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DIÁLOGOS RJ | Envelhecimento saudável

DIÁLOGOS RJ | Envelhecimento saudável

o Brasil é a nossa fonte de inspiração acreditamos no poder transformador das histórias contadas todos os dias de norte a sul do país somos curiosos nos aprofundamos nos temas e a consistência ao longo de décadas nos deu a autoridade reconhecida pela audiência ajudamos a fazer as perguntas certas com inteligência e conteúdo de alto nível vamos além das notícias para chegar à intimidade de cada história e inspiramos as tomadas de decisão da saúde dos filhos ao futuro do Planeta das pequenas compras as grandes aquisições do agronegócio à gastronomia das tendências da moda aos clássicos da [Música] decoração das tecnologias do dia a dia as grandes inovações da escolha do candidato ao seu próximo carro de onde investir a como empreender [Música] a complexidade de um mundo em transformação Nosso propósito é conectar pessoas e histórias informando educando entretendo debatendo ouvindo e nos transformando com o nosso público reconhecemos os talentos e celebramos Suas Conquistas criamos experiências únicas Antecipamos tendências e refletimos a diversidade cultural do nosso país nossa paixão pela comunicação a inquietude criativa o pioneirismo o inegociável compromisso do jornalismo com o fortalecimento da democracia e a Bua incv pela qualidade nos amos na interdependência da sociedade e das instituições e que cidadãos inspirados e bem informados têm poder para construir um país melhor trabalhamos com entusiasmo e disciplina e mudamos constantemente para permanecermos fiéis à nossa essência e ao Espírito Criador dos nossos fundadores Você conhece a as novas ideias do govrj para cuidar dos idosos segundo o IBGE o número de idosos no Brasil cresceu mais de 50% entre 2010 e 2022 e o Rio de Janeiro aparece como um dos Estados com as maiores populações desse grupo para garantir uma qualidade de vida superior aos nossos idosos o governo do estado investe em atendimento qualificado e em projetos que surpreendem até quem já viveu o suficiente para ver de tudo o Hospital Estadual Eduardo Rabelo é é uma referência no cuidado e atenção ao idoso e conta com diferentes especialidades o projeto centro dia é destaque na unidade nele os pacientes fazem exercícios físicos oficinas de bijuteria dança música maquiagem tudo isso para promover momentos de integração e socialização dos idosos o projeto 60 mais reabilita é outra ação que promove exercícios físicos e a reabilitação em 100 polos com planos de expansão para mais 100 no estado já os centros de referência em atenção à pessoa idosa crap oferecem uma ampla Gama de serviços desde apoio jurídico a atividades físicas e cognitivas fortalecendo as relações entre o público da terceira idade tudo isso é feito de maneira integrada com prefeituras e universidades seguindo o compromisso da década do envelhecimento saudável da OMS aqui no estado do Rio de Janeiro o respeito e o cuidado ao idoso tem lugar reservado [Música] Bom dia a todos bom dia sejam bem-vindos a mais uma edição do Diálogo RJ uma realização do Jornal Globo para debater os principais as principais questões do nosso Estado do Rio de Janeiro eu sou Adriana Dias Lopes editora de saúde do Globo e vou mediar esse encontro o Quarto e último de uma série que realizamos ao longo de 2024 além da plateia aqui presente nosso evento também pode ser acompanhado pelas redes sociais está sendo transmitido no YouTube do Globo e no Facebook do Globo e do exra Desde o ano passado tivemos 10 edições do diálogos RJ tratando de temas diversos como segurança economia transição energética e prevenção de tragédias hoje no nosso quarto e derradeiro encontro de 2024 vamos debater o envelhecimento saudável e os desafios que o aumento da população idosa provoca no sistema de saúde e de acolhimento social dados do último censo do IBGE mostram que o Brasil registrou uma alta expressiva 57,4 no número de idosos entre 2010 e 2022 o envelhecimento da população vai elevar a pressão por recursos para serviços de saúde em 67,2 entre 2024 e 2034 segundo estimativas da Secretaria do Tesouro Nacional o desafio do envelhecimento requer adaptações nos sistemas de saúde para atender as necessidades crescentes da população idosa promovendo o envelhecimento saudável intervenções diversas são fundamentais para o bem-estar da terceira idade e para evitar crises no sistemas de saúde e assistência social os idosos demandam mais cuidados médicos e se enquadram na na realidade de longo prazo para tratamentos crônicos Assim como para a necessidade de ações preventivas e promoção de hábitos saudáveis é preciso repensar e aprimorar as políticas públicas de saúde para contemplar esse grupo de pessoas Isso inclui estratégias para garantir acesso a serviços ambulatoriais e hospitalares assertivos com equilíbrio de contas e orçamento o estado do Rio possui um dos maiores percentuais de população idosa do Brasil e para evitar crises na saúde na assistência social é necessário oferecer cuidados fundamentais e adaptações nesses sistemas como se adaptar Qual é a prioridade quais melhores modelos de atenção à saúde desse público nesta manhã vamos debater com especialistas e autoridades de que forma podemos aprimorar as políticas públicas e quais modelos estratégicos seguir para garantir serviços fundamentais para esse grupo que não para de crescer teremos duas mesas na primeira a discussão será sobre prevenção e promoção da Saúde na terceira idade em seguida noss convidados vão tratar de como garantir os serviços para um número crescente de idosos agradeço os presentes aqui no auditório da Editora Globo e todos os que nos acompanham online e nossos convidados para o debate agora vou apresentar a mesa ilustre aqui estão conosco aqui nesse primeiro painel Cláudia Melo secretária de estado de saúde do Rio de Janeiro Dr Alexandre cala médico gerontólogo e presidente do centro internacional de longevidade Fátima henriete presidente da Comissão especial de atendimento a pessoa idosa na Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro Elisa Macedo coordenadora do Centro de Apoio operacional das promotorias de Justiça da pessoa idosa do Ministério Público do Rio de Janeiro e Sandra Rabelo de extensão do núcleo de envelhecimento humano da Universidade do Estado do Rio de Janeiro eu vou começar com uma pergunta que eu ia começar assim na verdade Ah é uma é uma história baseada na minha vida pessoal que eu acompanhei meu pai no médico meu pai tem 81 anos saudável Muito bem Foi ali fazer um um procedimento no nos olhos e o médico se referia dava o retorno da consulta para mim e não para ele ignorava ele e ele em perfeitas condições mentais aí eu conversando nos Bastidores E aí meio que todo mundo tinha né tinha teve essa experiência ou ou né ou não não não sei se como médico mas com colegas médicos e como paciente então eu queria que cada um de vocês falasse um pouco sobre isso né que agora né idoso de 80 anos tá muito bem e e e e dessa Desculpa se eu tô sando Mas é da incapacidade médica de lidar com o idoso Não no sentido né fisiológico mas atender o idoso não tratá-lo como criança né e eu quero começar com a secretária Cláudia respondendo Ah o microfone é só pegar tá não precisa apertar nada tá bom primeiro agradecer imensamente ao convite eu acho que esse movimento aqui é uma coisa que me traz muito prazer e muita alegria primeiro de saudar mesa tá perto do Dr galas está perto dessa mesa toda que a gente tem um carinho imenso Dra Vilma as pessoas que estão aqui envolvidas Dr munir as duas colegas da do Governo do Estado que trabalham com idoso nossa população da nossa secretaria de saúde que tá aqui presente Us online é muito orgulho a gente poder falar disso Adriana e falar um pouquinho da minha trajetória também dentro desse contexto eu formada a 37 anos e inicialmente Meu foco era cirurgia fiz especialização em cirurgia geral ia fazer estudia plástica já tava trabalhando nisso há muito tempo e aí por volta de 1990 poucos meu pai começou a adoecer e eu me vi fazendo muito pela cirurgia e justamente essa sensação de como que eu poderia ajudá-lo mais do que eu estava podendo ajudar naquele movimento cirúrgico é e era muito muito engrandecedor é muito cativante a cirurgia mas eu não podia fazer nada por ele naquele momento eu me vi voltando a estudar Clínica Médica fiz Clínica Médica novamente e aí depis fiz geriatria e em 2000 mais ou menos e entendi uma das coisas do Dr calash que mais me marcou a gente tem que aprender a envelhecer a gente aprender a viver aprender a viver para poder envelhecer meu pai não aprendeu a viver ele não se tratou muito jovem ele tinha pertenço desde jovem então eu não podia ajudá-lo a melhorar a condição de vida podia acompanhar nesses últimos anos e aí com isso fiz geriatria e nesse curso da minha vida profissional em 2001 veio o concurso da Secretaria de Estado de saúde para geriatria foi uma um caminhar de Muitas coincidências e nesse movimento a minha área de geriatria que eu fui trabalhar era na vigilância sanitária tem colegas aqui da vigilância sanitária em si trabalhar com os asilos e com as unidades de longa permanência que era um grande movimento de alguns bons outros não tão bons mas visitamos todos os do Estado do Rio de Janeiro vários movimentos com ministério público na min na época para tirar os não tão bons no mercado Então foi uma coisa que me engrandeceu muito poder trabalhar para dentro de casa para trabalhar para sempre temos algum idoso lá em casa eh trabalhando com alguma coisa de adoecendo muito esse meu pai morreu com 67 anos minha mãe já com 83 que a gente pode dar mais qualidade a ela de outros movimentos de aprender a envelhecer do que meu pai na verdade e aí com a vicia sanitária eu me voltei muito pra parte estruturante também da gerontologia até mais do que da geriatria de analisar como que o ambiente pode ajudar e eu acredito muito que as unidades de convivência que os estudos de long permanência as moradias de idosos são um nicho sim muito importante eu acho que a população não tem não vai ter quem cuide do nosso idosos lá na frente como temos a hoje talvez Então muitos idosos a nossa população Vai envelhecer muito em 2050 nós teremos aí uma quantidade enorme então essa parte da da geriatria eu trabalhei muito na vi sanitária ao longo tive outros cargos de superintendente da Sanitária subsecretária de vigilância em saúde na pandemia trabalhamos muito com todos os protocolos para ajudar os idosos a ter a sua visita de volta nesses asilos e depois como secretária a gente tem sempre algum ramal eu Cláudia busco algum ramal interlocução com a atenção primária que é um foco nosso imenso que a gente tem uma equipe muito robusta trabalhando nisso interlocutor com outras áreas outras secretarias que também trabalham com idoso hoje um comitê também de cuidado paliativo que não é só para idoso mas que abraça muito idoso também então sempre tá buscando alguma algum ramal dentro da nossa trajetória enquanto servidora pública para trazer o idoso para perto da gente eu acho que esse é o foco que a gente quer muito trabalhar pra população como um todo mas o idoso tem que ter esse encorajamento de viver saudável para poder chegar a 2050 com uma população que consiga viver com autonomia com e saudável e a senhora já teve essa experiência assim com acompanhando o idoso do do invisível com médico então então muito invisível né Eu acho que a gente tem um estudo recente que a gente interrompe o não são idosos a gente interrompe o ihi teve um estudo recente falando que a gente o brasileiro interrompe o o paciente com 11 segundos a consulta no Estados Unidos ela dura 15 minutos na Europa ela custa dura 8 minutos imagina um idoso eu tenho uma história pessoal que também fui fiz assistência em geriatria no município de Mesquita eu atendia os sábados o dia inteiro eu era a último a sair daquele posto eu me achava pior das das pessoas pessoas porque todo mundo ia embora e ficava mas era por isso eu ouvia os doentes a gente tem que ouvir e ouvir a família também mas direcionar que o Doo tem autonomia muitas vezes às vez o filho vem junto todo mundo vem junto a gente tem que dar saber lidar com essa divisão e direcionar pro idoso ter examente o que eu falei Independência se cuidar e ter autonomia para envelhecer com com saúde acho que essa foco da família tem tá sempre junto a gente tem que ouvir os dois mas o idoso o velho como eu aprendi no meu curso de geriatria eu tive Cláudia burl como professor eh L Pi como professora na minha especialização não fiz na Dora Vilma mas sei o quanto ela também ensina isso o velho é velho a palavra velho não é pejorativa ela é realidade então a gente dá direito ao idoso ao velho de poder est conversando com a autonomia que ele precisa perfeito Dr cal primeiro lugar muito obrigado pela oportunidade de estar aqui cercado de velhos amigas aliás é clube da Lulinha né em geral a gente fica cheio de homem e uma mulher é bom pra gente se sentir realmente do outro lado a pergunta que você faz ou a observação dessa experiência revela duas coisas principais A primeira é idadismo preconceito contra o idoso tem gente que chama idadismo eu prefiro idadismo porque vem de idade como raça racismo como sexo sexismo é o preconceito essa pessoa não tem nada para dizer E como tá todo mundo aqui se reportando A experiências pessoais eu vou me reportar uma situação da minha mãe que ela já tinha mais de 90 anos e ela foi com a minha irmã ao médico tipicamente o médico tava olhando era para o computador não tava olhando para ela e perguntou qualquer pergunta para minha irmã ela interrompeu de imediato falou assim olha aqui mocinho primeiro olha para mim e segundo nada de ficar perguntando eu paciente fui apenas para me acompanhar que ela veio se eu só quiser ela sai porque aí só vai ser obrigado a se relacionar comigo você precisa empoderamento para isso você precisa de autoestima você precisa de autoconfiança e a maioria dos brasileiros não tem porque não foram acostumados a ter o seus direitos respeitados ao longo da vida como é que de repente você vai chegar aos 70 aos 80 anos toda empoderada todo empoderado então o edadismo você não tem nada a acrescentar mesmo que esteja falando de você a ti é reservado o silêncio o desdem a falta de consideração o silêncio é uma questão de direitos você tem direito a participar sobretudo se você tá falando de si mesmo na sua observação a segunda coisa que acontece que é lamentável é a falta de preparo do dos profissionais da Saúde nós temos 10% das escolas médicas no Brasil hoje que tem uma disciplina chamada geriatria nós não temos quadros formados a Sociedade Brasileira de geriatria a nível Nacional mostra que nós temos um déficit de 28.000 geriatras nós temos em torno de 2000 né Vilma que são credenciados pela sbgg Então vamos formar muito médico geriatra a gente um esforço danado daqui a 10 anos gente formou c não vai mas suponha só que é enxugar gelo porque daqui a 10 anos o déficit terá crescido para de 28 para 37 e a gente formou C eu não quero necessariamente mais geriatras eu quero que todos os profissionais de saúde aprendam mais sobre envelhecimento E se a gente não fizer isso vocês mais jovens é que vão sofrer eu já tô perto do beleleu daqui a pouco eu vou embora eu tô querendo falar aqui é exatamente para essa massa de pessoas e aí volta a sua observação que não puderam promover a saúde que não puderam prevenir as doenças que chega mal a pandemia mostrou isso gente que chegava com as polim morbidades muito antes da hora como é que você vai de repente ao 6 5 anos dá um Peteleco fala assim agora eu vou tratar e vou prevenir e vou promover minha saúde não isso é curso de vida gente se vocês olharem pros jovens por definição jovens residentes 10,6 escolhem Obstetrícia e ginecologia meu querido não tem mais bebê as mulher não estão ficando grávida que que você tá fazendo em Obstetrícia 10,5 escolh em pediatria mas cara você não tá vendo as taxas de fecundidade não tem mais criança que que você vai escolher Pediatria 0,5 escolhem geriatria eu quero mais geriatra até quero porque são detentores do conhecimento que vão repassar para os demais colegas mas é uma luta imensa Porque existe uma resistência que também vem da mesma palavra idadismo Hum e Doo no Brasil não tem nada a ver comigo velho eu velho é o outro e aí vem uma questão que tem a ver com promoção da saúde que tem a ver com prevenção que se chama cuidado nós temos que