Primeira parte, o desaparecimento de Dana de Tefé. Danedita Ferová, nascida em 4 de maio de 1921 na antiga Tzecoslováquia, era uma milionária de origem judaica que desapareceu em 29 de junho de 1961. Seu corpo jamais foi encontrado, apenas vestígios suspeitos. Após o término de seu terceiro casamento com o jornalista mexicano Carlos Deegre, Dana chegou ao Brasil em outubro de 1951. Elegante e culta, fruto de uma vida em diversos países, rapidamente integrou-se à alta sociedade carioca e um jantar de gala conheceu o diplomata e piloto de automobilismo Manuel Antônio de Tefé, com quem se casou no México seis meses depois. Após uma década de união, sem filhos, separaram-se amigavelmente. Dana contratou o advogado Leopoldo, heitor de Andrade Mendes, então com 38 anos, para cuidar do desquit na divisão de bens, ficou com o apartamento do 10º andar do edifício Marcila, na praia de Botafogo, um dos bairros mais nobres da zona sul. Desejando manter sua independência financeira, Dana considerou uma proposta de emprego em São Paulo, supostamente intermediada por Leopolditor. Partiu paraa capital paulista, mas nunca chegou ao destino, desapareceu no caminho. Faço agora a crítica ao réu. Eu estou sendo acusado de um crime sem cadáver. Porque a vítima até hoje não apareceu. Segunda parte, uma viagem macabra. Por volta das 21 horas de 29 de junho de 1961, Dana e Leopoldo Eitor deixaram Maria Elisa Tuquimei, uma das melhores amigas da milionária, em seu prédio da Avenida Atlântica, no posto seis, em Copacabana. Dana estava animada com a perspectiva do novo emprego e havia escolhido um apartamento em São Paulo, onde pretendia residir temporariamente. Levava consigo uma valiz com joias, possivelmente para algum evento especial. Quatro dias depois, Leopoldo retornou ao Rio, alegando que Dana havia viajado para Europa. No entanto, ela não deu mais notícias, nenhuma carta. O comportamento do advogado levantou suspeitas. Utilizando uma procuração assinada por Dana, começou a se desfazer de seus bens. Amigos questionavam: por Dana deixaria tudo para trás sem avisar ninguém. Livela o crime acusatório, diz a justiça pública, autora do seu promotor infracinado contra o réu Leopoldo eitor de Andrade Mendes e provará que no dia 29 de junho de 1961, cerca das 20 horas, terceira parte, sinais de alerta. O renomado jurista Oscar Stevenson estranhou o comportamento de Leopoldo Heitor e seus sinais de enriquecimento repentino. Ex-defensor de Leopoldo em um processo de peculato, Stevenon desconfiou da ligação do ex-cliente com o desaparecimento de Dana. A desconfiança aumentou quando Leopoldo tentou presenteá-lo com objeto de prata da coleção de Dana, alegando ser parte de seus honorários. E Stevenson procurou o político tenório e cavalcante, que tinha uma influência enorme na cidade de Duque de Caxias, e dois repórteres da revista O Cruzeiro, também se envolveram no caso. Em abril de 1962, a Polícia Civil iniciou as investigações. O empregado da fazenda de Leopoldo, em Piraí, no interior fluminense, relator tem enterrado o corpo de Dana atrás do muro de um cemitério local envolto de um lençol e arame farpado. Os peritos escavaram o local e encontraram um corpo. Mas seria mesmo de dana a perícia, o que a gente vê nos altos com ausência praticamente total de tecnologia, a descrição é feita de maneira minuciosa. só tinha essas maneiras para analisar naquele momento e principalmente foi encontrado unhas com esmalte vermelho, onde até no questionamento perguntou se era possível saber qual a indústria que produzia o esmalte. Então, o questionamento jurídico na época era importante, mas a possibilidade de resposta não era tão possível. Quarta parte, mistério sem fim. O corpo encontrado não era de Dana. A perícia identificou o esqueleto como sendo de uma mulher negra, sem vestígios de tecido ou arame, incompatível com o tempo decorrido desde o desaparecimento. A polícia considerou a possibilidade de o corpo de Dana ter sido removido. Outras escavações, inclusive no chiqueiro da fazenda de Leopoldo, revelaram çadas que não eram humanas. As investigações levaram os peritos ao sítio de Leopolditor, onde encontraram unhas femininas pintadas de vermelho e alçada de uma mão. Sem exames de DNA na época, a identificação era impossível. Os fragmentos de unhas, em razão da qualidade do esmalte, foram reconhecidos por terceiros. Igualmente serviu para identificação a montagem do esqueleto da mão, cuja forma alongada lembrava de Dana. E o Paul Deitor, foi preso e apresentou diversas versões para o desaparecimento de Dana, incluindo um suposto assalto na rodovia Presidente Dutra, na altura da represa de Ribeirão das Lajes em Piraí. Havia notícias até de um sequestro de dano por espiões estrangeiros. Enquanto a polícia investigava, surgiram rumores de que Dana teria sido espiando durante a Guerra Fria, sem confirmação de qual lado atuava. O mistério persiste. Os restos mortais encontrados permanecem arquivados no processo sobre seu suposto homicídio na divisão de gestão de documentos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Alçada é ou não é de Dana?
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