Ils Cock se destaca como uma das figuras mais perversas e repugnantes surgidas durante o regime nazista. Apelidada de A bruxa de Bookenwalt, ela era esposa de Kck, comandante dos campos de extermínio de Bookenw e Saxenhausen. Il se ganhou na autoridade por um hábito grotesco. Ela colecionava pedaços de pele humana tatuada, retirados de prisioneiros assassinados, como se fossem macabros troféus de guerra. Mas o horror não termina aí não. Ela também era conhecida por assistir com prazer sádico as sessões de tortura e execução de prisioneiros, como se a dor alheia fosse para ela uma forma de entretentimento. Bom, mesmo sem ocupar um cargo formal no exército nazista, Ils Cock exercia uma influência sombria e autoritária, ordenando torturas ainda mais cruéis do que aquelas praticadas rotineiramente pelos guardas. Seu nome ficou associado a uma coleção de artefatos tenebrosos que até hoje desafiam os limites da sanidade humana e evidenciam a profundidade da maldade de que o ser humano é capaz. Margaret Hills Coolercock nasceu em 22 de setembro de 1906 em Dresden, na Alemanha. Criada no seio da classe trabalhadora, filha de um capataz, teve uma infância aparentemente pacata e estudou na área comercial. Durante a década de 1920, trabalhou como secretária e contadora em empresas alemães. Em 1932, ingressou no Partido Nazista, iniciando sua trajetória política um ano antes de Adolf Hitler instaurar o seu regime de terror sobre a Alemanha. A propaganda nazista da época era meticulosamente construída, moldando a imagem ideal da mulher como reprodutora do império ariano. Nela vendia-se a ideia de que as mulheres tinham a missão sagrada de gerar filhos, perpetuar a raça pura e manter o lá como um templo de disciplina e obediência. O governo oferecia incentivos financeiros e prestígio social para as famílias numerosas, tentando fabricar uma geração de soldados ideológicos desde o berço. Em 1936, a SS, a temida guarda de elite doismo, autodenominada Soldado Político do Partido, lançou o programa Libesborn, que seu propósito multiplicar o número de arianos puros e apoiar mães solteiras consideradas geneticamente superiores. No entanto, o programa ocultava uma face ainda mais sombria, o sequestro sistemático de crianças de territórios ocupados, que eram doutrinadas e criadas como se fossem alemãs legítimas. Apesar do aparto, o programa não alcançou os resultados desejados, o que levou o regime a intensificar ainda mais as ações próatalidade. O governo passou a distribuir condecorações como A Cruz de honra da Mãe Alemã, um título supostamente nobre, mas profundamente perverso, concedido a mulheres que tivessem ao menos quatro filhos, transformando a maternidade em uma ferramenta de guerra e propaganda. Em paralelo, leis implacáveis foram criadas para criminalizar o aborto e impedir qualquer forma de controle de natalidade. Embora o discurso oficial enaltecesse a mulher devota ao lar e à maternidade, o regime também exaltava aquelas que se mostrassem úteis à máquina de opressão nazista, abrindo espaço para mulheres que assumissem papéis mais ativos no terror estatal. Das cerca de 40 milhões de mulheres que viviam no terceiro rais, termo que invocava o passado glorioso dos impérios germânicos para legitimar o domínio de Hitler, aproximadamente 13 milhões foram recrutadas para sustentar o regime. Elas atuavam como enfermeiras, professoras, assistentes sociais e até mesmo em divisões auxiliares das forças militares e policiais. Algumas ingressaram na administração dos campos de concentração, onde se tornaram peças essenciais na engrenagem de tortura e morte. Em contraste, mulheres que não se encaixavam nos padrões raciais impostos foram perseguidas de forma brutal. Milhares foram capturadas, enviadas aos campos de concentração ou submetidas a esterilizações forçadas. Atos de violência física e simbólica promovido sob o manto da chamada higiene racial, um dos pilares mais grotescos do terceiro raicho. O regime nazista almejava a aniquilação completa de todos que fossem considerados indesejáveis. Pessoas com deficiência física ou