só responder algumas questões a primeira ele falou como que vai ser continuar interação né da sociedade civil das Comunidades favela como todo em relação ao plano diretor Nós tomamos uma decisão tá até o presidente Rafael quando você o o prefeito encaminha o projeto no caso do plano diretor é instituída uma comissão obrigatória para acompanhar fazer as audiências públicas e definir todas as emendas dos vereadores nós fizemos duas coisas é uma anterior vou falar Nós criamos uma comissão já em janeiro em plena em fevereiro em plena pandemia eh antecipando a discussão do plano diretor e o Rafael foi o presidente designado pela presidência foi uma comissão de representação depois que foi enviado foi estipulado pelo nosso Regimento Interno uma comissão que ele foi eleito pelos vereadores juntamente com outros vereadores de fazer parte dessa comissão acabou o plano diretor aí vai a resposta quanto a ele a nós decidimos nós vereadores no colégio de líder de manter essa mesma comissão Então hoje a gente tem uma comissão que não é obrigação de ter mas com vontade política do Parlamento de continuar essa interlocução da sociedade com as comissões permanentes da casa né que o plano diretor engloba todas as né as políticas públicas Claro com a sociedade e obviamente com o prefeito né Hoje é o prefeito Eduardo paz ele foi reeleito e vamos continuar de forma intensa quanto a questão do orçamento o que que o plano diretor ajudou em relação às favelas né a gente sempre teve no orçamento obviamente orçamento para habitação Secretaria de Habitação Secretaria de infraestrutura que foi de obras hoje nome infraestrutura mas com o plano diretor quando gente foi aprovado até de de de Harmonia com o prefeito Eduardo paz criamos um capítulo da favela ele até nesse novo nesse novo orçamento ele coloca lá numa questão que eu coloquei aqui nós São 350 milhões se eu não me engano R 348 milhões reais só para Secretaria de Habitação fora a Secretaria de obras tá gente que também entra na favela tem o projeto bairro Maravilha e que é da na a habitação que é um quando a favela é mais complexo né de né de você ter a intervenção essa que del habitação mas tem aquelas que são eh eh mais urbanização mesmo que que tem mais eh facilidade de você conseguir fazer a urbanização é pela secretaria de infraestrutura que é o programa programa Barro maravilha então desses R 348 milhões de reais quando a gente fala do plano diretor aqui em torno de R 250 milhões de reais já está escrito lá não só a urbanização como também a regulação fundiária já tá estipulado eh o prefeito ele tem sempre na aprovação do orçamento Qualquer que seja for aprovado o reman jamento para ele poder fazer etc mas aqui na destinação já diretamente já tem para a urbanização das Comunidades D continuidade também por exemplo na Mangueira que tem a obra chapel da mangueira para ser feita isso aí é uma uma questão assim importante da regulação fundiária que tá no nosso já no nosso orçamento que tá sendo discutido para ser votado ainda esse ano porque é pro ano seguinte e as audiências públicas foram feitas hoje inclusive é a última audiência pública com a Secretaria Municipal de fazenda para discutir totalmente o orçamento que foi colocado pelas políticas públicas de cada secretaria então a gente tá el falou em relação a isso acho importante a gente dizer e fora o plano diretor como colocou sobre as mulheres sei que não tem a ver aqui mas queria dizer também até essa semana teve um debate a prefeitura e a Câmara ajudou a sinalizar isso o Disque Denúncia o Disque Denúncia tinha paralisado sei lá por 4 anos 5 anos ou 24 horas e a prefeitura assinou um convênio com o Instituto denúncia tá pagando e hoje 24 horas maior estatística que tem da Polícia Civil da violência infelizmente trágico das mulheres à noite e durante às vezes até da madrugada maioria da madrugada então hoje diz que denúncia funciona 24 horas com a parceria da prefeitura aportando dinheiro público para isso com ajuda da Câmara Municipal terizado da importância qu proteger falava muito dessa comunicação né Eh que você inclusive eh Liga pro Carlo e tudo mais e fala aí as principais demandas que chegam até você Mas e as demandas que por ter tantas prioridades como o preto Zezé falou a pergunta de 1 milhão de dólares não se sabe nem Quai qual prioridade dá porque são tantas e aquelas que nem o morador de favela sabe que precisa né o Gostaria que você comentasse sobre isso e como que se dá essa comunicação com o com o poder público Olha acho que um grande exemplo que a gente pode trazer em relação à comunicação com o poder público e na definição do que que a favela quer e de como o poder público de maneira geral age dentro desses territórios a gente tem um grande exemplo no Complexo do Alemão que é o teleférico que está parado já há quase 10 anos né desde 2016 e a gente teve um investimento no teleférico do Alemão de mais de 500 milhões de e teleférico tá parado e nunca nos foi perguntado aos moradores se os moradores priorizavam né a construção de um teleférico no Complexo do Alemão ou se priorizavam a urbanização se priorizavam eh investimentos em senamento básico acesso à moradia digna a todas as outras questões que a gente tem né dentro das favelas então Acho que o mais importante isso tudo é a construção do Diálogo junto às lideranças de favelas para que porque cada favela tem uma particularidade né Não dá para achar que vai fazer um plano e que todas as favelas são iguais porque não são né Cada favela tem as suas particularidades Tem favela que é plana Tem favela que é morro Então os problemas são diferentes problema de favela plana Por exemplo quando chove são as enchentes o problema da favela do morro por exemplo eh são os deslizamentos de terras que a maioria das vezes acontec muitos lugares de vulnerabilidade Então acho que é importante pensar como um todo né que haja comissões dentro dessas próprias favelas dentro desses próprios territórios onde vão acontecer esses investimentos para que os moradores as lideranças possam participar e assim entender Quais são as outras demandas que nem eles mesmos enxergam então quando a gente fala às vezes sei lá problema de lixo e aí a gente muitas vezes o voz vai lá fazer uma reportagem E aí A moradora Fala meu filho isso aí tem tantos anos ninguém vai resolver então assim já tem uma desesperança as pessoas já não acreditam Tanto que aquele problema vai ser resolvido quando na verdade existem muitas soluções que são possíveis né e ser implementadas dentro desses lugares Ah não consegue recolher o lixo em todos os lugares porque Ah tem muitos becos dentro das favelas mas você tem as motos né tem as soluções Eu vi até que voltaram muitas dessas motos e algumas dessas favelas então é importante pensar política pública ouvindo a comunidade né participando que a comunidade participe né E e essa participação se dá acho que através da câmara através de movimentos como esse de fóruns como esse onde a gente possa dialogar onde a gente possa ter audiências públicas com vereadores eh com autoridades públicas dentro desses espaços e que possam ouvir diretamente das lideranças Quais são as demandas né O que que a gente reinvidica para dentro desses espaços senhor Vereador gostaria de comentar sobre essa resposta do Renê que ele falou assim é só afirmar Exatamente isso a representatividade das favelas através da associação de moradores até representado pela CFA é fundamental eu acho que como eu falei até na minha abertura aqui que o reneu é exemplo de motivação que vale a pena para as pessoas entenderem que vale a pena sim você ter essa realmente essa representatividade liderada pelas associações pelas as vozes as vozes da comunidade acho que o que ele falou acho que se falar V redundante ficou muito bom Kenny agora eu quero voltar com você você falou aí da pauta de gênero Mas também você trouxe também a pauta da Cultura né você aí tá com o mangueira do amanhã falei o nome correto né E tem aí toda essa importância cultural que até a gente estava conversando há pouco pouco antes de entrar sobre também a questão religiosa Eu gostaria que você falasse sobre essa potência né porque a Favela Também é muito potente E como que o plano diretor pode dialogar com cultura religião nas favelas Ah é interessante demais pensar isso e o que foi falado aqui pelos meus companheiros de cada favela ter a sua particularidade e que é fundamental o diálogo o diálogo com com cada cada comunidade né e falando um pouco eu sou uma pessoa que vem de comunidade também nascida no subúrbio do Rio de Janeiro e aí com pais que passaram por várias comunidades aquela necessidade que a gente tem de ir né Mudando mudando e aí morei na Vila Vintém e hoje sempre tive essa relação com mangueira e eu chego lá e gosto de ouvir muito e uma das coisas falando né de uma particularidade da Mangueira que é uma escola de samba importantíssima pra cultura do estado que move muito dinheiro no turismo é importante a gente ressaltar de novo essa importância da cultura dentro do Estado do Rio de Janeiro é o espetáculo ao céu aberto O Maior Espetáculo ao céu aberto do planeta Isso é muita coisa né e autosustentável né que a gente falou muito disso né E existe uma vontade muito grande da comunidade de manter essa sustentabilidade né a gente produz muito e a gente reaproveita muito isso e claro com um um projeto político e a sociedade toda tendo esse olhar a gente consegue manter um espetáculo que é autosustentável por si e se tem uma coisa principalmente falando de mangueira a gente falando né da necessidade de cada comunidade é a sustentabilidade o que mais incomoda uma mulher negra e a gente de novo vem um dado que 60 mais de 60% das mulheres que estão em trabalho doméstico hoje são mulheres de comunidad São mulheres pretas o que mais incomoda é o saneamento básico é o Lixo ao céu aberto é a água que não chega sabe então dentro desse plano Eu acho que isso vai para todas as comunidades Mas é uma coisa que Mangueira que é uma que é uma que é uma comunidade que tem a mangueira da manhã você falou mangueira da manhã é uma é uma instituição criada por aceone por todas as tias esse matriarcado que é uma herança nossa né e a mangueira do amanhã é que produz a mangueira né a mangueira da manhã automaticamente produz artistas para mangueira mães que produz O Maior Espetáculo da Terra então é importante a gente dá esse olhar tô falando da Mangueira mas eu tô falando de todas as comunidades que abraçam escolas de samba né A gente tá chegando aí no Carnaval existe um grande número de turistas chegando e acho que esse olhar é muito importante para manter sustentável esse projeto isso é muito legal da gente debater e trazer dentro do plano diretor que é pro ano inteiro é importante também falar né a escola de samba ela produz um espetáculo que é agora no começo do ano mas ela funciona o ano inteiro os trabalhos sociais a questão da educação a pedagogia a cultura isso funciona o ano inteiro Então acho que é um um a gente ter um olhar interessante em relação a isso mas você fez uma outra pergunta perguntando muito também com essa relação religiosa também exato É considerar isso né a gente tem esse desafio né e na essa a ono mulheres né essa agenda ela Visa a ter esse olhar para todas as mulheres Independente de religião e tal mas a gente percebe que a gente tem esse desafio de manter a cultura não a religião né a gente tem o grande problema que é o racismo religioso no estado do Rio de Janeiro acho que só fica atrás de Pernambuco né o racismo religioso é um grande desafio a gente não pode chamar de intolerância e o problema todo é que ele eh atravessa a cultura né não fica só dentro da religião então o samba é criminalizado mais uma vez né a gente tem esse esse o desafio de trazer informação a base a lei 10.639 quero aproveitar e convidar todo mundo para acompanhar o curso antirracista da da mangueira do amanhã um projeto incrível que fala inclusive de racismo religioso que é é um debate que eu vou participar no dia 30 a gente fala de anti luta antirracismo para para crianças e para professores existe um projeto muito bacana então mais uma vez né a gente fala que a escola de SBA trazendo cultura falando de cultura e o fun aí tem milhares né assim a comunidade Negra produz cultura e isso movimenta muito dinheiro pra gente ter esse olhar e entender a potência mesmo não S de uma forma poética para deixar o discurso bonito mas é potência mesmo né a base da pirâmide social brasileira tá ali na comunidade tá na favela muito obrigado Ken gente o papo tá muito bom acho que renderia aqui de fato uma tarde de papo né mas eh eu queria dar a oportunidade de vocês fazerem as considerações finais de até 3 minutos eu vou começar na ordem inversa né que eu comecei partindo ali do Renê com com essas considerações finais por favor então acho que é importante trazer aqui também né eu tenho tô vendo aqui alguns rostos conhecidos né de movimentos culturais movimentos esportivos de educação né representante da fafer também representante de vários movimentos importantes aqui presentes é é importante que olhe pra favela né com esse olhar de dessa potência né você falou citou agora sobre o passinho sobre o funk sobre a a cultura que existe dentro da favela e quando a gente eh olha paraa cidade como um todo na maioria das vezes quando os investimentos são eh nas agendas culturais nas agendas esportivas ou nas agendas H sociais coisas do tipo na maioria das vezes isso não acontece ou não chega até mesmo os lugares das favelas né e os movimentos sociais são eles que fazem por eles próprios pegam o dinheiro daqui pega um dinheiro dali começa a fazer então acho importante trazer pro diálogo também eh a o investimento né nesses eventos culturais nesses eventos educacionais nesses eventos esportivos quando a gente fala por exemplo trazer um exemplo aqui da Expo favela né quando a CUFA decide fazer a expo favela para expor a potência que vem de tantas favelas para mostrar isso é muito importante porque tem tantos empreendedores dentro da favela tem tanta potência e que não é mostrada E aí você joga uma luz Você joga uma energia Você joga as câmeras literalmente quando todas as emissores estão lá cobrindo e acompanhando Então por que não existir mais feiras de gastronomia feiras culturais apresentações amostras culturais porque dentro da favela tem muitos projetos de teatro tem muitos projetos de cinema tem muitos projetos de Educação de esporte Mas eles são invisibilizados de maneira geral e aí acaba sendo inviabilizados né na hora das vezes você faz um projeto interno pra própria comunidade você consegue ali ter uns recursos internos mas não consegue abraçar o mundo então é importante também né até pras mídias pros grandes veículos de comunicação a gente tá aqui na sede do Jornal Globo para que a gente olhe para essas favelas com esse olhar cada vez mais um lugar de potência que tem de evento cultural de evento social de educação acontecendo porque Qual é a relevância Por exemplo quando a gente a gente tem acho que é é muito importante falar Eh sei lá sobre lançamentos de livros que acontecem na cidade como um toda tem lançamentos de livros que acontecem dentro das favelas tem amostras culturais que acontecem dentro das favelas mas na hora de priorizar muit das vezes não se prioriza esses espaços Então acho importante que a gente eh Fique atento a isso e que nos próximos anos o nosso desafio seja cada vez mostrar eh a potência que vem de dentro das favelas Sabe tem muita coisa importante acontecendo ali dentro mas muita às vezes falta investimento e falta visibilidade e muitas das vezes o investimento só vem a partir da visibilidade né muitos de nós que somos de projetos sociais culturais sabemos muito bem disso que muitas empresas muitos órgãos públicos muita gente só investe quando é um projeto que apareceu no Jornal que saiu na televisão saiu no rádio conseguiu uma visibilidade então é importante que os veículos de comunicação os grandes mídias também eh se atentem aos projetos que existem dentro das favelas para que a gente a gente tenha cada vez mais esse espaço para mostrar nossa potência e também receber investimentos Obrigado Preto Zezé eh eu acho que esses fóruns aqui são importantes também para produzir essas reflexões eu acho que os formatos eu tô fazendo muito essa conversa dentro da CUFA é que a gente tem que transformar os eventos que são bacanas em movimentos permanentes então uma dica para o Presidente Caiado e também pra turma aqui do Jornal Globo que a gente possa fazer esses fórun dentro das favelas também até para aproximar porque muitas vezes os horários Eles são muito na cont Contramão às vezes parece simples mas eu lembro que no dia que foi lançado o filme A Mulher rei a produtora