desenvolver uma cultura do cuidado e nós não vamos poder colocar nas mãos das mulheres que cuidam dos filhos que cuidam dos Pais do sogro da sogra do avô e do chato do marido que vocês TM mania de casar com homem mais velho deviam se casar com homem mais novo porque vocês duram mais e depois ficam sozinhos e sem saber quem é que vai cuidar deles então gente é uma revolução da longevidade que atravessa todos os temas que tem impacto em tudo e se acharem que é só o profissional da saúde que é só o médico que precisa ser tratar treinado porque tudo muda à medida em que a gente envelhece da anatomia você pega um Atlas tem um homem homem aos 25 anos um apogeu com todos seus nervos os músculos tudo bonitinho e depois você vai ter que encontrar o fígado de uma mulher obesa de 88 não vai dar certo anatomia muda fisiologia fisiopatologia farmacologia interação de medicamentos apresentação de de doenças tudo muda mas eu não aprendi e se você não aprende você não gosta e você vai reclamar Hoje nossa que manhã chata é o nono idoso que eu estou atendendo aprenda a gostar como é que você aprende a gostar conhecendo se você não conhece alguma coisa você rechaça você não vai gostar você vai tratar essa pessoa idosa no caso que você mostrou como alguém supérflu como se não tivesse nada a ver com aquela consulta então gente essa é a revolução da longevidade e enquanto nós e eu sozinho aqui nós homens eu homem não aprender a conjugar o verbo cuidar como ele deve o homem conjuga o verbo cuidar tu cuidas ele cuida ela cuida vós cuidais eu não tenho nada ver com isso eu quero ser cuidado enquanto não cair a ficha e não é só do médico não é dos fisioterapeuta não é do profissional da saúde é também do arquiteto é também do planejador urbano é também de um especialista em comunicação é também da mídia e claro é também dos políticos dá o recado lá pro Governador tá ele também Vai envelhecer ele tá Fátima por favor Bom dia a todos eu agradeço imensamente ao globo eh pela oportunidade de fala nesse sentido nesse evento tão especial eu vou ler porque a emoção é muito grande eh cumprimento a todos os expositores na pessoa do Dr Alexandre que figura como um dos maiores sen não maior especialista na pauta de envelhecimento muito honrada pelo convite de estar aqui hoje inclusive com alguns expositores que eu já conheço o trabalho e sempre estão em mesas comigo eu não vou repetir que no Brasil eh e no mundo estamos vivendo mais isso é um fato não preciso falar aqui na inversão da pirâmide etária da economia prateada e nem de todas as demais pautas que são trabalhadas quando o assunto é longevidade eu na qualidade de uma pessoa idosa 65 anos de idade na qualidade de advogada com mais de 35 anos militando e na qualidade de filha de uma mãe que viveu 90 anos que foi a minha inspiração de tá aqui hoje na qualidade de presidente da Comissão especial de a pessoa idosa eu entendo que realmente eu tenho um lugar de fala quando é o envelhecimento porque eu também estou envelhecendo eu não tenho vaidade não tenho pretensão nenhuma nesta altura da vida de me tornar uma das grandes expositoras como os que estão aqui e que estão eu tô tendo a minha humildade de estar junto com eles eu tenho uma missão sim de lutar com todas as forças que eu entendo para garantir o maior número de pessoas idosas possíveis a um envelhecimento Digno Afinal penso não como uma Afinal eu penso não tem como um indivíduo ter saúde física e mental se não tem uma saúde bucal e se não tem uma dignidade nesse sentido da mesma forma o estatuto da pessoa idosa ele abrange excelentes eh eh cargos eh nós já tivemos um avanço muito grande porém nós temos que botar em prática não só as políticas públicas como também a nossa sociedade os familiares dos idosos penso enquanto advogada que as políticas públicas precisam sim de atualizações para que possam refletir a realidade do nosso tempo mas penso e defendo que o nosso problema não é a ausência de políticas públicas temos excelências excelentes leis o que falta É a efetividade é o amor e o respeito à pessoa idosa é fazer funcionar no mundo concreto o que está positivamente no papel ainda nesta linha de pensamento eu gostaria de chamar atenção para para uma pauta de envelhecimento que não é tão trabalhada Quanto é trabalhada a pauta da economia da longevidade e dos bilhões e dos bilhões de D dólares que neste segmento movimenta eu gostaria de chamar atenção para a situação da economia da esmagadora maioria da população idosa Principalmente uma reflexão pros idosos eh em situação de rua pelos idosos encarcerados por todos os idosos e do nosso país Elisa vou mudar aqui o protocolo que eu lembrei que a gente conversou ali no nos Bastidores você usou um termo muito interessante né que o brasileiro Tá envelhecendo e sem condições né financeiras até pegar um pouco de gancho no que a Fátima falou que é o que uma realidade completamente diferente da europeia né Fala um pouquinho disso pra gente primeiro eu queria agradecer o convite eu vou pedir autógrafo pros nossos componentes da mesa eh fico feliz de estar aqui hoje a pauta do envelhecimento é uma pauta que ela precisa estar presente é preciso que nós temamos esse espaço na mídia porque é uma questão eh que ela ultrapassa ela ultrapassa as questões das políticas é uma questão que envolve eh uma cultura social o brasileiro precisa entender né a gente tem na nossa Constituição Federal dizendo que é dever do Estado da sociedade e da família é dever da família do estado e da sociedade Todos nós somos responsáveis pelo cuidado e pelas políticas então não basta você cobrar ao poder público é preciso que toda a nossa sociedade tem essa consciência eh no tratamento no lidar no respeito e perpassa várias várias facetas várias eh vários pontos de vista várias questões nós estamos num processo de envelhecimento muito acelerado em 20 anos 1/4 da população do Brasil será composta por pessoas com mais de 60 anos eh nós estamos nesse envelhecimento acelerado e num cenário e econômico de carência nós não enriquecemos e depois envelhecemos nós envelhecemos e nós temos eh os recursos são limitados Então eu acho que o grande desafio né que a minha colega aqui esclareceu que nós temos declarações solenes eu acho que não há nenhum questionamento quanto ao direito envelhecimento ável quanto ao direito a uma vida digna todos nós há um consenso social sobre isso O Grande Desafio que se apresenta para nós hoje é como dar efetividade esses direitos diante desse cenário que nós temos recursos limitados n então sobre Esse aspecto a o planejamento o planejamento ele ganha um Contorno importante o planejar e você conduzir com conscientemente é você fazer as escolhas nós vamos escolher nós vamos planejar nós vamos diagnosticar o que precisa o que é necessário Quais são as demandas Qual é o meu público se você não tem recursos eh vastos você tem que trabalhar com o que você tem e para que essa política seja efetiva você precisa otimizar e precisa saber a quem você se dirige Qual é a demanda o que é preciso se nós não temos esse planejamento se nós não nos voltarmos para isso nós vamos estar sempre reféns das circunstâncias nós vamos estar sempre apagando incêndio Nós temos que nos antecipar ao problema nós precisamos nos antecipar essas demandas Ant vê-las Senão nós nos quedamos reféns e nunca teremos um atendimento adequado a verdade é essa estamos estaremos sempre correndo atrás em relação a ao respeito a questão que você colocou de você silenciar a pessoa idosa de nós temos uma uma cultura que ela associa o cuidado a você você você seu Cuidado você tomar si então normalmente o que a gente observa nós observamos né a pessoa e ela envelhece e a primeira Providência que os filhos TM é vou levar para morar comigo não vai ficar aqui porque aqui eu vou poder cuidar mas essa pessoa ela tem autonomia ela pode ficar na casa dela ainda e a medida que esse cuidado esse essa essa eh essa doação que num primeiro momento pode até parecer eh é é o cuidado você pal amente Você vai anulando E você vai minguando essa autonomia que ela deixa de ser estimulada no direito né Eu sou promotor de justiça 20 anos eu eu fiz o mestrado eu sou mestre em saúde pública não tem nada a ver com direito mas tem a ver com direito mas me despertou o interesse eu quis estudar então na lida né sou promotora 20 anos 15 anos em órgão de execução a minha atribuição é o cuidado da pessoa idosa promotoria uma promotoria de família Cívil e a pessoa idosa também está Estava no meu espectro de atribuição e o que eu observava muito eh eu recebo nós recebemos as ouvidorias com as denúncias envolvendo situações de risos vulnerabilidade em que demanda a nossa atuação Eu sempre tive cuidado quando possível de chamar a pessoa idosa a vítima para eu ouvir para eu saber o que tá acontecendo até para que eu possa ajudar para que eu soubesse Qual medida protetiva se a pessoa realmente precisa ela está em vulnerabilidade eh Então sempre que possível sempre chamei eh ou se a pessoa tem mobilidade tem como vir e o que eu observo o que observava né enquanto estava no órgão de execução eh o familiar que vinha junto às vezes eu perguntava pessoa sou idosa mas dona fulana como é que tão as coisas e o filho atravessava não tá bom não falei não mas eu tô falando tô falando com ela então essa questão de você não ouvir de você não validar de você não valorizar a a fala da pessoa idosa ela não é exclusiva do médico é uma é uma é um comportamento que eu quero dizer é um comport da nossa sociedade então isso demanda uma mudança de Cultura isso demanda não só nos Bancos das universidades isso demanda é nas escolas é uma mudança cultural a gente tem que entender que o fato de da gente envelhecer de fato a dependência ela vai chegar por mais que nós tenhamos investimentos para que haja um envelhecimento com autonomia envelhecimento saudável enfim que essa pessoa Preserve todas as suas funcionalidades a questão é que chega uma hora em que o cuidado é necessário a dependência faz parte do nosso envelhecimento e uma hora ela chega em maior grau ou em menor grau e e nós precisamos eh ter esse cuidado e ter esse olhar e aprender a lidar aprender a ter paciência na escuta porque às vezes demora um pouco mais Então Talvez você precise falar um pouco mais devagar Talvez você precise eh explicar de outra forma isso é uma mudança de cultura é uma mudança de Cultura eh é uma mudança de valores de você valorizar a pessoa idosa a pessoa idosa ele não é idoso Ele é uma pessoa uma pessoa que é idosa Mas ela é uma pessoa assim como eu e eu chegaremos todos lá né e um dia eu quero chegar porque se eu não chegar porque eu vou morrer eu quero viver então eh é é isso eu acho que é uma mudança cultural eh o escutar a escuta e o respeito a autonomia a o desejo e a voz da pessoa idosa ela ela ultrapassa os limites da Saúde Saúde um sentido estrito da do médico ela é uma questão realmente social eh e eu acho que a gente tem que caminhar nesse sentido [Aplausos] perfeito Sandra eu queria que você falasse um pouquinho aí eu acho que no teu tua função lá no teu papel na oer para falar um pouquinho da dessa invisibilidade O que que você vê ali na prática Obrigada inicialmente pelo convite tô muito emocionada de estar nesse evento pessoas ilustres grandes amigos de muitos anos também na plateia muitos amigos e amigas que também eh estivemos juntos em várias lutas né considerando que eu fui por 23 anos conselheira do Conselho Estadual de defesa da pessoa idosa fui Presidente também e também fui do Conselho Nacional do Idoso da pessoa idosa hoje e então foram muitas lutas durante esses 30 anos eh através de um sonho nãoé buscando um sonho o sonho de envelhecer com dignidade o sonho de envelhecer com direitos e o sonho de envelhecer pura e simplesmente envelhecer porque envelhecer é um processo natural por e simplesmente envelhecer né participar da vida social participar de ações trabalhar se assim desejar estar no meio familiar Ou iniciar um outro projeto de vida né porque no envelhecimento a gente tem esse direito de iniciar um novo projeto de vida e eu primeiro gostaria de agradecer a Editora Globo pelo convite muito obrigada minh minhas parceiras e meu querido Alexandre kalas também há muitos anos né todos nós juntos seguindo em frente né em luta por esse envelhecimento estando aqui eh eu gostaria inicialmente Adriana de ratificar um pouco a fala da da Fátima e da da no sentido do envelhecimento desigual que hoje a gente Atravessa no Brasil né Eu como assistente social de Formação não poderia deixar de pronunciar e de me sentir tocada por essas palavras tendo em vista que eh lá atrás né em final dos anos 70 o Brasil já já estava atravessando um processo de envelhecimento E aí a gente teve um bônus demográfico né O Chamado bônus demográfico a grande oportunidade do do nosso país realmente traçar um projeto pro envelhecimento a década de 80 não foi uma década muito Eh vamos dizer assim proveitosa no sentido econômico né E aí perdemos a oportunidade e na década de 90 a gente volta a reconquistar esses direitos primeiro para falar um pouquinho dessa dessa luta pela conquista a gente precisa de um projeto de nação né um projeto de nação onde todos os setores no nosso país né economia saúde Assistência Social a sociedade mesmo como Alexandre colocou né que não vê o envelhecimento como um promissor e sim como um castigo ainda né Eh não vê que nós garantimos direitos já no est da pessoa idosa e por isso a gente tem acesso ao assento no transporte a gente tem acessibilidade a gente tem grandes oportunidades conquistadas na lei 10741 Mas o que importa é como todos os nossos palestrantes que me antecederam colocaram brilhantemente é estar aqui sentado e continuar defendendo Cada um na sua voz o direito de envelhecer e eu pertenço a núcleo de envelhecimento na uerg Como você mesma comentou que há 30 anos capacita profissionais nós temos a a residência em geriatria lá na werge e há 30 anos nós capacitamos os profissionais todos eles como o Alexandre colocou não só da da Medicina mas de todas as áreas na perspectiva de um envelhecimento né holístico Ou seja que todos os profissionais tenham ali um um mesmo olhar sobre a pessoa idosa e que possam dialogar sobre essa pessoa idosa com esta pessoa idosa então o nosso ambulatório ele Visa né Eh uma horizontalidade no atendimento e garantindo porque nós temos um centro de convivência que já já ultrapassou fronteiras né de tantos já tivemos Em alguns momentos 4000 idosos frequentando a universidade transitando no espaço acadêmico e Vale ressaltar os nossos professores das nossas oficinas eh para os idosos são os alunos da graduação de 18 anos de idade 20 anos então a gente luta pela intergeracionalidade né fazendo com que essa pessoa ingresse no nosso espaço e a partir dali se relacione com pessoas jovens com profissionais e com a universidade mesmo que tá ali para ofertar o seu serviço então é importante que a gente hoje discuta essa infelizmente esse ato que você comentou a partir do seu pai né de não dar voz e de não tornar visível à pessoas que envelhecem tendo invis trajetória de vida toda é uma é um ensinamento assim vamos dizer né tudo que a gente já viveu a gente pode de alguma forma contribuir para os mais jovens isso é importante a gente faz esse estímulo agora voltando à questão da luta mais do que tudo é necessário que a gente se proponha né por diversos órgãos aqui represent nosso nosso legislador tá sentado aqui que inclusive já promoveu várias audiências públicas para discutir o processo de envelhecimento já Participei de algumas ele tem cumprido eh com excelência a sua responsabilidade no tocante ao legislativo e também a secretaria né quando faz uma parceria com a universidade e e a gente capacita hoje já capacitamos ano passado 971 as pessoas eh na área da gerontologia então foi um avanço depois acho que a Alícia pode comentar isso e hoje trabalhando eh na formação de profissionais então que que que a gente quer com isso a gente quer dizer ao profissional que chega até a universidade que ele eh tem que dar voz ao envelhecimento que ele tem que exercitar eh essa oportunidade que a gente tem tido ao longo dos anos de conhecer melhor o processo de envelhecimento e saber lidar com ele eh a partir dos direitos Mas a partir do conhecimento científico também estamos no caminho um bom caminho vamos dizer assim mas o que a gente precisa é de um envelhecimento inclusivo e com direitos que a gente ainda não tem Infelizmente mas esse evento pode e