fbpx

Fibromialgia | Podcast Por Que Dói?

Fibromialgia | Podcast Por Que Dói?

o olá meu nome é juliana counter sou repórter do portal drauzio varella e tá no ar mais um episódio do podcast porque dói e hoje eu vou falar um pouco sobre fibromialgia uma síndrome reumática de diagnóstico difícil por conta das dores generalizadas e crônicas que o paciente sofre só que se você fizer uma biópsia das partes que dó em enviar para análise fazer uma cultura tirar um raio-x não vai surgir nada então como que se diagnóstica isso imagina que o paciente com fibromialgia ele chega a demorar as 7 anos para conseguir ter um diagnóstico fechado com ele para explicar melhor sobre essa síndrome tão complexa a gente convidou ajuda autor josé eduardo martinez ele que é professor titular de medicina na puc são paulo e diretor da sociedade brasileira de reumatologia bom dia doutor obrigada pela presença de r a fibromialgia ladal algum indício por exemplo prévio ou por exemplo a pessoa acorda no de a e começa a sentir dor normalmente isso é uma instalação leandro e progressiva existe assim e situações de stress pós-traumático e até situações relacionadas à luz e que a pessoa fica o fibromiálgica de uma forma mais abrupta mas e regra geral é uma situação que vai começa o instalando ao longo do tempo ah tá e tem algum ponto específico que eles costumam se queixar mais assim algum ponto do corpo que a dor é mais intensa eu gostaria de fazer uma explicação prévia que hoje a gente acredita que o mecanismo da cirurgia tem dois caminhos um é todos nós temos o volume de dor tem pessoas que são mais ou menos doloridas e esses pacientes por predisposição genética por estresse crônico tem uma sensibilidade muito grande a dor e de outro lado o estresse crônico a reação de estresse é uma reação biológica interfere nesses te é muito bem aí eu estou falando de uma coisa que é no sistema nervoso central ou seja sem ter mais ou menos o todas essas pessoas como todos nós temos o que a gente chama de geradores periféricos a dor eu tenho uma dor lombar postural eu posso é uma dor em ombro por uma inflamação e que nos pacientes com fibromialgia isso se torna ainda mais importantes né então na população geral a grande vilã é a dor lombar outras pessoas têm dor cervical imagina no paciente sejam mialgico cujo eu vou chamar de termostato de volume de dor está exacerbando ele também refere é mais dor nessas regiões mas não pela fibromialgia e sim porque são regiões normalmente mais doloridas as pessoas de um modo geral se se eu entendi é por exemplo é como se o cérebro da desses pacientes eles recebessem um estímulo de dor assim qualquer estímulo quando a gente fala de dura a gente tava falando de percepção é não seja é sim vários estímulos que fazem com que a gente sentar dor em geral a dor aguda é protetiva ou seja eu sinto dor para evitar determinada coisa ou evitar determinados a lesão é um sinal de alerta e isso para isso existem mecanismos que regulam estudar de forma que nem tudo me causa dor e que faz com que as vezes pessoas diferentes sintomas lá tem o mesmo desafio porém sinto tão diferente o fibromiálgico tem espinho acesso ou seja ele percebe a dor de uma forma mais intensa existem dois termos que define isso e são termos técnicos mas eu acho que vai dar para explicar um chama a hiperalgesia quando eu dou um estímulo que é para ser doloroso e aquela paciente sente ela muito mais intensa e muito mais extensa e outro termotecnico é alodinia ou alumínio em que eu dou um símbolo não doloroso como por exemplo tátil ea paciente percebe como dor mas os pacientes com é independente desses temos eles são doloridos e o modo geral eles têm o que a gente chama de dor crônica generalizada e vocês já sabem o que causa isso então conhece não se conhece tudo mas se conhece alguma coisa se sabe que por exemplo a substâncias químicas que facilita uma dor do sistema nervoso central elas são predominantes em relação às substâncias químicas que inibem a dor você sabe que é uma relação entre todo o sistema que respondia desafios ou seja semana expresso e eu sentir dor em geral são pacientes que ou são submetidos ao muito estressores seu a vida muito difícil né ou tem uma personalidade que vem como desafio coisas do dia-a-dia então essa relação estresse e regulação da dor está desregulada um tá agora nesse contexto todo tem pessoas que são geneticamente predisposta fala-se de alguns genes que fazem com que algumas pessoas têm a criança isso ou não fala se até de traços de personalidade ou seja hoje a gente tem mais dúvidas do que certezas mas temos certezas no lucro que nos permitem tratar e abordagem páginas certo e por que que ocorre