[Música] Olá meus amigos o câncer de colo de útero que também é conhecido como câncer cervical está associado à infecção persistente por subtipos do vírus HPV o HPV é um papiloma vírus né a infecção pelo HPV é muito comum a gente calcula que mais ou menos 80% das mulheres sexualmente ativas vão adquirir o HPV ao longo da vida e algumas estatísticas Esse número é até mais alto antes de se tornar maligna a doença porque leva muitos anos a lesão passa por uma fase de pré-maligna de nique nic ou neoplasia intraepitelial cervical embora a incidência do HPV esteja diminuindo no no mundo o câncer de colo de útero ainda é o quarto câncer mais incidente em mulheres e a quarta causa de morte por câncer em mulheres aqui no Brasil felizmente as estatísticas têm mostrado que 44% dos casos que são diagnosticados no país são de lesões que a gente chama de incito que são lesões precursoras do Câncer ou seja lesões que ainda se acham restritas ao colam e não desenvolveram aquelas características de malignidade como a de penetrar os tecidos mais profundos ficam na superfície mesmo do colo nessa fase a doença pode ser curada na praticamente na totalidade dos casos desde que tratado adequadamente é claro né para falar mais sobre o câncer de colo uterino e sobre as formas de controlar as complicações e a prevenção nós trouxemos a Dra Ângela Nogueira Dra Ângela é oncologista coordenadora do comitê de tumores ginecológicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica que é uma posição que é dada para pessoas evidentemente competentes não é seja bem-vinda Angélica a gente podia começar descrevendo Como é o câncer de colo do útero o colo do útero todo mundo sabe o que é né o útero tem um formato de uma pera assim nãoé e o colo do útero é aquela parte que se comunica com a vagina né que é tocada no fundo da vagina no exame ginecológico Olá a todos Olá dr draus uma grande honra e muito obrigada por trazer esse tema tão relevante paraa mulher brasileira para mulheres de países de baixa renda a gente tá então no mês do do da chamada de ação do da Organização Mundial de Saúde pela eliminação desse câncer que é um câncer passível de prevenção de rastreamento da gente eliminar câncer do do colo do útero é uma doença que tem a peculiaridade de vir de uma infecção de um vírus Então essa infecção pelo vírus do papiloma humano tão prevalente em adultos né 80% das mulheres sexualmente ativas vão ter em algum momento a infecção pelo vírus do papiloma humano em algumas mulheres essa infecção vai ficar persistente e começam alterações de multiplicação descontrolada das células ali nessa região do colo do útero que é a região da Pera que o senhor disse né entre o corpo do útero e a vagina e esse crescimento descontrolado assim como em outros cânceres pode levar a invasão local cair na corrente sanguínea e formar uma metástase a peculiaridade sendo esse início todo vim de uma infecção viral e demorar muito tempo entre a primeira infecção até o câncer propriamente dito o que nos dá uma grande janela de oportunidade para evitar que a doença se desenvolva você diz que cerca de 80% das mulheres se infectam com o HPV durante a vida sexual e o câncer de colo uterino atinge apenas uma pequena Parte dessas mulheres por qu hein Qual a explicação a explicação é a potência do nosso sistema imune que tá o tempo todo eliminando vírus bactérias que entram em contato conosco é uma confluência de fatores às vezes uma mulher com imunossupressão que o sistema imune não tá funcionando de maneira adequada existem outros fatores de risco também o tab ismo é um deles uso de anticoncepcional oral também é é um fator de risco para câncer do colo do útero mas principalmente essa queda da Defesa então a maioria dos adultos imunocompetentes vai ter contato com o vírus e o sistema imune vai armar sua defesa e eliminar a infecção e a infecção não vai ficar persistente então é a persistência da infecção que aumenta o risco do Câncer do colo do útero e essa persistência Que tipo de alterações provoca no colo do útero que acaba levando ao câncer bom esse é um processo que começa com lesões que a gente chama de lesões pré-cancerosas que o senhor trouxe aí na sua primeira fala que são os niques as lesões intracelulares então é montado todo um arcabouo de proliferação que acontece em todos os cânceres para sustentar esses pilares da doença Então os pilares são um crescimento das