tantos outros fortalecer a nossa luta é [Aplausos] isso eu vou aproveitar a mesa aqui feminina e vou improvisar aqui uma uma pergunta que o seguinte eh a mulher eh claramente sofre mais com envelhecimento físico do que o homem tanto nós nos cobramos como a sociedade nos cobra haveria alguma alguma forma um serviço público alguma coisa para mudar isso isso tem a ver com medicina não tem secretário Bom eu acho que essa essa resposta desde que eu fiz geriatria várias pessoas com eu tô com 60 mais fiz 60 eu já me incluo nos idosos da pessoa idosa e sei o quanto foi é difícil a gente como mulher tá sempre sendo questionada E aí todo mundo que me conhece pergunta na minha área Ah então eu quero me cuidar tratar com você o que que eu ten que fazer agora eu quero me tratar com você com 60 então eu sempre digo não não existe vara de condão não existe poção mágica não existe uma resposta para isso a resposta é a gente tem volto a minha frase Inicial aprender a viver para envelhecer com com saúde a gente tem que aprender que a gente tem que buscar Nossa desde sempre qu mais cedo melhor Qual a doença crônica que eu tenho eu tenho alguma coisa que vai me me me atrapalhar a envelhecer bem é ver ver saudável fala assim muito ah alimentação saudável a gente tá até com projeto agora porque a é muito como população como a gente tá falando aqui empobrecida é muito fácil falar ah alimentação saudável Coma bem coma proteínas coma coisas saudáveis e com que com que verba né com Que recurso então uma uma uma uma iniciativa de buscar a a reaproveitamento de de alimentação com atenção primária para levar junto com a firjan para áreas inclusive no noso cento dia lá no Eduardo Rabelo Então a gente tem que imaginar que a grande promoção da saúde é aprender a viver claro que teremos doenças crônicas teremos áreas importantes para trabalhar mas é trabalhar desde o início a qual é a sua genética familiar que que você tem que que entender que você tem que promover a seu sua busca a sua atenção antecipada em relação a algumas doenças A genética é Implacável se eu tenho uma família com doença crônica eh de hipertensão que eu tenho uma família com alguma doença oncológica com câncer eu tenho que trabalhar essa vida durante toda a minha existência para aprender a envelhecer e eu vou conseguir trabalhar mais cedo essa hipertensão essa minha doença por diabetes são as grandes causas maiores de envelhecimento que que a pessoa não vive com tanta saúde eu acho que é um curso de vida para poder a gente aprender a ser saudável da maneira que cada um tenha para si os mais Eh mais financeira mais mais poder mais alto poder menor é a gente tem que buscar enquanto Governo do Estado também a interlocução Dessa voz ativa a população civil entender o quanto isso é importante pro dia a dia da gente governador do Estado eh querido professor calash já tem pensado muito nisso em relação à secretaria de saúde mas também out outras secretarias em que áreas específicas da saúde do idoso então a gente se complementa muito a gente uma primária Nossa trabalha direto com as outras áreas de governo pra gente poder dar voz mas claro essa voz para nós ainda acho que é pelo que Senor falou e que a gente sabe ainda é muito pequena Porque precisamos nós temos hoje na sbg que nossa querida eh Sandra também é de lá temos apenas Quase 60 gerontólogos listados no estado do Rio de Janeiro 60 muitos treinados mas 60 com título geriatras 150 e pouquinhos então a gente precisa realmente como o Dr Carlos falou pessoas que entendam a saúde do idoso que saibam lidar com a pessoa idosa não é preciso ter o título eu acho que precisa D Vilma saber ouvir saber entender Qual é um clínico bem treinado profissional que escute bem eu acho que acima de tudo para trazer a gente uma uma boa história uma boa solução de Como envelhecer como você me perguntou é ter o seu bom clínico que saiba ouvir é ter o seu bom enologista quando é preciso uma doença mais importante mas é ouvir todas as áreas terem a vivência da gerontologia não geriatra da geriatria trabalhar para pessoa idosa eu acho que é uma obrigação Nossa porque senão a gente não vai conseguir chegar lá desde que eu me formei em 2000 eu escuto isso é é a grande ação do futuro é o grande momento do Futuro mas não foi uma especialidade como o Dr calas falou muito atraente financeiramente que isso também é uma dificuldade paraos geriatras terem quererem ser geriatras ele não tem retorno profissional quanto ele não quer fazer as mágicas milagrosas das infusões milagrosas que não são milagres que não existem a gente tem que saber o quanto o geriatra o gerontólogo a geriatria é fundamental mas todas a toda a classe profissional multiprofissional fisioterapeuta que ouç bem o idoso aente social como falou nossa amiga todas as áreas da multiprofissionalidade aprenderem e a falarem paraas famílias o quanto é bom aprender a se cuidar desde jovem não há uma uma poção mágica você senta mais agora eu vou te informar Então acho que é como tá falando aqui desde sempre população civil entendeu o quanto tem que se cuidar no dia a dia com pouco pouco que possa possa fazer eu não tenho dinheiro para poder fazer uma academia eu tenho uma caminhada eu tenho sempre uma alternativa que alguém vai orientar aquela pessoa a buscar de uma maneira às vezes não tant com tanto recurso uma vida que consiga melhorar e Minimizar as ações do tempo e terminar com uma pessoa saudável que a gente consegue sim é só a gente querer ter muita força agora precisamos de muita voz como eventos eventos como esse pra gente conseguir chegar lá e e a população entendeu o quanto precisamos ajudar uns aos outros [Aplausos] perfeito único homem da mesa responsabilidade para nessa resposta resposta é muito complexa primeiro porque a gente não devia estar falando de envelhecimento saudável A gente devia estar falando a década de envelhecimento ativo eu posso ter diabetes eu posso ter hipertensão eu posso ter ziras meus mas desde que eu continuei a ser abraçado pela pela população pela sociedade que eu tenho direito que eu esteja inserido eu posso conviver sim com essas doenças que poderiam ter sido prevenidas mas não foram que que é saúde gente saúde é criada no contexto do dia a dia Onde você vive onde você mora como você se mobiliza como você se entretém como você ama aí é criada saúde as oportunidades para criar essa saúde estão reduzidas exige sim um esforço intersectorial mas eu convido a senhora a perguntar pros seus colegas a maioria homens se eles estão realmente atinad em relação a sua responsabilidade de garantir este envelhecimento ativo convido vocês a verem o documento que foi o maior legado que eu deixei na Organização Mundial da Saúde que é o marco político do envelhecimento ativo tentamos operacionalizá-lo e comecei com um projeto piloto em Copa Cabana um bairro muito envelhecido e depois a gente conseguiu ir mundo a fora esse projeto a cidade amiga do idoso a comunidade amiga do idoso que eu comecei lá em 2002 ele está presente em milhares de cidades mundo afora mas não no Rio de Janeiro onde ele nasceu me constrange eu amanhã vou estar abrindo um congresso em Buenos Aires as perguntas as pessoas perguntam como é que tá lá no Rio como é que tá o projeto lá cidade amiga do Idoso tá tá tá tá patinando não a gente gosta de festa de rocking Rio é de de de Madona é de muito álcool ah a economia vai gerando em torno a gente tem mais Polo gastro gastronômico do que Paris tem alguma coisa aí que tá sofrendo uma pressão imensa por uma coisa que chama álcool que é uma coisa que se chama droga que é uma coisa que tá corrompendo que gera violência violência doméstica acidente a gente controlou o problema do tabagismo no Brasil mas agora essa mesma indústria tabagista está vindo com o cigarro eletrônico que tá fazendo estragos imensos no pulmão de adolescentes e eles estão botando pressão pro Congresso aprovar minha querida amiga Margarete dalcomo tá fazendo o possível e impossível uma campanha quase que Messiânica a gente tem que dar as mãos para fazer aquilo que é o essencial que você TOC com isso envelhecer é um processo ao longo da vida todos nós estamos envelhecendo alguns estão os mais adiante adiante e outros estão mais atrás mas tá todo mundo envelhecendo e envelhecer é bom morr cedo que não presta mas envelhecer com dignidade respeitado tem de um lugar Um lugar de fala tendo acesso a serviços e isso é mais complicado Eu repito sempre o mantra e acho que ele vale muito para aquilo que você se referiu para que você possa chegar bem ao 100 comece já começa aos 20 eu não começou aos 20 eu começa aos 30 aos 40 aos 60 aos 80 não importa mas quanto mais cedo você começar melhor nunca é tarde demais e finalmente um aspecto ligado a ao ambiente em que a gente vive Olha que auditório legal né Estamos aqui na Globo mas eu uso uma cadeira eu perdi a dependência Independência eu tenho vários degraus para poder subir aqui se eu tivesse que subir ao palco e tivesse uma deficiência eu perderia a minha dignidade que alguém que teria que me levantar me suspender para que eu estivesse aqui com o poder de palavra a gente tem que pensar em todos os aspectos é o físico do ambiente físico é o ambiente social é o ambiente financeiro faça economia mas como é que vai fazer economia gente não tá dando come brócolis viu mas doutor comer bro comer na primeira semana do mês não vai sobrar dinheiro para farinha e açúcar na última se exercitem mas como é que eu posso tá cheio de buraco eu moro numa favela Tem bala perdida tá violência tá comendo solto se a gente não tiver essa sensibilidade social Sandra você sabe muito bem vivendo ali junto no Maracanã que vocês têm que sair do trabalho antes que os sobretudo a mulher porque nós somos campeões de estrupo nós vamos condenar vocês os mais jovens porque a gente sabe que no ano 2050 nós vamos dobrar a proporção e o número de pessoas idosas e o ano 2050 é amanhã daqui a 25 anos quem tiver 35 vai ter 60 eu digo isso com muita convicção trabalhando como Trabalho há 50 anos na área de envelhecimento e agora eu vou me levantar emocionado e fazer uma homenagem eu não sei se éu nome Eu tô olhando paraa Senhora de turbante azul eu queria lhe agradecer em nome dos seus descendentes dos seus ascendentes daqueles povos que vieram para contribuir para Essa sociedade e que até hoje sofrem abaixo na escala social eu queria lhe agradecer porque eu tenho certeza olhando pra senhora que a senhora cuidou de muitos e a senhora talvez não saiba quem vai lhe cuidar que a gente fala de família sem saber realmente Que família a gente tá falando eu lhe agradeço do fundo do coração quando a gente tem sempre e isso é a nor públicos brancos muitas vezes ignorando os pretos e os partos Muito [Aplausos] obrigado Doutor só uma ressalva aqui um detalhe aqui o palco é adaptado nós temos rampas que elas são colocadas quando [Música] necessário não Fátima por favor depois desse desse dessas pessoas eu tenho que me recompor para falar eu entendo que o envelhecimento eh é a nossa saúde mental saber envelhecer né A maioria mulheres como a jornalista falou a gente tem que se aceitar o tempo é Implacável eu gosto de de dar exemplos inclusive na minha militância na advocacia né você quando chega aos 50 anos você começa Inclusive eu não tenho mais aquele espaços nos 60 que na minha época de advocacia existia né mas eh a o presencial na justiça hoje eu estou aqui usando patilha Então você tem que se aceitar você tem que ter uma vida digna e sem competição que nós vivemos num mundo muito competitivos nós mulheres então eu eu nunca vou ter a minha perna de 20 o meu rosto né Eu estou aqui inclusive e não não fiz maquiagem para esconder do Tombo e da batida que eu que eu es recentemente e além de você se aceitar eh eu entendo que você para se exercitar você não precisa de ir na academia mais cara né concordo com plenamente com o que o professor falou como que nós vamos eh fazer uma caminhada para levar bala perdida né as pessoas são divididas por bairros né então sempre o olhar que eu vejo são para os excluídos da sociedade as as mulheres que elas não têm acesso a nada de beleza vamos supor assim né e e também a forma como você vive a forma de você o idoso ele precisa de muito amor ele precisa de muito amor amor e eu assim quando eu peguei esse cargo que é na minha segunda gestão da Ordem dos Advogados eu virei para minha mãe e disse assim mãe e agora eu aceito eu não aceito ela disse você não é filha do Medo você vai e vai lutar por você porque eu tô indo embora e eu inclusive eh não sou Doutora e especialista da pauta mas eu tenho a imensa vontade de de aprender e hoje está aqui na na na plateia uma uma membro da minha comissão que me incentivou muito estar aqui hoje obrigada Rose Ferreira de você estar sempre me acompanhando nesta caminhada e quando eu falo da exclusão e quando eu falei eh das pessoas encarceradas dos idosos que foi a tese dela então eu comecei a aprender e aprendo todo dia eu gosto de exercitar a minha mente eu gosto muito de conviver com os jovens nós temos uma parceria com a comissão jovem da ordem que eles aprendem comigo e eu aprendo com eles e gosto de aprender sempre e Quero chegar aos 80 se Deus permitir lut and pelos idosos que uma pauta que H há quase 6 anos eu fui fui convidada eu tô aqui me aprendendo ler exercitar eu estou na tecnologia porque tem a exclusão do Idoso digital mas eh Muitas pessoas não sabem você escrever você exercita a mente né você exercita muito a eu tô com meu celular aqui mas eu tô com um caderninho esse aqui não falha né Nós não temos que ter vergonha nós temos que ter e eh eh ser felizes de nós chegarmos aos 60 aos 70 porque nós somos os jovens idosos hoje que deram certo nós demos certo né e não tem que e o menos é mais eu torno a falar eu estou muito agradecida de est aqui com todos esses Mestres com as pessoas que estão me ouvindo eu coloco a a nossa comissão à disposição a nossa comissão tem eh assistentes sociais inclusive eu tenho conversado com o pessoal do governo do estado nós vamos fazer nós fizemos eh eh caminhadas com eles vamos ao teatro sobre a longevidade tem o projeto de uma membro que é a longevidade que está aqui presente que me incentiva e eu quero agradecer muito eu tô muito feliz de est aqui então vocês não tenham vergonha de estar envelhecendo nós podemos muito mais muito obrigada Elisa por favor o que nós observamos eh de todos os parâmetros que nós temos que nós consultamos dentro do Ministério Público nós temos o painel o nosso painel ele compila o painel da do cenário da violência contra a pessoa idosa ele compila todos os dados que nós recebemos das denúncias através das ouvidorias nós fizemos uma apresentação a no alguns meses atrás com esses dados O que que a gente observa eh nós temos um perfil feminino é a feminização as mulheres vivem mais e por conta disso ela também surge como a maior vítima eh das violências os percentuais nos apresentam os percentuais das ouvidorias que nós recebemos das denúncias elas apontam a mulher como a vítima e apontam e os familiares como os maiores autores das violências eh e praticadas em sua maior proporção dentro de casa o que eu entendo desse desse estado da arte que a gente recebe que a gente tem né Eh é que nós temos mulheres sobrecarregadas a violência acontece dentro de casa porque invariavelmente é a mulher que cuida e é a mulher que envelhece embora a gente tem esse componente feminino tão presente ao elaborar uma política pública Você não tem uma política pública volt para mulher idosa não existe esse corte vai no bolo só que a Muler tem as suas eh características a Muler é sobrecarregada porque a mulher é mãe a mulher tem que trabalhar a Muler tem que cuidar a mulher em regra se torna a chefe de família ela é quem sustenta ela é a maior provedora dos lares Isso é uma mudança a mulher é mãe sozinha ela é mãe solo isso é um desgaste emocional muito grande eh é muita coisa e nós não temos uma política voltada para isso específica Nós observamos também que dentre nesse ainda nessa questão do cuidado né da mulher quem cuida nós entendemos eh que você as ilps né As instituições de longa permanência para pessoa idosa eh ela é a última rácio é a última opção até porque com esse crescimento que nós temos da população idosa Nunca teremos vagas em lpi suficientes para atender essa demanda fora que é um equipamento que é caro ele é Custoso né e voltando à questão de que nós não temos nós vivemos um envelhecimento com recursos limitados a gente tem que buscar