mental, ciganos, judeus, homossexuais, opositores políticos. Todos eles tratados como pragas a serem exterminadas. O estado alemão se tornou uma máquina impiedosa de exclusão, controle e extermínio. E foi nesse cenário desumano e brutal que Il Cock mergulhou no ideário nazista. Em 1936 casou-se com Koccock, comandante do campo de concentração de Zenhausen. Essa união a colocou no coração da elite nazista e sobretudo dentro da estrutura infernal dos campos de concentração. Ali seu nome se tornaria símbolo de terror, sadismo, crueldade, sendo lembrada como uma das figuras femininas mais temidas do regime de Hitler. Em junho de 1936, a SS estabeleceu o campo de concentração de Zaxenhausen, nos arredores de Berlim. Projetado como modelo para os demais campos do regime, Zack Zenhausen rapidamente se transformou em um símbolo da repressão nazista. Ele tornou-se um inferno terrestre para opositores políticos e criminosos comuns, refletindo o avanço sombrio das políticas totalitárias do terceiro Rich. Já em seu primeiro ano de funcionamento, o campo concentrava cerca de 16 prisioneiros, homens esmagados pelo frio, pela fome, pela violência sistemática. E foi nesse ambiente sufocante, desumano, que iniciou sua atuação. Inicialmente com funções administrativas, mas logo assumindo papéis que iam além, circulava entre os prisioneiros. Observando, mandando e começando a construir sua reputação de crueldade silenciosa. Em agosto do ano seguinte, K Otcock foi encarregado de uma missão ainda mais nefasta, liderar a construção e direção de um novo campo de concentração, Bookenw, localizado na região central da Alemanha. Esse campo viria a se tornar um dos maiores centros de extermínio e tortura de todo o regime nazista. Um lugar onde a dor e o medo se tornavam algo comum. Bookenw foi erguido com uma arquitetura de opressão, cercas eletrificadas por todo o perímetro, torres de vigilância estrategicamente posicionadas para vigiar cada centímetro. E guardas armados com metralhadoras automáticas mantinham os prisioneiros sob constante ameaça. Ali qualquer tentativa de fuga era respondida com execução imediata, sem julgamento, sem clemência. No coração do campo, o horror era unipresente. 33 barracões de madeira abrigavam os prisioneiros em condições subhumanas. E havia ainda uma área de desinfecção, um bordel onde mulheres eram exploradas, um crematório onde os corpos desapareciam nas chamas e um infame bunker, o bloco de punição, onde gritos ecoavam até o silêncio final. Muitos entravam ali e jamais voltavam a ser vistos. Inicialmente, os prisioneiros de Bookenw eram opositores políticos do regime. Com o tempo, o campo passou a receber uma variedade ainda mais ampla de vítimas, judeus ciganos, testemunhas de Jeová, homossexuais, criminosos reincidentes e soldados desertores. Todos eram tratados como subhumanos, como se tivessem perdido o direito de existir. Nesse cenário de dor incessante, o Sco consolidou sua reputação monstruosa. Entre os prisioneiros era chamada com temor e ódio de a bruxa de Bookenw. Sua presença evocava pânico. Seus atos envoltos em sadismo, ultrapassavam os limites do compreensível. Um de seus traços mais aterradores era sua obsessão doentia por tatuagens humanas. Isso se cruzava o campo a cavalo como uma ceifadora, vasculhando os corpos marcados dos prisioneiros. Quando uma tatuagem chamava sua atenção, o destino do portador estava selado. Ele seria assassinado para que sua pele fosse extraída. Um ritual macabro a serviço de sua coleção pessoal. Antes que os corpos fossem lançados ao crematório, as áreas tatuadas eram arrancadas com precisão cirúrgica. Essas peles humanas eram então transformadas em troféus deiondos, abajures, capas de livros, bolsas e até luvas. Relatos apontam que esses artefatos repulsivos foram produzidos sob o comando direto de Hillscock, como provas de seu domínio sobre a dor alheia. Essa fascinação mórbida por tatuagens não era apenas uma ecricidade sinistra, não. E o se compartilhava esse interesse com o Dr. Eric Wagner, médico do campo e segundo testemunhos, seu amante. Unidos não apenas por paixão, mas