células sem controle a formação de novos vasos de sangue que vão suprir essa nova massa que tá em formação que é a angiogênese e essa capacidade de infiltração então esses são os pilares que vão permitir a doença acontecer no local e e consequentemente colocar o paciente em risco de uma disseminação E à medida que a lesão vai progredindo que ela se torna maligna e que forma mesmo que a gente chama de câncer que para ser chamado de câncer tem que ter infiltração dos tecidos vizinhos não é vocês ginecologistas costumam caracterizar essa evolução do Câncer depois que já houve a malignização em estágios e quais são os estágios no caso do Câncer do colo uterino isso é fundamental porque aí que vai se basear o nosso tratamento a gente pode de uma maneira bastante simples dividir o câncer do colo do útero em três grandes estágios doença Inicial é uma doença localizada no útero e onde a cirurgia é possível a gente usa um sistema de classificação que chama figo que é associado também com o sistema clássico da Oncologia de classificação de estadiamento que é o tnl então doença Inicial doença localizada no colo do útero doença passível de cirurgia doença localmente avançada é o segundo bloco é quando a doença começa a invadir esses fixadores do útero como os parametrios causando às vezes repercussão à distância como aumento do rim que não tá conseguindo que a urina desça com eficácia porque a massa tá descendo essa doença localmente avançada ela define uma paciente que não é boa candidata à cirurgia e o tratamento de radioterapia combinado com a químio leva a maiores taxas de cura com menor morbidade e por último o terceiro estágio que a gente fala Doença metastática que é uma doença que já saiu ali do loco Regional e que se implantou à distância por exemplo uma paciente que foi diagnosticada com um nódulo no pulmão ou nódulo no fígado essa paciente ela tem um contexto de tratar com remédios que corram a circulação e cheguem a esses nódulos à distância então doença Inicial doença localmente avançada e doença avançada E aí aí a gente classifica com esses estágios figo esses três grupes até doa é inicial até 4 a é localmente avançada e o 4B é a doença metastática isso são termos mais médicos esses numerozinho com letras são termos que se aplicam mais aos profissionais Olha você tem então uma infecção viral que acaba causando lesões pré-malignas e depois essas lesões se tornam infiltrantes e a medida que a doença progride a doença vai ficando mais grave até chegar em fases que são incuráveis Então ela é uma doença de evolução muito lenta no início e que permitem várias intervenções médicas né Quais são as recomendações para você fazer a prevenção do câncer de cola esse esse é um câncer que nos dá toda a oportunidade dele não acontecer depois a gente vai falar um pouquinho das medidas para o nick nem começar por exemplo com vacina mas a doença inou entre ter essa primeira inflamação essa lesão pré-cancerosas que a gente conversou e o câncer pode passar uma década podem passar 15 anos então realizar os exames de rastrear essas lesões e tratá-las é uma chance de não desenvolver o câncer e por isso a gente tem a recomendação da realização de alguns exames o que tá disponível pelo Ministério da Saúde na rede pública do Brasil é o exame de preventivo de Papa Nicolau o Papa Nicolau é um exame que colhe o material do colo do útero e ele deve ser feito a partir dos 25 anos de idade duas vezes e após dois exames negativos um a cada 3 anos ainda há um número grande de ginecologistas que pede para repetir o exame preventivo Papa Nicolau todos os anos é um exagero é um exagero o grande problema do Papa Nicolau é que a gente não cobra todas as mulheres hoje no Brasil menos de 20% das mulheres na na idade de alvo entre 25 e 65 anos de idade realizam o seu exame a cada 3 anos o que acontece no Brasil é que a paciente repete todos os anos aqueles menos de 20% que fazem o exame o fazem todos os anos isso infla um pouco a estatística e a gente não chega Nessa paciente que precisa fazer essa é uma doença de curso lento a gente pode fazer após dois negativos um a cada três anos muito importante se a paciente teve infecção pelo HPV Em algum momento Essa paciente tem que fazer todos os anos porque essa é uma infecção que fica persistente e ainda não há uma vacina terapêutica Esse é um dado muito importante não é e por exemplo uma mulher de 60 anos