[Música] de união e de beleza. Houve ocasiões em que foi preciso falar de guerra, mas houve muitas outras em que se clamou pela paz. Ao longo do tempo, o papel daquele primeiro dia também se transformou. As horas se multiplicaram, a notícia se espalhou. Vieram as cores, os computadores, a internet, a inteligência artificial, o carnaval, dia dos pais, o gibi, o bonequinho. Todos foram inovações surgidas na esteira daquele primeiro dia. Aos poucos, o que era apenas informação virou contexto, virou análise, virou missão, lazer, gastronomia, humor, reconhecimento. Em um século foi preciso fazer diferença a cada dia e muitos outros dias não teriam existido se não fosse aquele 29 de julho de 1925, em que um jornalista teve a iniciativa de lançar um novo jornal. que se reinventa a cada dia pensando no dia seguinte. O Globo, 100 anos. Eu sempre tive um sonho de [Música] empreender e saber que nessa jornada eu tenho com quem contar. [Música] É ter a certeza que para enfrentar os desafios do meu negócio, eu não estou sozinha. Eu e meus colaboradores podemos contar com capacitação e toda assistência. Eu tenho o apoio do sistema comércio para fazer o meu negócio decolar. E sabe quem faz parte desse sistema? A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e [Música] Turismo. Sete federações nacionais, 27 federações do comércio nos estados e mais de 1000 sindicatos empresariais do comércio de bens, serviços e turismo de todo o Brasil. São 7 milhões de empresas desses setores que geram mais de 43 milhões de empregos diretos e formais. O SESC e o Senac fazem parte do sistema e são os vetores sociais do comércio de bens, serviços e turismo administrados pela CNC, que também trabalha em prol da democracia, da segurança jurídica e do livre comércio para as empresas. É força para você, pra Maria, pro João, pra Clarice, pro Silva, pro José. O sistema comércio está presente na nossa vida e na defesa das empresas. É o trabalho que valoriza o Brasil. Muito bom dia a todos. Eu sou Glauso Cavalcante, repórter do Jornal Globo. Essa é a segunda edição do Caminhos do Brasil de 2025 e essa é uma iniciativa dos jornais o Globo, valor econômico da rádio CBN e conta com o patrocínio do sistema comércio através da CNC, do CESC, do Senac, de suas federações. O nosso encontro está sendo transmitido ao vivo nas redes sociais do Globo e do Valor Econômico. Bom, bom dia a todos e a todas. Meu nome é Estela Campos, eu sou editora de carreira do jornal Valor Econômico. Eh, bom, hoje nós vamos conversar aqui sobre o uso da inteligência artificial, como é que ela tá mudando aí eh o mercado de trabalho, transformando os empregos, enfim, o perfil dos profissionais, a capacidade aí de ser multitarefa e realizar dezenas aí de atividades em um único dia tá cada vez eh sendo mais celebrada. Mas quais serão as oportunidades, né, na hora de gerir o próprio tempo? Quais eh será que eh serão oportunidades para as próximas gerações? Elas terão as habilidades exigidas aí dos profissionais do futuro e o impacto delas na vida de cada um? Bom, vamos tentar responder algumas dessas questões hoje. Então, nós convidamos todos vocês a acompanharem conosco esse debate que tá sendo realizado direto do Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo pelas redes sociais do Globo do Valor Econômico, como já dissemos, e ao final a gente vai ter uma rodada de perguntas da plateia. Eh, eu queria agradecer a presença dos nossos debatedores. Nós estamos aqui com Carlos Augusto Lopes, que é vice-presidente da IBM Consulting paraa América Latina. Eh, o Marcelo Viana, diretorgeral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, o IMPA, Rafael Segreira, que é CEO da Schneider Electric América do Sul, e também Luiz Tonizi, que é presidente da Qualcom América Latina. Bom, o mundo do trabalho a gente sabe que está em rápida transformação. Segundo o Fórum Econômico Mundial, até 2030, 22% dos empregos atuais devem ser impactados por mudanças estruturais, com a criação de 170 milhões de novos postos, principalmente em áreas que exigem pensamento analítico, criatividade, letramento digital e competências socioemocionais. No entanto, 