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O debate sobre mudanças no rotativo do cartão de crédito I AO PONTO

O debate sobre mudanças no rotativo do cartão de crédito I AO PONTO

[Música] [Aplausos] [Música] 437% ao ano de juros foi esse o patamar atingido pelo rotativo do cartão de crédito cobrado quando o total da fatura não é pago o valor é algo de críticas há anos e o governo e o banco central agora dizem querer mudanças urgentes A grande

Questão é como fazer isso o setor financeiro chegou a sugerir o fim das compras parceladas sem juros no cartão de crédito as Ministério da Fazenda e o comércio são contra o BC sugere ainda o limites parcelamentos mas isso também não é consenso na Câmara é um projeto de

Lei sobre o tema já está entre a imitação e o ministro da Fazenda Fernando Haddad disse na segunda-feira que uma proposta conjunta pode sair em 3 meses mas ele ressaltou que o comércio e os consumidores não podem ser comprometidos claro você tem que fazer alguma coisa essa pessoa mas se você for comprometer

O sistema de vendas que é o padrão brasileiro de compra hoje é esse Qual o ponto de hoje fala sobre o debate em torno do futuro do crédito rotativo e como isso pode afetar o nosso bolso daqui para frente para explicar as propostas e críticas que estão sobre a

Mesa a gente conversa com repórter Manoel Ventura da sucursal do Globo em Brasília e com Fábio Bentes economista chefe da Confederação Nacional do Comércio eu sou Carolina Mouran eu sou o Felipe barini UOL ponto de 17 de agosto de 2023 começa agora vem com a gente Manuel Aventura

Mais uma vez na semana passada o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto disse que o rotativo do cartão de crédito tá se encaminhando para extinção você até chegou a publicar uma reportagem informando que o assunto já tava decidido dentro do governo mas a fala do campus Neto acabou girando muito

Ruído né o ministro da Fazenda Fernando Haddad veio a público esclarecer que é contra Qualquer mudança no parcelamento sem juros no cartão de crédito a febraban também divulgou uma nota dizendo que esse tipo de modalidade não vai acabar né o parcelamento sem juros no cartão Conta pra gente Afinal o que

Que vinha sendo discutida até então dentro do governo e se houve alguma mudança depois da fala do campus Neto olha Carol Essa é um assunto rotativo do cartão de crédito e a gente sabe que a modalidade que a pessoa entra quando a pessoa não consegue pagar a fatura

Completa e ela tem a maior taxa de juro do mercado é mais de 400% ao ano e o governo Lula o ministro da Fazenda Fernando Haddad quer oferecer uma solução e dá uma solução para isso já tem alguns meses existe um grupo de trabalho um grupo tá discutindo isso no

Ministério da fazenda é como Ministério da Fazenda com o banco central e constituições financeiras o varejo também passou a discutir isso e o E essas discussões nas últimas semanas ela se encaminharam de fato para acabar com rotativo com a visão do governo de que era muito difícil resolver o juro por si

Só então poderia ser a saída acabar com rotativo E aí discutir outras questões técnicas para dar saída para as pessoas que por acaso não conseguissem pagar a sua a sua fatura essas discussões avançaram e o presidente do Banco Central Roberto foi o primeiro a falar publicamente sobre isso porque acabou

Gerando toda essa discussão porque é ainda embora o governo tivesse decidido e tenha vindo discutido esteja discutindo isso já há algum tempo de acabar com rotativo os bancos principalmente o setor financeiro queria colocar limites ou fazer alguma mudança no sistema do pagamento parcelado sem juros são duas coisas diferentes né o pagamento

Parcelado sem juros via cartão de crédito é uma coisa que existe praticamente só no Brasil é uma coisa muito popular e os bancos eles acham e alguns integrantes do Banco Central também que é esse é parcelado sem juros acaba levando ao rotativo porque as pessoas acabam parcelando muito as

Compras algumas delas não conseguem pagar e levariam a rotativo e também é esse poderia haver um suicídio cruzado e Tecnicamente ele chama de sobre isso de cruzado quer dizer a pessoa é do precisa ter uma um pagamento muito alto para compensar o parcelado sem juros são duas coisas diferentes mas que elas andaram