o melhor nós devemos buscar o melhor atendimento e dentro do que é possível e do que é melhor mesmo então o trabalho que que hoje nós no Ministério Público pensamos e viemos discutindo internamente é em pensar essas soluções eh como agente fomentadores nós não fazemos a política pública mas nós demandamos nós apontamos nós fomentamos é todo um processo de de de planejar de pensar de incluir na pauta política o cuidado em casa o cuidado na casa da pessoa idosa na casa no Cuidado da família mas para que isso seja possível essa família tem que ter um suporte nós precisamos de políticas públicas que propiciem esse cuidado do território esse cuidado em casa e que prop um suporte a quem a mulher porque quem vai cuidar invariavelmente é mulher ser mulher não é fácil envelhecer mulher também não é fácil a verdade é essa Mas a gente dá conta e e eu acho que essa esse olhar esse corte essa essa especificidade que embora nós sejamos a maioria ainda não somos continuamos invisibilizadas mas pensando nisso de pensarmos políticas que propiciem o cuidado no território que permitam que essa pessoa idosa envelheça na sua casa isso perpassa um diagnóstico a gente tem essa a gente tem uma rede de assistência que pode fazer isso que deve fazer isso Qual é a demanda desse território eh Quais são as famílias Quais são as vulnerabilidades o que que pode ser feito esse território o cuidado deve ser territorializado nossa política toda preconiza isso então eu acho que o nosso caminho o que eu vejo no futuro para nós não é e a institucionalização Porque por mais que a instituição que a lpi seja boa por mais que ela atenda aqueles estares de atendimento de qualidade não é a nossa casa eu me coloco às vezes situações muito agudas que nós enfrentamos no dia a dia em que a pessoa está em situação de vulnerabilidade precisa de um cuidado ela não tem quem cuide e invariavelmente nós precisamos encaminhar para a institucionalização e a pessoa não deseja eu entendo eu entendo porque aquilo não é um vaso de planta que você tira do Sol e coloca na sombra o que você tira de uma prateleira e coloca na outra é um ser humano ele tem a sua história ele tem a sua casa é é a sua caminha é o são os seus costumes e você ser inserido já mais vulnerável mais idoso de umaa num local que você não conhece que vai conviver com outras pessoas é difícil eu tenho empatia mas são situações que invariavelmente eh não tem outra solução é preciso e também pode ser bom né desde que seja feito o manejo de que seja feita uma transição não é o final dos tempos mas desde que a gente consiga o o foco eh das nossas políticas D Avante deve ser de você permanecer na sua casa permanecer no seu território permanecer com a sua família nós precisamos de políticas que permitam esse cuidado que permitam que esse suporte e é isso Sandra bom bom sobre a feminização é uma realidade né Olha aí a plateia olha aqui esse espaço né Eh eu tenho duas experiências eh eu tenho a experiência das das idosas que frequentam o centro de convivência nosso lá o Nati e que chegam eh com a seguinte fala eu agora sou viúva eu quero me divertir eu vivi durante muitos anos tendo que cumprir o papel de esposa e de mãe com regras com atividades voltadas à família ao marido eu não quero mais isso para mim então quando você escuta uma pessoa uma aluna nossa né idosa com essa esse empoderamento que o Alexandre colocou você descobre que Poxa as coisas estão mudando são pessoas com mais de 75 anos que acordaram né estão livres para viver essa velice por outro lado no ambulatório nós temos mulheres idosas muito idosas cuidando de homens com demência muito idosos e são mulheres sozinhas Porque a gente já tem pesquisas né de que o cuidado é feminino e que para as mulheres mais de 50 anos é é dada essa atribuição que ficam sozinhas na família com uma sobrecarga muito grande de cuidar de uma pessoa idosa com processo demencial que não é fácil quem já passou por isso ou passa sabe o que é e que não tem né Eh colaboração não tem apoio como a própria D Elisa colocou né quando ao contrário dos países mais desenvolvidos que existem cuidadores né mantidos pelo governo para auxiliar essas famílias então nós temos dois perfis e esses dois perfis recaem sobre as mulheres infelizmente mas quer dizer o perfil favorável né de mulheres que estão Independentes hoje na velice mas um perfil também eh de exigir que mulheres idosas cumpram eh o papel do Cuidado sem nenhuma colaboração também aí eu queria colocar paraa secretária né a importância né da da gente poder discutir novos equipamentos se tratando de cuidado de média e alta complexidade considerando esse processo de envelhecimento longevo né onde a gente vai enfrentar também a dependência então é importante que a gente Pense também no âmbito da saúde do famoso cofinanciamento né porque o envelhecimento na verdade não tem financiamento no Brasil né Isso é uma outra discussão também mas que a gente tem no Sistema Único de Saúde é um lastro maior para o cuidado com pessoas com eh doenças degenerativas ou com dependência Então isso é importante e volto a ratificar né Adriana a o a necessidade de de um projeto de nação né quando a gente diz que o Brasil vai já está envelhecido que por volta de 2050 60 será um país com mais pessoas com 60 anos mais do que crianças de S 14 tá na hora de todos juntos né setor público setor privado sociedade civil e órgãos do governo pensarem a respeito desse projeto é isso a conversa rolou tão bem que estouramos assim nosso tempo e eu queria pedir para vocês fazerem suas considerações finais em um minutinho cada um difícil né mas é difícil mas a gente tem tá aqui para poder encerrar com alguma primeiro agradecer imensamente eu acho que foi uma manhã que nos trouxe muita reflexão falar com essas pessoas aqui est ao lado do nosso nosso mestre Alexandre cala das nossas amigas é muito enriquecedor acho que aprender é sempre o nosso desejo fala em relação um pouquinho também que a gente acontece na Secretaria estudal de Saúde apesar de não ser a vocação mais primária da nossa da da nossa faixa Estadual Mas a gente continua tendo um centro de convivência no Hospital Eduardo Rabelo que a gente tá incrementando reformando um pouco mais agora reforma também no sóo Estadual Eduardo Rabelo que vai ganhar de volta um CTI a gente teve teve que interditar uma período longo a adaptação não estava boa então tá dobrando o número de leitos em relação à reforma a gente tá abrindo CTI novamente lá é claro que não é o tamanho que a gente deseja para tudo mas é uma uma estrutura que a gente mantém fortemente em relação ao atendimento exclusivo do Idoso lá também aqui dentro em breve vai abrir um Instituto de Olhos Não votado para a população e idosa exclusivamente mas a grande maioria de catarata e glaucoma vai ter tratado lá então a gente tem um vai ter um complexo na verdade ampliando um pouco no Hospital estadal Eduardo Rabelo e também a gente tem o foco no futuro Claro que vai vir com a longividade vem de uma maneira ideal Mas vem também as doenças juntas a gente tem um a verdade o envelhecimento não tá ligado ao câncer Oncologia mas muitos terão uma uma a tanto mais tratamentos cardiológicos quanto oncológicos nosso Hospital Estadual eh eh no Maitá o eecac também tá remodelado com a amplitude para tratar os idosos a gente tem dois hospitais oncológicos em curto para poder também abraçar a um na Baixada Fluminense e um na no Nova Friburgo Então a gente tem uma uma pauta também no instituto Estadual do cérebro que trata muito a parte de doença de par Então a gente tem uma um campo muito grande Claro que não é direcionado ao idoso mas Abraça o idoso com muita competência no sentido de abraçar as causas primárias que a gente busca a doença crônica atão primária nossa ela fomenta 92 municípios sempre para trabalhar as atenções primárias dos Municípios aí na ponta eles têm uma missão muito maior de ação do que o estado mas a gente tem uma uma fortaleza muito grande e na secundária terciária é isso a gente tem investido muito também e apoiar o segundário terciário a gente precisa ampliar claro que mais mas a gente tem essa ideia em fomento e a gente quer construir mais políticas públicas para poder abraçar o idoso mas nesse momento a gente tem já algumas frentes acontecendo a gente quer deixar uma palavra que é exatamente isso aprender a envelhecer é uma dádiva que a gente precisa que a população entenda então aprender a envelhecer é é futuro que a gente precisa entender o quanto cada um de nós Vai envelhecer mas os jovens têm que ouvir isso de perto eu vou envelhecer também então envelheçam Com buscando a melhor maneira possível e dando um empoderamento não só as mulheres mas todos os homens também então que você que tenh os velhos saudáveis na medida do possível e empoderados Nossa como é difícil falar em um minuto envelhecimento ativo quatro pilares você precisa de saúde você precisa de conhecimentos aprendizado ao longo da vida você precisa ter direitos a participar participação que é isso que vai te dar o capital social que você vai precisar naquele momento em que você precisa de alguém que lhe cuide Já pensaram quem vai L cuidar quando vocês envelhecerem mas pode ser quando você tiver um acidente aqui na porta da rua mas precisa de segurança precisa de proteção nós fizemos uma análise há do anos quando houve a eleição presidencial e dos Nossa esse país tem 37 partidos políticos um negócio assim assustador para ver quais tinham envelhecimento na sua pauta dois não fiz esse exercício agora as vésperas das eleições municipais mas eu lhes peço para verem muito atentamente a plataforma de cada um que vocês vão ajudar ou não a eleger estão falando de envelhecimento Estão levando isso a sério o nosso governo Municipal Estadual Federal abraçou essa causa E essa causa não é do Futuro essa causa é agora e só repito aquilo que eu sempre falo envelhecer é bom morrer cedo é que não presta mas que seja uma morte com dignidade e não pertencendo a um país que é o terceiro pior em termos de qualidade de [Aplausos] morte agradecer a todos eh obrigada por estar aqui me coloco à disposição na nossa comissão na Ordem dos Advogados eh os contatos estão todos no site da OAB e E vocês aprendam o conhecimento conhecer se informem procurem lutem pelos seus direitos e tem existe a Defensoria Pública que é um órgão parceiro Ministério Público eh a ordem todos estão Unidos e engajados Governo do Estado Municipal eh convido também vocês eh mais tarde nós amos lá na OAB a partir das 14 horas num seminário sobre a pessoa idosa e é aberto ao público e mais uma vez muito obrigada de estar aqui hoje eu aprendi mais ainda com todos vocês desejo sucesso a toda a segunda mesa né tem aqui o nosso ilustre representante aqui que me ensinou e me entregou eh o estatuto da pessoa idosa em Braile muita gente não conhece isso esse estatuto e é de suma importância toda a sociedade eh ser engajada família não f não ficar só ai direitos direitos da gente nós temos direitos temos direitos temos deveres temos obrigações e saber também cobrar fiscalizar tá muito obrigada [Aplausos] eh eu eu gostaria de ressaltar que o envelhecimento ele ele é uma conquista Nossa eh ele é fruto da evolução do nossa sociedade é fruto de evoluções eh tecnológicas sociais de de saúde Então não é um problema o problema é é a nossa inaptidão e a falta de preparo nosso para lidar com essa fase da vida então o envelhecimento não pode ser encarado como problema Ministério Público trabalha trabalhou trabalha e vamos estabelecer sempre trabalhando eh para que os direito da pessoa idosa ele seja respeitado para que as políticas sejam implementadas as denúncias sempre poderão ser encaminhadas para nós nós temos um evento agora em em outubro que vai ser o 16º encontro Estadual de Saúde vai ser no ministério público em parceria com a secretaria Leonor tá aqui nós estamos com a nossa programação pronta para que a gente pense e converse sobre as políticas públicas de saúde para pessoa idosa eh e assim eu não resisti secretária a senhora tava falando do do Hospital Eduardo Rabelo eh é um hospital de referência um hospital que foi todo pensado para terceira idade para pessoa idosa e um um espetáculo de prédio de de de estrutura mas nós temos uma ação civil pública cujo taque não foi cumprido até hoje o tque proposto cujos os termos foram propostos pelo próprio estado no âmbito dessa ação civil pública que foi ajuizada pelo Ministério Público eu espero sinceramente que esse Centro Oftalmológico não seja inaugurado antes de que o tax seja cumprido porque nós precisamos eh que ele seja cumprido eh eu não vou entrar nos detalhes mas eu aproveito então que a senhora tem apreço por esse tema e pelo Hospital que realmente é um hospital de referência e a gente precisa preservar a gente precisa que os leitos sejam reabertos E que tudo seja retirado do setor de fisioterapia eh Então eu fico aqui meu apelo nós temos audiência eu vou eu vou pedir pra secretária responder mas eu vou infelizmente não pode virar um um debate político claro claro claro claro não eu só queria pontuar que eh a parte toda do há pouco tempo teve uma uma uma visita local acho que a visita foi de sucesso viram que toda a parte que foi tratada no no na ação civil pública tá sendo cumprida a unidade tá toda remodelada é claro que existem algumas itens a serem complexados ainda mas a inauguração deve ser feita em conjunto com a parte dos leitos junto com o Instituto de Oncologia de oftalmologia que está em em fase de finalização mas a a abertura será conjunta a gente não vai abrir nada antes de uma coisa não vai abr a outra o CTI vai voltar junto com os leitos e é um plus a gente tem o Instituto Oftalmológico voltado para pessoa idosa [Aplausos] também bom mais uma vez muito obrigada eu também gostaria de disponibilizar o público né Não só que a plateia presente mas quem tá pelo canal do YouTube né que o núcleo de envelhecimento humano fica na uerg 10º andar do Bloco F nós estamos lá para aguard e receber todos os interessados em discutir estudar e se aprofundar em pesquisas sobre o envelhecimento é um núcleo referência já né Já temos 31 anos de existência dentro de uma universidade pública Vale ressaltar e lá a gente concentra todo um trabalho voltado para o acolhimento de pessoas idosas capacitando profissionais da área da assistência da Saúde mas numa perspectiva de de gerontologia né que é o nosso Grande Troféu né né Carina que é a nossa luta porque a gerontologia é a nossa bandeira né e é nela que nós temos que nos ancorar então eu agradeço mais uma vez Adriane muito obrigada obrigada a todos presentes e felicidade também a segunda mesa que são profissionais também de ponta de alto nível e que eu tenho certeza que fecharão esse evento com brilhant muito obrigada viu mais uma [Aplausos] vez obrigada a todos pela participação na primeira parte do nosso debate faremos uma foto final coletiva e agora aproveito para convidar os participantes do panel um para se sentar na plateia e prestigiarem o nosso próximo painel diálogos RJ assim como a plateia presente e online seguiremos com o tema como garantir serviços para um número crescente de idosos fav gente vamos vamos sentando pra gente continuar aqui o painel por favor [Música] po melhor ainda pode não tem problema pode não temum não não para quem pode estar chegando agora na nossa transmissão Esse é o evento diálogos RJ ovido pelo jornal O Globo para discutir as questões no estado do Rio de Janeiro sou Adriana Dias Lopes editora de saúde do Globo e vou seguir com vocês na mediação dessa segunda mesa que vai tratar dos Desafios para garantir os serviços de saúde e assistência social para um número cada vez mais crescente de idosos estão conosco nesse segundo painel Lícia matesco superintendente da pessoa idosa pela Secretaria de Estado intergeracional de juventude e envelhecimento saudável munir Neto deputado estadual e presidente da Comissão da pessoa idosa da Assembleia Legislativa do Estado do Rio D Vilma Duarte Câmara professora emérita da uf médica da Sociedade Brasileira de geriatria e gerontologia diretora científica da Associação Brasileira de alzaimer do Rio de Janeiro Simone Tourinho superintendente de políticas para pessoa idosa Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e direitos humanos José Eustáquio Dinis Alves diretor da decifra ensino e pesquisa em demografia a minha primeira pergunta é uma pergunta Opa aplausos a minha primeira pergunta é uma pergunta que chega muito eh pra