92 milhões de empregos serão eliminados, revelando um desafio. Há vagas, mas poderão faltar pessoas preparadas para ocupá-las. No Brasil, essa lacuna é ainda mais aguda. A gente estima que o país precisa de mais de 150.000 profissionais de tecnologia por ano, mas forma pouco mais de 50.000. E essa escassez compromete aí a capacidade das empresas de crescer e investir. E a gente tem um um dado recente do Work Trending Index aqui da Microsoft que mostra também que 60% dos líderes acreditam que as suas equipes não estão prontas para acompanhar a evolução da inteligência artificial. Já o conceito do super agency da consultoria maquin reforça que o diferencial das organizações será a capacidade de integrar pessoas, dados e inteligência artificial com agilidade, mas também com o propósito. Bom, diante deste cenário, convidamos os nossos panelistas aqui a refletir como preparar o Brasil para o futuro do trabalho. Nós vamos começar com algumas perguntas eh direcionadas a todos vocês por para criar uma dinâmica aqui inicial, um contexto pro debate, né? O Brasil tá preparado para esse novo mundo do trabalho digital? Como que se pode superar lacunas históricas que nós temos em formação básica, em qualificação técnica e digital, né? Diante aí de uma demanda crescente por habilidades com inteligência artificial. Big Data e pensamento analítico quer começar. Bom, bom dia a todos. Eh, Gláuso, qual é a minha visão aqui? Eu acho que o Brasil não tá preparado como ninguém tá preparado, tá? Então, os próprios dados que vocês compartilharam aqui do do do Forumo Econômico Mundial, né, eh mostra que que existe esse esse gap, tá, a ser cumprido. O que eu acho que tem que ser feito, cada um tem que fazer sua parte, não só o setor público, como o setor privado também, tá? Posso comentar um pouco do que que a IBM tá fazendo e como a gente vê esse assunto, tá? A vê esse assunto da seguinte forma, é uma questão de sobrevivência, né? Então, não só a formação de profissionais de tecnologia para trabalhar e atuar diretamente como tecnologia, mas a Estela citou a palavra do letramento tecnológico, né? Quer dizer, pessoas que estejam acostumadas a a a utilizar a tecnologia para um trabalho que não necessariamente tá direto tecnologia. Então, o que a gente tá fazendo? a gente lançou um programa eh global, a gente anunciou isso, a gente tem o objetivo de capacitar 30 milhões de pessoas até 2030, tá? Sendo que são 2 milhões de pessoas até 2026, n através de um de um de um programa que tem uma plataforma de ensino, que tem acordo e tem parceria com diversas universidades, diversas instituições. Isso tem no Brasil, a gente já tá fazendo isso no Brasil, em algumas cidades, tá? Então essa é a parte que a gente acredita que tem, que se cada um fizer essa sua parte a gente consegue sim se preparar para algo que é inevitável, né? Esse esse caminho é um caminho sem volta, tá? Essa é a nossa visão. Muito bem. Obrigada, Marcelo. Bom dia, Marcelo Viana. Eh, bom, eu tô um pouco do outro lado desse binômio que envolve empresa e a academia como formadora de mão de obra para o mercado do trabalho. Tô do lado da academia. Meu instituto existe há 70, quase 73 anos e forma estudantes no nível de mestrado, doutorado. E dois anos atrás, mais ou menos, nós embarcamos na na aventura de criarmos uma graduação, Impatec, cuja concepção foi muito moldada pelo tipo de preocupações que foi traduzida aqui. Eu concordo, o Brasil não está preparado eh para os desafios do século XX, mas eu eu vou um pouquinho mais longe. o Brasil já não estava preparado antes dessas mudanças começarem a acontecer. Eh, de longa data que nós temos eh uma carência enorme de pessoal formado com expertize e a e a e o conforto eh com a área tecnológica, que um país dessa dessa dimensão eh eh exige. Eh, e é difícil, enfim, como é que a gente pode se preparar? Eu acho que a única coisa que é certa a respeito do do futuro é que ele é profundamente incerto. A mudança está mudando o tempo todo, então eh é é muito difícil apontar para um alvo que tá em movimento à medida que a tecnologia vai impactando as direções do mercado. Mas há duas duas regras, dois