do Da Da Da que tava lançando o filme convidou a gente para levar mulheres pro cinema e aí a gente saiu botou nos grupos de zap lá de São Paulo tava na CFA de lá e a gente começou a chamar e de repente 600 mulheres apareceram todas animadas porque ia pro cinema quando chegou na semana de ir pro cinema metade das mulheres desistiram de ir porque não tinha com quem deixar os filhos depois uma outra parte não podia ir porque a volta era tarde e era muito violento os lugares que elas moravam e elas estavam inseguras depois tem outra aqui o namorado o marido o pai o irmão mais velho não deixou ir enfim daí 600 mulheres a gente levou um 70 então parecia uma coisa tão simples I ao cinema e isso era uma coisa muito complexa para uma mulher mãe solo que tava ali dentro de uma favela então quanto mais a gente puder produzir movimentos que façam a ida e a volta melhor ainda né a gente acabou de fazer o G20 das favela fizemos mais de 3.000 conferências levando as conferências do G20 para dentro da favela Porque as pessoas não sabem nem para que diabo serve um G20 o que com que que come o que que faz como é que anda então a gente teve lá discutir democratizar depois produzir documento entregar aqui na semana passada no G20 e você pode também fazer aproximação Eu acho que o país inteiro tá precisando de um grande movimento de aproximação a gente tá tentando eh eu tava conversando com o Tiaguinho um tempo atrás e falando assim Tiaguinho daqui a pouco todas as lideranças do samba vão partir vai ficar suas obras e quem é que ocupa esses lugares Então qual é o legado da tardezinha então a gente pensou e lançou uma escola de pagote com a tardezinha eu falar com os molequ do Trap da turma da Main Street cara como muitos moleques quer gravar música mas não tem acesso a estúdio como é que a gente faz aí fomos lá na Segue na Penha e lançamos um estúdio igualzinho que tem lá na me3 tá sendo construído lá dentro da Penha agora Chamamos o pessoal do Sorriso Maroto Ah eu queria fazer uma projeto igual ela tard dizin não não vamos fazer igual não vamos pensar outra coisa vamos pegar um consultório odontológico tem lá e botar um programa espalhando sorrisos que tem mais a ver com a parada então assim começar a utilizar essa criatividade e essa parceria com as pessoas que estão no asfalto com as organizações com as empresas para também não só ir lá visitar e fazer aquele safar social que a gente geralmente vê né em que a gente parece aqueles ratinhos que fica dentro de uma rodinha e o pessoal que olha parece aqueles cientistas assim do safari mesmo então mas a gente produzi uma integração de verdade e que cada evento nosso possa pavimentar um movimento permanente de mudança então Espero encontrar o Caiado Renê Kenia e outras lideranças estão aqui tô vendo ali jovem cerebral que eu já conheço mas vou nem falar para não revelar a nossa cidade a que tem essa cara de jovem Mas se a gente falar é tu tá revelando nossa idade aqui é isso faz isso não cara então é a gente poder fazer movimentos permanentes o tempo todo eu acho que nós estamos num momento bom porque a sociedade tá bem cansada dessa polarização e a massa mesmo ela quer respostas imediatas quer melhora de vida quer participar das coisas a gente só tem que construir os melhores mais tranquilos e construir cada vez mais espaço onde caibam todas as pessoas que querem colaborar perfeito Kenia só vou pedir para que seja em Três minutinhos mesmo tá ótimo o papo mas que o nosso tempo tá apertado pras próximas mesas é não é acho que é basicamente isso a gente prestar atenção que a favela produz deixar de ter esse olhar romântico né de que ah favela como preto como Renê falou a gente olhar como potência de verdade né a gente falou de de de samba de Trap de rap de funk né de todos os ritmos que sustentam o Brasil que são a base da cultura brasileira Mas a gente pode falar de moda por exemplo que a gente vê na passarela sai da favela né as estampas os brincos e tudo que as tranças né os cabelos tudo sai da comunidade Então se a gente parar eu acho que é a grande provocação a gente deixar o romantismo um pouco entender potência na base sabe a culinária né a gente falou falei aqui no início de que 60% das empreendedoras do Estado do Rio de Janeiro São mulheres negras né E essas empreendedoras carregam no DNA as primeiras empreendedoras do país que pisaram aqui que são as mulheres africanas que ajudaram a libertar os negros então seus filhos e netos então isso tá no nosso DNA produzir cultura produzir eh grana né Acho que muita gente não sabe a gente precisa eh deixar de demonizar a relação entre favela e dinheiro né entendendo que é a base da pirâmide social que tá lá dentro e daí ess se olhar pra cultura entender que o samba não acontece só em fevereiro existe todo um movimento social de Educação de sustentabilidade de preservação e mais uma coisa só para fechar Se tem uma coisa que Mãe Preta odeia é lixo né a gente a gente isso vem da Cultura bant isso vem tá no nosso DNA então mexe com a saúde mental então a sexta ods da ONU né que é o projeto para que a gente Pense um planeta mais igual onde 194 países estão envolvido fala disso então assim se existe uma coisa que dentro da cultura preta e eu não tô falando de religião né mas uma vez a mangueira vem falando da cultura banto acho legal entender um pouco dessa história o samba tá aí para contar a história também né Sempre todo ano quem é que nunca Puxou um samba para fazer uma prova lembrar de alguma coisa então eu acho que é educação e é o ano inteiro e eu acho que se a gente começa a prestar atenção nisso vai ser muito legal pensar sustentabilidade pensar que isso mexe com a saúde mental que é um tema muito atual né a gente precisa pensar nisso então o meu recado é esse obrigado senhor presidente obrigado assim todos que eles falaram aqui foi tudo maravilh né tá aqui né falando no final da sua fala sobre a produtividade que foi início da minha fala da Liberdade Econômica quando a gente falou da lei que nós aprovamos né que a comunidade produz mas tem que estar formalizada a poder você o seus produtos serem entregues pro Brasil pro mundo todo E a gente tem buscado isso e não ter ninguém para intermediar ser direto acho que esse é o nosso objetivo da Liberdade Econômica principalmente o Renê também colocou aqui sobre os eventos culturais queria dizer até o Rafael é testemunha da nosso diálogo com o secretário municipal de cultura quem olhou olhar o edital eh do incentivo do ISS eh que tem na Secretaria de Cultura da nossa legislação esse edital foi colocado com o objetivo principal de ter os projetos que estão relacionados diretamente nas comunidades no subúrbio carioca muito importante dizer isso o edital só V lá diferente de tempos atrás que era só para grandes eventos nos centros de bairros esquece que essa essa questão Cultural de recurso mesmo de dinheiro tem que incentivar os projetos que estão dentro dentro das Comunidades e dizer assim o pouco tempo que eu tenho é que a câmara sente muito feliz poder est em mais um debate como esse vamos manter sim de forma permanente e eu fui reeleito né o vereador Rafael também foi reeleito para novo mandato espero que a gente possa ser reeleito também para ser presidente pra gente poder manter essa política pública como direção da presidência da câmara e dizer assim que eu vou deixar com você aqui o capítulo do plano diretor se puder depois publicar aí no YouTube não sei de que forma vocês podem colocar isso dizer que isso aí é uma referência sim que a mobilização que foi colocada aqui de ser de uma forma permanente para fazer o direito né da população em como o debate nosso das Comunidades E como eu eu sempre falo para realmente finalizar a nossa fala e o objetivo dessa discussão são vários né que já falamos vários deles mas um deles eu acho que é um dos principais também que a gente é humanizar eh a questão do trato da favela de todos entender nessa humanização que vocês têm nós temos mas de ser uma coisa muito maior de que qualquer pessoa que tem que entender isso desde a criança principalmente que a favela são lugares de pessoas boas trabalhadoras lembrar das nossas mães como ela disse aqui muito bem das nosas Comunidades de valorizar as mães o que que as mães das Comunidades quer paraos seus filhos as mães querem tudo melhor paraos seus filhos e dentro da comunidade nosso objetivo tem que ser esse acho que esse é uma mensagem que esse aqui que nós estamos passando para todos a gente não pode ter sequer um desrespeito com qualquer morador de favela qualquer da sociedade quer que seja ainda mais da comunidade pelo amor de Deus nós temos que ter isso na cultura das pessoas eu acho que isso é um momento que a gente poder est aqui eu acho muito legal muito obrigado a todos e bom dia boa tarde senhor presidente Kenia Preto Zezé Renê mais uma vez muito obrigado pela participação de vocês aqui na primeira mesa Agora vamos começar a segunda mesa então agradeço vocês e convido até vocês se puderem participar da plateia também vendo assistir na próxima mesa e você que tá aí de casa não sei para onde eu olho não sai daí não que a gente vai continuar por aqui nossa tô me sentindo o apresentador hein então muito obrigado Mais uma vez tá bom Obrigado todos oses PR favor só olhar no fot tá ali usara preta aqui aqui aqui aqui aqui E mais uma vez ainda é bom dia né não é boa tarde dessa vez ainda é bom dia e bom a gente tá aqui agora paraa nossa próxima mesa e aqui a gente tem a in Paula vereadora e ex-secretária de Meio Ambiente Simone Rodrigues advogada especialista em política e planejamento Urbano luí Carlos Toledo arquiteto e pesquisador criou o plano diretor da Rocinha e Tainan de Medeiros vice-presidente do Instituto papo reto inclusive um salve aí pro Raul Santiago que também tá aí no Instituto papo reto bom a mesa agora né esse painel ele tem um tema que eu acho que é o tema que atravessa todos os demais painéis somos todos cidadãos Como oferecer Nossa cidadão saiu bem carioca né Como oferecer dignidade e inclusão para os moradores das favelas então nessa segunda mesa vamos vamos aprofundar sobre os caminhos para que as favelas recebam projetos e intervenções que garantem o acesso da população a saneamento básico a mobilidade urbana A moradia digna assuntos que já foram até falados aqui outros como regularização fundiária e urbanística afinal E aí vai ser essa pergunta para pros quatro Quais são os principais aspectos que a execução do plano diretor deve ter cuidado para evitar efeitos negativos nas favelas começando pela vereadora Pain de Paul seja muito bem-vinda inclusive primeiro Marcos É uma honra est aqui eh já tínhamos participado de um painel semelhante a esse há um tempo atrás falando sobre o plano diretor então quero louvar mais uma vez os canal Extra jornal Extra enfim todos os veículos aqui participantes dessa discussão e claro saudar essa mesa potente com o nosso mestre na figura do nosso mestre inspirador professor de todos nós Professor Toledo Sem dúvida alguma e e acho que o Rio de Janeiro conseguiu reparar eh um um buraco histórico sobre as favelas sobre a discussão das favelas nesse plano diretor a gente teve o plano diretor de 92 depois de 2011 nos dois planos diretores que se instalaram e mesmo os planos setoriais anteriores né a gente não tinha um plano diretor da forma que a gente reconhece hoje depois da constituinte mas a cidade do Rio de Janeiro sempre teve instrumentos de planejamento em maior ou menor grau e a favela sempre foi muito invisibilizada nessa discussão toda sobre o que é cidade existiu Claro no movimento dos anos 80 onde a dinâmica Comunitária dinâmica de favela estava muito efervescente muito a se estabelecer e claro eh consolidou avanços importantes na democratização do país acho que a o próprio estatuto da cidade é em grande medida uma luta que são os moradores oriunda dos moradores de favela naquela conjuntura Mas apesar dessa luta toda havia um grande Limbo do ponto de vista eh do ento do do ordenamento urbano Principalmente nesse grande instrumento que é o plano diretor você falar específicamente sobre a favela com critérios específicos como se cidade de fato fosse é o plano diretor eh mais recente do Rio de Janeiro e acho que não só a partir do capítulo de favelas mas todas as discussões que a gente conseguiu inserir nesse formato a gente eh exclui a dinâmica do aglomerado subnormal dizer que a favela eh é um problema né é um um aglomerado de problemas e que sequer tem nome então a gente falar de comunidad tradicionais falar eh de assentamentos populares e falar a palavra favela como eh o nome correto a ser eh eh formulado indicado acho que é um grande avanço mas eh reparar esta ausência e a negligência do debate sobre a favela Eu acho que é o mais importante pra gente afirmar fechando aqui esse Pitaco né Inicial Eu acho que avançar na discussão da Inovação Urbana para a favela é algo também muito importante a gente tem a discussão a gente tinha a discussão Habitacional descolada da discussão de favela e é algo que depois e mais à frente eu quero falar para vocês a gente pensar em assistência técnica específica para favelas e não só nos falto a gente falar em adaptação de favelas à mudança do clima e as ondas de calor é um super Avan a discussão a incidência de uma dinâmica de paz continuada que fale sobre segurança pública a partir da organização Comunitária é algo muito avançado né a gente tá no momento Onde existem setores da sociedade que eh desconstroem que a dpf é uma negligência é um absurdo e a gente tá com um plano diretor no Rio de Janeiro super avançado fresquíssimo dizendo que é sim parte da governança da favela falar sobre segurança pública com quem é impactado pela falta de segurança que são os favelados Então acho que são os avanços aí os movimentos de reparação que a gente consegue fazer consegue pontuar no primeiro papo ótimo bem objetiva Simone agora eu pergunto para você não vou seguir aqui a mesma ordem h e vou sempre alternando também Essa ordem nas próximas rodadas essa mesma pergunta né Como que você avalia Quais são os pontos negativos né que o plano de diretor deve evitar para não ter de fato efeitos negativos nas favelas sim eu agradeço a pergunta bom dia boa tarde né a todos eu tô muito contente de participar aqui desse debate né Conheço aqui o professor Tainá também o o de algum lugar Tainan né Tainá Tainan acabei me enrolando né dos debates dos espaços de discussão na desconstrução por uma uma política pública mais inclusiva na cidade eh eu gostaria de compartilhar com vocês também né que não apareceu ali na minha apresentação que eu participo de uma rede né no Rio de Janeiro chamado eh o conselho popular do Rio de Janeiro é uma rede já de muito tempo desde 2009 2010 né já tem muitos anos aí de estrada que articula moradores de favelas eh membros de movimentos sociais de moradia né Eh Assessoria Técnica Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro que é uma rede também muito potente né que vem há muito tempo né e participando dessa dessa construção inclusive do do debate da revisão do plano diretor também né sou queria da Rocinha né então muito bacana tá aqui ao lado do Toledo né que foi eh um mestre né pra Rocinha né criador junto com os moradores do plano diretor da Rocinha né que foi observado parcialmente pelo PAC né que a gente tem muitas críticas a gente pode falar ao longo desse debate então respondendo diretamente como evitar esses efeitos negativos a primeira coisa que me chama atenção é que muitas vezes né Por exemplo eh a gente reivindica né os coletivos sociais né que eu comentei dentre outros que é importante que seja construído uma política permanente de reur banição de favelas né atrelada integrada diretamente a regulação fundiária só que nesses processos tem muitos percalços O que que a gente vê que muitas vezes o que era para melhorar e qualificar a vida dos moradores de favelas é usado como um mecanismo de expulsão de remoção de afastamento né de tirar a pessoa que tá na favela ela não volta às vezes ela se quer indenizada é passa por processos de atropelos né de de desrespeito com a pessoa humana mesmo né que sequer foi foi ouvida por exemplo precisa abrir uma rua para melhorar a incidência do Sol do do ar né para combater o índice de tuberculose como no caso da Rocinha né um dos maiores índices da América a gente entende que é necessário a gente cobra isso mas a gente quer que as pessoas fiquem Fiquem na Rocinha fiquem no alemão Fiquem na providência no vidgal e que não que isso seja usado para disfarçar né uma política que acaba sendo remocion e a gente eh sempre reivindica pelo Direito de permanecer nesses espaços né então é muito importante a gente evitar esse efeito negativo né que a reurbanização seja