Juntas essas discussões nas últimas semanas e ao mesmo tempo o presidente do Banco Central falou da possibilidade de acabar com rotativo mas o parcelado sem juros também começou a ser discutido principalmente porque era um desejo dos bancos e aí isso Acabou embolando as discussões todo mundo viu a

Público primeiro para dizer que não dava para acabar com o rotativo algumas pessoas o ministro também o Ministro Fernando Haddad é público dizer que não dava para acabar com o parcelado sem juros então virou uma uma conversa que já era que já estava acontecendo nos Bastidores ela veio a público com essa

Declaração do Campos Neto é o tema como você falou que tem várias visões conflitantes o varejo por exemplo que é manter o parcelamento e quer reduzir o juros sobre o rotativo os bancos querem manter os juros restringiu os pagamentos no cartão essa famosa jabuticaba brasileira como você bem falou quem vai

Entrar essa disputa que envolve mais de 70% das compras feitas no comércio o governo vai entrar nesse debate ou vai deixar para o congresso olha internamente o governo o técnico do governo embora toda essa discussão ela já acham que é muito difícil resolver esse problema sem acabar com com

Rotativa então a discussão está caminhando para acabar com rotativo e a tendência é que isso seja feito por meio de um projeto de lei que já está em discussão no Congresso porque enquanto o governo discutia com os bancos com Banco Central essa questão congresso tomou a

Frente e passou a discutir ali é colocar limites nos juros do rotativo colocar algumas algumas cláusulas para esse setor e a solução que pode ser encaminhada deve ser alivia congresso tem um projeto lá no Congresso indiscutir isso e o governo pode encaminhar apoiando o fim do rotativo do

Cartão de crédito mas é também colocando ali algumas questões sobre uma outra um outro problema que o governo identificou ao longo desses últimos meses porque hoje quando a pessoa ela tá no rotativo do cartão de crédito 30 dias depois ela sai do rotativo e vai ter que parcelar sua a sua dívida

Esse parcelamento da dívida ele tem uma taxa de juros ali que gira em torno de 14 15% ao mês é também uma taxa de juros muito alta na visão do governo porque é quase muito parecida com a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito então é

Como seu cliente saísse do rotativo e caísse no sistema muito parecido com esse e o governo quer endereçar uma solução também para para essa para esse parcelado porque para o parcelado da dívida né porque não adianta você apenas acabar com rotativo sendo que a pessoa cair numa dívida parcelada vai continuar

Tendo juro muito alto Essa é a visão do governo tem um projeto de lei né que já tá tramitando na cama de autoria do deputado E Omar Nascimento mas ainda não tem um parecer divulgado a respeito desse projeto o que tá sendo exatamente discutido no Congresso para depois do

Fim do rotativo é uma auto-regulação do setor isso esse projeto ele ele é um programa Nascimento tá sendo construído para colocar junto quando nesse projeto o desenrolar de renegociação das dívidas E também o essa questão do rotativa a ideia desse projeto está sendo desenhado e que o

Parecer deve vir nos próximos dias é você primeiro acabar com rotativo e você fazer uma auto regulação para esse problema do parcelamento da dívida do rotativo que Eu mencionei a ideia que você que permitir fazer com uma auto-regulação do setor encontrar uma saída seja para esse problema seja com limite de juros alguma

Tarifa alguma coisa para essa dívida para essa dívida encontrar uma saída para isso dentro de 90 dias após a publicação da Lei aí em 90 dias o Conselho monetário Nacional que é formado pelo presidente do Banco Central Campos Neto e pela ministra do planeta esse conselho desse reunir a auto-regulação do século suficiente

É do cheque especial que é hoje em torno de 9% ao mês ainda é um juro alto na visão do governo É mas o governo acha que é um juro que é mais pagável para o cidadão e não impede o modelo de negócio dos bancos porque a gente sabe que os

Bancos sempre argumentam que você colocar a alimentação de juros pode impedir a emissão dos cartões e o governo não concorda com isso nessa nesse nesse percentual de juro aí de 9% ao mês e essa proposta ainda deve ser analisada pelo governo nossas ideias tem a possibilidade de arbitrar um teto para