princípios que eu considero eh fundamentais e que eh norteiam muito o tipo de formação que a gente tá visando dar aos aos estudantes do IMPATEC. Primeiro é que o futuro pertence a a quem tiver múltiplas capacidades. O o futuro não é para especialistas que vão sobreviver dentro dessas profissões que vão morrer. São todas aquelas que são especializadas, que estão focadas num único aspecto, porque isso é o que a inteligência artificial faz melhor. Vão sobreviver, na minha eh visão, eh as profissões que exijam diferentes tipos de de skills e talentos. E por isso que a nossa graduação visa dar uma uma formação muito ampla e muito diversa aos estudantes, os quais são selecionados do país inteiro, já vem com uma grande diversidade de contextos. E o outro aspecto que é muito, pode parecer óbvio, eu acho que é óbvio, mas a realidade histórica é bem diferente, é que qualquer solução só tem que passar por uma proximidade. Eh, eu ia usar a palavra diálogo, mas é mais do que diálogo. É um um diálogo efetivo, uma parceria efetiva entre os dois setores interessados na solução. Por um lado, empresa ou mercado de trabalho e, por outro lado, a universidade, a academia. diálogo em que a universidade preste atenção nas demandas que o mercado está colocando e diálogo em que a empresa se aproxima da universidade para colaborar no processo formativo também, porque esse divórcio que é real tem sido extremamente negativo para pra realidade brasileira. OK. Rafael, qual a sua avaliação? Olha, eu trabalho para Schneider Electric. Schneider é uma empresa de tecnologia especializada na área da gestão de energia e da automação, tá? E toda a transformação digital das empresas, dos clientes que que a gente trabalha com eh evidentemente esse é um tema e que é chave, né? a a falta de personal capacitado com essas novas skills que a gente tá falando, é evidente. Então, o Brasil não está preparado e concordo com o colega que eh não é só o Brasil, o mundo não está preparado, né? Só que tem nações que estão já atuando de maneira muito mais ah eh eu diria empreendedora. e eh com essa com esse eh conhecimento de desse tipo de de competências que são requerid frente. Então, e esse é um gargalho, é um desafio que tem Brasil, como naceu, não só o Brasil e que é em quantidade e em tipo de conhecimento, tipo de de capacidades e e de conhecimento que são necessários para abordar essas oportunidades que nos trai a a inteligência artificial, mas não só a inteligência artificial. Então, eh, é importante que esse tipo de diálogo se mantenha, é importante que seja não só empresarial, mas também da da área acadêmica e e com eh o suporte dos governos também. Eu eu acho que é verdade que o Brasil perdeu oportunidades, tem uma grande oportunidade agora, só que eh o o que nos trouxe hasta aqui h que funcionou bem não vai ser suficiente. e o que nos trouxe até aqui que não funcionou bem, a gente tem que aprender e mudar rapidamente esse porque as oportunidades vão tá lá, precisamente em todas essas áreas que a gente está vai falar hoje também, mas é é uma é uma questão de velocidade, de agilidade, porque só aqueles que vão ir mais rápido vão aproveitar o máximo possível. Então, vamos falar muito desses gargalos hoje e e acho que que o que o colega aqui também fala, a importância da transformação da educação também vai ser fundamental, h, porque iniciativas individuais da empresa ou coletivas a gente também tem, mas não são suficientes. Não são suficiente. tem que ser um trabalho e colaborativo, n governo, empresa e e educação. Eh, bom dia a todos. Obrigado pelo pelo convite. Eh, eu sou Luís Tonis, sou o presidente da COCOM paraa América Latina. antes, só para situar um pouco o que a gente faz e a nossa visão sobre o tema aqui que nós estamos debatendo, a qual com hoje nós somos uma empresa de processadores, né? Tem uma marca Snapdragon que tá presente em acho que praticamente todos os celulares dos senhores aqui, computadores, carros. O carro virou um, o carro hoje virou um computador de quatro rodas. capacidade de processamento de AI que tem no carro é violenta hoje comparado, né, eh, o que a gente tinha antigamente. Eh, a gente