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Cuidado paliativo não é abandono do paciente | Daniel Forte

Cuidado paliativo não é abandono do paciente | Daniel Forte

o Olá meus amigos do YouTube cuidados paliativos é o tema dessa nossa conversa de hoje quero falar sobre esse tema Eu trouxe um médico eu conheço há muitos anos que é o Dr Daniel forte é o chefe do serviço de medicina paliativa no hospital sírio-libanês e além disso ele trabalha no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo na unidade de cuidados intensivos do pronto socorro médico larga experiência nessa seja bem-vindo e primeiro lugar obrigado Deus é um prazer eu queria começar falando sobre essa discussão que surgiu na CPI em que se discutiu o caso da prevent Senior E aí surgiu essa essa discussão de que os cuidados paliativos seria uma forma de você se livrar dos doentes de negar eles o tratamento mais em 4 quando comecei a fazer um colou Gia no Hospital do Câncer nos anos 70 os doentes que chegavam naquele ponto em que não podiam mais ser operados a radioterapia tinha um papel secundário EA quimioterapia não não depois de pouco as drogas e vinha carimbando no prontuário do doente RH de essa sigla RH de significava regime e Geno dietético O que quer dizer que o doente tinha alta e ia para casa e enfrentar as fases piores da doença que é quando ela se agravava cada vez mais com a família em casa sem acesso à assistência médica quando passava muito mal eram levados para o pronto-socorro isso acontece a não só não Oncologia olmo nos e muitas outras especialidades da Medicina aqueles doentes fora do alcance da terapêutica convencional estavam sem ter para onde ir na década de 60 a mensagem surge na Inglaterra um movimento para tentar fazer um tratamento paliativo destes doentes podiam não ter e não ser candidato usar um tratamento específico mas eram precisavam ser cuidados no Brasil isso aconteceu muito mais tarde começou de forma incipiente nos anos 90 e a partir dos anos 2000 começou a se organizar essa especialidade especialidade de cuidados paliativos iria que você começa assim então explicando o que são os cuidados paliativos e para aqueles surf Nas móveis É uma honra aqui e Agradeço o convite e esse conceito de a medicina tem o tratamento quando não tenho acertamento vira não tá mais no escopo da Medicina um conceito que vem lá de hipocrates hipocrates fala isso não não te acho que não tem pagamento e o começo do Cuidado paliativo foi justamente isso que eu coloco para cuidar a desenvolver técnica para que e morrendo se foi na década de 60 mas de lá para cá tem muito tempo de ir lá para casa tem meio século mais de meio século e o que desenvolveu de conhecimento a partir daí é como é só para cuidar de sintomas do reino e foi se expandindo para depois ficar cuidar a gente não tem mais cura e depois para cuidar quem tem risco essa técnica ela é capaz de melhorar a qualidade de vida melhorar sintomas e em alguns casos aumentar o tempo de vidro vai olhar para o mundo desenvolvido de Organização Mundial de Saúde fez isso já e se encontra no mundo desenvolvido o cuidado paliativo ele tá integrado ao sistema de saúde regulamentado é entendido como uma especialidade financiamento etc mas ele é fundamentalmente Cuidado ele não abandono do Brasil a gente tá pelo menos uns 30 anos atrasados nessa história porque a gente não tem uma política nacional do aplicativo não tem a pregação sobre a prática dos aparece e nessas a gente mistura pessoas que estudam esse método e desenvolve essa habilidade com pessoas que têm bom senso e fazem pelo bom senso eo grupo-controle pessoas que na minha opinião é um perigo que é o médico Justiceiro o médico Justiceiro é aquele que quer acabar com o sofrimento das outras e quer resolver o problema do sofrimento muitas vezes antecipando Isto é um problema Estou é um problema quando não tem regulamentação e quando não tem capacitação e eu achei um problema que fica mais Evidente pelo que sobrecarga o SUS tem uma política de de cuidados paliativos acessível à população ou isso é exclusivo dos bons planos de saúde e 2018 houve um alinhamento do Ministério da Saúde do conass e conasems brincando uma resolução e da comissão tripartite que suas férias compõem um susto colocando como se fosse uma meta que é a plantação que dá para ativa integrado a resistência à saúde a meta ela tá Costa taccto abre o caminho para chegar na meta não foi discutido isso seria a política né a regulamentação do financiamento era isso existe o que o que a gente tem no país segundo levantamento da academia no centro da paliativo você não 191 equipes especializadas aí sempre no país inteiro tem mais equipe de pegar paliativo na região da Avenida Paulista do que em toda a região norte do país mais ainda além dessa desigualdade mais essa desigualdade essas equipes distribuem entre sistema público e privado mas como a população público é muito maior do que a população privado número de pacientes que acaba tipo deveria atender é brutalmente desproporcional nesse dois extremos e os problemas mais graves da Medicina ator não é é paciente com dor na dor faz parte da nossa vida todos nós encontramos diversos episódios de vocês nos cuidados paliativos dão atenção especial para esse problema Portanto tem médicos mais preparados para tratamento nos