que ficou viúva que não tem mais vida sexual ou que não tem mais vida sexual por qualquer razão Com que frequência ela deve fazer Angélica a paciente que teve vida sexual ativa deve fazer até os 65 anos de idade porque essa infecção ela pode ter ficado ali latente não tendo se manifestado e se manifestar após os 65 anos de idade sem nenhum exame prévio positivo está indicado a interrupção mas muito importante se a mulher tiver qualquer sintoma um corrimento vaginal que não existia um sangramento ela deve imediatamente procurar o seu ginecologista Fala um pouquinho da vacina agora como é que ela tem que ser administrada se existem contraindicações Esse é um tema misterioso Porque que a população não agarra nessa vacina senhor como oncologista escutou a vida inteira assim como eu escuto que dia que vai ter uma vacina contra o câncer existe uma vacina contra o câncer a vacina antihpv ela protege contra pelo menos seis tipos de cânceres não só o colo do útero mas o câncer de vulva vagina pênis canal anal orofaringe então é uma vacina com chance de evitar vários cânceres e no câncer do colo do útero praticamente todos os casos de cânceres de colo do útero são relacionados ao vírus do h PV e essa é uma vacina que já comprovadamente diminui significativamente o o risco de desenvolver o câncer e infelizmente no nosso país as taxas de cobertura dessa vacina que é cara gratuita segura né Ela É cara se a gente for pagar Mas ela tá nos postos de saúde é extremamente segura essas vacinas estão sobrando nos postos de saúde então assim a gente tem uma vacina contra o câncer e a gente tem que fazer esse dever de casa de levar nossas crianças e adolescentes a gente depois vai falar um pouquinho mais dessas faixas de cober abertura Então essa é uma vacina altamente eficaz idealmente a ser dada para crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos de idade e mulheres e homens mais velhos que não foram vacinados entre os 9 e os 14 anos todo mundo os meninos e as meninas e depois disso uma mulher de 24 anos a vacina não tem contraindicação após essa fach etária e hoje ela tá indicada e também é gratuita para adultos imunos suprimidos no Brasil até 45 anos de idade porque esses indivíduos têm mais risco da infecção persistente mas importante e esse isso tá bem mostrado num grande estudo que foi publicado é um estudo do norte da Europa que foi o primeiro estudo que mostrou que vacina diminui o câncer do colo do útero que a resposta vacinal ela é muito melhor nos mais jovens por dois motivos principais primeiro porque nessa faixa etária tem menor chance do da criança do Adolescente ter sido exposto ao vírus e segundo porque a resposta a Vina a imunogenicidade é melhor em crianças e adolescentes então quando esse grupo de pesquisadores vacinou crianças até 14 anos essa resposta foi melhor de proteção acima essa resposta existe a proteção existe mas ela é gradualmente menor a medida que a idade avança então Se alguém quiser vacinar é seguro mas a proteção é menor do que quando dá das crianças e que argumento você usa Quando alguém te pergunta ah preciso vacinar meu filho homem que as meninas as pessoas mais informadas sabem que há necessidade grande e por que precisa vacinar os meninos também a infecção do HPV é infecção sexualmente transmissível mais comum da humanidade não só em mulheres em homens e mulheres a gente tá falando aqui esse podcast hoje é sobre câncer do colo do útero mas a gente acabou de citar que também o homem está em risco no câncer de pênis no câncer do anos no câncer da garganta então a vacinação do o menino o protege e muito importante ele é um vetor ele circula o vírus na mulher uma vez eu tive a oportunidade de assistir uma belíssima aula com o ganhador do prêmio Nobel tusen que descreveu a associação do HPV e do Câncer do colo do útero e ele defendeu que se tivesse que vacinar homem ou a mulher ele vacinaria só os homens se ele tivesse que escolher mas a vacinação de meninos e meninas potencializa o controle e leva também a proteção do menino do homem do adulto jovem Eu lembro que quando começou a vacina Nação pelo SUS umas meninas passaram mal com a vacina etc isso depois Ficou comprovado que não tinha absolutamente nada a ver com a vacinação a vacina é segura mesmo Angélica essa questão das meninas houve um caso na Bolívia e também aqui no Brasil no estado do Acre no Brasil foi acompanhado de perto pela