As taxas de juro do parcelamento do cartão A exemplo do que já acontece com o cheque especial como a gente tá falando esse assunto não deve mexer e não quer colocar para o parcelado para compra parcelada né aquela compra que a gente faz que é muito comum Você vai lá na loja compra

Que você quiser parcelado tem juros o governo não quer mexer com isso O governo não quer mudar essa coisa eu quero mudar esse modelo o que o governo pode colocar o momento em que o cliente deixa de pagar a fatura do cartão a gente vai para o rotativo Então pode ter um limite

Cumpro rotativo ou fim dele e também 30 dias depois essa dívida ela vira uma parcela né ela pode ser parcelada ela vira uma dívida dívida do cartão ela vai crescendo ela vira uma uma parcela ali depois e essa vida pode sim ter um limite e um limiteria de em torno de 9%

Ao mês [Música] nessa linha do que você tá falando Manuel presidente do Banco Central fez uma sugestão na semana passada de acabar com rotativo E aí enviar o devedor diretamente para um parcelamento desse saldo com juros de cerca de 9% ao mês e nessa linha que está sendo discutido aí

No Congresso vai na linha mas o governo vê alguns problemas Nisso porque hoje essa modalidade ela não é nem de 9% ela tá em torno de 15%, 15% ao mês na hora que entra o juros sobre juro né o juro composto acaba virando muito próximo dos

400% do rotativo por isso que o governo acha que mandar a pessoa direto para o parcelado não é uma solução para parcelar essa dívida na nossa solução porque eu juro continua alto é por isso que o governo fala e tá estudando limitar a 9% e essa potência pode ser

Uma saída via projeto de lei porque também tem a questão política nessa discussão o governo não quer agora já que o congresso tomou frente da discussão o governo não quer agora é simplesmente levar uma fazer uma resolução fazer uma Medida Provisória tomar alguma decisão na frente do congresso então o governo

Vai estar caminhando Para apoiar um projeto do congresso que vai acabar com rotativo e fazer a pessoa que que não pagar o carro da fatura do cartão ela entrar diretamente nessa nessa dívida mas apoiando o projeto do congresso nacional com esses limites ali em torno

De 9% ao mês para o manual fato dessa discussão tá acontecendo em meio ao programa a implementação do programa Desenrola que envolveu As instituições financeiras esse programa que a gente já conversou aqui no ponto sobre a renegociação de dívida dos brasileiros isso pode estar dificultando as conversas com os bancos e com as

Próprias instituições sobre o futuro do rotativo Olha a avaliação dentro do governo é de quem são coisas separadas porque o Desenrola foi desenvolvido por parceria com os bancos também ainda vai vir a segunda fase do Desenrola né que são as dívidas não bancárias por exemplo dívidas de

Contas de água luz e outras dívidas não bancárias vai vir essa parte desenrolar ainda mas a avaliação do governo é que não há uma relação direta porque os bancos também tinham interesse de alguma maneira de fazer o Desenrola deslanchar mas não é esse o caso do rotativo é

Muito mais complexo porque envolve o modelo de negócio do banco cada banco tem seu modelo de negócio essa é uma dívida que faz parte das carteiras dos bancos Então os bancos acabam entrando com isso então é mais complexo porque envolve o modelo de negócio muito direto ali de grande parte dos bancos tem

Alguns bancos especialmente fintech que o único modelo de negócio ou que o modelo de negócio mais rentável é o cartão de crédito Então se é o cartão de crédito É como se você tivesse discutindo com aquela instituição financeira o seu principal negócio então isso gera uma série de discussões de

Cada banco vai ter uma visão diferente mesmo dentro da Pedra Branca já são uma coisa outros acham outra então isso vai criando uma situação complexa de ser resolvida e envolveu o varejo envolveu o setor de bares e restaurantes quer desenvolver outros atores porque até pouco tempo tava se discutindo apenas entre os

Bancos de governo mas agora se você parte por uma discussão que pode limitar a festa de crédito é natural Que outros setores pensamentos querer fazer parte da discussão o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto disse hoje em um almoço de uma frente parlamentar que o anúncio feito pela Petrobras de aumentar os

