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Como o Google Maps conseguiu mapear o mundo?

Como o Google Maps conseguiu mapear o mundo?

Em 1998, Larry Page e Sergey Bring criaram aquela que viria ser uma das maiores empresas do mundo, o Google. No início, o que se tinha era apenas o mecanismo de busca, mas logo ele evoluiu para muito mais do que isso. Atualmente, a empresa oferece diversos produtos e serviços, como Android, Google Docs, Google Clouds, Gmail, YouTube e o Google Maps. O Maps se tornou uma ferramenta essencial, sendo praticamente impossível sair de casa sem ele no seu celular. No vídeo de hoje, você vai conferir como foi o processo do Google para criar essa ferramenta tão poderosa. Começando desde os carros com câmeras, pesando centenas de quilos e evoluindo até conseguirem mapear quase todas as regiões do planeta. Sim, quase todas, pois mesmo hoje em dia ainda há alguns lugares que nem mesmo Google Maps é capaz de chegar. E você verá tudo isso neste vídeo. Antes do Google Maps ser criado, as primeiras viagens eram feitas de maneira bem diferente. As pessoas tinham que decorar os caminhos, abrir extensos mapas de papéis, confiar na informação de estranhos e nas placas das estradas, que na maioria das vezes são confusas e pouco informativas. Era um verdadeiro trabalho de explorador. No início dos anos 2000, conforme a internet avançava, diversas empresas se propuseram a criar sistemas de GPS para auxiliar desde os que queriam fazer extensas viagens até quem só queria aprender o caminho da cidade vizinha. O Google não foi o primeiro, nem o segundo, nem mesmo o terceiro, a se aventurar no mercado de mapeamento digital. Porém, ele tinha um diferencial quanto aos seus concorrentes. O Google Maps foi lançado em 2005, trazendo uma inovação que as pessoas nunca haviam visto antes. Através de mais de satélites, você podia conferir sua própria casa. Na época, os usuários passavam horas pelo site se divertindo a observar sua vizinhança. O sucesso do MAP se deve aos acréscimos tecnológicos que a empresa fez, principalmente ao adquirir e combinar as tecnologi de outras duas empresas, a KOll e a W2 Technologies. A K foi adquirida em 2004 e trazia consigo uma enorme quantidade de imagens de satélite. Já o Ato Technowledge tinha um conceito único para a época. Ele lhe permitia navegar por uma interface similar a um mapa digital, mas sem que você precisasse atualizar ou carregar uma nova página da web. Em uma época na qual a velocidade da internet não era das melhores, permitir as pessoas navegar por regiões do mundo sem que a página ficasse travando fez com que o Google obtivesse uma vantagem enorme diante de seus concorrentes. Christopher Philips, chefe da divisão gel do Google, durante uma entrevista a Wall Street Journal, disse: "A peça fundamental era ter um modelo do mundo real, a verdade digital do que está acontecendo no mundo real, incluindo onde ficam as ruas". A partir disso, o Google iniciou sua trajetória rumo à criação do Street View, com vários carros Google passando pelas ruas do mundo todo e as fotografando. O modelo inicial era bem diferente do que vemos atualmente nas ruas, começando com uma câmera de 227 kg acoplada no teto de uma van. As câmeras não capturam somente o endereço ou a aparência de um lugar. Elas também detectam mudanças com o passar do tempo. Se uma empresa mudou de endereço, se um novo prédio foi construído ou se há novas placas de sinalização, tudo é coletado para garantir que as informações do Maps estejam sempre atualizadas. Apesar dos carros do Google ainda fazerem seu trabalho, há lugares nos quais eles não conseguem chegar. E para isso, o Google tem de usar sua criatividade. O uso de bicicletas e motos em regiões mais afastadas é bastante comum e em casos mais raros, as imagens podem ser fornecidas também por camelos, mergulhadores e até mesmo astronautas. Com relação às câmeras, atualmente o Google não mais utiliza modelo com mais de 200 kg. Pelo contrário, o foco agora é a portabilidade. As novas câmeras pesam por volta de 7 kg, podendo ser transportadas facilmente através de mochilas e carregadas pelo celular, tudo visando fornecer uma maior mobilidade a quem as utiliza. O sistema Street Views começou a ser modelado com os dados adquiridos da W Technologies, prosseguindo com os carros Google circulando e tirando fotos de diferentes lugares ao redor do mundo. Após isso, foi a vez da