tá no mercado de IoT, enfim, a gente tá no todo mundo de eletroeletrônico e agora indo para data center, fizemos uma parceria com a Nvidia para parte de CPU. Eh, e eu vou dividir essa conversa em duas em duas frontes. Eh, uma é o nosso país como sendo um país desenvolvedor de tecnologia e eu vou colocar outro fronte é o nosso país como consumidor de tecnologia. Se você pegar as as empresas listadas na bolsa hoje, as top 10 empresas Tirana Aranco, eh, não tem nenhuma do mercado tradicional que a gente conhece, não tem nenhuma de alimentação, tem nenhuma de carro. Tirando a Tesla, que também não tá no top 10, e você não tem nenhuma de óleo e gás tirando arango. Todas elas são do mercado de tecnologia. Alguns países decidiram ser países tecnológicos. Se você pega a China, a quantidade de PhDs que ele desenvolve por ano e como o governo fomenta eh a educação e como ele fomenta o ecossistema para que o país seja um país desenvolvedor e não só consumidor de tecnologia violento. Então, eh, a primeira derivada que eu faço agora desse, desse tema de é, eu acho que o país, o Brasil, dado a sua, eh, DNA, nós somos um país que é o celeiro do mundo. Talvez nós não vamos ser os Estados Unidos, nem a China, nem alguns, nem a Índia, que é a próxima fronteira de desenvolvimento da quantidade de PhDs que forma do mundo, de ter o que a gente chama da propriedade intelectual das coisas e você e realmente ser o desenvolvedor de tecnologia e ter empresas próprias de tecnologia. Não tô falando de startups, eu tô falando de dessas eh das empresas que realmente vão ser empresas globais, com atuação global e grandes multinacionais. Se você olha no passado, a gente fala do EAI hoje, mas quando falaram que teve a calculadora que ia matar o trabalho dos professores de matemática, né? Depois quando veio o computador que ia matar eh o trabalho também das pessoas porque ia substituir o homem. E na verdade o que aconteceu foi tudo o contrário. Se cria um mercado em volta das novas tecnologias. E é por isso que você tem hoje as empresas de 1 trilhão de dólares, porque existe o computador e que existe agora uma coisa que chama inteligência artificial. Então, esse esse eh essa vertente que a inteligência artificial ela vai acabar com com o trabalho, eu não é nosso ângulo. O nosso ângulo é que ela vai possibilitar uma uma infinidades de novas aplicações, serviços que a gente nem sabe quais são ainda e a gente vai aprendendo ao longo do caminho conforme a tecnologia vai sendo disponibilizada. Nós criamos eh alguns hubies e que a gente acredita que o segredo então é como eu consigo democratizar mais e para que ela seja tão fácil quanto eu uso hoje um computador, né? Você não tem hoje, você entra no seu computador que tem o Windows ou o Mac ou você entra no seu celular que tem o Linux ou você entra no celular que tem Android ou iOS, você consegue programar, você cria um aplicativo, você cria um serviço, né? Se a gente tem um iFood, tem um Uber, é porque você tinha esses meios, né? Quais são os novos aplicativos ou serviços que vão usar AI, né? E como você desenvolve essa aplicação? A gente criou um hub também onde você, os desenvolvedores podem entrar lá. Eh, por sinal, é de graça entrar nesse hub. hub que a gente espera ter mais de 1 milhão de desenvolvedores só de aplicações em AI para tá funcionando desde no seu carro, no seu celular ou no seu computador, onde quer que seja, no seu smartwatch e no futuro muito próximo num óculos de realidade aumentada. Então, eh, a nossa visão é de oportunidade. Obviamente que quando eu olho a quantidade de formandos que a gente tem no Brasil e realmente a matriz econômica, enquanto a gente olha eh como decisão digo de de até de estado, qual é a oposição a posição do Brasil com relação a isso? Acho que a gente tá bem atrás, mas bem atrás mesmo de todas as grandes economias mundiais. Então, o que também eh no final reflete uma oportunidade. Então, eh, pensando aqui, né, no cenário, né, brasileiro, né, as as empresas do Brasil, na opinião de vocês, porque a gente tá falando da formação de tecnologia de elas também tão dando a devida atenção às habilidades, desenvolvimento