Preços da gasolina do diesel vai levar a uma piora na expectativa de inflação do mercado financeiro segundo ele uma projeção apresentada portanto é de [Música] 0,4. percentual sobre o IPCA que é justamente o indicador que mede a inflação ainda sobre juros Manuel falando sobre taxa SELIC que influencia todos os juros

Cobrados no país o campus Neto disse na terça-feira que é uma descrença do mercado com as metas de Equilíbrio das contas públicas do governo especialmente ligadas arrecadação e citou preocupações em inflacionárias também com reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras tudo isso pode causar divisões na decisão do conselho sobre um novo

Corte de juros que tá todo mundo esperando o jargão do mercado quer dizer já se espera que eu venha um novo corte a gente lembra que o banco central cortou o juro em 0,5 ponto percentual quer dizer caiu de 2013/75 para 12 para 13:25

Mas o que sabe a dúvida agora é qual o ritmo de corte que vai que vai acontecer você vai vir um novo ponto de 0,5 ou se vai ser um corte de 275 por exemplo o banco central estava dividido na última reunião é quatro diretores do Banco Central

Defendiam uma redução de apenas 0,25. percentual acabou o voto do presidente Campos Neto acabou sendo decisivo para uma redução de 0,5 pontos percentual e a dúvida é como que é agora vai haver o qual é o ritmo do corte você vai ser 0,25075 e essa mudança na Petrobras certamente vai impactar nessa nessa

Análise Porque está sendo contratado na inflação maior para frente né o banco central ele Analisa É nesse Horizonte Qual são as perspectivas de inflação considerando a série de fatores entre eles o preço dos combustíveis que tem um impacto em toda a cadeia né especialmente do dia [Música] Como sempre muito obrigado pela sua

Participação aqui no ponto e bom trabalho em Brasília obrigado gente até a próxima [Música] Fábio Bentes bem-vindo ao ponto e eu queria começar essa conversa com uma pergunta que fica na cabeça de muita gente inclusive na minha de vez em quando quando o assunto é o rotativo do

Cartão de crédito porque que as taxas são tão altas é fica na cabeça de todo mundo e muitas vezes dá dor de cabeça né porque as taxas de fato então altíssimas né bom razão para isso basicamente é a composição dos prédios bancário no Brasil que que é isso os bancos eles têm

Uma margem é uma margem entre a taxa que eles captam recursos e a taxa que eles aplicam recurso a taxa aquele escape do recurso basicamente segue de perto a taxa SELIC aí a taxa de aplicação são as taxas que os bancos obtém quando emprestam recurso para a população

Quando enfim tem retorno das suas aplicações Esses prédios essa margem essa diferença no Brasil ela é alta e mais do que alta em relação à taxa a taxa que a gente observa no dia a dia ela é explicada por alguns fatores que explicam essa essa esse esse tamanho

Essa magnitude das taxas de juros no Brasil esses fatores são proprietário SELIC né o Brasil é um dos campeões mundiais em termos de taxa básica de juros a inadimplência que no caso específico dos cartões de crédito é muito alta extremamente alta a gente vai falar um pouco mais sobre isso lá na

Frente os impostos do Brasil tem uma carga tributária autista enfim essa margem acaba sendo muito grande entre a taxa básica de juros e todos esses fatores existem outros que explicam essa essa taxa elevadíssima no cartão de crédito não existe no mundo o lugar onde se pague tão caro pelo Juro pelo empréstimo no

Cartão de crédito pela rolagem de uma dívida de crédito do Banco Central mostra o que hoje acha para cima de 430%. Isso significa que que uma uma dívida né 430% ao ano significa que uma dívida rolada no cartão de crédito em média ela dobra em menos de dois meses

Então isso explica por que que esse problema não sai da cabeça dos brasileiros e de fato frequentemente nos dá muitas dores de cabeça né agora Fábio por outro lado a inadimplência do rotativo é alta Você acha que tem uma excessiva facilidade na concessão desse tipo de crédito quem nunca recebeu um cartão de

Crédito não solicitado né É verdade que é a proxidão na seleção desse crédito né a qualidade na seleção do crédito é muito ruim geralmente o que que acontece quando você perde o cartão de crédito coloca um limite incompatível com a sua capacidade de pagamento muitas vezes o