travestida como né uma expulsão é uma outra coisa também que eu gostaria de compartilhar é que a gente sabe que as ocorrências climáticas né os efeitos dessas dessas chuvas dos temporais são cada vez mais frequentes no Rio de Janeiro historicamente isso tá aumentando e esses efeitos que são negativos direto recaem sobre as favelas né n sobre as periferias da cidade né 2019 todos os anos a gente tá vendo isso e como que a gente evita né esses efeitos negativos que já tá acontecendo e a gente só vai pensar reagir durante ou depois né e o durante nunca é o município o estado que vai nos territórios como o Renê falou na outra mesa sempre é o Nós por Nós são ações são iniciativas de dentro da dos próprios territórios de favela né dos coletivos dos movimentos sociais populares ações de moradores igrejas né são vários perfis que estão ali juntos vendo como acolher como eh prevenir maiores impactos sobre as famílias atingidas é sempre Então como que a gente pode evitar isso né criando também uma política permanente de prevenção de desastre ambientais porque não dá mais pra gente ficar contando óbito é é muita tragédia e a gente percebe que o desastre e a própria tragédia é um produto dessa condução da política Urbana que vem sendo até aqui excludente né a gente criou a favela como alternativa são modos de vida com muita potência eh finalmente foi incluído no plano diretor né da cidade do Rio de Janeiro e a gente quer de fato que saia do Papel né evitando todos os esses efeitos negativos Então tem que pensar antes com prioridade né ouvindo as pessoas O que que a gente mais quer né também eh reforçando da outra mesa é ser ouvido uma escuta atenciosa ativa de ir no território né de criar planos populares né territorializados Porque de fato cada território tem a sua necessidade suas prioridades né lá na Rocinha a gente entendia que o teleférico não era uma prioridade paraa favela né embora a gente precise de mobilidade mas existe alternativa a necessidade de mobilidade né como plano inclinado dentre outras coisas e sim um saneamento né e foram muitas ações de Protestos manifestações que conseguiu eh fazer com que essa prioridade fosse ouvida né só que não foi ainda concretizada Porque de fato ainda O saneamento não tá universalizado no Rio de Janeiro nas favelas cariocas Obrigada Obrigado viu agora eu vou falar com alguém que tem experiência e que fez o plano diretor que é o Toledo eu até tomei liberdade de chamar é Luís Carlos Toledo e que o senhor desenvolveu o plano diretor ali em torno de 2008 2010 pra Rocinha né e ele acabou que não foi incluído totalmente o senhor vai falar sobre ess sobre esse ponto eh eu vou fazer uma pergunta mais específica sobre isso numa próxima rodada mas focando nessa pergunta Inicial Quais são os pontos negativos que esse plano atual Tem que evitar coisa não é Primeiro vou agradecer o convite e tal agora vou entrar no assunto direto eh Luiz eu só vou pedir por gentileza se possível se aproximar isso mais o microfone tá bom obrigado olha só para evitar er a principal coisa é ouvir o morador ele sabe mais que ninguém o que você tem que fazer eh eu tentei fazer isso neinho E durante 2 anos eu mantive um escritório dentro da Rocinha para fazer o plano diretor e eu considero que realmente a gente ouvia o morador eu brigava todo dia com o willam e e e tinha dois moradores na prov é minha própria equipe o PC e o edg já faleceu então durante 2 anos nós tivemos com as portas abertas do escritório fora reuniões que nós fazemos em cada bairro da vazinha Eu acho que o plano diretor da vazinha que eu tô lançando em livro agora em dezembro o livro vai ter mais de 500 páginas porque o plano foi completo e e foi feito com o morador eh realmente e o ele pode confirmar isso e por exemplo na Rocinha não tem teleférico graça do plano né tem plano inclinado porque e para mim o que deu errado da deu errado do trabalho é que o plano não foi implementado o que era o algumas coisas foram feitas de importante por exemplo o Centro Esportivo que pega mais de 5.000 crianças da R assim pode fazer Esporte todos os dias eh ao abertura da raa 4 que é o lugar de Maí de tuberculose eh por e a a o o C4 que é a biblioteca pública dazinha já a UPA que também foi o projeto do plano era para ter sido um centro de clínica muito maior e não sei porque fizeram uma Upa eu projetei esse centro eh não só para Rosinha mas tem meu problema mão e para e para para mão e para aquele outro agora me esqueci o nome é foam para TRS centos nenhum foi construído nenhum foi construído e meu escritório é especialista em projeto hospitalar bom então e para evitar erro tem que fazer fazer com os moradores tem ter o escritório dentro da favela não pode ser fora da favela porque senão ele não é legítimo e hoje as favelas da minha época para cá sofreram uma revolução eh na minha época eh quando eui fui na rinha durante 2 anos tava surgindo a internet não assim Isso mudou a vida as L House pocar na racin e o acesso a aos moradores do conhecimento foi enorme aí depois vieram os vestibulos comunitários dentro da Rocinha e as medidas as medidas protetora né que vieram eh protegendo pobre negro e E com isso hoje não assim o que profissionais de toda a profissão então o plano desse só pode ser feito com a particip participação desses profissionais que estão dentro da racin e eles entende como ninguém o que a rinha tá precisando isso vale para todas as favela essa revolução aconteceu em todas ela bom o que me preocupou aí na mesa anterior que é o o plano diretor E daí que saiu no cois esse daí importantíssimo se ele não não tiver verba para fazer esse plano diretor e e eh para implementar o plano de diretor não adianta nada vai ficar como eu na gaveta do do governante né então o que me preocupou que o o o vereador falou que tem 350 milhões se eu entendi bem ó a Rocinha para você implementar o plan da Rocinha no mínimo 2 bilhões 2 bilhões então 350 milhões não é nada é É lógico que o morador O plano dele pode ser feito de duas e três administrações o meu plano era para 15 anos agora tá Seria Pronto já estaria pronto se fosse implementado e outra coisa que que me me eh me lembrou numa outra palavra dessa eu vou encerrar é ninguém precisa sair da Rocinha para fazer o o para colocar saneamento só que a gente tem que fazer as primeiras moradia a moradia pro cara não precisar sair da ria quando tem abertura de ru e para entrar O saneamento então é a primeira coisa que des começa é fazendo moradia Então esse fantasma de revolução não pode afligir o morador Senhor tedo por isso acaba Muito obrigado muito obrigado a gente vai voltar a falar sobre né o plano da Rocinha atualização com o senhor eu imagino que o senhor tenha muito muito a falar pra gente mas agora eu quero perguntar também pro Tainan né E esses pontos negativos aí para fechar essa rodada pra gente partir para as outras perguntas Olá gente bom dia a todas a todos bom dia a todo mundo queria agradecer muito esse convite pelos ao Instituto papo reto participar aqui dessa mesa com essas pessoas que admiro bastante e troquei uma ideia ali com o seido conhecer ele agora rimos do início ao fim aprendi um monte de coisa anotei um monte de coisa aqui antes da gente entrar aqui e já esve com a vereadora tain Paula também em várias outras ocasiões tô aí Ah tem que tem que vestir né estamos online est ao vivo eh troquei uma ideia aqui também com a minha colega a gente e percebendo isso a gente e acompanhando a outra mesa eu percebi muitas sintonias em algumas coisas mas tem E aí respondendo já à pergunta queria dizer que todas as falas aqui teve um elemento em comum que foi o que mais sobressaiu que é ouvir o morador E aí eu vou me fazer repetir isso mas vou fazer alguns adent sobre isso porque a gente quer muito ser ouvido mas não é a gente não quer apenas ser ouvido a gente quer participar e isso faz total diferença por eu enquanto morador Eu Sou cria da Vila Cruzeiro morei no Complexo do Alemão Tô há 3 anos fora de favela não tô morando ali mas tô com 41 a minha vida toda foi dentro de favela né minha família toda e da caixa d’água mor do caracol da Fé toda aquela região da Penha toda né e e muitas vezes eu ouvi esse discurs urso do do poderoso do político falar olha a gente tá fazendo isso porque a gente ouviu o morador tá aqui a minha foto com esse morador no dia que eu conversei com ele e muitas vezes aquele eu ouvi o morador Foi só aquele momento mesmo em que ele foi lá falou rapidamente ouviu aquela demanda tirou aquela foto e em cima daquilo ali justifica alguma coisa é em cima disso que os nós moradores estamos sempre falando cara queremos paz dentro das favelas queremos paz e o que que mandam pra gente ah que é paz o jeito de resolver isso é como é com Caveirão toma Caveirão toma Caveirão toma tiro e tal e eu sinto que eu não tô sendo ouvido eu não tô sendo Claro nessa coisa por quê Porque eu não estou participando dos processos de decisão E aí aqui trocando lá a ideia com o professor Toledo ele mostrou aqui toda a metodologia toda a metodologia de como fazer essa participação o escritório tá ali dentro da favela sabe troca de ideias mais de uma vez com morador morador participando daquilo ali estando presente no processo de criação e participação então Eh se a gente vai ouvir vi o morador eu quero ver a metodologia de audiência desse morador a metodologia de participação desse morador E aí eu vou falar aqui sobre uma coisa da qual tive a oportunidade de participar e da qual me dá muito orgulho porque a gente tá conseguindo muita coisa legal no Complexo do Alemão que é o plano popular do complexo alemão nós moradores puxados especificamente aqui vou dar os devidos créditos pelo raízes e movimento que é uma instituição que tem lá dentro o Alan Brum especificamente foi uma das pessoas cabeças ali vou dar esse nome mas tiveram várias outras pessoas aqui para ser justo também e e percebeu que eh a política pública para favelas especificamente o complexo do alemão carecia dessa forma de se ouvir e como que ele percebeu isso no Censo o Censo atual tá dizendo que o complexo Alemão tem uns 70.000 moradores gente não tem isso nem no meu beco sabe 70.000 moradores não não tem mas por que que isso acontece por causa da metodologia de Senso está e eles pegam a metodologia da pista e aplicam na favela que é uma outra forma então então numa numa família numa casa de uma favela você tem um puxadinho ali onde o seu filho tá lá com a esposa com o filho sabe então naquela casa ali você não contabiliza uma família você contabiliza no mínimo duas sabe isso tem tantas outras casas ali também E sem contar também que não tem a lógica do quarteirão é uma outra lógica dali de uma que se organiza a favela e Esso eu tô falando especificamente favela de Morro tal tem outras favelas que até tem né Eh se favela plana é mais possível fazer esse tipo de planejamento né E aí perce recebendo issso ele falou cara a gente não tá sendo ouvido direito não estão conseguindo ouvir a gente eh precisamos criar um criar uma forma de fazer isso então criamos vários fóruns para discutir o que que a favela queria e esse fórum gerou o plano Popular eu vou ser breve que eu sei que tem uma questão de de tempo tem muita coisa que eu gostaria de falar mas gerou esse plano Popular que tá online vocês podem jogar aí no Google plano popular do complexo Alemão tem Tod agradeço Mat tá na recebeu eh entregamos pro entregamos também I mostrar muitas pessoas entregando pro presidente Lula eh quando ele esteve no Complexo do Alemão conhecendo o CPX conhecendo o CPX do Alemão usando o boné do CPX do Alemão que sempre nos deu muito orgulho essa sigla eh entreg e O entorno daquilo ali a gente conseguiu muitas coisas inclusive a universidade o Instituto Federal que vamos ter agora e só para encerrar eu acho que é importante também uma outra coisa as favelas elas surgem eh a primeira favela ela surge como Morro da Providência como uma Providência a ser temporária hoje em dia estamos vios que as favelas são permanentes e não apenas são permanentes as favelas Elas têm museus eu sou museólogo sou museólogo e jornalista se a favela ela tem Museu ela tem vontade de memória ela quer ser lembrada ela tem orgulho da sua história e se ela tem orgulho da sua história ela quer permanecer ou seja primeira coisa que se tem que se evitar se evitar ouvir e não ouvir o morador segunda coisa remoção Não é isso não pode tem que construir casa e a terceira não tem como falar sobre isso gente não dá para fazer nada com cheiro de esgoto a céu aberto não dá para fazer nada assim saneamento é básico o nome do negócio é saneamento básico Então se é básico tem que ser básico tem que ser feito e é ponto final eu vou passar diante que a Depois eu falo as outras coisas Valeu vamos vamos correr aqui com tempo é bastante bastante e é muito importante se falar sobre esses assuntos e agora eu pergunto pra Simone você que é advogada a luz do direito né a gente fala aqui sobre várias questões Mas quais são os mecanismos para garantir a este indivíduo a este morador aí se cria de favela a garantia dos seus direitos básicos E aí eu pergunto também Imagino que tem várias pessoas de favelas e eh vendo essa transmissão agora então para que não só ele consiga falar Mas para que ele consiga também entender porque direito tem aquela coisa meio truncada aquela linguagem maravilhosa mas então para para traduzir para essa pessoa da Favela Também entender por gentileza Oi eu agradeço a pergunta então a gente tá aqui conversando debatendo sobre os direitos sociais né ele tá respaldado nssa carta maior na Constituição lá no artigo 6 né são os direitos sociais a educação a saúde acionamento básico a moradia né a mobilidade urbana dentre outros direitos sociais e essa carta maior ela tem que ser incorporada e observada por todos os instrumentos normativos plano diretor Lei Orgânica do Município né a constituição estadual Tem outras diretrizes federais né a a lei de regulação fundiária Então são vários mecanismos que o o morador de favela eles podem acionar pelo Direito de permanecer da segurança da Posse né que tá ali eh dando função social à aquele território seja um território de uma origem privada ou pública né Eh existe isso nas favelas né Tem parte que é do poder público que é do município que é do estado que é da União tem forma de regularizar e garantir a segurança da Posse seja com uma concessão de direito real de uso né cedru cuem a reio Rubi social dentre outros mecanismos aí se é uma origem privada né que tá lá no nosso RGI porque no Brasil é proprietário né quando a gente configura como como proprietário dentro do do registro geral de imóveis né que são os cartórios é como que a gente regulariza para morador de favela que tá ali morando a 20 30 40 50 anos essa garantia né de ter o seu título a sua titulação através do uso capião existe uso capião coletivo quando é difícil de você eh separar né onde começa onde termina a delimitação onde a casa foi construída onde as pessoas vivem né se reproduzem socialmente aí além para além da titulação né Eu queria até pontuar isso que a regulação fundiária ela tem que tá atrelada à urbanística né garantir condições de morar ali com segurança né prevenindo eh riscos socioambientais de Enchente deslizamentos com a coleta eh a coleta do lixo efetiva né o e o ensino da educação ambiental para o descarte do L ser feito de forma correta eh a as infraestruturas urbanas né do saneamento básico da da contenção de encosta né tudo isso eh a gente pode até ter orgulho de falar que Rio de Janeiro Brasil né tem o maior caboo legislativo que respalda nosso direitos sociais né O que falta né que a gente tá aqui identificando é a priorização né é ouvir as pessoas ir participando né com monitoramento acho que as pessoas tem eh a gente precisa se aglomerar né em grupos para se fortalecer criar fórums né vários espaços dentro da favela e fora para aproximar todo mundo porque a gente precisa sair da zona de conforto né quem não tem eh essa essa questão de morar num lugar que pode ser melhorado né que mora em outros territórios da cidade precisa se você tá junto ao lado dos moradores de favelas porque aí a gente consegue avançar né nessa discussão incluindo de fato tirando do papel que a gente precisa morar ali a moradia como componente que ela tá totalmente interligada a todos os outros direitos sociais e como o colega falou aqui não tem como a gente morar pisando na lama sentindo cheiro de esgoto a céu aberto ou morar dignamente é com saneamento básico é com toda a infraestrutura urbana tendo acesso à à mobilidade na cidade né podendo circular na cidade não um trem que fecha antes 10 horas da noite num domingo né que é surreal eh ônibus que some depois de 9 horas da noite também que é surreal que