USP os pesquisadores da USP nenhuma menina tem sequela nenhuma desses eventos existem reações quando adolescentes são vacinados em grupo porque é uma reação psicológica de ansiedade mas não há nenhuma sequela neurológica acho que a resposta melhor que a gente pode dar para essa pergunta Dr draus é que neste momento mais de 300 milhões de doses da vacina HPV já foram distribuídas no mundo a UMS Organização Mundial de Saúde controla isso de perto e nos garante no seu site a vacinação HPV é segura Então a gente tem o respaldo da da OMS e a gente tem acompanhamento de perto desses casos que foram reportados e não há sequela com essa vacina nesses casos específicos que a mídia reportou de maneira perigosa você pega mulheres e homens que não foram vacinados pega as meninas os pais não vacinaram por alguma razão quando você acompanha essas meninas no decorrer da vida há algumas que correm risco mais alto de desenvolver esse tipo de câncer quer dizer quais são os fatores de risco bom então o principal fator de risco para câncer do colo do útero é imunossupressão por exemplo pacientes que usam remédios como remédios oncológicos que vão reduzir a defesa pacientes que t a síndrome da imunodeficiência adquirida a Aide são pacientes com maior risco pacientes que usam corticoides por causas de reumatologia outras causas a gente já falou também do tabagismo do anticoncepcional múltiplos parceiros é um fator de risco mas eu acho que a gente tem que entender que essa é uma doença que pode acometer qualquer uma de nós e a mais frequente não imunossuprimidas do que in imunossuprimidas então o rastreamento é para todas e países que levaram a sério o rastreamento de Papa Nicolau que é o que a gente tem no Brasil na Rede Pública diminuíram significativamente controlaram a doença então é uma técnica barata no Brasil gratuita nos postos e a gente precisa Independente de risco realizar essa técnica pra gente eliminar a doença e a que sintomas as mulheres devem estar atentas que podem ser sintomas do início ou da evolução de um câncer de colo de útero o câncer do colo do útero Então como o senhor trouxe no início a pera né o colo do útero ele é esterior zado ele sai na vagina então ele costuma dar sinais e sintomas importante aquela lesão pré-cancerosas que a gente quer diagnosticar não dá sinal e sintoma por isso prevenção é importante mas quando o câncer se desenvolveu corrimentos que não eram presentes e passaram a ser presentes Corrimento com mau cheiro sangramento dor na relação sexual e na doença mais avançada sinais e sintomas que aparecem com a metástase por exemplo metástase no fígado emagrecimento metástase nos ossos dores metástase no pulmão falta de ar mas a gente não quer que chega aí a gente quer rastrear para isso não acontecer e o diagnóstico Como é feito o diagnóstico como todo câncer diante da suspensão ele é feito com uma biópsia e como o colo do útero tá aberto né só fazer o exame vaginal é possível então com o exame ginecológico coletar uma amostra do colo do útero e isso vai pra análise e aí que é feito o diagnóstico e se confirmado a paciente vai ser submetida a exames de imagem para avaliar a extensão dessa doença classificar naqueles três grupinhos que a gente trouxe e propor o tratamento para paciente e esse tratamento vamos lá vamos dividir nessas três fases que você colocou muito bem fase mais Inicial tumor ainda não invade tecidos vizinhos e penetra um pouco só no colo do útero doença Inicial tratamento cirúrgico é uma cirurgia oncológica idealmente deve ser feito num hospital um cacom um uncom um hospital de complexidade para tratamento do Câncer porque não é a retirada simples do útero tira-se o útero esses fixadores que são os parametrios são retirados linfonodos que são ínguas então uma cirurgia oncológica do útero o útero é retirado em mulheres com desejo de preservação de fertilidade quando a doença é muito pequena abaixo de 2 cm é possível ser considerada uma cirurgia preservadora de fertilidade em que é tirado o colo do útero é feito um cone ou uma traquelectomia avaliam-se os linfonodos E se eles estão livres preserva-se o corpo do útero para uma futura gestação isso em casos muito selecionados de pacientes jovens e com doença muito Inicial Esse é o o grupão Inicial grupo dois doença localmente avançada doença comprometeu os fixadores essa cirurgia era seria muito grande com muita morbidade a paciente