Salário mensal do sujeito e nunca mais ele é avaliado em termos de capacidade financeira de Honrar compromissos Isso muda ao longo do tempo aí economia muda a vida pessoal do do proprietário do cartão de crédito muda também ele pode perder o emprego ele pode ter uma um gasto inesperado e isso obviamente

Coloca esse cidadão nessa nessa fila aí nesse contingente ajuda a formar esse contingente de inadimplente no Brasil que é enorme Você tem uma ideia você citou no cartão de crédito ela fica em torno de 50% Ou seja no intervalo de 90 dias metade do que é emprestado né no

Rotativo do cartão de crédito não é pago Isso é uma loucura isso oito vezes maior percentual oito vezes maior do que a taxa média de inadimplência no Brasil portanto é uma situação insustentável né do ponto de vista do Consumidor Isso é muito ruim né e usar a inadimplência exclusivamente com uma

Justificativa para taxas tão altas não é um argumento muito forte a gente cai numa situação muito parecida como Aquela que a gente tenta responder quem veio primeiro o ovo ou a galinha né porque a taxa de juros é alta porque inadimplência é alta ou inadimplexia

Alta porque a taxa de juros é alta né O que a gente precisa é romper essa relação selvagem entre o credor e o tomador de recurso para que a gente consiga praticar no Brasil taxas de juros parecidas com padrão internacional nos Estados Unidos taxa média de rotativo do cartão de crédito é

De 20%, então Reino Unido 22 aqui na América Latina não chega a 100%, Porque que no Brasil essa taxa é de 400 por cento existem outros fatores além desses que o elenque que são até difícil exigir mensurar como a própria nem capacidade o baixo entendimento do brasileiro

Costuma ter do que é uma taxa de juros como impacta o seu orçamento abaixa competitividade no mercado de crédito no Brasil você tem cinco bancos concentrando 80% do crédito ou seja existem outros fatores além de fatores meramente técnicos de composição da taxa que ajudam a explicar esse juros

Exorbitantes no rotativo do cartão de crédito e a gente vê que está no radar do governo como repórter Emanuel Ventura falou no começo do episódio todas as ações estão sendo pensadas para tentar reduzir ou no caso alguns até defendem o fim do rotativo mas em 2017 algum tempo

Já aconselho Nacional limitou o uso do rotativo a 30 dias para tentar baixar esse juros mas ele só subiram de lá para cá o que aconteceu é o que aconteceu na verdade com o próprio estatística do exemplo do Banco Central mostrou que a quantidade média de cartões que o brasileiro possui

Aumentou então assim é como você tapar o sol com a peneira né Você tem um vazamento você coloca o dedo ali para fechar o vazamento mas tem mais 10 furos no campo a água vai continuar enjoando foi isso que que aconteceu eu acho que a saída ela passa por uma outra medida do

Próprio Conselho monetário Nacional que foi muito parecido você poderia ser utilizada é no caso dos cartões de crédito rotativo que foi o limite no cheque especial né o cheque especial lá atrás em 2020 antes da pandemia começar olha que curioso a taxa média no cartão no cheque especial era de 257 por cento

Em janeiro de 2020 aproximadamente um ano depois essa taxa despertou para 125% ao ano um ano e meio depois a inadimplência no cheque especial caiu de 18 para 9%, porque essa medida do Conselho monetário limitou a taxa de juros no cheque especial a 8% ao mês em termos analisados essa taxa iria

Para 150% ao ano ainda é uma taxa muito alta ainda assim você vê como que essa essa esse limite esse teto na taxa levou os bancos a serem um pouco mais criteriosos no cheque especial que funcionava mais ou menos como um cartão de crédito também era um crédito de

Seleção muito frouxa né isso surtiu efeitos ajudou naquela ocasião abaixar uma linha de crédito que era muito popular ela deixou de ser popular o cheque né caiu e desuso é utilização de cheque caiu em desuso né então assim é outros meios de pagamentos surgiram né não que o cheque tenha perdido o seu

Valor a gente costuma dizer que assim é pedra não acabou por falta de pedra Ela acabou que outras coisas é a sociedade avançou e ponto de vista dos meios de pagamentos também houve um avanço nesse sentido e aí o consumidor passou a ser utilizar outras modalidades de crédito para ser financiar hoje