inteligência artificial fazer a sua parte. O Google utiliza tecnologia IA para reconhecer sinais capturados pelas câmeras, os enviando em seguida para serem analisados. Desse modo, qualquer imprecisão, como posicionamento de faixas ou ruas fechadas podem ser rapidamente integrados ao sistema. As informações coletadas e validadas ajudam a aprimorar o aplicativo, evitando assim que os mapas não forneçam informações falsas aos usuários. Mas como o Google Maps consegue ter acesso a tantas informações em tempo real? Por um processo conhecido como Crowd searching, o Google depende de seus próprios usuários para mapear áreas com dados limitados. Em países menos desenvolvidos, onde é mais fácil deslocar veículos para coletar informações, os dados são enriquecidos por conteúdo gerado pelo usuário, garantindo que os mapas permaneçam precisos e atualizados. Você com seu smartphone, o Google Maps em mão, é a peça importante para auxiliar o Google a aprimorar seu sistema. Se você concordou ou não em ajudá-lo, é outra história, mas sua ajuda ao Google não para por aí. Alguma vez já lhe aconteceu de ao voltar de algum lugar receber uma mensagem do Google pedindo que você avaliasse esse lugar. É quase como se ele tivesse lhe vigiado e de certo modo ele está. Esse monitoramento do Google serve não apenas para te localizar ou para lhe perguntar se gostou ou não do atendimento daquele lugar, mas também para entender em quais horários aquele seu restaurante favorito está mais movimentado. Com a quantidade de dados que o Google tem em mãos, ele poderia facilmente descobrir a composição demográfica exata das pessoas que costumam frequentar um determinado local. Com esses dados em mãos, caso você esteja procurando um novo lugar para conhecer e aquele lugar for relevante naquela região, o MAPS irá indicá-lo para você. Isso nos leva a outro ponto por trás deste serviço, Google. Como o Google Maps se torna lucrativo? Milhões de pessoas utilizam Maps todos os dias, um serviço inteiramente gratuito. E pelo que você pode ver até então, o caminho para que ele pudesse chegar a ser o que é hoje foi bastante complexo. Então, onde está a parte lucrativa do Google neste empreendimento? Apesar do Google não divulgar separadamente os lucros provenientes do Google Maps, as estimativas sugerem que ele pode gerar por ano cerca de 3,5 bilhões de dólares. Quando falamos que o MAPS não é um serviço pago, isso é válido somente para os usuários, pois na verdade há sim uma parte dele que é paga. O Google obtém maior parte do seu lucro através da publicidade das empresas que aparecem e se destacam através do Maps. Quando você pesquisa por um restaurante ou hotel, o Google Maps pode destacar certos resultados, sendo que as empresas pagam para o parecer em posições de destaque no mapa. Esses anúncios locais são responsáveel por uma fatia importante dos lucros do Google, embora a empresa não divulgue publicamente os valores separadamente. Para quem já explorou as ruas do Google Maps, deve ter reparado que cada mapa mostra empresas individuais, como hotéis, restaurantes, bancos, bares e lojas. Todos estes lugares são seguidos à informações de contato, aveleiações dos clientes. Em alguns casos, as empresas usam os próprios logotipos em vez dos ícones genéricos. Apesar de que cada usuário que utiliza o Maps não se converta necessariamente em um cliente para estas empresas, o Google fornece publicidade e reconhecimento de marca. Atualmente, na era da informação, uma empresa que não aparece no Google é praticamente uma empresa que simplesmente não existe. Além disso, há também um outro tipo de serviço um pouco mais específico que o Google Maps fornece para as empresas. Empresas de transporte possuem a opção de contratar serviços específicos do MAPS, de modo que motoristas e clientes acompanhem os movimentos um dos outros, reduzindo assim o tempo de espera. Esse tipo de serviço é comum em empresa de transporte ou transporte rodoviário, pois as ajuda a rastrear a localização de caminões específicos da frota, tendo acesso até mesmo em momentos nos quais o caminão está preso no trânsito. E sobre isso, você já se perguntou antes como o Google Maps sabe quando há trânsito? Sim, mais uma vez o Google está lhe vigiando. O aplicativo envia anonimamente dados em tempo real para os servidores do Google. Isso significa que quanto mais motoristas usarem o aplicativo, mais precisos serão os dados de