gente no jornal muito é uma pergunta que leva um debate que é a definição do idoso no Brasil é de 60 ou mais elas essa esse esse limite de idade não está ultrapassado frente ao que hoje homens e mulheres nessa faixa etária com Total disposição e força de trabalho quer dizer os direitos são muito bons ao 60 anos mas esse é um debate tá é uma é uma é uma pergunta que chega muito pra gente e mas a pessoa fica constrangir a 60 anos eu não sou idoso eu não quero não sou idoso Então queria começando pela lía por favor Bom dia eh primeiramente eu gostaria de agradecer né Agradecer o convite do Jornal Globo essa oportunidade da gente est falando um pouquinho sobre o nosso trabalho sobre tudo aquilo que a gente vem desenvolvendo enquanto Secretaria intergeracional de juventude e envelhecimento saudável hoje eu estou aqui não representando não somente a secretaria mas com muito orgulho representando também o Conselho Estadual de Defesa do direito da pessoa idosa do cedep a Qual ao qual atualmente eu estou Presidente e é com muito é muita alegria né que eu estou aqui hoje compondo esta mesa né juntamente com o nosso deputado munir Neto extremamente atuante junto às políticas públicas voltadas às pessoas idosas está à frente de uma comissão extremamente importante quando a gente pensa em proteção e garantia de direitos eh às pessoas idosas recentemente ou uma audiência pública extremamente importante falando sobre transporte público ele traz pra gente temas que muitas das vezes a gente acaba não falando com relação a pessoas idosas e isso é extremamente necessário eh diante desse novo cenário né demográfico que se apresenta quero cumprimentar também a Simone quero cumprimentar a Dra Vilma cumprimentar também o Dr José que daqui a pouco também vai trazer pra gente aí alguns números não quero me ater aos números ele é o homem dos números quero falar um pouquinho sobre política pública e como né atender a esse público que de acordo aí com esses números que se apresentam pra gente né não não para de crescer eh falando respondendo um pouquinho aquilo que você falou com relação a a a essa questão dos 60 anos eh hoje no âmbito da secretaria a gente não trabalha somente pessoas acima de 60 anos o nosso trabalho ele ele perpassa né pelo processo de envelhecimento né o tema hoje que é trazido pra gente ele fala sobre envelhecimento saudável e eu sempre me pergunto qual é o envelhecimento que nós né queremos vivenciar hoje a nível de Estado do Rio de Janeiro né o estado do Rio de Janeiro ele possui né neste momento o segundo maior índice em nível nacional com relação a número de pessoas idosas nós já passamos de 3 milhões de pessoas idosas hoje no âmbito do Estado do Rio de Janeiro e eu me pego a todo momento todas as vezes que eu passo a sobre esses números Eu gosto muito de trabalhar com as estatísticas com tudo aquilo que a gente tem enquanto ferramenta pra gente poder pensar política pública eu a todo momento gosto muito de dialogar com a nossa coordenação de políticas públicas sobre o cadastro único né o cadastro único ele traz pra gente alguns números interessantes Principalmente quando a gente pensa nas vulnerabilidades à Quais as pessoas idosas ainda são acometidas né lá dentro do cadastro único Hoje Somos são 3 milhões de pessoas idosas e nós temos mais de 900.000 976.001 gestores dessa política pública um olhar né de Cuidado então Eh hoje a gente vem trabalhando intensamente para atender essa demanda e a gente tem começado a trabalhar o nosso público alvo né já a partir dos 40 anos pessoas a partir de 40 anos já podem acessar aos serviços à ações finalísticas hoje existentes da nossa secretaria que são os nossos projetos o projeto 60 mais reabilita nós temos o projeto dos nossos centros de referência em atenção as pessoas idosas eu fico muito feliz né quando no início aqui da desse debate desse diálogo Nós tivemos a oportunidade de ver um pouquinho né passando aqui na nossa tela o trabalho que vem sendo desenvolvido por esses equipamentos Nós queremos trabalhar o envelhecimento ativo saudável onde o idoso ele tem a sua autonomia garantida o seu bem-estar social porque nós acreditamos que assim a gente vai conseguir criar uma rede de proteção integral às pessoas idosas hoje eh falando rapidamente sobre o nosso projeto 60 mais reabilita que a gente tem hoje idosos e pessoas já a partir de acima de 40 anos eh na sua Total são 100 polos aqui na capital do Rio de Janeiro e hoje nós temos aproximadamente 7.000 idosos sendo beneficiados diretamente pela execução desse projeto e o crap não é diferente hoje o nosso centro de referência que começou inicialmente com 100 né com uma perspectiva de 100 até atendimentos em Vassouras Nós já estamos chegando a 700 atendimentos 700 idosos referenciados e eu tenho absoluta certeza que não será diferente aqui na capital com o crap do Cesarão que nós inauguramos na última semana e o nosso objetivo é esse é atender a toda a população dentro desse processo de envelhecimento para que a gente possa aí garantir e e e fazer realmente a defesa do dos direitos das pessoas idosas e daquelas pessoas que já estão em processo de envelhecimento uh [Aplausos] Deputado bom dia bom dia a todas e a todos Bom dia Adriana parabenizar o globo né esse tema é muito importante a gente debater a questão das pessoas idosas nós estamos fazendo um trabalho na Assembleia Legislativa na comissão para poder valorizar E dar voz e vez à pessoas idosas e quando a gente vem falar de um tema como esse envelhecimento saudável eu fico muito à vontade porque antes de ser deputado estadual eu fui secretário de assistência social da cidade valta redonda por quase 15 anos e volta redonda é referência eh sobre o trabalho com a pessoa idosa começa na Secretaria de Assistência onde tem mais de 60 grupos de convivências na secretaria de esporte lazer atende mais de 10.000 pessoas com ginásticas eh duas vezes por semana nos polos tem também hidroginástica natação para pessoa idosa é tudo gratuito tem também uma academia da vida Aonde a pessoa eh participa na Secretaria de Educação e nós temos lá quando a pessoa infelizmente não consegue est participando dessas atividades Nós temos dois centros dias tem um centro dia pra pessoa idosa aonde diariamente nós pegamos a prefeitura pega essa pessoa na sua residência leva pro centro dia e lá ela passa o dia com uma equipe multidisciplinar assistente social psicólogo fisioterapeuta terapeuta ocupacional com quatro refeições cuidadores e no final do dia ele volta paraa sua residência e E com isso você consegue dar um descanso pra família a família consegue fazer suas atividades e nós percebemos naquele centro dia que tinha muitas pessoas e que infelizmente não estava conseguindo acompanhar o ritmo por algumas demências ou o próprio Alzheimer E lá foi criado o centro dia para pessoa idosa com Alzheimer o único público da América Latina onde já levei várias pessoas aqui inclusive da mesa da mesa número um também conhecer que já ganhou vários prêmios centro dia para pessoa idosa com Alzheimer e e e lá também tem uma equipe multidisciplinar com assistente social psicólogo fisioterapeuta terapeuta ocupacional que também faz a mesma maneira pega o idoso na sua residência leva para lá lá com cuidadores pessoas e capacitadas para cuidar deles então você nisso você você ainda cuida da família além de cuidar da pessoa pessa idosa então nós precisamos Adriana e ter políticas públicas pra pessoa idosa políticas públicas Eh que que consigam contemplar não só a pessoa idosa mas também seus familiares os familiares não se adoecerem quando a gente fala da idade do Idoso quando eu comecei na secretaria a gente falava que o idoso era a partir de 50 anos hoje nós estamos falando de 60 no estatuto os direitos são garantidos com 65 nós temos o estatuto da pessoa idosa que é muito bem escrito redigido mas o que principal é fazer ele ser cumprido isso infelizmente não acontece então nós precisamos realmente que as pessoas idosas envelheçam com saúde com capacidade de dependência quando a gente fala de lpi e o estado do Rio apesar de ser o segundo estado do país com maior número de pessoas idosas nós só temos 10 instituições de longa permanência pública então tanto o estado como o município tem que investir nisso nós sabemos que é o último local que a gente quer que idoso vá mas às vezes é necessário então nós precisamos investir em instituições com permanência então eu como Deputado e como presidente da Comissão estão fazendo várias audiências públicas com vários temas estamos discutindo o transporte público discutivo a questão da instituição de permanência estamos discutindo as violências contra pessoa idosa que infelizmente desculpa na maioria das vezes é intrafamiliar que a gente precisa combater é violência psicológica violência física financeira patrimonial quer dizer nós estamos trabalhando muito para que cesse isso mas só sabemos que tem que ser uma união do poder público com sociedade civil então eu tô à disposição aqui pra gente poder avançar nesse tema e parabenizo mais uma vez o globo por est abrindo as portas para um debate tão importante Simone bom dia bom dia a todos e todas queria agradecer né Eh o convite de estar nessa mesa sobretudo né ao lado da minha professora é uma honra né gente a eh os meus estudos começaram em 1999 e a primeira pessoa que que me introduziu o estudo do envelhecimento foi a professora Vilma Então acho que é importante a gente tá falar do pioneirismo dela do trabalho que ela vem fazendo estar ao lado dela é uma honra né para mim né Eh então enquanto eh em relação à pergunta né se 60 anos né deveria ser anterior ou não porque ainda estão ativos a gente precisa pensar o envelhecimento não de forma homogênea mas a gente precisa pensar esse envelhecimento de forma ampliada nas suas interseccionalidades ou seja o envelhecimento não é igual para todos e todas é porque a gente tem que pensar no território onde ele vive a gente tem que pensar eh sobretudo né Eh a questão da raça da religião do acesso às políticas públicas então quando a gente coloca né que 60 anos o pessoal tá ativo mas a gente também tem que pensar que aos 60 anos muitos não conseguiram nem nem sequer tem municípios que nem sequer a pessoa idosa consegue chegar a ser uma pessoa idosa por conta da violência urbana por falta de acesso às políticas públicas então pensar o envelhecimento é pensar a partir dessa interseccionalidade eh enquanto né Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social eh e direitos humanos né a gente vem desenvolvendo ações então quando a gente fala em Direitos Humanos a gente fala intencionar todas as políticas públicas para garantir que a pessoa enel bem como para que a pessoa tenha um envelhecimento saudável Digno E respeitoso então a gente vem desenvolvendo várias ações nesse sentido através de vários projetos né Por exemplo na trilha dos Direitos Humanos onde a gente corre Todo o estado do Rio de Janeiro falando com os idosos é importante também que a gente contribua né com informações sobre os direitos e não só sobre os direitos mas como acessá-los onde reivindicá-los como também levar informação para os técnicos para que a gente possa pensar realmente numa política de cuidado né como como muni falou Deputado falou pra gente num cuidado que atenda né Não só eh a pessoa mas também aqueles que estão em processo de né está estão cuidando aí então a gente precisa pensar realmente em outros serviços né eu venho numa no não que lvi não seja importante eh eu falo que é muito importante a gente ter instituições de longa permanência porque é vida retira muitas pessoas de situação de violência mas a gente precisa pensar em outros serviços também para que a gente atenda né as as particularidades as especificidades do processo de envelhecimento Então a gente tem que falar em Vila para idosos a gente precisa falar em repúblicas né a gente precisa falar em hospital dia né a gente precisa pensar em centros dias né que eles estejam tal como né o pioneirismo né De Volta Redonda ele possa estar em outros municípios atendendo realmente a população que envelheceu mas não conseguiam envelhecer com tanta qualidade e muitas das vezes já perdeu aí as suas funcionalidades então a gente precisa pensar num envelhecimento heterogeno por meio das suas interseccionalidades Vilma por favor eh Bom dia a todos Eu Quero Agradecer o convite e dizer eh a importância Andreia desse pioneirismo quer dizer trazer para uma Editora Globo no espaço Mundial que ela tem o tema envelhecimento embora aqui na sala nós temos o calash chamo com maior intimidade que não prefere esse nome como ele falou ele prefere envelhecimento ativo porque ativo no sentido de participativo não é só fazer atividade física atividade física hoje gente é remédio e sim ele tá participando mas eu queria lembrar o seguinte a palavra longevidade é uma palavra linda eu acho muito bonito mas quando nós vamos olhar os fatores que interferem nessa longevidade e essa longevidade foi conseguida pela sociedade a sociedade se deu de presente envelhecer mais e nessa longevidade Quando você vai olhar o os fatores sociais e médicos e etc até o fator genético é mutável então hoje todos esses fatores que interferem na longevidade indico que ela não está mais longe ela tá presente nós temos pessoas com mais de 100 anos só que nesse desenvolvimento humano que vai do nascer ao morrer dois fatores são fundamentais é manter autonomia e Independência Desde o nascer nós ensinamos a criança a se libertar e quando nós chegamos na velice Nós aprendemos a cuidar de quem envelheceu nesse desenvolvimento de que a gente precisa da Autonomia e Independência nós vamos falar nessa mesa de serviços então nós temos que classificar os nossos idosos em Independentes semid dependentes e inde dependentes então então qualquer serviço que se vá fazer tem que ser dentro desse caminhar só que hoje nós fazemos as grandes reuniões da sbgg aqui no Rio de Janeiro nós fazíamos nas residências antes de termos a sede e na residência do Dr Mário saeg que foi uma pessoa importantíssima que já não está entre nós a esposa dele era pediatra e nós dizíamos na verdade que o envelhecimento vai da Pediatria até o final da vida nós temos que nascer se preparando para envelhecer então e esse Marco de 60 nos países de desenvolvimento e 65 nos países ricos foi o marco para se começar a prestar atenção que nós estamos aqui que nós envelhecemos que foi um fenômeno como o fenômeno de nascer de morrer de namorar também o envelhecimento é um fenômeno da sociedade eh eu venho de várias instituições eu tem mais de 50 anos de trabalho e aqui só falaram de três mas eu sempre fiz a medicina social a ponto de perguntarem uma vez no evento do cbcs que eu fazia parte da diretoria do cbcs se eu era assistente social falei não querida eu faço medicina social não existe saúde sem sem estar ligado ao social Isso é uma balela e outra coisa o envelhecimento ele é biopsicosocial então todo mundo tá envolvido não é só o doutor geriatra a ciência gerontologia a ciência do envelhecimento eu sou gerontóloga eu estudo gerontologia então todas as especialidades em qualquer área não só da Saúde como foi falado aqui na área jurídica na área social no arquiteto no direito Todos nós temos que saber encio e isso eu tive o privilégio de criar como ela falou em 92 quando estava fazendo o p né de de envelhecimento sabe disso no Brasil a gente começou tarde quando se abriu as Universidad abertas terceira idade que aí nós tivemos que estudar envelhecimento para receber essa população que estava chegando e naquela época eu criei um curso de extensão interdisciplinar de geriatria deontologia eu tive o atrevimento de criar dentro do Hospital Universitário Federal um programa interdisciplinar de geriatria gerontologia foi uma bomba mas que deu certo graças a Deus e é isso aí temos que capacitar a palavra Nossa é capacitar e capacitar é isso falar pro leigo não é só falar para profissionais não e aí a gente sai sai da academia e vamos para onde pros Conselhos conselho Mundial Conselho Estadual sanda foi minha vice no Conselho Estadual Conselho Municipal e a sociedade civil a Senhorinha que você falou será que ela não tem condições de estar no Conselho Municipal Por que que o menino que chega aqui se entrar um garoto aqui que pega faz Surf ou Skate anda de skate todo mundo vai identificar E por que que que nós também não podemos ter os nossos grupos Por que que é ridículo um velho botar uma meia com tênis e uma bermuda