por uma perversão comum, os dois encontraram no campo de concentração um laboratório de horrores. Sob o desface de pesquisas médicas, Wagner conduzia experimentos brutais. Seu suposto objetivo era investigar uma possível ligação entre tatuagens e tendências criminosas. Na prática, seus métodos envolviam tortura, mutilações e assassinatos em nome de uma ciência corrompida, aprofundando ainda mais o clima de terror que pairava sobre Bookenw. Eik era mãe de três filhos, mas mesmo assim ela nutria um ódio visceral por mulheres grávidas e sua curiade não conhecia limites. Frequentemente ela torturava essas mulheres com chicotes que tinham lâminas afiadas nas pontas, garantindo que cada golpe causasse dores insuportáveis. O mesmo sadismo se estendia as crianças presas no campo. Elas se tornavam alvos de sua brutalidade. Ise as espancavam com prazer e se divertia vendo as crianças marcharem para a morte. Ela costumava acompanhar os pequenos até as câmaras de gás, demonstrando uma frieza perturbadora. Além da violência física, sua perversão se manifestava em aspectos sexuais. Relatos indicam que I se promovia orgias dentro dos alojamentos, envolvendo oficiais DS e suas esposas. E ela ainda forçava prisioneiros a estarem mulheres, também prisioneiras, sob sua supervisão, aumentando ainda mais o terror do campo. Ela se exibia seminua ou vestida de forma provocante diante dos detentos, esperando que algum deles ousasse encará-la. Aqueles que levantavam os olhos eram imediatamente executados com um tiro na cabeça. Da mesma forma, obrigava que as prisioneiras a servissem enquanto estava nua e se divertia em humilhar sexualmente aquelas que demonstravam qualquer traço de desejo reprimido. No entanto, com a derrota iminente da Alemanha na IS tentou se reinventar. Procurou se afastar da imagem de sádica caiira de Bookenw e passou a se apresentar como uma esposa leal, mãe exemplar e organizadora de eventos sociais para os membros da SS. Mas a rede de corrupção e assassinatos envolvendo seu marido tornava essa face insustentável. O declínio do casal começou em 1941, quando Bookenw passou a ser alvo da atenção de Josias Walek, um comandante de alto escalão da SS e chefe da polícia da República de Vinmor, como responsável por supervisionar os campos de concentração da região, Waldec analisava periodicamente a lista de prisioneiros mortos. Em uma dessas revisões, ele se deparou com um nome que lhe chamou a atenção, Walter Kamar. chefe dos enfermeiros do hospital de Brookenw. Crima não era um prisioneiro comum. Anos antes havia realizado um tratamento e salvado a vida do próprio Waldeck. Intrigado com o aparecimento desse nome, o oficial decidiu investigar Bookenw mais a fundo, começando pelas causas da morte de Kmar. E as descobertas foram perturbadoras. Krimar e seu assistente Carl Pix haviam sido assassinados sob or ordens direta de K Oto Cock e o motivo oficial era sua suposta oposição política ao regimeista. No entanto, a verdade por trás dessas execuções era outra. Ambos os profissionais de saúde tinham conhecimento sobre um segredo que Cork queria esconder. Eles haviam tratado o comandante Bookenwall de Sífiles, a mesma doença que ele propagava entre seus subordinados. Temendo que essa doença comprometesse sua reputação, Coque decidiu eliminá-los. As investigações também revelaram um assassinato encoberto. Um dos prisioneiros havia sido morto sob a alegação de que tentava escapar do campo. No entanto, ao aprofundar a análise do caso, descobriu-se que ele havia sido designado por ordens superiores para buscar água fora dos limites de Bookenw. Enquanto realizava a tarefa, foi baleado pelas costas. O que tornava essa morte ainda mais suspeita era o fato de que esse mesmo prisioneiro havia participado do tratamento da sífiles de C. À medida que as investigações avançavam, o escândalo tomava proporções ainda maiores. Um dos membros da SS, identificado como Cooler, também foi assassinado dentro do campo e o responsável era Valdemar Hoven, médico encarregado de experimentos com prisioneiros. Hoven testava os efeitos de doenças e substâncias