quadros jeito o índice de desenvolvimento humano leva em consideração o tratamento dado e o consumo da morfina no Camocim é um é uma droga muito barato a medicina tem uma longa experiência com o uso dela chovendo de longe são décadas e décadas de experiência nós consumimos no Brasil cerca de 10,6 miligramas por ano de morfina percata quando a Organização Mundial da Saúde e necessidade de consumo seguramente seria 25 x e você podia discutir essa questão da analgesia está muito começo do Pilar conectivo ver eu com essa pergunta pessoa que revolucionou esse esse esse entendimento foi uma mulher que mais assim ser de saber que ela era médica enfermeira e assistente social nas três rodas ela viu um paciente desses enfrentando o fim da vida com muita dor e aí ela percebeu que a dor dele não era só física mas também amador que era emocional chamador que era social que ele via família dele sofrendo e aquilo doía também ele tem armadura espiritual porque eu quero a sagrado para ele tava rico não tava sem cuidado e a Primeira ideia nela Foi criar um movimento para cuidar da dor Total dessas pessoas 25 que você viu é que nesse cuidado da dor total de quem está morrendo uma fina é um passeio ao as pessoas ficam pensando que a morfina é para se dar a morfina para tirar a consciência mas não mochila bem utilizada Como amenizar a dor e permite a pessoa viva tenha uma vida naquela fase que ela tá a gente ainda não as pessoas aqui infelizmente vivem e morrem dor e muita gente que profissional não tem esse conhecimento mas mesmo esse conhecimento é só o começo da história Porque mesmo que conseguisse controlar a dor física entender que essa dor por exemplo emocional ela modula a dor física para que você tá com medo essa dor física amplificada então a gente pode entupir uma pessoa do meu filho já tiver com medo de ter que usar uma dose muito mais altas Mas também se a gente não entender que se não tirar a dor física se não consigo cuidar do mesmo quem é que vai conseguir o número total então meu nome é separar tiver que dá para nós se ver a gente aprende a primeiro amenizador física e depois você vai perder emocional pensa que vai cuidar do medo das pessoas e cuidar de medo uma coisa que não vai pegar leite não te ensina Você tem técnica isso ajuda isso aqui as pessoas a viverem a gente que você acaba de dizer teria a necessidade de uma abordagem multidisciplinar nunca ser vários especialistas atuando em conjunto nas equipes de cuidados paliativos no médico sozinho faz medicina paliativa e olha igual a equipe faz cuidado coletivo de uma equipe de cuidados paliativos pode ser integrada a qualquer especialidade o Daniel eu tenho alguma curiosidade aí na que nós quando se fala aí assistência aos doentes a gente fala em assistência médica eu vejo agora no decorrer dessa epidemia as pessoas e os médicos não as UTI na São pessoas maravilhosas eu tava quiser nós levamos a fama de todo atendimento médico né mas na verdade o padrão do atendimento não é dado por nós mas nós podemos dar a orientação podemos prescrever medicamentos tomar a atitude até heróicas mas eu queria que você falasse sobre esses cuidados mesmo que são cuidados médicos na verdade não são cuidados que os médicos dão Né desde Hipócrates é a figura do médico era basicamente o soberano o médico mandava paciente obedecer e não só o paciente adormecemos no todo mundo que aconteceu enfermeiro todo mundo quando a gente entende que a gente dá uma parte do quebra-cabeça e que algumas alguns ambientes na verdade vários momentos que tinham é a parte mais importante Às vezes a informação relevante não tá comigo confia nele tá com Fisio tá com o técnico de enfermagem não é tá com copeiro e aconteceu isso as vezes é paciente ele se sente me senti uma afinidade grande com o pessoal da Copa aí fala coisas pertence a uma cópia informação importante está começando a Copa se a gente não tem essa esse conhecimento de trabalhar em equipe e construir o cuidado junto com a equipe e junto com o paciente cuidado não só fica mais é mais arriscado mas ele fica pior geral os cuidados paliativos para bom então são Associados com a idade dos pacientes será os mais velhos a senhoras mais velhas que já chegaram uma fase que a doença evoluiu chegou uma situação muito grave esses vão para cuidados paliativos mas e estão relacionados com a idade existe uma idade para para se aceitar um paciente ano e para cuidar dos Palhaços não está bem cuidade e nem com o polimento um jeito mais fácil de desconstruir essa ideia que existe pedal palatino Pediátrico como se pensa que dá paliativo aquela pessoa que tá morrendo previsão do século 20 Só que essa visão pode ter passado pelo menos 20 anos desde 2002 a definição de preparativo não vai mais s a definição da paliativo é cuidados voltados para o sofrimento de quem tem doença grave não disse que tem doença terminal quando a gente consegue enxergar isso a gente consegue enxergar que apresenta o cuidado adequado da dor ele não tá respondendo final da vida grande contadora longo da trajetória dos trazer a pessoa e já discussão de cuidado para discussão de fazer o quê que é importante para ela e não necessariamente só para doença dela você tem que ver que planeta algumas pessoas mais importantes que a gente uma família das pessoas mais importantes é nada causa mais sofrimento