deve então ser submetida a um tratamento de radioterapia combinada a uma quimioterapia antiga e eficaz que chama Cisplatina é feito toda semana durante toda a radioterapia a radioterapia é um tratamento que faz uma irradiação externa e tem uma segunda fase que as pacientes precisam que a radioterapia intravaginal chamada brac terapia que é feita por quatro sessões etapa fundamental para cura das pacientes com doença localmente avançada e diferente do que a maioria das pessoas pensa mesmo sem cirurgia essa doença é curável com radioterapia e essa medicação Cisplatina na maioria dos casos terceiro grupo doença avançada metastática essas pacientes devem ser tratadas com medicamentos tratamento que a gente chama de sistêmico a base quimioterapia Hoje teve avanços essas pacientes podem também receber antiangiogênicos imunoterapia também junto com a químio e com essa medicação antiangiogênica potencializa a chance do controle da doença nesse estágio a chance de cura é muito pequena você falou do impacto do uso da pílula anticoncepcional toda mulher que toma pílula anticoncepcional e são milhões de mulheres não é tem que se preocupar mais com o câncer de de colo elas devem fazer controles mais amiúde não o controle é o mesmo há um pequeno aumento de risco nesse grupo de mulheres mas a recomendação é Idêntica realização de Papa Nicolau após dois negativos um a cada 3 anos quem tem recomendação de exame mais amiúde são as pacientes imunossuprimidas essas pacientes devem sim continuar fazendo o exame anual por exemplo pacientes com diagnóstico de aides essas pacientes podem ter essa evolução mais acelerada quando a gente recomenda o exame a cada 3 anos a gente tá contando com a doença indolente se o sistema imune funciona menos essa paciente pode ter um curso de doença mais célere e mais grave Angélica desde que eu me formei médico no século passado ainda a gente fala em eliminar o câncer de colo uterino que é uma vergonha o Brasil ainda perder mulheres que aparecem com esses tumores já em fase avançada você vê essa possibilidade de acabar com o câncer de colo uterino porque é uma vergonha Nacional não é isso tem cálculos matemáticos de fazer com as com as ferramentas que o Brasil tem tantas vezes a gente fala de incorporação de remédios que a gente não tem eu acabei de citar a imunoterapia pro tratamento da doença avançada que é tão cara com as ferramentas que o Brasil tem a gente pode sim eliminar a doença o Brasil nunca conseguiu uma cobertura adequada de Papa Nicolau e não está conseguindo a cobertura nem de longe da vacina HPV tem um cálculo publicado no lanet há 3 anos mostrando que se mantidas as taxas atuais nós não eliminaremos neste século não é no século o senhor tá falando no século passado mas o cálculo pro Brasil é que no século XX não tem eliminação da doença essa doença é uma doença que já se provou passível de eliminação erradicar que é zerar não vai acontecer tem outras causas e o vírus circula eliminar como problema de saúde pública que é reduzir para menos de 4 por 100.000 vários países já lograram então é possível e as ferramentas estão aí a gente terá acréscimo de ferramentas como o teste HPV DNA o Ministério da Saúde deve em breve incorporar Mas mesmo com as existentes se a gente vacinasse em massa e se a gente fizer Papa Nicolau em uma década já se vê uma queda significativa da doença principalmente pelo Papa Nicolau que dá um efeito mais imediato porque a vacinação vai pegar quem teria a doença daqui 20 anos certo então é uma doença passível de eliminação É uma vergonha a gente estar entre as lideranças mundiais terceira causa de câncer na mulher brasileira isso a gente precisa virar essa página virar esse século sem essa notícia continuar sendo Manchete Angélica muito obrigado por todas essas informações nós acabamos de conversar com a Dra Angélica Nogueira que é coordenadora do comitê de tumores ecológicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica a sboc no nosso portal você encontra mais de 100 Episódios do drausio cast sobre os mais variados temas conheça também os nossos outros podcasts porque dói saúde sem tabu e outras histórias todos estão disponíveis nos principais agregadores e no YouTube Muito obrigado Angélica eu agradeço a atenção de todos esse tema tão relevante oportunidade Dr draus um grande abraço outro para você
Fique informado(a) de tudo que acontece, em MeioClick®