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Conclave: entenda o que acontece quando as portas da Capela Sistina se fecham

Conclave: entenda o que acontece quando as portas da Capela Sistina se fecham

A fumaça branca da Capela Cistina anuncia ao mundo que temos um novo papa. Mas o que acontece por trás daquelas portas fechadas? Hoje te mostro todos os rituais, bastidores e curiosidades do Conclave, o processo mais secreto da Igreja [Música] Católica. Bom, o conclave vem do latim conclave, com chave. É uma tradição lá do século XI, onde os cardeais se isolam para eleger o novo líder da Igreja Católica. E o cenário é sempre o mesmo. Capela Cristina sob os olhos de Michelângelo. Mas nem sempre foi assim. Você sabia que o conclave já ocorreu fora de Roma? Isso mesmo. Já tivemos votações na Alemanha e na França lá em 1400 e bolinhas. Foi apenas em 1878 que a Capela Cristina virou o lugar oficial para a votação. Mas afinal, como que realmente funciona essa votação que tanto falamos? Quando as portas da Capela Cistina se fecham, o isolamento é total. Nada de celular, internet ou mensagens externas. O Vaticano instala bloqueadores de sinal para impedir qualquer conexão com o mundo lá fora. O único canal de comunicação autorizado são os famosos walkies, usados apenas em emergências, como quando alguém precisa de um médico ou quando já temos um novo papa e é hora de chamar os sinos. Antes da votação, são sorteados os papéis entre os cardeais para lidar ali com o conclave. São três escrutinadores, três infirmares que ajudam os doentes e três revisores. Cada cardeal recebe cédulas com a frase eligo insumo pontífic, que em português significa elejo sumo pontífice. O cardeal escreve o nome escolhido, dobra a cédula, segura visivelmente e vai até o altar. Lá ele declara: "Chamo como minha testemunha, Cristo Senhor, que me julgará." E deposita seu voto num prato que desliza até a urna. Ah, mas e se alguém ficar doente, passar mal? Afinal, imprevistos acontecem, né? Bom, é por isso que tem aquele famoso infirmar que eu comentei ali em cima. Esses cardeais enfermos recebem a visita dos enfermários com uma portátil e eles podem sim fazer a votação. Após todos votarem, as cédulas elas são embaralhadas, contadas e lidas em voz alta. Depois são perfuradas com agulha na palavra eligo, costuradas e queimadas. Muito similar à aquela cena que a gente viu em Conclave, filme de 2024. Eis que o público tem uma resposta. A fumaça sobe de um fogão de ferro fundido usado desde 1939. Se ela for preta, ninguém foi eleito. Se temos fumaça branca, temos um novo papa. Para ser eleito, é necessário apenas 2/3 dos votos. Atualmente são 133 cardeais, isso dá 89 votos. São até quatro votações por dia, sendo elas no horário de Brasília 5:30, 7 da manhã, meio e 2 da tarde. Se os cardeais tiverem dificuldades para chegar a um acordo, após 3 dias, as votações elas são suspensas por um dia. Nesse dia eles tiram para ter uma oração, discussão e uma exortação espiritual. Depois, todas as atividades são retomadas. Se mesmo assim não houver consenso após sete escrutínios, mantém apenas os dois nomes mais votados dentro do conclave. Porém, esses cardeais mais votados, eles não podem votar. E se tudo isso parece cena de filme, é porque é mesmo. O recém-lançado Conclave, filme de 2024, que concorreu a vários cars, mostra com precisão a capela trancada com ordem extra, a cédula, a urna com o prato, a costura dos votos e até a caixinha dos doentes, lembra? Dos infirmares que eu comentei. É tudo muito igual. A trama política é ficção, mas os situais são exatamente como comentamos aqui. O Conclave começa hoje e o Metrópolis vai acompanhar tudo com uma cobertura muito especial. Teremos correspondente direto do Vaticano, especialistas, padres, teólogos. É uma programação exclusiva até o anúncio do novo Papa. Fica com a gente.

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