por quê Porque a imagem negativa todos nessa sala receberam a imagem negativa nas nossas histórias a bruxa é feia Se nós formos ali na praça Paris que tem as estações do ano Olhem a estátua do do inverno é um velho encarcerado essa imagem negativa que tem que acabar e isso você fez no mundo você trouxe o envelhecimento ativo essa imagem negativa o idoso não é negativo o idoso é criativo e ser idoso gente é sabedoria eu tenho maior orgulho de ter envelhecido sem sentir o meu processo de envelhecimento muito obrigado por esse tempo depois a gente vai falar na organização de por favor eh eh Bom dia a todas as pessoas presentes eh Bom dia a todas as pessoas que estão participando virtualmente eh Muito obrigado ao Globo pelo pelo evento pelo convite agradeço a Adriana eí pela pergunta e Adriana eu queria responder mais do ponto de vista da demografia né e fazer uma distinção que eu acho que às vezes muita gente não percebe a a diferença que existe entre o envelhecimento pessoal e o envelhecimento populacional que são duas coisas muito parecidas mas são diferentes né então dá um exemplo pegando a Índia que é o maior país eh do mundo em termos de população e que tem hoje em dia uma expectativa de vida em torno de 70 anos hoje em dia né viveu uma pessoa 2500 anos atrás o Buda vivia no norte da da Índia Ele viveu até aos 80 anos de idade né e e a história todo mundo conhece várias pessoas que viveram 80 ou até mais anos de idade a 2000 anos atrás então envelhecer é uma coisa antiga tão antiga como a história da humanidade agora o envelhecimento populacional é uma coisa extremamente nova e revolucionária na história da humanidade porque eh o envelhecimento populacional todo mundo conhece aquela coisa da pirâmide etária é a mudança da pirâmide etária né É É a o avanço da proporção de idosos na população e isso eh obviamente tá ligado com o aumento da expectativa de vida com o aumento da longevidade mas tá ligado fundamentalmente com a queda da fecundidade tá eh porque quando cai a queda da fecundidade é que você começa a reduzir a base da pirâmide etária uma pirâmide etária a área dela é 100% então se a base eh se reduz outras partes da pirâmide estão crescendo tá eh e eu queria só destacar a outra questão o seguinte foi falado aqui na primeira mesa eu achei interessante de transição demográfica porque eh a gente da demografia eh a maioria dos demógrafos considera que a transição demográfica é o é a maior conquista da humanidade em termos de mudança de comportamento de massa por quê veja só desde o surgimento do homo sapiens há cerca de 200.000 anos atrás as taxas de mortalidade sempre foram muito altas muito altas eh a mortalidade infantil era 40 por 1000 ou seja cada 100 crianças que nascia 40 morriam antes de completar C 5 anos de idade isso prevaleceu por mais de de 200 anos aí quando começou a Revolução Industrial e todo o avanço aí do do desenvolvimento principalmente no século XIX essas taxas começaram a cair a expectativa de vida média né sempre teve pessoas que viviam muito mas a expectativa de vida média tava em torno de 25 anos as pessoas vivam em média 25 anos no mundo tá alguns países um pouquinho mais um pouquinho menos mas a média mundial Eh tava em torno disso hoje tá perto de 75 anos então isso é uma conquista fantástica em 200.000 anos é a primeira vez né que a humanidade consegue triplicar a expectativa a expectativa de vida era 25 anos aí final do Séc 18 início do século X chegou a 75 anos atualmente e aí o que que acontece as pessoas eh como a humanidade não conseguia acabar com essa taxa de mortalidade muito alta a solução foi ter muito filho né Eh a a a sociedade se organizou as religiões a sociedade As instituições se organizaram para que as famílias as pessoas tivessem muito filho e eu falo isso com com conhecimento de porque o seguinte Minha mãe ficou grávida 15 vezes tá e eu não reclamo não porque eu sou 15ª gravidez Então se se eu forse falar que ela tava louca eu eu não estaria eu não estaria aqui tá e ela teve ela teve uns três abortos espontâneos né e teve quatro eh irmãos meus que eu não conheci amente que morreram e de mortalidade infantil né Eh então qu a gente fala lá em Minas fala assim V ou oito né Eh minha mãe cresceu eh e cuidando e minha mãe tinha só curso primário ela passou a vida toda cuidando dos filhos cuidando do marido cuidando da casa né não tinha tempo de eh de estudar não tinha tempo de ter uma profissão trabalhava feito uma condenada mas eh sem ter o reconhecimento e e a carreira profissional que que ela merecia né agora meus irmãos todos principalmente os mais novos foram todos tendo dois filhos um filho zero filhos né e eu tive eh dois filhos Então o que o que que isso quer dizer eu tô dando esse exemplo pessoal mas é uma coisa que a sociedade tá fazendo antigamente ela investia na quantidade de filhos já tinha de ter muito filho para para compensar essa essa alta mortalidade e eh com o passar do tempo as pessoas perceberam o seguinte se a mortalidade caiu eu posso ter menos filhos e aí o seguinte quando começa a ter menos filhos é que começa a ter o envelhe populacional então no Brasil o envelhecimento populacional ele começa na década de 70 tá sempre existiu gente eh eh com idades avançadas antes disso mas a pirâmide etária brasileira ela vai começar a transformar na década de 70 eu tava conversando com o Dr calash ali no intervalo Ele estudou em Londres com um dos maiores demó do mundo que é o William Brass eh e e teve um demógrafo famoso aqui no Brasil Zé Alberto Magnos de Carvalho lá do cdpl da UFMG que aplicou pela primeira vez as técnicas do Brás para descobrir a queda da fecundidade do Brasil e Isso foi no final da década de de 90 né e ainda muita gente não acreditava que a fecundidade ia cair e obviamente aí não ia ter esse envelhecimento aí veio o Censo 2000 de 1980 E aí ele confirmou e todas as outras pesquisas depois do IBGE e outras pesquisas eh de outros órgãos mostraram que essa queda eh ela tava acontecendo E aí o que que acontece quanto mais rápido essa queda da fecundidade mais rápido é o envelhecimento populacional então o envelhecimento depende disso E aí eh e é muito fácil seguinte pros demógrafos a gente já sabia na década de 80 final da década de 70 mas principalmente na década de 80 que o Brasil tava passando por um processo de envelhecimento o que a gente não sabia era a rapidez desse processo como é que ele viria que ritmo que ele viria e e como que ele ia se espalhar pelo Brasil todo se ele ia ser uniforme se não não não ia ser uniforme então eh eh alguns países do mundo tipo a França ela começou essa queda da fecundidade muito muito anteriormente no no na primeira metade do século XIX né então o envelhecimento da França ele é muito lento porque ele ele acompanhou essa queda que também foi muito lenta no Brasil na China na Coreia Japão etc esse envelhecimento é muito rápido por quê Porque a queda da fecundidade começou depois da segunda guerra mundial e e quando começou atrasado vamos dizer assim em relação aos países europeus os Estados Unidos Austrália eh quando começou ele ele começou ele começou muito rápido tá E aí eh o o nosso envelhecimento assim o que a França vai gastar 200 anos para envelhecer o Brasil Vai envelhecer em 50 anos com a China também outros países vão fazer isso o envelhecimento é rápida muito rápido aí esses critérios que a Adriana perguntou sobre a idade isso vai depender muito pelo seguinte quer dizer quando o Brasil era um país jovem eh a maior grande parte da população mais de 50% da população tinha menos de de 20 anos né então uma pessoa de 60 anos é e é uma exceção era então é eh você você chamava a atenção eh 60 anos já eh já já era considerado uma uma pessoa eh muito idosa hoje em dia eh quando o país tá em rápido processo de envelhecimento né a quantidade de jovens tá diminuindo no Brasil né e o envelhecimento tá crescendo a gente vai ter de pensar nessa idade de 60 anos o estatuto do idoso fala em 60 anos né Eh como eh já foi falado a alguns países desenvolvidos consideram 65 anos mas tem metod olias que que olham por eh idade prospectiva que pega a expectativa de vida geral e subtrai mais ou menos 15 anos depende da da da conta de cada país então por exemplo o dia que a gente tiver 85 anos de expectativa de vida a gente tá em 75 76 Eh aí o envelhecimento seria 70 anos se você usar essa metodologia então isso Isso é uma uma questão eh que tá em em aberto ainda mas é só para para acentuar o seguinte que e esse envelhecimento a gente tem que olhar não só as pessoas idosas mas a a população como um todo por exemplo no Brasil no Rio de Janeiro eh no início dos anos 2000 a gente tinha mais ou menos 70% da da da população em idade de trabalhar 20% e jovens de 0 a 14 anos tá e 10% de idosos acima de 60 anos então você tinha eh arredondando as contas mais ou menos duas pessoas em idade de trabalhar para cada uma pessoa dependente tá atualmente isso já tá mudando mas mais 25 30 anos a gente vai ter uma pessoa em idade trabalhar eh para uma pessoa dependente então isso muda a lógica toda porque porque por mais que a gente queira cuidar dos idosos que a gente tenha eh dedicação a esses idosos a sociedade como como todo se ela não tiver produtividade se a economia não não responder eh aos recursos para Cuidar dessa população e da da população de jovens eh a gente vai ter um problema sério na frente com todas as políticas bonitas que todo mundo falou aqui hoje eh que a gente tá desenvolvendo no Brasil mas não vai ter recurso né o dia que a gente tiver 50% da população com 50 anos e mais que isso vai ser eh daqui daqui daqui uns dias a não ser o quê que a gente aumente a produtividade da economia que é é mais educação Mais Saúde Mais infraestrutura eh melhor a pessoa produzir mais com menos né Eh e a gente ter um envelhecimento ativo ou investimento saudável eh que essas pessoas idosas elas tenham não só os direitos Mas elas possam contribuir também a gente possa combater o etarismo ou o idadismo eh de uma maneira eh correta porque o seguinte eu eu participo de alguns grupos aí que assim tem uma quantidade de idoso enorme no Brasil que quer trabalhar né é que e que não e não não consegue eh só dar um exemplo para terminar estão alongando um pouquinho mas todo mundo acompanhou a dificuldade para fazer o Censo o Censo 2022 né pandemia eleição folda de dinheiro etc eh o ibg prisa contratar 300.000 recenciador tá E tá tava com dificuldade de contratar essas pessoas o IBGE tem sei lá 10.000 eh um pouco menos eh funcionários aposentados que podiam trabalhar a legislação não permitia que o IBGE contratasse eh essas pessoas por exemplo eu podia podia ter sido recenciador eh Em algum momento a legislação não permitia porque tem todo eu já sou aposentado e E então Eh são são eh mecanismo que a sociedade fez no sentido no passado para proteger o idoso e que hoje tá indo contra o idoso então quando a gente tá pensando em população idosa a gente tem que pensar na população como um todo por exemplo só a última coisa mesmo Desculpa Adrian eh é que eu acho absurdo que eu gosto sempre de falar nós temos 10 milhões de jovens de 15 a 24 anos que nem trabalham nem tão na escola que são chamados jovens nenéns né Isso é um absurdo isso é isso isso nenhum país do mundo desenvolve eh com 10 milhões de jovens que nem trabalham nem nem estudam né Para para que o país desenvolva e veja só todo o país rico do mundo quando eu falo rico é que acabou com a pobreza acabou com a fome deu uma boa qualidade de vida paraa população todo país com alto índice de DH no mundo ele passou pela transição demográfica e ele fez isso concomitantemente com envelhecimento Então o que O Grande Desafio da gente é aproveitar as oportunidades né dessa mudança da estrutura etária que é única na história da humanidade tá aproveitar esse momento histórico e a gente dá o salto né de um país de renda média como nós somos hoje para um país de renda alta né com todos com toda a garantia de todos esses direitos que as pessoas falaram aqui ao longo do debate Muito [Aplausos] obrigado minha próxima pergunta sobre um dos grandesas idoso que é a liberdade de ir e vir né na sua cidade então Eh liberdade de locomoção que não se limita a ter um assento no no transporte público mas de uma calçada boa um banheiro no restaurante que que o idoso não tem que subir uma escada violenta e o que que eu queria saber de cada um de vocês o que que pode ser feito nesse sentido Então pegando um Ganchinho aqui na da Dra Vilma né quando ela falou sobre o controle social na verdade hoje a gente Tem trabalhado muito né para poder fortalecer os conselhos municipais que são os espaços onde acontece a participação social das pessoas idosas quando nós Assumimos o conselho o o cedep nós tínhamos 54 eh conselhos e da pessoa idosa e em funcionamento E aí prontamente né Nós conversando com o conselho com a secretaria né com o Ministério Público nós assinamos um termo de convênio cujo objetivo é fortalecer o trabalho do controle social a nível Municipal e ano passado nós iniciamos nós passamos pelas oito regiões do Estado falando sobre a importância do Conselho falando sobre o fundo falando sobre a importância da participação das pessoas idosas dentro desses espaços e tivemos a oportunidade de falar para mais de 500 profissionais 524 profissionais no ano passado esse ano aproximadamente 300 profissionais tiveram novamente essa oportunidade de ter esse diálogo para que a gente possa eh efetivamente garantir e dar voz né para esse público né nada sobre nós né sem nós né a gente ouve muito né Essa frase e a gente vê muito pouco na prática a gente precisa ouvir os desejos os anseios né as angústias e as necessidades das pessoas idosas para que a gente possa sim pensar eh em garantir direitos eh eu costumo falar que o nosso trabalho hoje enquanto secretaria é um trabalho complementar né a todas as políticas já existentes e para que a gente possa ter efetividade né euv bastante na primeira mesa o o Alexandre calash falando sobre efetividade né e é uma palavra que eu gosto bastante é uma coisa que eu busco diariamente no âmbito da secretaria com os nossos projetos eu gosto muito professor calash de cuidar também de quem cuida né E como a Sandra também bem mencionou hoje nós temos uma parceria com o núcleo de envelhecimento humano que possibilita a capacitação e a qualificação dos profissionais que atuam junto à rede de proteção às pessoas idosas no ano passado como ela bem mencionou nós tivemos a oportunidade de capacitar aproximadamente 1000 profissionais esse ano nós voltamos com a segunda fase desse projeto que é um verdadeiro sucesso onde tivemos como uma nova iniciativa realização de workshops regionais dentro das regiões foram cinco encontros onde nós trabalhamos os mais diversos temas e principalmente fizemos uma reflexão da atuação desses profissionais no atendimento às pessoas idosas junto aos equipamentos existentes fortalecer e potencializar esses equipamentos é extremamente fundamental em algum momento Alguém já me perguntou Você acha que precisam criar novos novas políticas novos equipamentos novos serviços Não não precisa até porque nós temos os serviços Eles já existem né Simone tá aqui tá aqui representando a política de assistência social e nós temos dentro da tipificação e serviços Eh que que visam esse atendimento e às pessoas idosas e a gente precisa falar sobre eles falar do sobre centro dia né claro a ilp extremamente importante até porque nós temos vulnerabilidades acontecendo hoje a nível de estado a nível Nacional mas nós precisamos falar sobre serviços de média complexidade serviços de prevenção né hoje esse é o nosso objetivo a minha interlocução ela é constante com a saúde com a educação com o transporte público né com com a cultura com a saúde para que a gente possa garantir que o idoso ele seja atendido na sua integralidade com relação às suas necessidades diária Então eu acho que a gente tem uma possibilidade hoje muito diferente do que nós tínhamos H alguns anos atrás hoje nós temos muitas informações né na verdade eu acho que o perfil eu acho não tenho certeza o perfil da pessoa idosa ele mudou completamente não existe mais né Não podemos mais nos deixar levar pelo senso comum de acreditar que quando a gente fala em pessoas idosas a gente tem que estar falando de acolhimento institucional de asilo de abrigos não pelo contrário né a gente precisa falar em potencializar esse idoso dentro da sua família dentro do seu território como Dra Elisa muito bem