isso vai criando eh eh interditando as pessoas né a sua vida ela deixa de realizar várias coisas porque não tem como circular na cidade então tudo isso a gente tem que se organizar monitorando com controle social acho que é importante a gente saber que a gente tem direito também é de um de fazer um orçamento participativo né sabendo investigando tem que ter sistemas de informações que alcancem os moradores favelas né Não só na rede social nos sites aplicativos mas lá com reuniões sistematizadas né e com frequência com essa devolutiva que o morador ele tá elaborando construindo junto monitorando toda a execução do processo com a prestação de conta e tudo que não for eh não tá funcionando né com esses balanços que a gente podem eh seguir no processo revisar criar uma uma outra forma de fazer né acho que é por aí e eu queria também deixar já para amadurecer depois no no debate que a gente precisa começar a pensar que a reurbanização de favela junto com a regação fundiária tem que estar junto com provisões habitacionais dentro da favela e no entorno como no centro do Rio de Janeiro que é um local sub eh totalmente Ocioso né depois de 6 horas a gente não vê mais as pessoas direito circulando e a solução pro centro da cidade é o morar é o morar do Trabalhador do camelô do morador de favela periférico que tá ali que Às vez vem de Santa Cruz para trabalhar no centro do Rio de Janeiro ele precisa acessar a moradia de onde ele tá trabalhando também né Eh porque o que a gente tá vendo aí são só Empreendimentos que não atingem as classes populares né que os assalariados de 1 dois e três é só quem ganha um pouco mais e a gente sabe queria até denunciar aqui para fechar minha fala que a gente teve um plano popular do Porto Maravilha que foi engavetado que foi uma contrapartida social do Conselho gestor do FGTS e o FGTS é dos trabalhadores do Brasil né que é o fundo dos trabalhadores do Brasil que eles nunca acessam né a Prefeitura do Rio de Janeiro eh ficou incubida de fazer pelo menos 10.000 habitações populares e não fez nada começou inicialmente com cinco teve o fórum conseguiu dobrar estávamos lá né os movimentos populares sociais favelas de moradia Popular conseguimos dobrar né a previsão da Habitação popular e não foi feito não saiu do Papel então a gente não pode deixar isso acontecer de novo né temos que prevenir e como que a gente vai prevenir eh criando essas redes de fortalecimento com planos populares e monitorando esse orçamento participativo Muito obrigado agora eu passo a palavra pra senhora né o que eu iria fazer uma outra pergunta mas a partir dessa demanda o que a senhora gostaria de comentar sobre a fala da Simone Sim vou pegar o gancho do Déficit Habitacional porque eu acho que é um um debate que a gente precisa acumular inclusive nacionalmente e a gente nos últimos 30 anos diria até mais nós acumulamos que a produção de novas moradias Seria algo determinante pra gente garantir acesso habitação para todo mundo e isso não é uma verdade não é uma verdade porque muitas vezes a gente constrói novos estoques que não são acessíveis à classes populares aos mais pobres como Simone pontua e a gente tem todo o estoque já produzido que às vezes tá vazio tá vago e que não é colocado para sequer a classe média sequer quem ganha acima de r$ 5.000 consegue acessar aquela moradia e pensar que bairros como Copacabana bairros como Flamengo isso já acontece em menor escala mas eh já é um caminho natural que Copacabana já eh historicamente vem migrando de se tornar eh bairros dormitórios para o rbnb porque os reais cariocas Não estão conseguindo pagar o valor do aluguel o valor da moradia nestes bairros Ou seja a gente tá alimentando uma moradia que muitas vezes é para uma população flutuante às vezes nem é residente do Brasil às vezes é um sujeito que vem de fora ou para um turismo comercial ou para um turismo eh que de fato acontece na cidade para usufruir a cidade mas eh em detrimento das pessoas que de fato precisam morar que de fato trabalham próximo àqueles bairros e obviamente qualificam a dinâmica da própria cidade o centro do Rio está vazio porque nós temos Claro um processo econômico que impactou significativamente desde a crise de 2008 atravessou eh todo o processo de desconstrução do Brasil de golpe Não quero falar não quero revisionar aqui tudo que nós passamos nos últimos anos e obviamente a covid-19 terminando de enterrar o nosso centro da cidade e nesta dinâmica eh entendendo que nós temos um decreto desde o final dos anos 70 que proibia mor dia eh no centro do Rio foi o reviver centro uma legislação inclusive da Câmara de Vereadores bem recente da minha legislatura que promoveu permitiu que a gente eh tivesse de novo novamente eh as moradias na área Central A gente ficou quase 30 anos sem impossibilidade de construir moradias ou de uso misto ou de uso Habitacional e esta reversão não necessariamente está sendo colocada para aqueles que que mais precisam e o que que eu acho que a gente poderia investir na próxima quadra que é algo que tem do plano diretor como uma das metas dos próximos 10 anos como é que a gente investe em locação social que que é um instrumento Já usado em São Paulo usado em outras capitais do Brasil e o que o Rio de Janeiro precisa experimentar um sujeito muitas vezes não quer comprar uma casa ele quer acessar uma moradia ele quer ter a garantia de est estudando aqui no Rio de Janeiro e durante 4 5 anos poder acessar os mais jovens tô com jovem aqui na plateia balançando a cabeça e ele sabe muito bem essa realidade as pessoas que vêm da Baixada Fluminense querem trabalhar no Rio de Janeiro e e não querem morar aqui querem morar temporariamente durante 5 6 anos e não querem morar nas calçadas da Presidente Vargas não querem morar nas calçadas do Rio Branco poderiam sim estar ocupando um aluguel mais barato acessando um aluguel de r$ 1.000 r$ 500 eh no no estoque já construído da cidade a partir de locação social a gente tem um instrumento já em São Paulo desde 2013 que é fta de solidariedade que é algo que a gente precisa estimular aqui no Rio de Janeiro eh o mercado imobiliário quer construir nas áreas de expansão na barra e no Recreio parte aí desse empreendimento não me paga em pxs não pega um dinheirinho e constrói habitação de interesse social em outro bairro em outro lugar eu tô ficando idosa Toledo então eu tô revendo inclusive essas novas centralidades Eu sou uma mulher eh dessa quadra né que disputou muito o centro do rio mas a dinâmica Urbana mudou tanto que existem Novas centralidades hoje tem gente que foi para Campo Grande na esperança eh de ter uma melhor qualidade de vida na esperança de ter eh uma chance de construir a sua própria casa o índice de autoconstrução na zona oeste profunda do Rio de Janeiro ainda é muito grande eh a gente não fala mais disso né a gente deixou de falar da autoprodução que assim como a Favela Também é um acesso direto à moradia eu confio muito e acredito muito na lei da assistência técnica que a gente tem que eu tive a honra de complementar A partir dessa minha atuação na na na última legislatura e que ainda precisa ser efetivada no Rio de Janeiro eu acredito piamente que é possível construir casas melhores na periferia na zona norte na zona oeste do Rio de Janeiro que não estejam na beira do Valão que não estejam em áreas eh precárias que sejam construídas de forma adequada que tem uma assinatura de arquitetos tão brilhantes como Toledo Eu acredito na boa qualidade de vida e na boa arquitetura para todo mundo isso não deve ser um ativo para aqueles que podem pagar mais por isso e isso impacta diretamente a vida do mais pobre acho que a pauta climática obrigou todo mundo que fala sobre cidade a voltar a discutir a qualidade da moradia das favelas que aí eu acho que que é algo que pode ser aprofundado não só aqui no nosso papo mas adiante Eh quero pegar o exemplo de Acari né que é uma favela que sempre eh sofre com os alagamentos e ela tá à frente é uma favela que assim como a racinha conseguiu avançar numa discussão que é eu não quero sair daqui eu gosto deari as pessoas não querem sair de Acari para morar no centro para morar em Campo Grande para morar em outro lugar respeitar a dinâmica do favelado a dinâmica Habitacional do favelado também é muito importante então que a gente consiga pensar soluções arquitetônicas para permanência dos moradores de favela e que isso se replique em boa qualidade de projeto de cidade em boa qualidade de vida de sociabilidade de Bem Viver nas favelas nas periferias como um todo Obrigado Toledo agora eu quero ouvir o senhor sobre o plano né tanto da Rocinha e o que esse plano agora pode fazer para evitar o não cumprimento como aconteceu na época do plano da Rocinha essa pergunta melhor responder bom agora olha só eh eu não quero nem falar como eu fiz o plano da da rha só pode dizer que era um bando de gente de técnicos eh Trabalhando dentro da Rocinha E durante 2 anos praticamente eh sem isso não se consegue fazer plano nenhum e com morador ao lado e como eu te falei dois moradores da própria equipe técnica o o William era presidente da pmm que era maior associação de moradores da favela nós brigamos todo dia quer dizer isso é uma participação verdadeira que a participação verdadeira não é o cara falando bonito e tal colocando as coisas e as pessoas não não retrocar então lá foi feito isso a gente eh eu evitei de cair muito buraco por conta do PC do edig que era moradores que tavam comigo é desde o início desde o concurso que nós ganhamos mas eu queria falar é o mesmo é como fazer o plano da rinha dentro da prefeitura como a prefeitura como a prefeitura porque aí tá você aguenta essa hein é é T Pronto Olha só um dos erros e nó cças foi o concurso que eu ganhei ser patrocinado pelo governo do estado governo do estado Só tem que se meter em favela com a polícia e se mete mal como todos nós sabemos quem tem que cuidar de favela é a prefeitura tá na legislação a prefeitura é que tem quear de Pavel bom então eu vou te dizer como é que teria ser feito esse atual primeiro a Rocinha tem o plano diretor foi feita há 15 anos atrás Então tem que ser revisto e modificado atualizado né os a rinha mudou muito de lá para cá cresceu para cima na minha época crescia horizontalmente ainda parou de crescer horizontalmente e crescendo para cima é a favela mais densa do Brasil é mais densa que o copar Cabana gente é mais densa que o Copa Cabana para fazer o plano então na minha maneira de ver e tem outra maneira certamente se for a secretaria de habilitação que vai se encarregar de fazer o plano ou se for ao meio ambiente que tava tá na lá mas agora não tá mais quer ser vereadora pô aí e aí eu o seguinte eh se foros secretaria Habitação é bom que seja porque urbanizar a favela é fazer habitação digna é isso que a favela precisa e a habitação minha gente do conselho de arquitetura não é só a casa não é a fala negra que deixa de existir a abastecimento d’água a a a a o esgoto sanitário conduzido direitinho para ninguém morar do junto no meio do esgoto e principalmente o lixo que hoje saneamento Bá é água esgoto eh treinagem pluvial e lixo ninguém a Tura esquece disso hoje eu ouo dizer que eu não moro na rinha hoje dizer porque conheço a rinha que o grande problema da Rocinha atualment é o lixo então o inferno da r o inferno eu vou lá geralmente uma vez por mês quando eu posso na reunião do Rac Sem Fronteira as duas últimas reuniões fori sobre lixo a pessoa não aguentam mais os ratos As Baratas que vem com lixo o mosquito da ding que vem com o lixo Então é para fazer o plano eu acho o seguinte pega a secretaria de habilitação de meu e bem bota o escritório dela dentro da Rocinha permanente permanente olha só a Rocinha é uma cidade é uma cidade dentro da cidade do Rio de Janeiro e então assim eu entendo que é mais do que juro que tem um escritório permanente dizer da secretaria que tiver conduzido para diretor atualiza esse plano e seis meses dá para atualizar esse plano e começa pelo lixo começa a strategic diretor era o seguinte eu ctei a população completamente descrit ninguém acreditava em nada muito mais lar o plano diretor que ninguém sabia o que que era bom nós tratamos de fazer conhecer o que era o plano diretor não só por escritório local mas também por o plano passava na TV rock o dia inteiro que ia comir Qualquer restaurante da Rin viu o o programa sobre o plano o dia inteiro repeti o programa porque não tinha outro então então er todo dia você sab o que que era o plano nós fizemos mais de 20 reuniões com grupo de moradores nos diversos sub bairros então é a mesma coisa que tem que ser feito em seis meses você faz isso e faz os projetos começa pelo para população começar a acreditar nisso acreditar que alguma coisa tá mudando e depois quando começar as obras começa pela habitação para ninguém ter que sair da rinha para fazer as começa a construir habitação e a isso que você tem que fazer uma secretaria cuidar do plano e da construção do plano direto lá na R dentro da R E vai levar os 15 anos podia tá pronto se tivesse feito vai levar os 15 anos é mais certamente é mais uma administração da prefeitura agora tem com o prefeito que tá depois do Eduardo tem que se prometer a fazer o plano é isso que talvez seja a grande jogado de tá no plano diretor agora se não quiser obedecer o plano diretor e da cidade aí é que são ela a favela vai continuar ser ignorado só um minuto que eu vou faler uma coisa eh eu sei que você não vou gostar Olha é o seguinte eu eu acho uma favela a favela uma potência eu acho mas você não devia tá falando isso gente tem que falar que a que a favela em geral é esquecida é espoliada é isso que você tem que falar não tem que falar S uma p se vocês vivem no meio do lixo vi no meio do lixo no esgoto que potência é essa meu Deus que potência é essa potência a onde eu moro que não tem esgoto que não tem Lu lixo que potência é essa eu tô fazendo o pós doutorado não é é que se o cara de 81 anos começar a fazer pós doutorado eu não sei quando vai durar mas faz parte do pós doutorado é é o livro sobre o plano de diretor tá sendo lançado em dezembro ou bastad no início do ano que vem eu tô fazendo o segundo livro so as causas porque nada dá certo narro assim olha só minha gente tô fazendo o livro Por que não dá certo eu comecei pela questão de você hoje não tá contac de barco Com licença desculpa a gente só vai dar prosseguimento aqui paraas considerações finais porque o tempo já tá acabando eu eu estou com as minhas considerações [Risadas] finais só acabar as causas eu comecei pel a coisa que você não tá mais contar comr natureza não tá mais deicar e isso traz uma série de coisas que vocês vão ver as causas que fazem que as coisas não de a segunda coisa é a o racismo e a diferença que existe a desigualdade é a segunda cusa e aí como me tempo esgotou eu vou parar [Aplausos] M obrigado deade agora eu passo Simone para ela dar asações finais dela em até TR minutinhos eh obrigada eu me senti um pouco provocada pelo Toledo também vou responder a ele meu mestre Mas a gente pode discordar também e eu faço uma ponderação né me permita discordar que acho quando alguns sujeitos né ativos moradores de favelas se colocam como uma potência a gente tá falando das pessoas que elas podem ser eh podem contribuirem como agentes transformadores dos locais onde vivem porque tem muita diversidade né muitos perfis de trabalhadores muito movimento cultural acho que a potência é aí né pra gente não confundir para não falar também que é só uma questão de precarização que a gente sabe que a precarização ela é forjada né Ela é criada né porque o tempo todo né as favelas gente foram esquecidas há mais de um ano pelo poder público e só agora 2023 que entrou num Capítulo no plano diretor da cidade né então acho que é só essa ponderação aí finalizando a minha participação eh eh acho que a gente pode fazer muita coisa né Eh acho que a gente tem que provocar os conselhos municipais devem ser mais ativos tem que ter mais fomento e Apoio às iniciativas coletivas dos territórios de favela né dos movimentos populares dos grupos sociais né com da sua diversidade que já existe fazer muita coisa na favela precisa ter editares públicos né de apoio fomento incentivo dessas tecnologias sociais e culturais são implementadas historicamente né a gente tem que fortalecendo o que foi falado aqui tem que levar os escritórios públicos para dentro do território de favelas sim de forma intersetorial habitação ambiente né georio todo mundo e a gente já teve uma experiência dessa né na sua Rocinha Vidigal Orto Jim maravilha as 10 favelas foram muito atingidas em 2019 né teve uma CPI das enchentes elas provocaram foi foi um acolhimento da da Câmara dos Vereadores teve um resultado bacana