mais em mulheres eu tava vendo que em oitenta por cento dos casos de novo existe aí muitas dúvidas né quer dizer é a primeira coisa que dentro dessa questão do dos mecanismos de volume de dor a gente sabe que a dor a mulher é mais sensível à dor de um modo geral apesar de ser falar muito que a mulher tolera a dor do parto nas flores o dia a dia a gente vê mais dor crônica e mulher do que homem então acredito que há uma predisposição genética de outro lado também os a ou por que as mulheres são mais submetidas a estressores ou porque ela tem uma sistema o sistema de reação do strass mais sensível para as então que existem genes que predispõem a isso tem que ser muito falou é o que havia alguma participação de hormônios isso não foi comprovado eu acho que ainda existem pessoas pesquisando isso mas não ainda essa comprovação tá certo e agora ai homens a não é claro que viu como embora seja na meia idade é de 30 aos 60 maior prevalência nós temos de mialgia a tela juventude na infância sim é e doutor e como que é feito o diagnóstico é porque imagina tá vendo que não tem o exame específico não saem raio-x essas coisas cirurgia chamada síndrome 9 metros não falamos em doença o que que é uma assim tu vem um conjunto de sintomas ao muitas vezes alguns finais exame físico em que uma vez que a gente a group eles a gente chega a essa conclusão diagnóstica então quais são os sintomas centrais que nos levam a pensar em fibromialgia vou repetir dor crônica generalizada essa dor é definida como aquela e assine abaixo da cintura a direita e esquerda do corpo pelo menos uma um segmento da coluna essa definição foi dada pelo colégio americano de reumatologia quando criou os primeiros critérios que identificaram a fibromialgia tá e é uma duas chamada de difusa ou seja você não consegue relacionar a dor a uma determinada estrutura não é esse músculo não é aquele tendão é uma coisa mal definida para o paciente ele chega pra vocês falar o corpo inteiro dói existem outros sintomas centrais por exemplo sensação de fadiga fadiga que algumas vezes é descrita como desânimo como fraqueza como mal-estar como se fosse uma gripe muito forte o outro questão importante é o distúrbio do sono às vezes a pessoa até dorme adequadamente mas acorda cansada dá impressão que eu não dormi da impressão que essa noite foi perdida também numa situação um a densa existe um grupo de sintomas que nós chamamos de distúrbios cognitivos ou seja mais esquecimento pouquinho falta de atenção uma dificuldade maior é para concentração tudo lembra stress não lembro sim muito bem não é incomum associações por exemplo eu tenho fibromialgia mas tenho também síndrome do intestino irritável eu tenho fibromialgia e tenho muita enxaqueca eu tenho a uma cirurgia astral as regras são simples que devem ter um mecanismo em comum com a fibromialgia mas o que que identifica o fibromiálgico essa sensação de dor no corpo inteiro e doutor eu tava vendo eu não sei se isso ainda é usado mas aquele teste dos 18 pontos então isso foi essa hein o colégio americano de 1990 propõe o que ele chama de critérios de classificação o que que é isto se eu vou estudar fibromialgia na universidade eu tenho que ter certeza que eu estou estudando o meu o que está sendo estado do outro lado do mundo então eu tenho alguns critérios que eu posso colocar ele no meus estudos que eu tenho certeza que vão contemplar essa definição do que é fibromialgia no dia a dia porém a gente observou que conta pontos era é dava mais erros do que acertos eu vou te dar um exemplo simples no final da tarde eu e gemendo você e encontro 12 pontos aí você acorda de manhã aqui tá com 10 pontos ou seja você tem a ver o meu dia ontem eu mandei hoje né então a gente começou a ver que a contagem de pontos causar vai ser problema de não dar um barreira adequada em quem é o quem não é fibromiálgico uma outra coisa que foi observada é que é o máximo não me fluorita tão florida por fabi ver do sul do sono isso tudo ela diz valorizado e finalmente a questão da habilidade não era toda a profissão eu estou no médico que sabia qual o padre quadamente essas áreas com isso o próprio colégio propõe diferente olha em vez de a gente contar os pontos vão valorizar os demais sintomas também e vieram de lá uma série de artigos ruim desses o números mais regra geral eu entendo que eu digo não ficar clínico conversando com o paciente ouvindo a história dele identificando na história dele esses sintomas centrais examinando o geral e também o músculo esquelético para identificar se tem ao ar na avant um filme áudio com uma tendinite de ombro filme é lógico com artrose tudo isso gera mais dor então esse é é a crise não