trânsito. E não apenas o Maps, mas o aplicativo Waze também contribui para esses dados. Em 2013, o Google adquiriu Waze por mais de 1 bilhão de dólares, sendo que hoje, não importa se você utiliza o Maps ou As, de todo modo você estará contribuindo com informações sobre o trânsito. Se o Google Maps está constantemente utilizando nossos dados, isso significa que os usuários não possuem privacidade? A resposta para esta pergunta é complexa, pois o próprio Google afirma que os dados são fornecidos de maneira anônima. Ele utiliza seu smartphone para coletar informações locais, mas na maioria das vezes essas informações não estão atreladas ao seu perfil pessoal. Em resposta às várias críticas sobre violação de privacidade, o Google se pronunciou dizendo que em resposta às reações negativas, o Google afirma que os dados que utiliza para informar o trânsito e o movimento são anonimizados. O Google utiliza um tratamento tecnológico chamado privacidade diferencial. Essa tecnologia permite que o Google separe você e sua atividade, do que eles agregam de milhões de pessoas como sinais para obterem sites sobre negócios e informações de navegação específicas, como a duração da caminhada ou trajeto do carro. O conceito de privacidade diferencial faz com que o Google saiba que há tráfego intenso em uma rua, mas não quem está no meio deste tráfego. Mesmo assim, isso não impediu que o Google sofresse processos pesados ao longo dos anos. A Alemanha foi o país que mais apresentou resistência quanto ao Street Viewel do Google e apenas recentemente pôde ser mapeada. Isso se deu pelo fato de que os alemães prezam muito por sua privacidade. E mais de uma vez os carros Google foram vandalizados na Alemanha ao tentarem fotografar as ruas. Isso fez com que o governo alemão exigisse que o Google conseguisse o consentimento de todas as pessoas fotografadas pelas câmeras do StreetVille. A Alemanha segue como o primeiro e único país em que o Google permitiu que as pessoas optassem por não terem suas casas registradas pelas câmeras do Street View. Somente em 2023 o Google conseguiu adicionar a Alemanha no mapa. Além da Alemanha, há algumas regiões do mundo que, mesmo com o Google Maps você não é capaz de visualizar e provavelmente nunca conseguirá. A Coreia do Norte é um desses lugares por motivos óbvios. Por se tratar de um país extremamente fechado ao resto do mundo, o Google jamais obteve permissão para entrar lá. muito menos explorar e fotografar suas ruas. Já para aqueles que tentarem utilizar o Google Maps no sul do Oceano Pacífico, na pequena ilha Moruroa, irão perceber que ela está censurada e o motível até então é desconhecido. O mais provável é que ela seja censurada devido ao seu passado, já que entre os anos 60 e 90 a França realizou testes nucleares no local. E por falar em testes nucleares franceses, a Riva Larg na França é uma instalação de reprocessamento de combustível nuclear que também aparece censurada no Google Maps. Quem também não aparece no mapa é a misteriosa ilha Jeanette, uma pequena ilha com apenas 3 km². No passado, Estados Unidos e Rússia disputaram por essa ilha, sendo que atualmente há uma falta enorme de informações sobre o local. Tudo o que se sabe é que se trata de uma região coberta por gelo, sem informações disponível nem mesmo por parte do Google. Indo agora para Atenas, a capital da Grécia, a base militar, aí Anagri é mais um local que aparece borrado no Maps. O motivo para isso jamais foi explicado. No entanto, especula-se que este local seja protegido por motivos de segurança nacional. Estes são apenas alguns dos locais que não aparecem no Maps, com um grande mistério por trás. E daqui paraa frente, para onde mais o Google Maps pode ir? De acordo com o próprio Google, o foco do futuro será na imersão. Neste momento, a imprensa está focada em tecnologias que combine imagens de satélite, imagens aéreas e imagens captadas pelo Street View. Tudo isso para fornecer aos usuários uma visão realista do local. Imagine poder visitar o outro lado do mundo sem nem sair de casa. É esse o próximo objetivo do Google Maps, uma visão totalmente imersiva. Se o Google será capaz de alcançar essa próxima etapa e principalmente quantas informações os usuários eles precisarão coletar para isso, é algo que apenas o futuro dirá. Não deixe de comentar qual sua opinião sobre isso e se inscreve no canal.

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