Uma das testemunhas defesa do general Augusto Heleno disse à primeira turma do Supremo Tribunal Federal que o ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência, ABIM, Alexandre Ramagem, tinha uma sala no Palácio do Planalto. O depoimento do servidor Christian Schneider da Agência Brasileira de Inteligência aconteceu no âmbito do processo que apura uma suposta tentativa de golpe de estado. O servidor da Agência Brasileira de Inteligência, Christian Schneider, afirmou que o ex-diretorgeral da ABIM, Alexandre Ramagem, tinha uma sala no segundo andar do Palácio do Planalto. O diretor Ramagem tinha um despacho semanal que acontecia às segundas-feiras ou às terças-feiras na Abim para despachar com o general Heleno, mas ele possuía uma sala no Palácio do Planalto, onde passava o resto da semana despachando de lá e muitas vezes tinha reuniões com Bolsonaro. Outra testemunha defesa do general Augusto Heleno e chefe do gabinete de segurança institucional foi Marcelo Queiroga, ministro da saúde na gestão de Jair Bolsonaro. Ele foi questionado pelo relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, se manteve contato com Jair Bolsonaro depois da vitória de Lula na eleição de 2022. Queiroga respondeu: "Estive com o presidente na segunda-feira, após as eleições. Ele estava triste, além de todos nós. Keiroga ainda afirmou que não houve ordem superior para dificultar a transição de governo. Hoje, o ministro Alexandre de Moraes pediu que as testemunhas não deem interpretações pessoais sobre os fatos. O aviso veio depois da ameaça de prisão contra o ex-ministro Aldo Rebelo, que prestou depoimento na semana passada. A expectativa é de que essa fase do processo que apura um suposto plano de golpe de estado, termine no início da semana que vem.
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