de habilidades humanas, liderança, pensamento crítico, inteligência emocional, que são, né, fundamentais inclusive para o uso da tecnologia. Eu queria ouvir a opinião de vocês. Quem gostaria de começar? Assim, eu acho que ah, nos tempos de grandes transformações, de grandes mudanças, ah, quando as tendências, no caso nosso desta época, seja a transição energética, se a transformação digital, se as mudanças climáticas, ah, são grandes tendências e provocam mudanças, provocam muita ansiedade. Então, essa ansiedade, esse desconforto, esse essa situação emocional difícil requere também de muita eh eh suporte emocional, inteligência emocional. Eh, e isso e isso precisa também que as pessoas trabalhem mais de forma colaborativa. Então, e eu acho que eh a tecnologia tem que ir acompanhada de um aspecto humano fundamental, onde as pessoas não sentem que isso vá em detrimento do bem-estar e do desenvolvimento delas. Ah, porque o grande temor que podem ter as sociedades onde vou ficar eu? com essas grandes transformações que vão passar, eu vou perder o meu job. Você falou 170 milhões de job que vão desaparecer, 80 ah, não, 170 que vão se criar e 80, 90 milhões que vão desaparecer. Então o vai desaparecer, que que tenho que fazer? Onde são os offskilling, reskilling? Ah, que que que eu tenho que fazer para participar dessa transformação da sociedade, da economia e do mundo em geral? Então isso cria muita muita ansiedade nas pessoas. Eu concordo plenamente. As oportunidades para empresas como nós são infinitas e eu sou um grande entusiasta também, mas eu intento também falar com a pessoa do Hã, e ele tem medo, muitos têm medo. Medo é falta de informação, falta de conhecimento. E como que a gente vai trazer todos esses benefícios para eles também? Quando a gente fala de transição energética ou de mudança climática, eu acho que muito muitas vezes a gente fala com terminologias que não são eh que que as pessoas da da rua não entendem. Então, todo mundo vai ter possibilidades, mas vai ser afetado também. Eh, no caso concreto da tecnologia, eh, sabe, hoje qualquer pessoa usa um telefone, só que quem são os que explotam o máximo os benefícios de um aparelho como esse? Só para ligar, só para mandar mensagem, só para ver Instagram. Ah, o poder que tem um trabalhador com a aparato como esse é incrível, mas a gente tem que aprender, ensenar essas pessoas a utilizar essa tecnologia. Então, eh, a liderança, seja os governos, seja as empresas, como que a gente vai transmitir que isso são mais oportunidades e que aqueles que estão em empregos que vão desaparecer, porque definitivamente vão desaparecer, quais são as novas oportunidades e como eles vão ter oportunidades para isso? Porque a gente precisa de um entusiasmo geral para poder tener o máximo desse também. Então, e a velocidade da criação de de tecnologia, todo mundo sabe que vá muito rápido. A adopção dessa tecnologia para o máximo número de pessoas, esse é o desafio. Então, isso tem que ser um desafio que tem que ser eh de uma maneira abrangente, todas os stakeholders têm que participar para eh atravessar essa esses desafios. Talvez eu não seja a melhor pessoa para dizer o que que as empresas estão fazendo ou não, mas a minha impressão, eu concordo muito com o que o colega colocou, a minha impressão é que estamos todos num estado de ansiedade, expectativa preocupada e eu ouso dizer, apesar de reconhecer a limitação do meu conhecimento, que as empresas estão fazendo muito pouco ainda nesse nesse sentido. talvez haja um pouco a expectativa de que o poder público vai resolver o problema pra gente, não vai, tá? Eh, a iniciativa tem que ser, a iniciativa principal, tem que ser diretamente das partes interessadas e a empresa, as empresas, o mercado de um modo geral tem enormes responsabilidades. E eu volto a um tema que eu já coloquei aqui, a aproximação da empresa com o setor educacional, com a universidade, é o o a proximidade em países que são mais bem-sucedidos do que a gente é muito maior do que aqui. é um modelo a ser a ser aprendido e a ser eh estudado de explorar essa proximidade. Bom, vou dar aqui a nossa visão aqui. Eh, como a