químicas em cobaias humanas, incluindo injeções de fenol e evipan. Segundo os relatos, Coler representava uma ameaça para Cock e Ys, pois tinha conhecimento de informações comprometedoras. E para não comprometer o silêncio, Hoven, que também era amante de Ils o eliminou com uma injeção letal. Além dos assassinatos, uma onda de corrupção generalizada dentro de Bookenw também veio à tona. Documentos e testemunhos revelaram que C e Iscock haviam enriquecido ilicitamente as custas dos prisioneiros. E um dos casos mais emblemáticos foi a construção de um luxuoso picadeiro coberto para equitação. Esse picadeiro foi encomendado em maio de 1940 como um presente para a obra financiada com dinheiro estorquido dos prisioneiros custou mais de 250.000 e o RKS, mas esse era apenas um dos exemplos do desvio de bens confiscados dos detentos. K utilizava os recursos roubados para comprar automóveis de luxo e transferir o dinheiro roubado para contas bancárias na Suíça, acumulando uma fortuna às custas do sofrimento humano. Quando as investigações foram concluídas, K. Otoc foi formalmente acusado de corrupção, desvio de fundos e assassinato de prisioneiros sem autorização do auto comando naista. Eu se também acabou envolvida no escândalo, especialmente por seu envolvimento nos desvios financeiros. Contudo, enquanto qual enfrentou um destino fatal, Ice conseguiu escapar das punições mais severas. Para o comando na o maior problema na conduta do casal não eram os atos de tortura ou as execuções sumárias, mas o fato de que eles estavam lucrando de maneira pessoal com bens que pertenciam ao Rich. Os judeus assassinados nos campos tinham seus bens confiscados para financiar a máquina de guerra alemã e qualquer tentativa de apropriação privada era vista como traição ao sistema. Assim, enquanto as atrocidades cometidas dentro dos campos eram toleradas e até incentivadas, o roubo da propriedade do Estado foi o que selou o destino de K Cock. Considerado um traidor pela própria SS, K. Otcock foi condenado à morte. Em 5 de abril de 1945, poucos meses antes do fim do regime, ele foi executado por um pelotão de fuzilamento. E o se, por outro lado, conseguiu escapar dessa sentença. Absolvida por falta de provas contundentes para condená-la diretamente pelos crimes de corrupção, ela continuou a viver por mais alguns anos até finalmente ser julgada por seus crimes contra a humanidade. Mas esse ainda não é o fim de sua história. Wen World, um dos campos de concentração mais brutais do regime nazista, foi fechado em abril de 1945. Nos dias que antecederam a chegada dos aliados, os prisioneiros, cientes de que a SS pretendia exterminá-los para apagar qualquer vestígio dos horrores cometidos ali, tomaram uma atitude desesperada. Utilizando um transmissor clandestino de ondas curtas, operado com um pequeno gerador improvisado, enviaram um pedido de socorro em código MOS. A mensagem dirigida ao exército do general George S. Paton era clara e urgente aos aliados, ao exército do general Paton. Este é o campo de concentração de Bookenw. SOS. Solicitamos ajuda. Querem nos evacuar. As SS querem nos destruir. E a resposta chegou em apenas 3 minutos. Resistam. Estamos indo a ajudá-los. Estado maior do terceiro exército. Com a certeza de que os aliados estavam a caminho, os prisioneiros começaram a se organizar. No entanto, o perigo ainda não havia passado. Pouco antes da chegada dos americanos, o quartel general da Guestapo ordenou que o campo de Bookenw fosse destruído com explosivos. garantido que nenhum sobrevivente pudesse testemunhar sobre os crimes cometidos ali. O comando foi transmitido por telefone, mas por um golpe do destino, a ligação foi atendida por um prisioneiro e sem levantar suspeitas, ele respondeu que Bookenw já havia sido destruído. Em 11 de abril de 1945, a sexta divisão blindada do exército dos Estados Unidos finalmente alcançou Bookenwold. Os soldados encontraram mais de 21.000 sobreviventes em estado deplorável, literalmente pele e ossos, com olhares vazios, corpos exaustos pela fome e pelos maus tratos. Os soldados americanos não apenas