80%, 82% de toda a venda a prazo no comércio é através de cartão de créditos quando você mexe nessa modalidade de pagamento você pode criar um problema para o consumidor e um problema para o comerciante Eu acho que o presidente do Banco Central cumprir um papel muito importante em levantar essa bola em

Discutir para que a sociedade disputa esse tabu né no Brasil isso é um tabu isso aí de tudo nesse país uma das poucas coisas que a gente não viu foi juro baixo no cartão de crédito Tomara que a gente consiga ver aí no horizonte aí de um a dois anos juros civilizados

No cartão de crédito Infelizmente essa é uma realidade ainda ainda distante essa taxa média de 430 Tem banco e cobra 800% ao ano no cartão de crédito difícil até na economia ilegal em atividades você encontrar uma taxa não dá para a gente continuar um tem uma solução simples para reduzir

Esse juros mais uma das propostas que é de limitar ou até eliminar os pagamentos sem juros no cartão vem causando muitas críticas no governo e no comércio queria te ouvir sobre a posição da Confederação Nacional do Comércio a respeito desse tema Quais as consequências para o varejo se isso realmente acontecer Pois

É eu preparei uma conta que importante eu gostaria de passar para você nossos ouvintes que é o seguinte vamos imaginar a compra de um aparelho celular aparelho celular que custe médio digamos r$ 3.000 hoje o financiamento é parcelado no cartão de crédito ele envolve prazo médio de 13 meses aproximadamente um

Pouquinho mais de um ano aliás vem crescendo você comprar esse aparelho de 3 mil reais 13,3 meses que é o prazo médio é para esse tipo de operação a prestação média desse aparelho celular sem juros sai a 225 56 centavos no final dessas prestações o consumidor terá comprado um produto por

R$ 3.000 o varejo terá vendido um produto por r$ 3000 agora vamos supor que a gente introduza uma taxa de juros foi sugerida até perto de 9% que a taxa média do parcelado ou seja acabar com o parcelado Olha o problema do celular como é que fica aquele mesmo celular de

R$ 3000 comprado em 13,3 meses a prestação iria sair de 225 para 395 e 81 centavos um aumento de 75%. e ao final dessas prestações consumidor terá pago 5.264 e não aqueles r$ 3000 anteriormente né imagina então o impacto que isso tem pro comércio que o comércio

Não se apropria desse juros juros vão para o sistema financeiro imagina o impacto por um consumidor no qual ele compra né na loja e paga quase dois então acabar com o cartão de um parcelado no cartão de crédito com juros Zero no cartão de crédito eu acho que

Por mais que isso seja uma jabuticaba brasileira esse não é o problema o problema são juros no rotativo e até mesmo juros do parcelado que são altíssimos então ele tem que limitar isso especialmente a gente considerar que a gente está num processo de início de queda da taxa de juros não vai ser

Essa Elite sozinha que vai corrigir essa distorção então algum tipo de portaria alguma ação mais direta nesse sentido para limitar os juros vão ajudar o comércio essa medida ajuda o consumidor e ajuda até os bancos e no longo prazo eles vão ter que ser mais criteriosos na

Concessão desse crédito e com isso a inadimplência Vai ser menor tem algumas empresas de pagamento internet não começa elas afirmar que o fim desse relacionamento de juros poderia empurrar os brasileiros para inadimplência uma vez que aumentar consumidor na linha que você falou então é o consumidor ele seria muito lesado

Além de não conseguir pagar o que ele quer ele quando pagaria ele poderia correr numa inadimplência aí sua conta é pois é Olha tem uma outra estatística do bom também muito interessante que mostra que a renda média do brasileiro da renda média do brasileiro 30 ou 30% ou mais tá

Comprometido com endividamento são dados do Banco Central essa realidade ela ocorre desde setembro de 2021 aí inadimplência no Brasil ainda tá em níveis muito elevados independentemente da modalidade na média ela tá muito elevada se você empurrar uma modalidade uma forma de financiamento popular como rotativo do cartão de crédito para o