pontuou né o estatuto da pessoa idosa ela chama essa responsabilidade não somente para o estado mas pra família pra sociedade para todos nós que estamos envolvidos nessa rede de atendimento então eu fico muito feliz eu acho que a gente tá em um processo de evolução a gente está engatinhando mas nesse pouco que nós já avançamos né enquanto política pública eu já vejo alguns reflexos na ponta e eu acredito né que todos todo esse trabalho que tá sendo desenvolvendo né por todos esses atores aqui hoje participantes dessa dessa mesa vai haver um reflexo daqui a algum tempo esse é o nosso objetivo um reflexo daqui a alguns anos para que a gente possa ter um cenário né diferente do que a gente vem vivenciando nos de [Aplausos] hoje quando a gente fala em envelhecimento saudável ativo eh a gente pensa que o poder público tem que investir e quando a gente fala investir você aumenta a expectativa de vida da pessoa idosa aumentando com qualidade é isso que tem que ser feito e pensado os gestores quando você investe na prevenção na qualidade em serviços a pessoa aumenta sua expectativa de vida e deixa de ir nos hospitais deixa de ir pro CTI deixa de de usar eh a saúde do estado do seu município então nós precisamos investir cada vez mais em projetos e programas para pra pessoa idosa eh que isso vai melhorar a qualidade de vida deles vai aumentar expectativa de vida deles e vai diminuir a ida deles de hospitais e na questão de remédio e etc e quando a gente fala eh sobre o estatuto Eu já falei anteriormente nós precisamos fazer ele ser cumprido quando você fala Adriana colocou essa pergunta eu eu lembro recentemente nós fizemos uma audiência pública em parceria com Detro para fazer cumprir uma lei de 2019 quer dizer nós estamos em 2024 e a Lei até hoje não é cumprida que todos os assentos do transporte público é de direito da pessoa idosa eh quando você entra quando quando você entra no ônibus a pessoa idosa eh eh as pessoas acham que só os dois primeiro assento é de direito da pessoa idosa e não é todos os assentos do ônibus é de direito da pessoa idosa todos os assentos do metrô do trem do das barcas são de Direito da pessoa idosa eh E isso tem que ser cumprido eh nós Montamos fizemos a campanha não fiz que não me viu onde a pessoa a pessoa idosa entra no ônibus e os passageiros F estão dormindo ou estão no celular e não cede o lugar para pessoa idosa e e e é uma lei de 2019 e não é cumprida como Estatuto da da pessoa não é cumprida então nós precisamos fazer que a lei seja cumprida quando a gente fala de conselho da pessoa idosa onde aice é presidente aqui do estado e nos municípios existe os conselhos nós temos que ouvir os conselhos temos que ouvir a pessoa idosa para saber o que que elas querem para elas delas são as maiores interessadas não adianta a gente querer fazer leis inventar leis se as que já existem não são cumpridas e elas que tem que ser ouvidas por isso que eu faço audiências públicas frequentemente para ouvir a pessoa idosa e saber o que é o que se precisa ser feito para melhorar ainda mais a qualidade de vida deles eu acho que é mais ou menos Então os gestores tanto Estadual Federal como Municipal tem que investir em políticas públicas para pessoa idosa só assim nós vamos conseguir avançar é o poder público junto com a sociedade civil trabalhando em prol da da pessoa idosa eh pensando um pouquinho a mobilidade urbana né que você tá colocando aí pra gente eh eu acho que a gente precisa entender eh que essa mobilidade urbana né precisa ser repensada em todo o estado do Rio de Janeiro eh com com a tra dos direitos a gente foi vendo né uma necessidade por exemplo tem municípios que não tem ônibus intermunicipal tem municípios que tem ônibus que vai de um município para outro mas com o preço custa r$ 2 tem lugar lugares onde os idosos estão andando 3 4 horas a pé para conseguir chegar até o centro da cidade então assim pensar em mobilidade urbana não é só pensar pro envelhecimento não é pensar também pros trabalhadores que não vão conseguir né pros jovens que não vão conseguir acessar né os espaços públicos então a mobilidade urbana ela é muito importante então nós da secretaria de desenvol social Direitos Humanos estamos em articulação com a secretaria de transporte no sentido de pensarmos respostas para que seja eh induzido né Eh a propagação né a mobilidade urbana o número de ônibus circulando de de vã circulando né então a gente precisa pensar eh no estado como um todo né dessas dificuldades essa dificuldade ela piora se a gente pensa na população idosa de 60 a 64 anos se a gente pensa envelhecimento saudável ativo a gente pensa também em acesso a serviços se eu não tenho mobilidade urbana eu não acesso serviços se eu não acesso serviços eu não consigo envelhecer com qualidade então é importante que a gente Pense também eh que essa mobilidade urbana ela impacta eh as pessoas de 60 a 64 anos que não possuem renda são eu digo que são os desprotegidos socialmente Então a gente tem que pensar eh eu acho que aí outra forma de enfrentar né Eu brinco que é a mosca T set Sé né que bate nas pessoas ninguém levanta dorme né ou fica no WhatsApp que não dá eh a possibilidade da pessoa idosa sentar eh eu acho que a gente precisa enfrentar algo que é muito maior né Eh o primeiro passo eu acho que seria enfrentar o que já foi falado na mesa anterior o idadismo então a gente precisa enfrentar o idadismo para criar uma cultura de respeito a pessoa idosa uma cultura que valorize eh eh o sujeito que tudo que a gente tem e que foi construído Hoje teve a a mãozinha de cada um dos idosos e idosas que estão aqui então a gente precisa valorizar o trabalho humano de né feito por essas pessoas então trabalhar o idadismo é incluir por exemplo eu sou especialista graças a ela né em envelhecimento na universidade durante 10 anos ministrando eh na universidade pública né Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro eu só ministrei a disciplina de envelhecimento uma vez e ela não foi obrigatória ela foi optativa ou seja nem todos e todas universitários tiveram acesso a essa informação então a gente precisa ir lá no estatuto no artigo 22 que é muito debatido no Conselho Estadual do idoso que a gente vem lutando realmente né Para que que ele seja né Eh implementado eh é trazer o debate do envelhecimento para ter ridade como a professora falou né quando a gente lê a historinha né Qual é a historinha que a gente conta e a gente reproduz culturalmente para para para paraas pessoas pras crianças é a história de que o idoso não Não serve ele é a bruxa ele é o Malvado ele que vai trazer o impacto pra previdência né descolado de toda uma análise maior sobre o processo de envelhecer então é importantíssimo né que a gente inclua né o debate do envelhecimento Desde da ternidade lá na escolinha lá no no no no pré na creche e detalhe eh se a gente pensar essa heterogeneidade né A gente vai pensar também no não acesso à instrução então a gente tá tendo aí um programa Brasil Alfabetizado que vai estimular a alfabetização de Jovens e Adultos mas a gente precisa pensar num numa numa outra forma de acesso também porque eh não dá para pensar a formação eu falo que a educação não é só letramento né É é formação é emancipação humana é olhar enxergar a realidade de outra forma então a gente precisa criar também outras formas out as metodologias de acessar o público idoso né Por exemplo o idoso ele tem toda uma rotina pré-estabelecida né E é difícil algumas mudanças o idoso por exemplo do interior que eu estive lá né T correndo estado ele ele dorme cedo então se eu coloco a educação de jovens e adultos a de de 7 às 10 da noite eu vou inviabilizar acesso então a gente precisa conhecer o envelhecimento a gente precisa que estimular que que todos os municípios utilize a demografia utilize os dados do do secad utilize os dados da saúde para pensar realmente o que é necessário para cada município e a gente viu que o município cada município tem uma particularidade então a gente precisa atender essa particularidade então eu entendo que o caminho o primeiro caminho é realmente introduzir né Eh o envelhecimento na pauta né de discussões políticas mas sobretudo a gente precisa criar uma cultura de respeito isso a gente só vai conseguir por meio da educação eu quero retomar o meu tema da seguinte maneira a política nacional quando saiu em 94 lá dizia né primeiro que as ações deveriam ser todas ministeriais Ou seja todos os Ministérios deveriam ter programa de atenção ao idoso C está aí sabe que eu não tô mentindo Nós estávamos em Brasília e lá também já falava eu representei o Ministério da Educação nessa época na política nacional lá falava o ensino do tema envelhecimento a partir do fundamental que chama agora quer dizer introduzir o tema em todas as toda toda a Escala Educacional do Brasil gente 94 e 90 como eu falei aqui que o tema entrou nas universidades Então se isso aí se isso aí tivesse acontecendo e tem que acontecer porque dentro de casa a criança tá lidando com avó com bisavó ela não vai ter medo de tocar naquela pele enrugada porque ela vai saber que é um processo natural Universal o envelhecimento então o ensino tem que ser feito dessa maneira eu tive a felicidade também de ser a primeira faculdade de medicina do Brasil em 1994 nós introduzimos o ensino da geriatria e da gerontologia como currículo obrigatório na faculdade de medicina da uf e tá lá até hoje continua eu já aposentei mas continua e não se fal nisso então como é que vão gostar de uma pessoa que era invisível não existia o idoso não existia ele passou a existir no momento que a gente começou a estudar o envelhecimento o papel da sbgg aqui do Rio foi muito importante foi uma das regionais que mais divulgou isso nós íamos para falar de envelhecimento nos municípios nós íamos palestrando e sendo a plateia depois passamos a ser convidado pelos municípios para fazer eventos da sbgg eu sou da Brás Associação Brasileira de Alzheimer porque lembra o que que eu falei que quando vai se estabelecer serviço tem que fazer a classificação do Idoso e lá a lei já falava isso gente existe um roteiro existe um esquema de capacitação de profissionais e de Formação aonde que o idoso tem que ser atendido no posto de saúde do seu bairro Primeiro vínculo dele tem que ser esse depois ele tem que ser atendido de maneira diferenciada numa emergência tem então tem que ter uma emergência com atenção especial com equipe especial para atender nas enfermarias é impossível se colocar idoso enfermaria onde não tem profissionais capacitados quais os hospitais tem enfermaria de geriatria Hospital Universitário Antônio Pedro eu tô brigando por isso esses anos todos não tem enferm de geriatria entendeu como que a gente vai poder tratar um paciente no centro dia então você tem que classificar esse paciente idoso está precisando de hospitalização Sim então ele vai para hospital mas tem que ter equipe que acompanhe ele adequada e capacitada esse paciente não ele tem uma uma demência ele tem uma sequela de AVC ele tem um par ele não precisa ficar internado então ele vai para onde para um centro dia onde tem que ter equipe multidisciplinar para satisfazer todas as necessidades não esse idoso tá saudável ele tá no convívio familiar então ele vai pro centro de convivência e nesse Centro de Convivência mais importante que tudo é Onde existe a intergeracionalidade é onde a gente vai ter essa relação de pessoas com idades diferentes visando fazer um vínculo visando eh ter resultados de conhecimento de conscientização E aí e o último caso quando ele está em risco social quando ele não tem mais família quando ele não tem aonde ficar ele precisa da instituição de longa permanência então a gente não pode ver a instituição de longa permanência como inimiga não é ela tem que ser apoio para fechar um ciclo de alguém que estava em risco social porque é uma instituição social como no centro de convivência eu não preciso ter uma equipe completa tem que ter profissionais que entendam do envelhecimento porque vai ter que trabalhar com várias gerações vai ter que fazer oficina etc e tal alfabetizar é impossível a gente ter no país no século XX pessoas analfabetas esses idosos analfabetos é um absurdo isso que acontece a beleza eu já vi idoso ser Alfabetizado lá no mequinho no serviço de geriatria a beleza deles lerem de participarem dos nossos eventos lendo isso é lindo tem livros publicados dele lá como tem também na werge então é o direito que a pessoa tem e a nossa lei de 94 já falava isso caramba e por que que eu tô falando em município porque município é a célula de qualquer aqui para nós no nosso país é aqui é no município que se resolve os problemas nós temos C com 1000 e poucos municípios cada um é diferente do outro nós temos que pegar modelos exitosos Deu certo lá deu certo lá em ju de fora eu tenho acompanhado Então vamos tentar fazer aqui mas adaptado a cada realização todo mundo se admira do Rio de Janeiro não tá funcionando maravilhosamente aqui tem potenciais aqui tem estrutura aqui tem pessoas conscientizadas e por que que não funciona por quê Porque existe uma cidade de uma vontade política recursos humanos recursos materiais tudo bem isso até consegue e a vontade política quem tem o poder da caneta eu tive experiência aqui como presidente do Conselho Estadual e vou citar a pessoa Sérgio Cabral Sérgio Cabral fez muita coisa pelo idoso mas eu falava para ele Sérgio Se vai fazer alguma lei algum decreto chama que eu mando alguém para lá não senta Deputado Vereador político que não estudou envelhecimento para fazer lei não se fala de rodapé eu como professora me recuso a falar de roda pé a gente fala do que a gente tem experiência nós precisamos que os medicamentos sejam dados aos nossos pacientes nós precisamos que a porta de entrada desses pacientes possa ocorrer eles não podem ser rejeitados eles não podem ser comparados com uma pneumonia de uma pessoa que tem anos e uma pneumonia da pessoa que tem 80 Isso não pode acontecer e cabe a nós professores fazer isso é o exemplo que eu tenho aqui eu digo que a gente só é professor quando os nossos alunos se tornam professores Sandra fez o curso conosco lá é isso gente é transmitir o que você aprendeu pro outro é respeitar o outro tratar do Idoso é ser humano é ver que o aspecto biopsic vou tornar a falar e você tem que gostar do outro você tem que se ver no outro porque senão você nunca vai entender uma pessoa de 60 70 80 anos eu tenho 85 anos tem muita história para contar quem tiver paciência para ouvir e quanta coisa errada as pessoas fazem quanta coisa certa né porque agora ele tá velho tá com demência era bonzinho não não não não na demência a gente trabalha muito isso muito isso resgatar o cuidador o cuidador formal o cuidador informal brigar para ter a profissão nós estamos brigando eu acho que agora vai sair porque vai ter a conferência nacional de cuidadores de idoso então agora vai sair a profissão de cuidador E por que que aquela que não casou aquela mulher aquela filha que não casou não teve filho tem um emprego bom uma casa boa por que que ela vai ser cuidadora de alguém que ela nunca gostou de um pai que não foi presente de uma uma mãe que não foi presente tudo isso que falta o processo educacional desde criança aprender Bença pai Bena mãe ninguém faz isso mais Cadê foi embora então se o processo do aprendizado Educacional educação e saúde desde a criança com o velho ela vai gostar ela vai querer ser idosa ela vai ver modelo nisso e vai aprender com envelhecimento Então existe uma escala pronta no governo pronto aqui a gente se o governo faz as instituições públicas particulares também vão ter que fazer a gente tá com problema terrível com saúde mental e mais ainda saúde mental no idoso que é onde a área que eu trabalho então gente vamos estudar Vamos ler o jornal sai o botiquim sai em tudo quanto é lugar todo mundo fala de processo de envelhecimento não adianta nós vamos envelhecer se não envelhecemos nós vamos morrer tá aqui ó provando que é isso a fertilidade acabou 1 milhão a menos de pessoas estão tendo filho minha mãe teve 14 filhos então não existe mais isso a pirâmide agora Parece isso aqui ó aqui tá baixo aqui tá alto mudou o triângulo não existe mais então é uma verdade não tem como nós vamos querer que acabe o mundo não vamos estudar então nós professores temos mais obrigação mas o vizinho também escuta sai da televisão e vai ouvir essas maluquices que tem e vai ler vai ler vai saber se un não a sociedade civil