a laboratório tá na laboratório embora laboratório às vezes seja usado para diferenciar de algumas outras doenças é para excluir o texto hoje em dia até melhor remédio na quem toma estatinas e sem dor no corpo quem tem hipotiroidismo eu tenho loira vendo o corpo 30 ter certeza que não tem outro problema associado eu tava vendo aqui não sei se isso se isso é prático ou não mas existe uma ressonância magnética funcional que detecta a reação exagerada do cérebro isso é usado em estudos mostrando que determinadas áreas cerebrais estão mais relacionadas não fibromiálgico do que outros mas é a sessão exames e nível de pesquisa não sou exames disponíveis clinicamente e eu vou ser sincero com você uma boa história clínica é suficiente para você fazer o diagnóstico né quer dizer é que entendo que por parte do paciente às vezes uma certa insegurança gosta de ter um documentação mas para a síndrome fibromiálgica não há necessidade e doutor eu queria que o senhor comentasse um pouco sobre a questão do preconceito que se paciência eles devem enfrentar a gente ouve isso todo dia e isso entender é sobre isso um dos grandes problemas o fibromiálgico é não serem reconhecidos com pessoas que sofrem então eles dizem os meus familiares olha para mim e não acreditam que eu tenho tanta dor como eu digo que tenha eu vou nos profissionais saúde e muitos deles eu tenho a nítida impressão que não acredito no que eu tô falando tu e a gente então tem que tocar a vida em frente à eu vou a trabalho e pela dificuldade que eu tenho eu sou muitas vezes recriminado então esse é um grande problema né então eu acho que a gente tem que esse tubo trabalho que estamos fazendo aqui hoje de não são convencimento mais esclarecimento é muito importante porque esse paciente tem um impacto grandes aguardar de vida sim e eu acredito também que muitas esses pacientes eles até conseguem por exemplo trabalhar e estudar só que eles estão sentindo dor daí as pessoas pensam que aqui a vizzano né tem mais de ti com eles conseguem trabalhar e o nosso trabalho nosso objetivo é que eles continuem feridos né não é nossa ideia que os pacientes têm que ser capacitar não a gente quer que eles voltem às suas atividades normais mas eles têm mais dificuldade com algumas tarefas né e isso é o estresse não ser reconhecido como doente gera ainda mais problemas e tudo eu tava lendo que a prática de esporte e atividade física é muito boa para o paciente fibromiálgico só que daí eu fiquei pensando se paciente ele sente incômodo com praticamente tudo como que ele vai querer se exercitar então é esse o grande desafio dos profissionais de saúde a gente sabe que o exercício físico é o grande tratamento quando eu falo o exercício físico regular leve compatível com a capacidade de cada um é o grande tratamento e eu que mostrou nos estudos maior benefício eu acho que quando o paciente vai fazer ele também no início pessoalmente sempre mais dificuldade então o profissional que tá orientando tem que saber que olha vamos fazer a coisa bem leve eu prefiro que você faça sempre e pouco do que muito e desista um trabalho de mostrar olha vamos dar um prazo você vai começar a melhorar daqui a alguns meses é não desista não dá para correr caminha não dá para ir na academia vai numa piscina ou seja tentar associar o benefício da atividade física enquanto tratamento com o paciente está na frente ele abrax e que exercício na área médica o tem que ser prescrito não é simplesmente aconselhado não médico aconselho recomenda o médico prescreve senta com pacientes a senhora é esse o tempo que eu gostaria que você fizesse é essa limitação que eu quero que você tenha é a forma que eu quero que você trabalhe vou que eles realmente vão resistir sim entrevista na claro e doutor tem algum exercício assim que que funciona muito bem por para esse tipo de paciente os estudos mostram principalmente os aeróbicos e baixo impacto algum exercício algum evidências relativamente boas também para fortalecimento muscular e poucas para alongamento por conta de ser estudos muito difíceis é do ponto de vista exercícios combinados uma coisa que tem aparecido muito da fratura é o tai chi chuan nossa porque você a lia exercício e também a questão de relaxamento e tudo mais mas eu sempre digo qual que é o grande tratamento do ponto de vista exercício o que o paciente faça sim se a única coisa que ele pode fazer é por um tênis e numa pista caminhada e andar devagar tá ótimo agora se ele se propuser aí numa estrutura melhor conversa com o educador físico manda um moreno é uma prescrição do educador físico para que faça no ritmo que o paciente pode e o baseado assim no seu histórico doutor do senhor