libertaram o campo, como também garantiram que o governo alemão não alegasse ignorância sobre as atrocidades ali cometidas. Por ordem do general Paton, mil cidadãos da cidade de Vimar foram obrigados a visitar Book Walter e confrontar a realidade brutal do campo de concentração. A cena que encontraram era aterradura, montanhas de cadáveres empilhados, prisioneiros esqueléticos presos atrás de cercas de arame farpado. Crematórios cobertos de cinzas humanas. Um horror indescritível exposto sobre uma mesa. Luminárias feitas de pele humana, membros conservados em frascos de álcool e duas cabeças encolhidas deformadas por processos macabros. Muitos cidadãos alemães choraram, desmaiaram, ficaram horrorizados e alegaram nunca ter sabido o que acontecia naquele campo. Enquanto Bookenw era libertado e seus horrores vinham à tona e o Skocok tentava se esconder, com a aproximação das forças aliadas, ela fugiu para Ludzvirburgo, onde parte de sua família vivia. Seu comportamento destrutivo marcado pelo consumo excessivo de álcool e promiscuidade, fez com que seus próprios parentes buscassem retirá-la da guarda de seus filhos. Durante o julgamento, isso se negou todas as acusações, alegando desconhecimento sobre os assassinatos, as torturas e os experimentos médicos realizados em Bookenw. Suas declarações, porém, foram desmentidas por inúmeras testemunhas, inclusive sobreviventes do campo de concentração. Entre os inúmeros testemunhos escolhidos durante o julgamento, vários relataram de forma direta e contundente que Ils Cock selecionava prisioneiros tatuados aleatoriamente para serem executados. O objetivo macabro era usar a pele dessas vítimas na confecção de objetos grotescos, como abajures, capas de livros e outros itens. Como eu já disse, quando as sentenças foram lidas em 14 de agosto de 47, Ils estava grávida de um filho concebido na prisão com um prisioneiro alemão. Essa condição impediu que fosse condenada a pena de morte e ela recebeu inicialmente a sentença de prisão perpétua. Seu filho Uve Coler, nasceu em outubro de 47, pouco tempo depois, sua pena foi drasticamente reduzida para apenas 4 anos de prisão após uma controversa revisão do caso. A decisão gerou uma onda de indignação pública e protestos internacionais, forçando as autoridades a reavaliar o processo. Na nova acusação, ILE foi formalmente responsabilizada por incitação ao assassinato em 135 casos. O novo julgamento teve início em 27 de novembro de 1950, durou 7 semanas e contou com um depoimento de 250 testemunhas, 50 de defesa, 200 de acusação. Durante o julgamento, coque apresentou sinais de colapso mental, desmaiando em duas ocasiões, uma no final de dezembro de 50 e outra em janeiro de 51. Apesar disso, as provas contra ela eram esmagadoras. Em 15 de janeiro de 51, foi novamente condenada a prisão perpétua. A sentença foi registrada em um relatório de 11 páginas que descrevia com detalhes os crimes e as atrocidades dos quais participou. Ao longo dos anos, enviou diversos pedidos de indulto ao Ministério da Justiça da Baviera, todos negados. Completamente isolada e sem apoio, seu estado mental se deteriorou. Ela começou a afirmar que os sobreviventes dos campos invadiam a sua cela à noite para assombrá-la. Em seus delírios mais profundos, dizia que os prisioneiros mortos vinham cobrar a devolução da pele que lhes fora arrancada. Enquanto isso, seu filho Artin Cock, fruto de seu casamento com Kaot Cock, lutava contra o fardo insuportável de carregar o sobrenome de dois dos mais infames criminosos do terceiro Rash. Incapaz de lidar com a vergonha e o estigma, Artvin tirou a própria vida em 67. Poucos meses depois, em primeiro de setembro do mesmo ano, o Sico seguiu o mesmo destino. Transtornada, enforcou-se com um lençol dentro de sua cela. Aos 60 anos de idade, foi enterrada em uma sepultura sem nome, sem homenagens, sem luto. E assim terminou a trajetória de uma das figuras femininas mais cruéis e perturbadoras do regime nacista, um símbolo extremo do que a ideologia da morte e da desumanização pode produzir.
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