tem poder quem faz o controle social é a sociedade civil aquilo que eu falei se entrar o menino aqui todo mundo vai saber que ele é surfista por quê Por causa da cor do cabelo porque a o short dele tá quase com a bumbum aparecendo Todo mundo faz o diagnóstico e por que que nós não podemos nos unir porque Por que nós não podemos ser sociedade civil exigir assento nos conselhos municipais estaduais por qu nós temos esse direito e é isso que nós queremos que os idosos se respeite que os idosos não TM vergonha e Preconceito de ser idoso porque todos nós temos guardadinho dentro da gente o preconceito contra envelhecimento é feio envelhecer despenca né só mostra existe essa campanha do Belo do do fio dental que nós idosas Não podemos mais mais usar Então isso é que tem que acabar a feminilização existe gente por que que a mulher vive mais por alguém já se perguntou isso porque nós somos cuidadora am você pode ser Professora Doutora Sei lá o qu você tá encostado na bica na pia no fogão por que que a mulher é diferente por dois motivos ela é cuidadora mor E por que que ela é cuidadora mor que mexe no ventre dela uma criança e ela amamenta uma criança isso faz a mulher está vivendo 7 A 9 anos a mais que o homem e nós temos esse papel importantíssimo de defender a feminização Muito [Aplausos] obrigado obrig vamos lá eu queria concordar D totalmente com a professora Vilma né que a educação é uma coisa Fundamental e que o estudo do envelhecimento é uma coisa fundamental para todas as idades agora eu pediria permissão para acrescentar que além do envelhecimento e tinha de estudar demografia né Porque infelizmente eh a a demografia é muito pouco estudada no Brasil é é estudada em outros lugares do Mundo no Brasil eu já fiz vários testes quando eu falo que eu sou demógrafo que eu eu ensino demografia sabe o que que o pessoal pensa que é estudo do demo Eh aí eu tenho que explicar não é estudo a população Esse demográfico aí é é é população né então assim eh precisa de ter uma educação eh maior porque ela tem que ser ela tem que ter diversidade etária né a gente tem que que mostrar o que eu t falando anteriormente eh nós estamos falando de direitos de idosos ET mas tem punhado de jovens que não tem direito tem um punhado de criança que não tem direito e e já foi falado várias vezes que o envelhecimento começa na hora que você nasce no dia seguinte né Eu tô com meu netinho meu primeiro Neto vai fazer seis meses na na semana que vem né é a cada dia ele tá envelhecendo né ele tem se meses ele já tá ele já tá muito mais velho do que se meses atrás né então a é precisa saber isso E aí precisa de ver entender a importância disso que só reforçar por exemplo o Rio de Janeiro eh os dois estados mais envelhecidos envelhecidos do Brasil é o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro por coincidência os dois começam com o Rio né Não sei se tem se tem alguma coisa a ver com isso Eh mas o Rio Grande do Norte não é tão envelhecido assim eh já tem no Rio de Janeiro a população de 60 anos e mais ela é maior do que a população de 0 a 14 anos ou seja de crianças e adolescentes isso pessoal nunca aconteceu na história da humanidade você pode vir nos últimos 200.000 anos isso nunca aconteceu é a primeira vez que tá acontecendo de você ter mais idosos do que crianças e adolescentes eh na população tá eh e vocês ter uma ideia é o seguinte eu eu publiquei uns dados outro dia num artigo mostrando o seguinte que no Brasil a população de 80 anos e mais vai ser maior do que é a população de z0 a 14 anos Isso vai ser lá no final do século Mas vai ser maior né e a gente sabe quando é que vai vai acontecer isso e a gente sabe em cada estado quando é que vai acontecer isso nos municípios é mais mais difícil um pouquinho por causa da migração que pode pode mudar alguma coisa mas eh eh é um dado impressionante é primeira vez na história da humanidade que a gente vai ter mais idosos do que a criança eh adolescentes e depois a vai ter os que que a gente chama da quarta quarta idade né porque terceira idade é 60 anos e mais quarta idade a partir de 80 anos então isso tem que ser incorporado nas políticas públicas né e a demografia ela tem uma grande vantagem eu sou sociólogo tem mestrado em economia e doutorado em demografia eh eu costumo dizer o seguinte a demografia é igual um Transatlântico e ele ele tem uma rota e ele é muito difícil ele sair da Rota ele demora muito sair da da Rota e a economia é igual um jetsi que ela ela vai para baixo para cima tal então a demografia é muito útil pro planejamento não só do setor público mas iniciativa privada se você vai fazer um investimento na iniciativa privada Você tem que saber como é que vai comportar O mercado consumidor daqui a 10 20 30 anos né então o estudo da demografia é fundamental inclusive para colocar em prática esses direitos que a legislação brasileira eh hoje em dia já avançou muito que já foi falado bastante aqui tá então o apelo é o seguinte estuda em demografia vou pedir para vocês fazerem suas considerações finais em um minuto primeiramente Adriana eu gostaria de agradecer o jornal Globo convite né agradecer eh a oportunidade de gente falar um pouquinho sobre o que tá sendo feito com relação ao atendimento à pessoas idosas eh ressaltar que a gente vem trabalhando muito muito enquanto secretaria junto aos 92 municípios o nosso diálogo ele é constante com relação a essa política pública eh eu fico muito feliz porque hoje quando a gente está dentro conversa com os municípios tem a oportunidade né de estar dentro das regiões é é visível né a preocupação dos gestores com relação a ao atendimento às pessoas idosas e hoje eu tenho uma inquietação muito grande eu costumo falar muito isso eu fico muito inquieta pela efetividade dessa política pública é possível né mas para que isso aconteça é necessário momentos como esse né pessoas né comprometidas e que tem esse mesmo objetivo de alcançar a toda a população idosa né no âmbito desse estado né como o nosso o Dr José Ben trouxe pra gente nesse momento a gente vive uma realidade que a as projeções mostravam pra gente que seriam 2030 mas que está acontecendo nesse momento com relação a demais pessoas idosas acima de 60 anos do que crianças de 0 a 14 anos e tudo isso só nos mostra que a gente precisa eh continuar trabalhando realizando esse diálogo diálogo constante e principalmente ouvindo as pessoas idosas ouvindo seus desejos aquilo que elas querem porque é para elas então mais importante né a gente pensa né a gente planeja enquanto gestora né eu tenho certeza que Simone Dra Vilma Todos nós né temos muitos muit muitas ideias né pensamentos mas é extremamente importante a gente dar voz né a à pessoa idosa e principalmente que a gente Garanta né o direito dela envelhecer como ela desejar eu queria encerrar a minha fala né nesse final de semana eu tive a oportunidade de conversar com uma idosa de 80 anos né extremamente lúcida orientada Dona dos seus desejos e ela conversando comigo ela me falando que ela já viajou todo o Brasil né e uma fala né me achou eu achei muito interessante quando ela me falou o seguinte eu tenho 80 anos eu tenho os meus filhos Eu tenho a minha casa a minha filha me convidou a morar com ela e eu disse que não eu disse que eu quero permanecer na minha casa e é na minha casa que eu vou ficar então a gente deve garantir que o idoso ele tenha né direito de escolha esse é o nosso trabalho hoje enquanto secretaria e enquanto conselho dos direitos da pessoa idosa muito [Aplausos] obrigada Adriano eu queria agradecer o convite fiquei muito honrado de estar participando dessa mesa aqui tão importante aprender com a mesa um e parabenizar o globo né Por um tema tão importante a divulgar cada vez mais eh nós precisamos ter políticas públicas paraa pessoa idosa em todas as fases né na fase que o que a pessoa idosa participa do centro de convivência na fase que a pessoa idosa eh vá para o centro dia e se preparar também quando a pessoa idosa precisa ir para ilpi eh como eu falei anteriormente o estado do Rio só tem 10 instituições de L permanência pública é tanto o estado como os municípios e nós precisamos e mudar essa imagem eh existe muitas instituições filantrópicas e muito particulares e quando o poder público não age eh existe instituições particulares que é um caos eh onde o Ministério Público às vezes vai fazer uma visita e quer fechar instituição com permanência que tem 40 50 pessoas idosas e não pode fechar porque não tem para onde mandar as pessoas idosas então isso tem que acabar os gestores tanto Estadual como Municipal precisa investir eh fazer consórcio e e trabalhar eh dessa maneira eu eu queria aqui colocar o nosso mandato à disposição Como já vem fazendo eu sou um presidente da Comissão da criança do Adolescente da pessoa idosa eh existe eh eh direito também garantido para criança e para adolescente no eca só que tem que ser igual o estatuto da pessoa tem que ser cumprido né às vezes infelizmente isso não acontece e deixar o nosso disco idoso aqui que é o 0800 023 91 91 0800 023 91 91 nós cada dia vem aumentando as denúncias as reclamações e e nós estamos percebendo e comprovado e que a maioria das violências que acontece contra pessoa idosa é intrafamiliar é violência financeira física psicológica entre outras no mais mais uma vez agradecer o público presente e agradecer o globo por essa iniciativa Muito obrigado boa tarde é na mesma perspectiva né já agradecer acho que é um tema muito importante ainda né a gente não conseguiu né que ele se espre fosse Central então agradecer a oportunidade de estar aqui nessa mesa e estar pensando sobre o envelhecimento sobre as políticas públicas e que a gente rompa né efetivamente com familismo que a responsabilidade do Cuidado não é única e exclusiva da família que a gente pense realmente políticas públicas que cheguem até esses idosos e idosas para que eles realmente permaneçam em família e que chegue também esses cuidadores sobretudo nós mulheres que cuidamos Como já foi falado que a gente pense em políticas realmente de cuidado para todos eh a gente tá avançando na política eh Nacional de cuidados né a nível Federal então a gente espera que chegue ao estado né que a gente consiga eh realmente ter uma política estadual de cuidado da pessoa idosa eh porque eh eles lutaram para conquistar tudo que nós temos né E eles precisam acessar tudo aquilo que eles nos deram né de presente né que são as as leis os direitos né Essas conquistas eh e que a gente possa né né Realmente pensar numa numa sociedade envelhecida mas com pauta no respeito na dignidade que a gente rompa com o idadismo com familismo e que a gente avance cada dia mais né na construção de políticas de direitos né e eu sempre pergunto pro meu tudo é meu tá gente sou possessiva eu pergunto para meus idosos aonde é que o idoso né tem que permanecer eles falam é em casa não o idoso tem que permanecer aonde ele quiser em todo o território então o território é da de todos e todas Independente de idade de sexo religião gênero então que a gente possa realmente ocupar todos esses espaços obrigada bom quero agradecer e sempre a gente sempre aprendendo hoje aprendi aqui e tô honrada de ter exatamente André essa mesa as duas mesas que você montou Eu Tive o cuidado de ver você colocou pessoas que estão comprometidas todos nós os 10 participantes daqui são comprometidos com o tema ninguém caiu de paraqueda então quero parabenizar tô muito contente de tá aqui sempre aprendendo sempre aprendendo a gente aprende no dia a dia no dia a dia em tudo em tudo e dizer o seguinte não vamos desistir não nós temos a chance e no Japão existe uma ilha chamada okwa eu tenho estudado um pouco sobre isso e eles usam uma palavrinha ikigai que quer dizer propósito Eu tenho falado muito sobre isso nessa Ilha existe a população com mais de 100 anos com saúde do planeta que que eles fizeram comem as coisas que eles plantam caminham se ajudam tem relação familiar Legal tem relação eh social legal aí você vai a relação social legal as famílias são outras sim as famílias são outras o recasamento são outros mas nós idosos temos que nos adaptar a essa nova realidade tem neto do primeiro do segundo terceiro casamento do filho é uma coisa que ninguém tava preparada mas que tá aí então cabe a nós idosos também entrarmos no esquema não fica só querendo receber né qualidade de vida é receber bem-estar é o que nós temos Então qual é o nosso bem-estar Qual é o nosso bem-estar Qual é o Nosso propósito todos temos propósito de vida em qualquer idade e isso que foi falado aqui aonde você quer ficar eu quero ficar na minha casa entendeu isso é muito importante porque muitas vezes ele vai paraa casa de um filho uma semana outro é muito comum faz isso comente comcia uma semana na casa de cada um sem identidade nenhuma não levo nem o tercinho nem o santinho nem a Bíblia que o paciente gosta então isso gente cabe a nós a humanidade termos reconhecimento disso ajudar o outro isso é uma lei da vida não tem como ninguém vive sozinho então eu queria agradecer e queria terminar uma experiência que eu nunca vou esquecer na minha vida há muitos anos eu ela jovem né Toda petada Eu sempre gostei de me pintar cabelo grande essas coisas assim e eu tava falando de velho porque quem entende de velho é o velho e aí numa plateia pelo Ministério da Educação tinha umas 300 pessoas e uma mulher gritou lá de trás afinal de contas Doutora qual é a vantagem de ser velho eu duas driblar a morte e fazer história eu nunca li isso e saiu de dentro de mim e a minha lei é essa driblar a morte e fazer história é isso que é ser velho é isso que quer saber envelhecer e nós temos a sabedoria que nós já passamos Muito obrigado [Música] obrigado obrigado em nome da Adriana eu quero parabenizar todos os organizadores aqui do evento parabenizar todos os palestrantes e queria só terminar reforçar com essa ideia um pouco de isso que a Simone falou a professora falou que o aumento da esperança de vida é uma grande conquista né aqu repeti a a expectativa de vida ao nascer da humanidade era 25 anos e agora no Mundo no Brasil já passou de 75 anos ou seja triplicou no último século nos últimos 150 anos mais ou menos isso é uma conquista fantástica agora a expectativa de vida ela é composta de duas partes você tem essa expectativa de vida geral quer dizer no Brasil tá em 76 anos e você tem a expectativa de vida saudável que no Brasil é um pouco mais baixa de em torno de 70 anos então esse esse período eh essa diferença entre a expectativa geral e a expectativa de saudável é que a gente tem que encurtar esse período isso na demografia a gente chama eh de compressão da da morbidade né diminuir as doenças eh nesse período ou seja fazer um envelhecimento ativo e saudável para que a a expectativa de vida saudável esteja cada vez mais perto da expectativa de vida eh geral e aí a gente vai ter eh um progresso para todo mundo e reforçando uma outra questão é que a população brasileira de 50 anos e mais que no ano 2000 era de 50 anos e mais em que era em torno de 15% ela vai ser maioria da população maioria da população brasileira no final do século eh vai ter mais de 50 anos então isso que a gente tem de preocupar com que chama de Economia prateada né que economia prateada não é só a questão de consumo mas é a questão de produção também de interação então a gente começar a discutir né como avançar com a economia prateada dentro dessa nova realidade demográfica tá muito obrigado por ter oportunidade de discutir essas coisas aqui se permite eu queria agradecer a luí a luí foi incansável no nossos contatos a Luísa é incansável Muito obrigado Claro que a equipe toda eu sei que te ajudou mas ela foi incansável nas nossos WhatsApp o tempo todo Obrigado lua a a luí eu pedi para ela tirar uma foto aqui com o meu celular ela tirou PR você ver como gente eu quero dizer também que eu aprendi muito aqui viu inclusive que todosos os assentos são de direitos aos idosos eu não sabia disso Olha que barbaridade que loucura no metr no metrô no transporte público in acreditar Foi um privilégio viu chegamos ao final do evento e gostaria de agradecer a todos os participantes ao público presente e a quem nos assistiu hoje pelas redes sociais esse diálogos RJ é uma realização do jornal O Globo e quem gostou do conteúdo pode compartilhá-lo para que outras pessoas também tenham acesso a esse debate falaremos Faremos agora a nossa foto coletiva obrigada a todos n

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