Parcelado com juros você vai ter dois impactos de curto prazo primeiro limitação de consumo muito grande pode ter um efeito sobre o setor importante da economia como o varejo isso pode empurrar por conta desse ACR de juros ao qual consumidor não estava acostumado por uma inadimplência ainda maior então assim

Repito foi muito importante trazer essa discussão à tona mas vale a pena a gente olhar a nossa experiência recente em termos de tentativa de limitação de juros para não repetir alguns erros e por que não para repetir alguns acertos cito novamente o caso do cheque especial que só não ganhou espaço entre as

Modalidades de crédito e caiu em desuso mas de um modo geral é acredito que a alimentação do juros seria maior alternativa nesse momento segundo Serasa Fábio quase 30% dos brasileiros e inadimplentes têm dívidas relacionadas ao cartão de crédito incluindo essa bola de neve aí que é o rotativo a gente fala

Sempre desse tema na imprensa destaque que a modalidade é do rotativa é a pior que tem no mercado que o juro altíssimo mesmo assim se acha que mais informação esclarecimentos sobre o cartão eu acho eu acho que falta né claro que né você e ouvintes ouvindo aqui as palavras de uma

Economista né ao longo da nossa formação a gente tem ganha consciência do que são os burros não dá para esperar que a maior parte da população tem essa mesma consciência mas é muito importante o modo geral o consumidor quando fechar um financiamento quando ele pegar um empréstimo ele só mais parcelas e compra

E comparar com o valor de hoje que ele tá comprando aquela mercadoria com o valor daquele empréstimo de hoje para ter uma noção do quanto ele vai pagar ao longo de todo esse processo a taxa de juros influencia os prazos influenciam também então é uma modalidade de crédito

Tão popular e de crédito aparentemente tão fácil como cartão de crédito muitas vezes ela é quase como uma armadilha para o consumidor menos informado para o consumidor menos avisado é até mesmo que o consumidor informado mas mais impulsivo o cartão tá ali o cartão tá no nosso bolso o limite muitas vezes ele

Não é todo é consumido E aí naquela naquele impulso sujeito acaba se tornando inadimplente algumas pessoas falam Ah mas começa sempre bom vender mais é bom vender mais de forma sustentável não adianta você ter uma explosão de vendas num determinado período seja o preço Caiu porque o prazo

Aumentou porque o juros caíram o importante é que essa essa esse crescimento do consumo no Brasil ele ceder de forma sustentável não dá para esperar essa sustentabilidade uma taxa de juros de 437 por cento ao ano um exemplo como também a modalidade do cartão de crédito é diferente que é um

Preço muito maior do que outras modalidade é o crédito consignado e o dentro de Veículos São é uma concessão de crédito mais segura no caso do consignado o desconto em folha de pagamento que que acontece com juros o juros não são de 437 os juros são de

Aproximadamente 26% ao ano que não é o juro baixo mas é um juro que é metade da taxa média praticada no Brasil mesmo patamar no financiamento de automóveis porque ali a segurança em relação ao retorno risco de inadimplência é menor então para dilatar esse nó a gente tem

Que reduzir o risco de inadimplência e a gente volta aquela pergunta do início do nosso bate-papo Ele veio primeiro o ovo a galinha aí tem alta por causa do juros ou juros são altos por causa da inadimplência se a gente pode não importa qual é a resposta Mas se a gente

Pode atuar num desses fatores no caso juros Sem dúvida alguma aí na infância vai recuar poder cortar a taxa de juros no cartão de crédito digamos pela metade inadimplência vai cair bastante também só que isso vai forçar os bancos a serem mais criteriosos na concessão do crédito

E o consumidor a ser mais disciplinado Fábio Bentes Obrigada pela entrevista até a próxima volte sempre ao ponto as portas estão sempre abertas muito obrigado que agradeço a oportunidade [Música] Esse foi o ponto de hoje podcast Diário da redação do Globo essa conversa a gente conta com a

Participação de toda a equipe do jornal as mesmas pessoas que levam até você a informação e análise de qualidade todos os dias quer saber mais assina o globo.com e confira todas as notícias e reportagens especiais nesse Episódio nós usamos o material da Band News FM a produção foi de Pedro Guimarães e a

Edição [Música]

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