enxerga mudanças desse paciente que começa é a maior parte para você tem que tomar medicamento também né porque ele ele quer a resposta de curto prazo mas é nítido que os que os que aderem ao exercício são os que melhor saem em termos de terapia de sucesso terapêutico não ser comentou agora de medicamento a gente falou de exercício e como que se trata então a sua doença então eu tenho no na já que eu falei que nós trabalhamos naquele controle do volume de dor é eu tenho que estimular os aspectos inibitórios do sistema nervoso central que nem vi a dor e reduzir aqueles que levam o estímulo doloroso então eu tenho classes de medicamentos que atuam dos dois lados parte dos medicamentos que são vendidos como antidepressivos parte não são todos sim atua ajudando exibido em alguns medicamentos que atuam no sistema nervoso central até como anticonvulsivante ajudou ajuda o indivíduo por aí não tem jeito aí é um tratamento individualizado que tem que ser diretamente na relação médico-paciente a outra situação a identificar que sua esperei férias uma farei postura a as contrações musculares que não são da fibromialgia mas alimenta o a dor do fibromiálgico aí a gente usa todo o arsenal para tratamento no músculo esquelético e doutor o que o senhor recomendaria para aquele paciente quando ele tá no momento assim de dor de uma crise forte assim então uma dica prática que ele possa fazer eu achei lugar tem que saber tem que gerou aquele momento né que cê acha se ele conseguir se ele conseguir identificar que aquele momento foi gerado por uma situação que está vivendo dentro do possível se afastar um pouco para respirar fundo e pensar é usar uma nau é de resgate ou seja para aquele momento dá certo né e conversar com o médico dele porque aí a individualização é que vai fazer a diferença eu acho que também tem a questão do tratamento ser multidisciplinar na dr o ideal seria que a gente tivesse a equipe multiprofissional né não seja existem técnicas e psicológicas por exemplo uma vela que é mais uma vez mais estudadas a terapia cognitivo-comportamental que já deu muito bons resultados a questão do fisioterapeuta e do profissional de educação física no condicionamento esse é o ideal o grande problema é o acesso né como é que fala de são paulo quando fala das grandes cidades é ótimo mas a gente sabe que aí no no brasil de modo geral é difícil trabalhar como incrível nutricional é profissional e tem muito filho real dica com certeza e até queria que uma recomendação do senhor por exemplo aquele paciente que de repente ele tá ouvindo a gente eu senti muita dor já passou por vários médicos fez um milhão de exames só que ainda não teve uma solução nesses casos é interessante procurar sei lá um centro especializado hospital de universidade que quer um caminho assim na verdade assim esse paciente refratário ele tem que seguir o caminho do sul se eles deve se tratado num centro de referência não necessariamente universitário mas no centro referência agora eu acredito que a maior parte dos pacientes fibromiálgicos podem ser atendidos ou primários aqueles mais refratários ou com comunidade deve procurar um centro referência assim e a gente entende que a nossa especialidade que a reumatologia que mais tem estudado a fibromialgia mais concordo com você que a multidisciplinaridade é importante nessa às vezes a ajuda de outras especialidades médicas com a psiquiatria é como a fisiatria e outros profissionais como psicólogo o se apaixonar o admitido idade e esses a gente só vai encontrar no centro de referência e doutor me veio agora uma uma questão os os outros especialistas médicos de outras áreas eles sabem eles têm noção do que a fibromialgia eu acho que a fibromialgia ainda não é uma síndrome que o médico de um modo geral domina mas algumas especialidades tem estudado dor como a neurologia uma fisiatria e são mais é mais atualizados mas eu acho que tem que atingir esse conhecimento lá o médico da ponta um primeiro médico vai receber o paciente que a gente vai lá no serviço público e o médico do postinho assim né então é de novo eu exalto esse trabalho que nós vamos fazendo aqui tá bom eu acho que é isso então doutor eu agradeço mais uma vez pela pela sua presença espero que que possa ajudar e muita gente eu também muito obrigado por você é mais e esse foi mais um porque dói só para lembrar ainda o site do dráuzio varella nós temos ainda mais dois podcast o drauzio cast são altos que o dr dráuzio gravou ao longo da carreira e o incremento que é sobre saúde mental obrigada pessoal e até a próxima e esse programa foi editado pela estalo podcasts

Fonte





Fique informado(a) de tudo que acontece, em MeioClick®