ao meio-dia e já passou pela doença pode ser cabritos ver se vai trazendo a percepção da pessoa na construção do objetivo de cuidar logo e que dessa entrada uma pessoa e o nome do ex anel você acha que as famílias entendem bem Elas quando você diz para um paciente por exemplo com câncer que já fez em uma doença que avançou apesar de 3 4 x 5 linhas de tratamento e você recomenda cuidados paliativos você acha que as famílias entendem isso com a melhor solução ou a maioria acho bom então agora não tem mais jeito empurrar o paciente para essa área e a maioria é entende ruim o rótulo ninguém sabe o que dá paliativas consome não ele ainda tem uma chance eu tô achando que vai ficar bem e as pessoas entendem que estão se tá se desistir maioria infelizmente não teve assim porém a maioria dos que conhecem e agora agora que eu entendi o que você falou porque isso do viram uma vez entendido o que é a situação de Minha experiência tanto nos cílios quanto no HC aceitação enorme inclusive maior parte dos pacientes e familiares o fim de médicos em alguns médicos têm dificuldade de entender o valor de algumas coisas tintas vezes o médico olhando só doença igreja não quero ser leviano aqui eu não acho que isso é maldade né e eu acho que isso as vezes a formação achar a pergunta que eles fazer em seguida os pacientes sejam desinformados e compreensivos não tem obrigação nenhuma dias de cena mas a maioria dos médicos é desinformada também muitas vezes você vê paciente que precisam de cuidados paliativos que não são absolutamente necessários e o médico tá lhe fazendo um arremedo desses cuidados por conta própria e sem que o paciente tenha nenhum benefício mano Acho que o bicho existem cadeiras e cuidados paliativos nas faculdades de medicina hoje Daniel e ainda não no Pedroso mas eu acho que tá se caminhando para isso as principais Faculdade de Medicina no país embora não tenham uma disciplina estruturado agressivo elas a borbulhar coletivo e alguns momentos da graduação e da residência das residências Eu acho que isso acontece mais nos maiores centros nos melhores faculdades mas isso isso está crescendo nitidamente na última década Mas ainda tem muito para crescer canela me formei há mais de 50 anos então fazendo um livro sobre o que eu vi na medicina e o que aconteceu comigo mesmo e com o país nesse tempo todo e a medicina teve um avanço absurdo mensagem de os últimos 50 anos no Brasil esse nível uma boa parte a tecnologia mas não só eu acho que a parte mais importante foi justamente aviso o papel da Medicina na vida das pessoas e acordo com as mudanças na sociedade O que significa que 50 anos atrás o grande problema elas endemias rurais e hoje nosso problemas são pressão alta diabetes as degenerações neurológicas etc como cê vê daqui para frente o papel dos cuidados paliativos como você vê o futuro dessa especialidade o melhor futuro dessa abordagem porque eu acho que é mais do que uma especialidade que todas as acontecer fala que isso é uma abordagem possível que o ms seja combina que quando aplicativo tem a níveis tem um nível mais simples de abordagem que é basicamente isso é estruturar políticas e fluxos para que ele possa acontecer tem um nível um pouco mais é estruturado do que isso que é o objetivo da partida Geral de é um colorista alicate Vista médico de família cardiologista enfermeiro psicólogo que tem um conheci uma formação essencial Divina paliativo eu e façam o feijão com arroz e para ativa na sua prática mas como método de conhecimento existe cuidar parecia especializado que é isso hein feito por profissional se dedicam a essa área de trabalho uma equipe especializada nisso e que inclusive pode apoiar todos os outros níveis Eu acho que o futuro nunca da paliativo Tá treinando a isso a esse espalhamento do conhecimento níveis para que ele possa chegar onde ele precisa chegar na hora que tem um profissional de saúde na beira do leito com um paciente grave as decisões que essa pessoa toma lógico Tem uma parte que é intuitiva baseada no conhecimento e reconhecimento de padrões e tem uma parte analítica ah e tem viagens que podem ser feliz erros sistemáticos na tomada de decisão quando o profissional não percebe por exemplo que é ele tá na verdade ele não tá querendo sei lá salvar o paciente mas ele tá querendo lutar contra uma coisa que uma briga pessoal dele contra uma questão pessoal dele não paciente isso invejosa a tomada de decisão e consegui transformar em isto este conhecimento método e eu acho que ele nos permite usar melhores tecnologias e senão a gente vira escravo de sentimentos que tinha percebe a tecnologia se confundindo ferramentas Desses desse disso não beneficia ninguém canal infelizmente não chegamos ao fim dessa conversa tão interessantes sobre os cuidados paliativos eu fiz muito prazer eu vi você e aprender com você coisas que eu realmente não sabiam não não não tinha aprendido no passado apesar de 50 anos de medicina conversei com o Dr Daniel forte que é médico ele é um chefe da equipe de cuidados paliativos do hospital sírio-libanês e trabalha também na unidade de cuidados intensivos do pronto socorro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Muito obrigado Daniel Crazy um prazer meu nome é de graça e na paz do Senhor irmão tá aqui

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