porque fez com que todas as secretarias do município dialogassem né com muito custo com muita dificuldade a gente viu que eles não faziam isso é tudo muito setorizado então não dá mais pra gente avançar numa cidade melhor se não for de forma inter eh Inter né setorial sabendo negociar com o governo federal e o estado do Rio de Janeiro né que eles têm a sua coparticipação de responsabilidade e outra coisa eu não vi muitos prazos do nosso plano diretor acho que a gente tem que cobrar que o prefeito tenha prazos compromisso né pra realização das políticas voladas pras favelas né de melhorias de tudo que a gente tá falando aqui de infraestrutura de qualificação da vida do morador de favela tem que ter prazo gente são se meses como que vai ser as prioridades indicadores sociais de bge com os próprios indicadores sociais dos territórios como o nosso amigo falou do censo feito no alemão né feito pelos próprios moradores O que que tá sendo apontado né de necessidade de prioridade para ser feito num prazo com obrigações para de fato ser executado senão a gente só vai ficar aqui falando né e o prefeito entra sai muda os vereadores e a gente não vê um avanço então eh acho que eu tenho um pouco Esse vício né que eu venho do direito sou advogada Eu trabalho com prazo ess tempo todo e acho que a gente tem que cobrar sim né uma eu tava vindo para cá e eu vi que foi lançado mas 30 segundo tá vai ter o programa casa casa carioca né eu achei muito tímido né que foi vai ser lançado no no próximo ano para fazer melhorias habitacionais só para 4500 é famílias Então isso é muito tímido gente vamos cobrar o dobro triplo né que cinco vezes mais esse número porque a favela são 22% da cidade idade né então não dá pra gente se conformar com esses números muito pequenos muito tímidos que que não faz muita transformação né para finalizar a gente precisa cobrar também mais apoio nas nos modos de organização autogestionários né que existe na favela cooperativas habitacionais entidades organizadoras de projetos né que tem toda uma experiência aí de décadas que podem contribuir com a favela e a favela tá junto com novas previsões habitacionais que a gente sabe também que é uma previsão de desastre porque se tem hoje puxadinhos ou alguém morando no lugar que é frágil ambientalmente é porque não teve opção né o aluguel tá caro como a nossa vereadora falou na favela é mais de R 1000 nas áreas de corte de mobilidade de travessia né as vias as áreas mais altas R 800 R 900 isso é muito caro isso tá cumprimentando muito o salário dos trabalhadores né a gente tem que começar a pensar em habitações públicas seja pela locação social né como que ela vai ser executada eh faz a manutenção dos conjuntos os conjuntos Habit tá com subsídio né que a gente viu aí que todos os conjuntos tão decadentes sem manutenção porque é caro manutenção de engenharia de arquitetura de infraestrutura estrutural Então são muitas coisas que eu queria falar aqui né agradeço a participação obrigada obrigado tá aí não e cara eu não queria estar no seu lugar mano pô ter que cortar o too não queria tá e mas Máximo Respeito queria agradecer aqui mais uma vez e fiz muitas anotações isso aqui para mim foi um eh um momento de estudo também de de grande aprendizado E aí eu tava fazendo uma uma reflexão aqui eh o quanto que é importante essa sala aqui ela tá cheia de de favelado de favelada e quando eu olho para essas pessoas aqui a maioria delas Negra eh que dedicaram um pedaço um tempo um um momento do seu tempo no dia para estar presente aqui para discutir esse plano mostrando que mais uma vez a favela ela tá ela é interessada nas políticas públicas eh da sua própria área mas eu queria acresentar um outro detalhe porque eh a gente sempre fala isso foi falado aqui mas eu gosto de trazer muito a concretude sobre algumas falas que às vezes pra gente ficar muito num plano etério que é a cidade do Rio de Janeiro ela não acontece sem a favela se essa eh esse local todo aqui ele tivesse um evento eh com toda a elite do Rio de Janeiro toda uma galera engravatado Branca mesmo assim ela não aconteceria se não fosse a favela porque aqui temos trabalhadores eu queria também agradecer a todos eles aí o pessoal da segurança pessoal que tá fazendo na cinegrafia pessoal que fez o nosso acolhimento que são pessoas que vêm de áreas de Periferia né Eh provavelmente vem de áreas de Periferia e pode não ser necessariamente favela mas vem ali de uma área de Subúrbio e é afetado a Sea vida o seu cotidiano é afetado por causa disso mas essa galera teve alguém de favela que veio aqui acendeu as luzes limpou esse chão pensou na nossa segurança pensou na nossa alimentação pensou em deixar os banheiros limpos e tudo mais eh e depois muitos de nós vamos voltar para casas através novamente da favela ou seja se não dá para pensar a cidade do Rio de Janeiro sem a favela não dá para pensar a cidade do Rio de Janeiro sem a favela tem que esse coisa do plano diretor já tinha que ser para ontem né Eh novamente se a gente for parar para pensar Tod os surgimentos de todas as favelas do Rio de Janeiro a gente vai ver que por exemplo da Vila Cruzeiro de onde eu venho ali começou como um quilombo mas o complexo do alemão ele começou por causa das fábricas ali ao redor ou seja tem sempre uma relação de trabalho uma relação de resistência uma relação de luta e uma contribuição para essa cidade seja no plano do trabalho no plano da economia no plano da Cultura a gente não não é é não é possível pensar uma cultura do Rio de Janeiro sem pensar em favela e aí eh eu trag você aqui para encerrar eu sei que o tempo tá tá curto mas eu também não falei na outra então vou me permitir mais um minuto eh porque muitas vezes a gente ler esses planos e achar o máximo tipo Caraca 300 milhões né pá tipo eu cara eu não tenho ideia do que são 300 milhões eu não tenho nunca tive isso na minha conta eh não sei o que que dá para fazer necessariamente com isso mas quando a gente vai trabalhar orçamento quando a gente vai trabalhar essa pauta a gente percebe que de fato não é nada tá aqui falou mostrou Não é nada não é não é o suficiente eh prazo também também não é o suficiente então tem algumas coisas desse plano da concretude muitas vezes que nos falta às vezes um conhecimento técnico para fazer uma participação mais efetiva E aí eu vou terminar minha fala fazendo novamente essa coisa esse convite a pensar a participação eu tô usando participação no lugar de ouvir né porque eu sei o que que eu tô falando mas eu não sei o que que vocês estão ouvindo não sei o que que vocês estão interpretando da minha fala mas esse ruído da informação dessa comunicação ele pode ser reduzido com a gente convivendo mais com a gente terminando isso aqui tomando um cafezinho conversando mais apurando um pouco mais essa essa conversa ou seja esses ruídos eles podem diminuir tendo sim um escritório tendo sim uma secretaria ali dentro pensando Sim essa habitação pensando Sim essa participação ali dentro essa Essa gestão participativa então eh gostaria de encerrar aqui dizendo que eu ainda me falta entender como vai ser essa metodologia de aplicação eh desse plano diretor essa metodologia de participação eu diria disso assim acho que tem que ter uma metodologia de participação sem isso eh eu temo que ainda possa haver muitas remoções sim sobre uma justificativa que não a favela participou não que não a favela foi ouvida não olha só fomos lá no jornal ex fizemos um debate tain tava lá Taina tava lá um monte de favelado tava lá a gente ouviu sim e olha só eu tô aqui deixando bastante claro que é necessário ficar atento PR as questões da remoção a gente precisa e violência remoção é um ato muito muito violento eu já acompanhei muitas remoções a minha família não vejo uma remoção mas ela foi beneficiada por um plano favela minha família era lá do do carac eu vi a casa da minha tia sendo levada pelo barranco e eu vi o qu que aquilo ali ele fez ele foi importante ali dentro Então quer dizer eu tenho esperança bastante com isso daí mas ainda Gostaria muito de ver trabalhar e ver muitos de vocês aqui também trabalhando nessa metodologia de aplicação dessa dessa participativa Valeu com você a palavra Quero Agradecer inclusive pela brilhante condução é difícil mesmo cortar intelectuais favel cólogo que de longa data estão formulando pensando na favela em outro lugar em outra chave eh eu eu vou fazer uma fala para cima posso me permitir isso eh foi tão difícil tramitar esse plano diretor com eh uma participação social que é muito contaminada às vezes não necessariamente a participação Tainan ela é democrática a participação eh no legislativo ela é contaminada pelos setores que conseguem ir às reuniões que tem dinheiro para acompanhar todos os processos que conseguem estar inseridos né Na maioria Ampla eh na na cartela de diálogo dos parlamentares que não necessariamente são de origem favelada e periférica como a minha eh enfim existem limites dentro dos processos participativos que a gente constrói e que a gente precisa avançar ainda muito mais não é não foi no 2023 que a gente conseguiu consolidar o melhor método de participação Mas na minha opinião eh a gente conseguiu Av avançar muito nesse plano diretor fiquei muito feliz de ter sido a relatora do Capítulo de favelas de ter conseguido convencer e uma parcela significativa da câmara inclusive coautores né convencido ao ponto de ter coautoria nesse capítulo e acho que é uma virada de chave acho que já valeu ter eh colocado aí o mandato na mão de uma mulher da praça seca de uma mulher do loteamento mas principalmente que tem uma visão Urbana principalmente focada nos mais pobres eu acho que a gente a gente colocou a favela em outro patamar e isso ninguém retira da gente numa outra chave eu acho que tem pontos de atenção pra gente estimular e disputar no próximo ciclo na próxima legislatura lá na Câmara de Vereadores eu coloquei alguns jabutis e já respondendo aqui à angústias né da mesa o plano diretor ele tem eh um Horizonte muito claro tem temos 10 anos Isso significa dizer que são duas gestões gente é o Dudu quatro e o próximo sujeito que virar né o o jeita não sabemos é a gente tem aí uma guerra cultural simbólica social civilizatória para dizer que olha a gente conseguiu aquilo ali em 24 23 24 e a gente quer que isso se replique no futuro a partir deste deste orçamento né em 2025 vai ser o primeiro ano que Obrigatoriamente a Loa que é a lei orçamentária anual vai precisar ter uma rubrica para a favela isso nunca aconteceu na Cidade do Rio de Janeiro Isso foi fruto da nossa articulação ao redor deste Capítulo então isso talvez e nos des angustie no longo prazo eh tô lendo se a gente tivesse uma rubrica específica paraa Rocinha há 20 anos atrás talvez ela chegasse no 20º ano com mais dinheiro com mais investimento e com mais soluções implementadas na ponta é preciso que a gente encare as áreas de especial interesse social do Rio estipular um grupo de trabalho também a Vitória desse plano diretor e na minha opinião moradia que tá muito presente nesse plano é assim a nossa bandeira de luta inserindo o favelado na discussão da dinâmica Habitacional da cidade eu acho que não tá tudo pronto mas que a gente avançou muito sem dúvida a gente avançou vida longa favela e esse debate ele não se encerra aqui temos o próximo painel e também não se encerra nem após o próximo painel vai ser um debate muito longo ainda mas eu quero agradecer a vocês todos a Simone a Toledo Muito obrigado e eu convido vocês se vocês puderem a assistirem a próxima o próximo painel e também a você que está em casa você que está aqui eu sei que a fome tá batendo mas logo logo a gente vai lá né comer nosso ranguinho e eu vou chamar um vídeo que vai entrar aí pro a para vocês que estão acompanhando na transmissão online Tá bom até mais [Música] favela nome que se originou de uma planta comum na região de Canudos no Sertão da Bahia chegou ao Rio então Capital Federal na bagagem de soldados que voltaram da Guerra por lá no fim do século [Música] X foram eles os moradores que iniciaram o povoado que se transformou na primeira favela do Brasil o atual Morro da Providência Tem demonstrado cada dia que passa que a gente é uma potência só precisa de oportunidade para poder mostrar essa potência ao longo de mais de um século o termo foi associado a muitos significados grande parte fazendo referência a carências mas desde sempre quem vive nessas regiões no Rio e no Brasil afora tenta dia a dia mostrar o quanto esses territórios TM de potência faela nada mais nada menos do que a maior potência que a gente tem que dizer e falar que a solução pro Brasil vai partir das periferias vai partir das áreas pobres a gente tem pessoas com muita potência Muita criatividade na favela a cidade do Rio de Janeiro tem 813 favelas aproximadamente 1. 350.000 habitantes O que representa mais de 21% da população [Música] carioca número tão significativo que não poderia ficar de fora do plano diretor da cidade e foi isso que a câmara de vereadores fez primeira vez na história aprovou um capítulo exclusivo sobre as favelas dentro do documento que guia o ordenamento e o desenvolvimento da cidade o documento prevê que todas as comunidades sejam mapeadas e recebam planejamentos específicos para cada uma das necessidades delas isso significa que o poder do município o poder público pode entrar nas comunidades entendeu com infraestrutura saneamento e regras que delimitem a a a ocupação desordenada que vem de muito tempo e não é só nos últimos 4 anos o legislativo carioca elaborou inúmeros projetos que beneficiam moradores de favelas se o sistema BRT foi reformulado e até ampliado com a Transbrasil que corta várias comunidades da cidade é porque a câmara aprovou dois projetos de lei que facilitaram a destinação de recursos pro sistema da compra de ônibus novos a criação do programa BRT seguro por exemplo na atual legislatura os vereadores também doaram 340 milhões de reais ao município dinheiro economizado pelo Parlamento e foi investido em programas e projetos de melhoria do sistema de saúde reformas de hospitais maternidades e até o supercentro carioca são resultado desse esforço a lei 6981 de 2021 criou o programa permanente de reforço escolar para alunos da Rede Municipal de Ensino que vive em área de especial interesse social e comunidades o legislativo também autorizou a prefeitura a investir 950 milhões de reais em infraestrutura urbana nas comunidades que fazem parte dos programas bairro Maravilha e morar carioca entre elas o Jardim Maravilha em Guaratiba e a comunidade do aço em Santa Cruz São só alguns exemplos porque as leis trouxeram melhorias também nas áreas de lazer Direitos Humanos habitação e cultura Alé de estutura saúde educação e transporte a gente tem aí um modelo único de Brasil que tá expandindo pelo mundo de um grande movimento urbano de apresentar ao mundo um planeta chamado favela que nem o mundo mesmo conhece até a inclusão do dia da favela no calendário oficial da cidade foi iniciativa da câmara desde 2006 a data é comemorada todo 4 de Novembro mas pro legislativo carioca a favela tem que ser celebrada todos os [Música] dias agora sim Boa tarde pessoal estamos no nosso último painel assim já tivemos aqui debates muito ricos e bom vou apresentando aqui aos convidados que eu já agradeço pela presença vi que tinha gente aqui já acompanhando as outras mesas aqui do meu lado está Rafael Aloísio Freitas Vereador pelo PSD e presidente da Comissão do plano diretor da câmara Célia Domingues conversei ontem presidente do conselho de comunidade da associação comercial do Rio de Janeiro a acrj isso mesmo né A Carla pané é gerente de empreendedorismo social do sebrai Rio eu até mudei a ordem né e a lel Freedom nome chique empresária e moradora do Complexo da alemão e influenciadora também tava dando uma olhada lá no seu Instagram Uma salva de palmas por gentileza gente o tema dessa mesa é falta ajuda sobra vontade o empreendedorismo e a economia criativa mudam as perspectivas das Comunidades a grande verdade é que se a favela se não fosse aela a cidade não andava né por isso vamos debater aqui com nossos convidados como esse espaço ocupado pelas favelas é tido como referência iniciativa e a criatividade e entender de que maneira o poder público e a sociedade em geral podem potencializar ainda mais essa vocação Quais são os a a pergunta dessa rodada né É quais são os principais desafios dos empreendedores nas favelas E aí para tornar mais dinâmico eu vou dar 5 minutos para cada um responder tá bom porque aí não sobra muito tempo e tudo mais aí quando der os 5 minutos eu sinalizo aqui tá bom então eu começo por Rafael al luí agradeço mais uma vez Então quais são as principais desafios dos empreendedores nas favelas é Obrigado Marcos eh agradecer aí a oportunidade de participar com as convidadas agradecer a todos que estão participando aqui desse fórum é um fórum muito importante que a gente espera que seja seja um permanente né Essas conversas essa interlocução porque seo fortalece a interlocução dos moradores da sociedade civil com o poder legislativo com o poder executivo com o poder público de uma forma geral afinal de contas as decisões são políticas e dependem né das ações que nós vamos realizar em conjunto com a sociedade civil eu tive a oportunidade de presidir a comissão do plano de diretor foram dois anos de muito trabalho muita dedicação e a construção desse desse plano foi ass a premissa principal foi a seguinte vamos retratar o que a cidade é na sua realidade né porque nos anos passados né como é que funciona plano de diretores sempre tratou de quais são os princípios diretrizes e objetivos que a gente quer para as políticas públicas na Cidade do Rio então sempre foi uma coisa muito subjetiva e dessa vez a gente resolveu colocar a política concreta do que se deve fazer então a gente além de elencar esses princípios objetivos a gente também mudou todas as regras de zoneamento da cidade todas as regras do que pode fazer o que não pode fazer onde você deve construir de forma maior onde você deve proteger Quais são as atividades econômicas que são eh permitidas ou não permitidas em quais partes da cidade então foi uma construção de cidade como um todo e as audiências públicas que foram realizadas com a participação Ampla felizmente da da sociedade ajudaram a gente a construir esse texto e uma das partes do texto foi esse capítulo especialmente dedicado às favelas mas que as favelas estão no plano não somente nesse capítulo a gente tem uma série de ações que colocam em relação às áreas de especial interesse social em relação são as assistências técnicas que a prefeitura o poder público como um todo devem eh disponibilizar para os moradores Então como funciona só para vocês terem uma ideia de número tá a cidade do Rio ela é muito dependente dos serviços E por quê O que a gente arrecada do ISS que é o imposto de serviço é o dobro do que a gente arrecada de IPTU muita gente não sabe desse número então a gente tem as favelas por exemplo uma série de de de serviços sendo disponibilizados e a gente tem a obrigação como poder público de ajudar orientar buscar órgãos como o cebra por exemplo que possam ajudar as pessoas a se formalizarem né a buscar mais oportunidades a ter a possibilidade de crescer né que às vezes o morador ele abre o seu negócio e ali ele fica muitas vezes preso ali de na na na informalidade como é que eu vou fazer para construir o meu caminho então a gente precisa não só dar essa assistência mas também criar uma série de legislações que tornem mais fácil aqu questão da burocracia para quem quer empreender para quem quer investir aprovamos uma série de leis importantes na Câmara que hoje se você quer abrir um negócio em um dia dois dias você consegue ter toda a documentação necessária para você conseguir iniciar o seu negócio antigamente não era assim então dois órgãos por exemplo que que tinham muito problema como a vigilância sanitária né e e a parte de licenciamento de alvarás com as leis que nós aprovamos hoje fica muito mais fácil você ter o teu negócio ali formalizado com alvará com licenciamento sanitário né tudo é hoje é eletrônico é automatizado Acho que tudo facilita a vida do morador daquele morador que quer empreender então é função Nossa conseguir sempre melhorar aperfeiçoar a legislação acoplada ao plano diretor né pra gente conseguir definir dentro das regras do jogo O que os moradores realmente podem ter de incentivo podem ter de apoio podem ter de ajuda algumas atividades são muito impactantes ali que a gente tem visto crescer nas favelas nas comunidades né a gastronomia tem crescido muito a cultura é uma coisa muito forte e aí vou até ressaltar o papel aqui da secretaria municipal de cultura Porque além do edital do ISS a gente tem também o edital chamado de ações locais que ajudou muito a democratizar o acesso ao fomento nas periferias hoje eh esses editais eles conseguem chegar a locais onde antes Ninguém imaginava e fomento não quero dizer que só de receber o dinheiro pelo projeto que ele apresenta não fomento diz respeito desde ao o agente público e lá ensinar as pessoas a como montar um projeto para que ele seja apto a receber esse esse fomento para que então esse projeto ele possa realmente ajudar eh muitas pessoas ali né então empreender fazer Cultura né a gastronomia que tem sido muito forte são algumas das questões relativas às favelas que a gente tem visto eh cada vez mais impactar positivamente na vida do morador Muito obrigado agora eu vou me dirigir paraa Célia que é presidente do conselho de comunidade da associação comercial do Rio para você Quais são os principais desafios dos empreendedores das favelas Bom dia a todos todas as povo todo nosso aqui colegas de mesa aqui eh eu vou te falar através de uma experiência a associação comercial do Rio de Janeiro tem 215 anos é uma associação eh vou falar assim abertamente para vocês entenderem o que nós Pensamos a associação é uma associação que ela vem do tempo do café né Ela vem do tempo do café das fazendas né os empresários a associação não tinha empreendedores era empresários e isso foi por muitos e muitos anos hoje na associação comercial tem uma um conselho pela primeira vez tem um conselho de comunidades favelas e economia solidária Isso foi um grande desafio do presidente josier mas ele precisou conhecer ele precisou entender o que é uma favela O que são os moradores O que são os empreendedores e os negócios de favela quando o Presidente José entendeu que a favela é uma potência sim é uma potência sim ele viu que ela não podia ficar de fora da associação comercial da casa de Mauá de uma casa de negócios e quando ele assumiu a presidência ele me convidou para ser presidente desse concelho eu venho de favela venho do morro e da favela da mangueira mangueira é privilegiada é favela e morro e eu nasci no ponto mais alto do morro que é o morro do Telégrafo eu hoje não moro no morro na favela mas eu na Mangueira Mas eu sou muito envolvida com tudo da Mangueira e eu tive a oportunidade de há 30 anos atrás coordenar o programa social da Estação Primeira de Mangueira E aí vem a questão oportunidades para quem precisa de ajuda nós eh aproveitamos o peso e a representatividade da Estação Primeira de Mangueira como escola de samba como uma uma instituição de Cultura para poder levar oportunidades pra comunidade e foi lá que há 30 anos atrás começamos os primeiros os primeiros projetos de qualificação e em empreendedorismo na favela a mangueira deu um salto muito grande deu qualidade de vida e as pessoas começaram a se ver como potência sim né embora Morando na favela voltando ao conselho hoje no conselho nós temos 28 Conselheiros de 28 favelas diferentes e de negócios diversos nós conseguimos hoje no na associação comercial mostrar pros empresários que eles são fornecedores e nós também que eles são clientes e nós também e nós conseguimos falar fazer conexões fazer negócios na associação comercial hoje olhar da casa de Mauá para o empresário para na verdade para o empreendedor das favelas de negócio é outro tem hora que ele se Pergunta assim Como é que que nós não vimos isso antes né onde é que vocês estavam na favela mas ninguém queria pra favela ninguém conhecia favela eu vou dar um outro exemplo aqui falando pelo participação do poder público há 30 anos atrás também a secretária Vanda Engel ela era secretária de Desenvolvimento Social aliás de assistência social do prefeito luí Paulo Conde a secretaria tava fazendo obras nas comunidades nas favelas e ela tinha uma obra de um de um de uma creche e aí eu era coordenadora do programa eu cheguei na creche a comunidade revoltadíssima porque a creche tinha o teto preto eles pintaram uma creche de crianças de zero a 4 anos com teto preto Então você colocava o eh o cochon né na na hora da recreação depois do almoço para tirar aquele soninho gostoso botava as crianças tudo deitadinha no colchonete olhando pro teto preto Gente o que acontecia lá fora já era negro o que acontecia lá fora era alto risco social a criança ia para uma creche para poder brincar ter convívio social a inclusão e tinha que olhar para um teto preto então quando eu cheguei lá eu vi aquilo eu me senti tão agredida tão agredida eu fui no prefeito aí o Prefeito falou ah mas você é a secretária que então na secretária F falei Vanda faz o favor não adianta vocês virem com projeto de cima para baixo tem que ouvir os moradores tem que ouvir a favela faz um favor tira o salto bota o tênis vamos pra favela vamos conhecer e ela fez ela é maravilhosa eu sou chet dela ela botou a equipe toda da secretaria Vamos pro morro e Subimos o morro e descemos morro Subimos o morro descemos morro daqui a pouco tava tudo mudado então nós precisamos ser ouvidos sim e como já falado nas mesas anteriores aqui precisamos participar sim de todo o programa que tem que envolve a favela obrigado eu vou pular agora pra Carla panisset e depois eu explico por Lila Lila eu tô falando correto Seu seu nome eu tô falando corretamente seu nome né mas vou perguntar agora paraa Carla pané É também sobre esses principais desafios né E também a gente vem muito com aquela coisa de que a gente tem uma população CLT tem uma população que se se locomove pela cidade mas tem essa popula ula também que tá empreendendo então Quais são os principais desafios dessa população periférica Oi Marcos obrigada obrigada pelo convite do Extra né Fico muito feliz a última vez que eu tive aqui nesse palco Foi numa discussão sobre regularização fundiária com Hernando Soto que veio falar um pouquinho eh dos Desafios lá do peru na década de 70 e tá aqui hoje me refez lembrar isso então agradeço muito por tá aqui agradeço muito a todo mundo da favela que tá aqui com a gente e tá sempre ao lado do sebrai e antes de eu chegar nos desafios eu queria falar um pouquinho desse perfil né então o sebrai fez uma pesquisa com data favela com a CUFA para entender Quem era esse empreendedor de favela e a gente sabe que 76% dos moradores das favelas empreenderam empreendem ou querem empreender então o empreendedorismo ele é muito relevante nesses territórios e ele é relevante por dois motivos muitas vezes por ser a única forma de geração de renda de vinda do trabalho né E aí a gente tá falando do empreendedorismo que a gente tá linc com a assistência por exemplo um a cada três empreendedores favelas são beneficiários do Bolsa Família e aí a gente vê como é importante a gente juntar as políticas públicas sim como é importante quando a gente fala de negócio e a gente fala de negócios vulnerabilizados a gente olhar pra assistência né E porque que a gente precisa juntar para fazer isso dar certo mas também muitos empreendedores de favela são empreendedores por oportunidade porque são mercados gigantescos né então 92% dos empreendedores são moradores empreendem na própria favela onde estão os seus negócios são negócios sobretudo de Vizinhança que ofertam serviços e produtos pros seus territórios mas muitos cerca de 30% ofertam negócios e serviços né Para Além eh pro asfalto e a gente acha que esse link é cada vez mais importante com a formalização a gente sabe que 72 desses empreendedores TM na fonte dos seus negócios de receita a principal receita das suas famílias então a gente vê como que é importante esse empreendedorismo né e a gente sabe também que você tem % deles são negros quando a gente vai fazer esse recorte desses empreendedores pros que falam com sebrai esse ano só na gerência social do sebrai eu gosto sempre de falar que a favela no sebrai fica na gerência social não é por olhar eh da iniciativa ali assistencialista mas é porque porque é na favela que a gente encontra oportunidades e soluções por meio dos negócios poros problemas reais da sociedade né então quando a gente olha ali e a gente vê tô vendo aqui de frente pro William vê o sabão do morro lá na Rocinha que pega né A questão do óleo com sabão mas que junto a isso é uma microbactérias que vai despoluir o Valão a gente está vendo quanto que a Inovação ela vai vir de onde tá também a dificuldade né quando a gente olha aí William vou acabar usando a Rocinha aqui me desculpa os demais territórios porque eu tô na frente eh quando a gente olha pro grupo carteiro amigo que virou uma solução de logística pro país inteiro né por conta de um problema que é advindo da favela e não é um problema só do Brasil dos territórios do Brasil mas é um problema Mundial né então a gente vê que as soluções dos problemas reais da sociedade partem da favela e é por isso que a gente tem que ter um olhar específico para esses territórios né então esses locais né que são imensamente volumosos imensamente adensados com muita oportunidade de negócio e com muito empreendedor ali que tem esse empreendedorismo na veia eles têm também diversas dificuldades né as dificuldades que a gente mais encontra nessas pesquisas elas são advindas do que as outras mesas já colocaram aqui tem a questão da violência tem a questão da falta de serviços a falta de estrutura quando a gente pensa para empresário na sua cadeia de fornecimento né como é que é lá no alto do morro se você precisa receber ali eh o seu produto para trabalhar e o caminhão não chega né então vai desde essas dificuldades mas a gente consegue também olhar e recortar para uma dificuldade muito específica da formalização 70% dos negócios ainda são informais né E aí quando a gente olha a gente sabe que hoje existe a legislação sim do mei que facilitou o acesso à formalidade mas não adianta né a gente sabe que a formalidade do negócio ela é fruto de uma formalidade do território então não adianta o meio ser formal se a minha relação com crédito é informal se a minha relação com o meu cliente é informal né se a minha relação com o fornecedor é informal então a formalidade ela é como um todo e o meio faz sentido nesse todo então a formalização ainda é uma grande barreira para que a gente consiga que cada vez mais a favela atinja mercados mais volumosos em Recursos então que a favela venda mais né nos Espaços com mais dinheiro da cidade pra gente fazer desse negócio que a gente chama de b2b Mas é negócio para negócio então vender com nota para outro eh comércio ou serviço a formalização É sim uma barreira Por uma questão de informação mas também por uma questão de junção de políticas públicas a gente tem muita preocupação ali com a questão por exemplo da junção do empreendedorismo com a assistência por mais que por lei seja garantido ao beneficiário do bolsa família né que ele empreendendo ele não perde o benefício isso não é claro e isso tem que ficar cada vez mais claro para que as pessoas não percam seus benefícios por estarem tentando gerar renda autônoma Então como ainda existe esse medo Existe sim uma questão da não busca pela formalização e ao lado da formalização eu coloco aqui o acesso ao crédito né ainda é Um Desafio muito grande o o acesso a crédito também por conta da formalização dessa eh atividade econômica e o preconceito a gente vê muitas vezes no sebrai né o sebrai só esse ano com o nosso trabalho nos territórios e nos os grupos vulnerabilizados foram 107.000 atendimentos e a gente está presente em 23 complexos favela então ano que vem a gente está indo para 30 e toda vez que a gente tá com esses clientes a gente vê que a primeira barreira paraa formalização e conseguir acessar esses mercados mais ricos é o preconceito Sim né e isso é uma coisa que a gente ainda tem que trabalhar muito mostrando de fato essa potência e essa oportunidade que as favelas trazem tentei falar muito rápido Gente desculpa mas era para respeitar o tempo de vocês que eu sei que vocês estão com fome nela eu te deixei por último porque você é empresária você inclusive compartilha muito isso nas redes sociais e Aproveitando né essa pergunta dos Desafios Mas você que tá ali né vivendo isso de fato Quais são esses desafios Boa tarde tô muito feliz de participar dessa mesa gente eh muito contente de verdade mesmo de estar aqui falando sobre o que a gente acredita né que pode acontecer muito mais hoje como você fala me chama de empresária e eu sou uma empresária eu sou uma empresária cria do Complexo da alemão desde a minha vida inteira e mesmo hoje sendo Dona já de algumas coisas eu não consegui sair do meu local eu moro bem próximo ainda da da comunidade sair um pouquinho mais para fora aonde meu carro possa entrar Aonde a min fica e mais fácil para minhas crianças porque também não é fácil quem não tem um sonho de sair de lá mas eu ainda não consegui me desvincular totalmente por conta também eh do amor que eu tenho pela minha comunidade que a minha o amor pela minha comunidade vai muito mais além do que meu próprio negócio das mulheres que eu vejo tentando construir algo que todo mundo eu falo eu faço muita coisa sobre empreendedorismo porque o empreendedor é um sonhador então quando a gente entra dentro da do empreendedorismo para falar a gente entra tudo como um sonho Como ela mesma falou na informalidade tentando fazer algo tentando crescer né eu trabalho desde os meus 12 anos hoje eu tenho condições de dar um estudo para minhas filhas eu tenho duas Tenho sete crianças né gente bem complicado né Eu tenho um que eu peguei Eu tenho um do meu coração que é um me mais especial que ele é né eu não chamo de criado porque que não peguei isso não é né Ele é meu filho ele é o meu amor e meu esposo tem quatro e eu tenho duas então todos ali né da da nossa n redondeza ali então vendo essa dificuldade eu olho pra gente hoje quando você fala A Lela Frida empresária cria do Complexo do Alemão só que quando você falou sobre a dificuldade uma das coisas que eu mais vejo no meio das mulheres porque eu trabalho assim gente muito buscando as mulheres o que elas desejam com os sonhos dela porque hoje falar do empreendedorismo é muito fácil eu vou te ser bem sincera às vezes eu converso com pessoas fala do empreendedorismo mas não sabe o tamanho da dificuldade e de quanto é difícil o quão é difícil a gente realmente empreender dentro da nossa comunidade não só na comunidade quanto em tudo que a gente for fazer né então eu olho hoje as minhas dificuldades eh como você falou do meio das sabe de tudo isso eu fiz um acerto agora para tempo no meu Simples Nacional eh para você ver como que a potência da favela gente me loja ela fica no Complexo do Alemão e o meu simples nacional assim ele bate bem bonitinho bem bonitinho bem redondinho bem bonitinho então assim é bem então assim a gente tem muita não já tá quase então é já Fi mei então todo mundo começa né pequeno mas me considero pequena ainda muito pequena porque eu tenho muitos sonhos só que hoje eu acho que a gente tem que falar muito mais do que sonhos o empreendedorismo ele se você conversar com várias pessoas vem sempre buscando sobre os sonhos só que no caso nós somos dentro da favela aonde Eu sempre falei sobre isso as pessoas achava falava para mim aonde eu trabalhava que eu era louca porque eu mentia né Gente eu trabalhava fora eu mentia eu não podia falar que eu era cria do CPX porque eu sempre falei sempre gostei do cabelo Lourinho a cor um pouquinho mais claro sempre me ajudou um pouquinho né então eu sempre falo a dificuldade da favela vai muito além só da nossa cor tá vai muito mais além a dificuldade da favela é realmente como ele olha olha pra gente hoje hoje há 10 anos há 12 anos atrás eu vou te ser bem sincero seria muito difícil da gente estar nessa mesa falando sobre a favela a pandemia ela trouxe uma coisa pra gente foi uma das fatalidades mais incríveis assim que a gente teve né de muita devastação muita tristeza mas a pandemia trouxe um olhar diferenciado pra favela Aonde a a as empresas grandes entraram com um olhar diferente pra favela vira a potência da favela que eu sempre brinquei sobre e na empresa que eu trabalhava que eu tinha que me esconder eu sempre vi as pessoas falando eu vou no shopping tal fazer minha unha eu falava para ela já perguntou onde tua manicu mora Ah eu vou no shopping tal Porque no no fulano de tal famoso né vou lá no fulano de tal pergunta da onde é funcionária dele gente Duvido Pode perguntar que vai ser cria da favela é a manicure da favela é a cabeleireira da favela é o cabeleireiro da favela e é real Então vai muito mais além do que sabe a gente precisa de uma oportunidade de ajuda para que essas pessoas possam crescer eu vejo hoje na dificuldade de empreender como você falou ajuda porque nós damos emprego hoje eu tenho 20 pessoas com carteira assinada então assim olha o que eu faço na família Eu tenho 20 famílias então nenhuma nenhuma das cois que eu tenho eu tenho 20 que é da farmácia então você vê olha quanto só que ali eu olho hoje eu tenho essa oportunidade de fazer e para quem ainda não chegou para quem ainda não andou um pouquinho como eu andei como que tá sendo feito para eles nesse momento né Obrigada gente Obrigado Inclusive eu já ia te dar a fala agora eu posso aproveitar e já emendar a pergunta também e Aila falou sobre essa questão da pandemia né e a gente vê esse movimento né de empreendedorismo crescendo nas favelas eh quais são e para e pensando no plano diretor Quais são os novos negócios que os empreendedores de periferias estão envolvidos e como atender a demanda desses novos negócios eh eu eu tinha pedido assim fazer uma interferência porque na fala eh da leil eh eu eu vi exatamente o que a gente já passou há alguns anos Realmente é muito difícil há 10 anos atrás a gente está aqui fal falando sobre os negócios de favela sobre empreendedorismo e favela Então você imagina 30 anos atrás o que a gente sofria né Eh há 27 anos atrás Nós criamos a associação de mulheres empreendedoras do Brasil amebis e nós começamos com as empreendedoras das favelas como a gente não tinha muita ninguém dava muita confiança pra gente Nós pegamos o carnaval como mote né porque a gente já enxergava que o carnaval tinha muitas oportunidades de trabalho mas nós tínhamos que ter uma luta porque éramos mulheres né eram mulheres de favela tá e num território bem de homens os homens carnaval é homem né é homem mandando é homem fazendo aquela coisa toda e nós tivemos que encarar esse território Então hoje na verdade nós temos Depois desses anos todos de muita luta muito bater na porta de políticos de dormir inclusive para que Ele nos atendesse e o sebrai tá aqui eu tenho que parabenizar o sebrai nessas últimas esses últimos anos a evolução mas também registrar que o sebrai há 15 anos atrás não queria nem olhar pra nossa cara porque ele não via potencial nos empreendedores de favela mas eu hoje parabenizo porque ele é totalmente envolvido e responsável mas eu vou te falar eh era muito difícil tá nós tivemos que provar a cada dia o quanto nós somos capazes nós somos competentes e nós temos responsabilidade e somos também criativos somos empresários somos empreendedores o que falta é oportunidade tá falta oportunidade o poder público ele tem que olhar com mais atenção para os empreendedores para os novos negócios das favelas porque é uma potência mesmo é uma potência nós temos empresários na favela como ela não se afastou da favela tem muitos que não se afastaram da favela porque ali é o potencial é a referência é onde começou e onde pode crescer muito mais e dar oportunidade para as famílias do território porque abandonar depois de acontecer tem que gerar emprego tem que gerar oportunidade e o poder público tem que ser envolvido nisso eu fico muito feliz de est estar nessa mesa quando eu vejo o poder público aqui representado e quando eu vejo o sebrai pelo pelo pelo peso que o sebrai tem dentro da categoria do empreendedorismo da cultura do Turismo gerando oportunidad só uma coisa há 15 anos atrás quase 20 conversei com sebrai sobre a possibilidade da gente fazer um uma exposição do bastidor do carnaval onde os empreendedores da favela atuavam muito sebrai nem olhou para mim ele não queria nem saber achou que não era o momento porque eu queria fazer uma exposição de quem fazia o carnaval não era de quem vendia E aí o sebrai não achou interessante anos depois e depois da pandemia a gente conversando muito o sebrai conseguiu ver isso você sabe que no ano passado nós fizemos uma exposição artesania ancestral dos 95 Anos da Estação Primeira de Mangueira mas não tinha nome de quem fundou de quem dá de quem é importante eu deixa dizer tinha tinha o trabalho do Empreendedor da favela da cultura que atua no segmento do carnaval 365 dias Isso foi uma a glória e foi um grande presente eu sou insistente né gente 15 anos esperando eu eu eu eu foi bem Interessante foi um presente porque eu pedi no sebrai 3S meses que não fosse no período do carnaval e eu pedi três salas eles me deram 10 meses e oito salões para poder fazer a exposição gente é acreditar é a mudança né é a evolução e entender né que precisamos sim de oportunidade não adianta a gente só querer tem que ter oportunidade essa troca Tem que haver sempre e nós precisamos dar visibilidade aos empreendedores os empresários das favelas Muito obrigado eh O obrigado gente agora eu quero voltar aqui pro Vereador Rafael o senhor disse quando o plano diretor foi aprovado no ano passado após mais de 10 horas né ali de sessão de horas e eu vou ler aqui a sua a a aspas né que o senhor eh falou é um bom plano diretor que vai ajudar a organizar melhor a nossa cidade adequar a legislação que a legislação de uso e ocupação do solo de parcelamento são da década de 70 mais antigas que eu o senhor se referindo né e muitos outros vereadores aqui então Nada mais justo do que a gente conseguir modernizar quase que não sai a legislação para adequar a nossa realidade atual da cidade do Rio e aí a gente tá aqui falando sobre esse ponto de acreditar mas também das oportunidades e apontar amos aqui vários desafios com relação ao morador mas quem tá empreendendo na periferia sofre também com esses desafios com enchentes etc Quais são os pontos do plano diretor para modernizar e conseguir enfrentar esses desafios é importante porque você tinha uma série de leis da década de 70 que estavam em vigor e a gente tinha essa obrigação de atualizar essa legislação né então isso me incomodava demais e o plano de diretor foi uma oportunidade pra gente olhar pra cidade real a vida como ela é e trazer né pra gente essas adequações que foram realiz foram executadas né como lei então por exemplo pegando o gancho da Carla Quando falou dos dados que 30% empreende para fora das comunidade Então vamos dizer que alguém queira montar um salão né Pega uma sala comercial que sei lá vamos ali Madereira pegar uma sala comerci sei porque esse esse caso chegou para mim tá Eu aluguei uma salinha ali no quinto andar do Pré de comerci para conseguir montar meu salão aí na hora que vai bater para conseguir o alvará não não podia Por que que não podia porque a legislação lá de 1976 dizia que em prédio comercial você só pode montar salão de beleza até oo terceiro andar aí mas por que isso Ah porque lá naquela época a escada do bombeiro só ia até o terceiro andar Então esse tipo de coisa que a gente olhou e falou não não pode mais ficar desse jeito e a gente começou a olhar para vários pontos das leis nesse sentido até H pouco tempo por exemplo alguém aqui já pode ter levado seu filho para uma festa numa casa de festa infantil né então antes não existia um alvará para casa de festa infantil né ele era igualado a boate você imagina então todas essas diferenças a gente foi quebrando e adequando essa legislação se alguém aqui na comunidade Eh tá no ramo da da Gastronomia e quer vender eh um produto para fora assim para própria cidade do Rio ess esse transporte que você você faz dependendo do produto que é se for um produto de origem animal vegetal por exemplo um queijo ou uma cerveja que seja você tem que ter um selo que a vigilância sanitária te dá um selo de inspeção muita gente não sabe disso se você tá transportando esse esse produto e é parado por uma fiscalização você é pego pode né vai vai sofrer as punições ali as sanções então isso tudo faz parte de uma legislação que a gente ajudou a facilitar para que as pessoas possam ter acesso a essas formalizações e elas consigam crescer para você vender o seu produto de repente para fora né do não só do da sua comunidade da sua ali da favela Mas de repente para fora do do da cidade para outras cidades para outros locais então a gente eh buscou realmente mudar Todas aquelas partes da lei né que não tinham mais nada a ver com o nosso dia a dia né Eh a gente às vezes ficava com receio de incentivar as construções na Zona Norte no da cidade Ah o centro tá muito parado não mas é o contrário o centro sempre foi muito o centro da cidade é o centro da cidade então a gente mudou a legislação p o seguinte o centro da cidade agora você consegue dar mais oportunidades ali de de desenvolvimento de moradia de tudo mais né Eh uma das premissas do plano é o seguinte a gente tem que adequar o transporte público a para que a pessoa que trabalha fora ela não precisa ficar 2 horas gastando duas horas para ir Du horas para voltar do seu trabalho né hoje não acontece não acontece muito isso vou trabalhar pego o transporte Du horas para chegar depois volto mais Du horas para chegar então a gente botou a premissa de que as habitações de interesse social elas possam ser nas áreas mais centrais então a pessoa teve a vida toda na mangueira de repente Ah conseguiu Minha Casa Minha Vida Ah mas é lá em Santa Cruz mas a minha vida toda é aqui não cabe mais isso então a gente fez todas essas mudanças inclusive incentivando as habitações de interesse social especialmente nessas áreas mais centrais para facilitar a vida do ador para facilitar a vida de quem quer e empreender de quem quer tocar sua vida dentro daquilo que você já faz né que que que acontecia antes você obrigava a jogar as pessoas mesmo lá pra Zona Oeste Quem era da zona norte né então você tinha uma série de dificuldades e o plano Ele veio para isso para tentar olhar pra nossa realidade e falar olha a gente precisa fazer essas alterações e essas adequações elas foram feitas assim de muitas formas dentro do plano se eu quero construir se eu quero empreender hoje o poder público ele tem obrigação de me dar assistência para eu saber o sebrai ajuda muito você tem as secretarias que ajudam bastante então toda espécie de fomento para quem quer empreender ele hoje tem por lei a obrigação de o poder público dar essas orientações que são necessárias então a gente tá ali para fazer valer e cumprir essas leis para cumprir cumprir as premissas que o plano de diretor coloca aqui pra cidade do Rio fomentos inclusive de crise para crise porque a gente pergunta crise parece uma coisa excepcional Mas é uma coisa constante nesses espaços então fomentos inclusive nesses casos é só para dar um exemplo do que a câmara fez tá pros pequenos Comerciantes pequenos empreendedores naquela época da pandemia em 2021 a nossa mesa diretora a gente conseguiu destinar R 30 milhões deais para pequenos empreendedores e R 30 milhões de reais para as pessoas mais vulneráveis para ajudar a prefeitura naquele processo de apoio paraas pessoas que tinham seus negócios e de repente fechou Ou pelo menos as pessoas não tinham mais condição de comprar porque estavam mais mais preocupados em né na sua com as suas vidas né com a questão da Vida em si então a gente teve uma série de ações né Não só do da prefeitura do executiva mas do próprio legislativo criando essas condições para dar o suporte para dar o apoio para aquelas pessoas nos momentos mais difíceis né costumo dizer que nas crises a gente separa os homens dos meninos e as mulheres das meninas né é onde a gente vê quem realmente coloca a cara tapa para conseguir fazer as ações que sejam necessárias para dar o apoio e suporte então que essa pandemia pelo menos tenha servido pra gente ter o espírito um pouquinho mais Solid entender Qual é a realidade de cada um e as pessoas conseguirem se ajudar eh um apoiar o outro e esse empreendedorismo que tem dentro das favelas é uma coisa muito forte são muitas oportunidades porque ali é muita gente roda né então você quando você monta o seu negócio seu mercadinho a sua mercearia o sua lanchonete o seu bar né o o o você tem o seu serviço ali realizado isso com certeza é muito importante para impactar a vida de todos os moradores você gera renda gera emprego ali mesmo né então pegar esses dados do cebra também são importantes pra gente estudar o que que a gente pode fazer em termos de lei para aperfeiçoar quando o Caiado falou aqui de você continuar com a comissão do plano diretor na verdade é continuar pra gente acompanhar e cobrar que essas implementações dessas mudanças elas sejam de fato de fato eh postas em prática e a gente vai est ali para cumprir esse papel Aproveitando né eu eu eu vi que quando eu fiz a pergunta pra Célia dos novos negócios quais são seus olhos brilharam Carla então repasso essa pergunta também para você aproveit também esses dados que o sebrai tem bom quando a gente olha por setor né o setor que se sobressai é o de gastronomia né Isso é histórico é um resultado histórico né na mesa anterior eh acho que já falava-se disso então a gente tem um setor muito concentrado em gastronomia no setor de beleza e depois comércio varegista em geral né esses são os que mais se destacam mas a gente consegue encontrar todos assim desde quando a gente olha paraa indústria né pequenas manufaturas as Confecções as facções de roupas e tudo isso a gente olha a parte até gente de instrumento musicais lutiis né então a gente tem aí eh a gente vê que a favela de fato ela prolifera em negócios né Eh o vereador trouxe pra gente uma questão e as mesas anteriores falaram também dessa questão da adequação do aperfeiçoamento e do que que a gente constrói como é que essa construição tem que sempre ser junta né o sebrai tem uma preocupação de tá sempre melhorando a sua oferta e a gente escuta a gente tá diariamente com os nossos empresários os nossos empreendedores então ele eles nos trazem o que precisa ser diferente e tem uma questão que é muito importante que eu escuto de muitas instituições a seguinte frase que é falsa Ah mas a gente oferta ação na favela e ninguém vai não mas eu direcionei o curso pro pessoal da favela e ninguém foi claro que ninguém foi porque aquilo não cabe no tempo das pessoas da favela aquilo não tá num horário que é possível das pessoas acessarem aquilo demanda por mais que seja gratuito a mensalidade demanda o investimento de material que não tem por fazer aquilo e o resultado principal da gente não é a formação a formação é um caminho o resultado que a gente quer aí no caso específico do sebrai é que os empresários aumentem seu faturamento acessem novos mercados melhorem suas vidas né então isso é uma questão muito importante quando a gente pensa seja em política pública ou iniciativa das organizações dentro dos territórios que elas sejam construídas de acordo com essas realidades Então hoje a gente é muito acionado em muitos territórios da Metropolitana de forma digital muitos programas nossos Então a gente tem cursos de WhatsApp a gente tem acelerações o top empreendedor aí faz 10 anos né que são só mês de favelas que fazem o top Então a gente tem todo um conjunto digital que é muito importante por conta dessa questão da adequação do tempo e tem todo um conjunto territorial sim de sala de aula de espaços de conexões de vinculação com SCS né a gente tem um trabalho muito próximo dos SCS também da assistência pra gente conseguir eh entregar e aí um exemplo para dar que eu gosto de dar a gente há três edições já tem uma parceria com o palco favela do rock and reio porque isso Começou há um tempo atrás foi um movimento era o Viva Rio o afro o próprio Medina né falando como é que a gente faz pra gente mostrar essa força o Renê né com Voz das Comunidades pra gente mostrar essa força das favelas então criou-se o palco favela com artistas tudo isso da favela mas a gente falou caramba a gastronomia é o setor mais intensivo então a comida que é vendida no palco favela tem que ser produzida da favela tem que ser de empreendedores da favela vamos fazer isso vamos fazer isso mas caramba é o maior festival de rock do mundo a quantidade a multidão que vai tem regras da visa né da Vigilância Sanitária que são eh Super complicadas Então como é que a gente adequa vamos adequar o processo produtivo adequamos os kitutes tem que ser Ultra congelados Então vamos fazer isso dar certo mas como é que faz para esse empreendedor que vai vender no festival que vai vender uma quantidade maior que geralmente ele vende como é que ele vai ter o insumo financeiro para ele comprar um ingrediente para fazer vamos fazer um modelo contratual que seja diferente que ele receba parte antes então é sempre adequar o percurso e é isso tornou possível a gente já tá na terceira Edição quando as pessoas vão no bar do espaço favela a comida que é comprada ali são de empreendedores de favela né que tornam-se fornecedores do maior festival de rock do mundo né E ali não é o maior resultado maior resultado é o que vem depois dessa junção de marcas né e o que que eles conseguem continuar eh vendendo depois mas sempre com essa preocupação como é que a gente adequa para essa realidade paraa realidade que não é favela são favelas né então a gente tem todo tipo de empreendedor a gente tem todo tipo de necessidade de suporte que cada um merece uma customização e uma entrega específica para que seja efetiva bom agora a gente já vai pras considerações finais foi bem rapidinho mas eu vou começar então pela Lila como eu só fiz uma pergunta para você eu adiciono aí eu vou dar 2 minutos para cada para cada um de vocês falarem nessas considerações finais é bem difícil mas eu te dou 3 minutos e destacando né Como que você prevê né você vislumbra essa comunicação entre os empreendedores de favelas e o poder público por meio do plano diretor então olhando assim essa mesa aqui para mim hoje foi muito importante como empreendedora tá porque os assuntos que foram gerados aqui hoje são coisas que eu tô vendo o futuro eu como empreendedora eu vejo hoje que tá andando Estamos indo estamos conseguindo como uma pergunta há pouco tempo me fizeram agora e aí eh e aí Lena Qual é sua resposta favela venceu eu falei quase estamos vencendo ainda falta muito mas hoje nessa mesa aqui eh e vendo assim alguns amigos que passaram antes algumas pessoas o Renê que é muito meu amigo pessoal eh eu vejo que estão mandando e com tudo isso que tá sendo construído hoje com essa nova fase que vem pela frente eh eu acredito muito que será uma nova fase não para mim não só para mim mas para todos os empreendedores da favela essa ligação essa conexão vai ser é muito importante para que a gente consiga um pouquinho mais do 2 3 5 10% a mais do que realmente a gente precisa porque como ele mesmo falou né como Rafael falou eh Rafael né como ele mesmo falou eh nós precisamos de muito mais os o os nossos funcionários são da favela nós estamos gerando empregos dentro da favela e toda a a a a a galera Nossa é da comunidade eu tenho uma uma confecção no jacaré os meus funcionários são todos do jacaré porque eu tenho uma marca gente deixa eu divulgar né tenho uma marca eu tô toda vestida da minha marca minha marca frdm Freedom tá uma um sonho nosso eh e mostrar essa potência toda que nós estamos falando sobre isso hoje o sebrai como ela disse que incrível eh tem Nosa oportunidade de estar nessa mesa aqui com você eh o que ela falou é incrível realmente há 20 anos atrás eu tenho e eu trabalho desde os 12 mas eu tenho 41 anos gente Poxa eu tô cansada né Eu tô com 41 anos eu faço 42 daqui a pouco eu tô cansada sabe eu tô cansada eu quero ver eu quero apalpar eu quero conseguir aproveitar um pouco disso tudo que a gente tá construindo hoje eu quero apalpar isso eu quero conseguir vivenciar e construir isso na minha vida também e ver a minha favela vencer e ver a galera seguir sabe e eu acredito muito e olhar pra gente Dessa forma que você tá falando assim falando um pouco dessa conexão e tendo essa oportunidade fugindo um pouco assim um pouquinho assim da pergunta só para mostrar que hoje eu fico muito feliz de ver que eles estão todo mundo tá olhando pra favela um pouco diferente né olha pra gente assim né É bem diferente só que Poxa dia 7 agora e eu vou lançar uma uma linha sustentável Pô cara é é pensar Ah ela tá lançando uma linha sustentável caraca é a Lela freedon cria do complexo alemão uma loja dentro do complexo alemão ela vai lançar dia 7 uma linha de roupa sustentável de sustentabilidade eu tô pensando no meu futuro eu tô pensando nos meus filhos eu tô pensando nas pessoas Então olha a mente e olha as pessoas que estão dentro da comunidade Eu sou de lá então tô dizendo por mim tu imagina quantas pessoas lá dentro ainda tem que tem muito mais do que eu muito mais inteligente que eu sabe então assim eu tô muito feliz gente tá aqui hoje eu tô até sabe tá me faltando palavra aqui hoje o negócio tá esquisito e olha que eu sou faladeira hein mas eu tô muito contente assim de ver que é uma forma diferente aqui eu não tô falando para empreendedores sabe normalmente eu converso muito com empreendedoras meu caso sempre é Tete a Tete conversar com mulheres com homens empreendedores é diferente essa conversa aqui hoje essa conversa eu tô brigando pela minha galera é diferente eu não tô só junto com eles eu tô brigando por eles sabe eu tô eh levantando voz por eles eu tô muito feliz gente EA Parabéns aí pelo seu trabalho e agora pra Célia Célia ela falou muito sobre esse termo a favela venceu que que é um termo até polêmico né O que falta pra favela vencer e como o plano diretor conversa com isso deixa eu falar uma coisa aqui para ela eu tenho 67 amor e não desisto não não estou cansada não desisto e para mim é uma felicidade estar aqui justamente por conta dessa evolução sabe eu sou uma pessoa muito ativa eu sou uma pessoa eu sou uma empreendedora desde que nasci eu tenho uma historinha do do empreendedorismo que eu vendia doce na favela tinha um doce que era chocolate e doce de leite junto os meus amigos tem um que não gostava do Chocolate outros que não gostava do do leite eu comprava levava para casa separava um do outro re embrulhava e vendia Para eles um ia pro chocolate o outro ia pro leite e assim eu ganhava um dinheirinho então assim eh eu fico muito feliz de estar realmente nessa mesa de ver essa evolução nós Já poderíamos estar anos luz mas o fato de já estar caminhando já tá ter chegado onde chegamos já é já é pra gente poder comemorar sim mas não desistir é pra gente continuar e e apostar mesmo nos empreendedores nos novos negócios e a gente dá oportunidade eu só queria dizer aqui o seguinte isso não pode ser uma moda tá isso não pode ser moda isso tem que ser causa isso é causa não é moda e não esquecer que nós estamos lidando com vidas né e com vidas não se brinca né a gente não pode criar falsas eh eh Esperança nas pessoas que as pessoas façam seus investimento e depois tenham decepções porque isso é sério demais vou falar para encerrar mesmo eh o seguinte gente eh nós não podemos eh ficar na zona de conforto tá nós temos que procurar sempre mais o crescimento tá o reconhecimento a visibilidade e a responsabilidade dos negócios nós não podemos dar mais passo para trás nós só temos que crescer que evoluir E se precisa do nosso esforço nós vamos e com o poder público sempre junto Porque o poder público ele não vai avançar se não tiver essa relação essa conexão com as favelas nós somos a maioria Sim somos sim e a Favela Também ela não vai avançar se ela não sentar para conversar e se aliar ao poder público então tem que ser Mão Dupla eh via de Mão Dupla né vai botar o escritório lá na favela mas vai abrir as portas do seu gabinete paraa favela poder entrar isso é necessário Muito obrigado agora agradecer a oportunidade de est aqui a nós que agradecemos agora eu quero falar com a Carla pissé novamente eu gostaria que você destacasse aqui os principais pontos que você acha que ainda não tenha falado sobre empreendedorismo e plano diretor eu acho que assim pra gente né empreender é uma oportunidade para muitos mas é coisa séria como Célia falou então quem quiser empreender tem que ir atrás de apoio tem que atrás suporte né para conseguir fazer disso uma iniciativa bem-sucedida mas eu acho que para fechar Marcos uma coisa que eu queria retomar aqui é que você tava falando né Para que o plano diretor aconteça o que que a gente acha né e eu fiquei aqui vendo um filme na minha cabeça eh eu não sou de favela eu sou uma aliada dos territórios tem quase 30 anos né eu antes de ser do sebrai eu já era do IP trabalhava com avaliação de política pública Então esse sempre foi eh com que eu trabalhei com que eu me envolvi meu propósito e eu já Participei de muitos movimentos como esse né então de seminários como esse então na década de 80 a gente tem lá o favela bairro aquela questão toda e união de instituições é quando sebrai abre o primeiro escritório dele na Rocinha lá com o nosso amigo Zé Luís hoje está em Petrópolis eh depois dos anos 2000 a gente vem aí com a questão dos paques das upps E aí tem um outro movimento de juntar a sociedade civil As instituições né comunidades E aí vai todo vem a pandemia a gente é chamada de novo né então eu acho que o que a favela e aqui como aliada pedindo licença né para falar essa frase eh tá cansada dessa descontinuidade é da gente iniciar conversa se agita se orgulha esfria E aí as coisas vão os problemas voltam Então como é que a gente faz isso né também Vereador uma constante esses espaços de participação da sociedade civil das instituições de apoio da política pública do Legislativo né para que a gente não tenha o povo de um lado lutando como Célia falou né sem essa parceria isso não vai acontecer a As instituições de outro lado sempre inventando a roda sem olhar pro que já aconteceu no passado que deu certo que deu errado né Acho que Toledo trouxe muito isso pra gente então acho que o meu desejo maior aqui é o desejo da continuidade o desejo de não esfriar de não ser mais uma onda e que a gente possa est aí impulsionados pelo plano dir botando a favela no centro no centro da nossa cidade e com isso construindo muita prosperidade pro Rio de Janeiro como um todo Rafael para finalizar sua será a última fala de todas as mesas e aí a gente tem um século e meio de invisibilidade é a primeira vez que a favela tá incluída E vai durar 10 anos né o plano ele se atualiza a cada 10 anos quais são os compromissos que o senhor pode atestar aqui hoje que a gente pode ter vislumbrado as favelas da aqui há 10 anos por meio do plano diretor isso não envolvendo só empreendedorismo de modo geral bom primeiro agradecer a participação da os parabéns né pela pela oportunidade de ter esse fórum que ele seja permanente mas mais do que isso a gente cumpriu um rito que era obrigatório por causa do plano diretor mas da mesma forma eu e os vereadores que participamos desse processo a gente tem orgulho pelo que fizemos nesses 2 anos 2 anos e meio de de trabalho em relação a ele né as mudanças foram bem significativas em termos de legislação e agora o compromisso nosso né o essa próxima legislatura esses próximos 4 anos né que são os que vão ficar lá a gente vai manter essa comissão firme e forte atuando eh a gente vai continuar olhando para cada detalhe buscando os aperfeiçoamentos vendo o que deu certo e o que que pode ser melhorado ou melhor adequado a nossa realidade a realidade das favelas a realidade da cidade como um todo então vai ser compromisso da Câmara manter esse canal de interlocução sempre aberto eh manter os gabinetes abertos e aí eu digo eh uma coisa em relação aos parlamentares em si né Com todo respeito aos deputados ou outros parlamentares mas os vereadores são aqueles que T uma melhor visão do dia a dia uma melhor visão da realidade das coisas é o parlamentar mais próximo né os vereadores são aqueles que TM mais contato com as pessoas na ponta então a gente conhece mais do dia a dia da realidade de cada um do que os outros que estão um pouco mais acima ali então no bom sentido usem os nossos mandatos né usem a câmara municipal a câmara se compromete a manter uma interlocução constante gabinetes abertos para atender as pessoas as soluções eh as soluções não vem da cabeça da gente porque somos gênios ou melhores que ninguém é porque a gente sabe ter a capacidade de ouvir Talvez os vereadores tenh uma empatia maior em relação aos outros parlamentares a gente tá aqui É Para Isso é para fazer cumprir esses compromissos para finalizar para dar um exemplo a gente vê hoje na cidade que sempre foi cultural mas antes era muito informal aquelas pessoas que vendem os churrasquinhos às vezes nas esquinas não existia licença para isso através de uma lei Nossa a gente conseguiu definir a regulamentação para essa atividade por exemplo Então hoje várias pessoas tem as suas licenças todas certinhas do churrasquinho ali de rua então esse olhar isso isso é o olhar de quem entende a realidade quem quer realmente fazer e melhorar a vida das pessoas melhorar a vida do Empreendedor melhorar a vida de todo mundo então é compromisso da câmara aperfeiçoar e tá sempre presente sempre ouvindo E participar das decisões junto com vocês pelos próximos anos contem com a gente Parabéns a todos pela participação quero reforçar o agradecimento em nome do Jornal Extra ao Senor Rafael Vereador a Célia também a Carla a Leila a todas vocês a todos vocês que estão aqui hoje vocês que também ficaram até agora aqui tá palmas para vocês também e a vocês de casa que compartilharam esse link que acompanharam essa transmissão ou parte dela muito obrigado eu agradeço pela a casa pela confiança e Que hoje seja o Marco para que daqui a 10 anos a gente tenha muitos mais debates ao longo desses 10 anos sobre o plano direitor e sobre o direito às periferias forte abraço [Aplausos] gente vamos fazer a foto de para n
Fique informado(a) de tudo que acontece, em MeioClick®