gente vê isso, eu concordo muito com o Rafael, né, que comentou a parte da ansiedade, é uma coisa que a gente vê, eh, e, e o que que a gente, o que que a gente tá experimentando na IBM? E aí eu tenho, falo para todo mundo, eu brinco, eu tô particularmente no lugar hoje que respira inteligência artificial tem muito tempo, né? Então, quando a gente fala aqui, ah, em 1997 o Gasp, o Deep Blue ganhou do Gasparovia, então as pessoas já têm, né, a IBM em mente. Então, eh, é uma empresa que sim, de verdade, já vem sendo exposta intelência artificial há muito há muito tempo, né, faz parte da nossa cultura e essa preocupação e essa ansiedade que de alguns alguns skills vão ser mais necessários, menos necessários, elas elas são a realidade. E o mais importante aí, Rafael, vou no seu ponto, é a gente tem que preparar a cultura da empresa para acolher essas pessoas e e mostrar para eles que, né, são empresas todas aqui, não são empresas de 10 anos, de 3 anos, né, no nosso caso, empresas de 115 anos, que óbvio que tem que dar resultado financeiro, toda empresa tem que dar resultado financeiro, mas também tem um pouco de propósito por trás, tem um pouco de, né, ah, putz, eu tinha, a IB me ajudou a levar o homem à lua e bemm, então, putz, acolher essas pessoas mostrando que elas estão no lugar, que tá gerando inovação, que tá consumindo inovação e que sim, tá apoiando as pessoas a fazer os eventuais que tiver que ser feitos, tá? Acho que esse, acho que esse muito importante e e eu tenho experimentado isso, eu tenho visto isso. Eh, eu tava conversando com a Estela um pouco antes, né? A gente tá tendo assim, a participação até muitas vezes recursos humanos nisso, ela é fundamental. A gente tava brincando que a gente tava vendo, ah, se você for pegar, sei lá, 1990 um job description de uma consultoria, o que que você precisa para ser um gerente? Você vai ver lá o spin of control, tem que ser líder de X pessoas. Isso não existe mais hoje em dia. O que que você entrega? qual o valor que você faz, qual, quanto, quantos faturamento você cuida, enfim, qual é o qual qual o negócio que você tá entregando pra empresa. Então, passa por essa essa reavaliação, eh, na nossa visão, e dar o suporte para as pessoas para para fazer essa essa essa transição, né, e que a gente tem feito bastante e acho que a gente tem feito com grande sucesso na IBM, tá? Acho que o ser humano ele tem por natureza medo e ele cria uma ansiedade e tem medo desconhecido, né? O EAI ainda é uma jornada que a gente só tá engatinhando. Se a gente começa pensar o AI como uma ferramenta, né, ou como uma novo mercado, ele nem começou direito, né? A gente ouve algumas coisas ali ou aqui, mas ainda não tem ideia realmente o que que é. Então aquilo, como tudo que aconteceu na história da humanidade, aquilo cria uma uma ansiedade natural. Eh, eu acho que parte disso também eh e aí cria tem tem pessoas que isso cria um medo e tem pessoas que criam uma ansiedade para por pelo saber, né? E aí acho que vai um pouco da sociedade também. Quando eu, a gente olha que uma grande percentual nossos jovens saem da ou tá no quinto ano, no sexto ano, mas ele não é, né, até pegando aqui o nosso nosso colega, ele não sabe fazer uma uma operação de subtração e multiplicação ou adição. Tando no quinto ou sexto ano da escola, a gente tá criando no final do do dia o que a gente chama de analfabetos digitais também, né? que você tem várias etapas do conhecimento básico para você desenvolver alguns alguns skills e você tem se você tem alguns skills, você consegue predizer que nada mais o que o AI faz qual que são as possibilidades do futuro ou para onde você o que você pode fazer ou não pode fazer. Eu acho que a gente ainda tem um certo analfabetismo pelo mercado consumidor, eh, um analfabetismo digital no Brasil, embora o Brasil seja um país de 220 milhões de smartphones, tem mais smartphone que que gente, mas a gente manda WhatsApp e 99% das aplicações, Instagram e o Facebook, né? Então, eh, é Iris, Guari, né, como a gente diz. Eh, fora, mas tem o lado também do a analfabetismo digital das empresas. A gente não pode esquecer que não é só sobre o mercado consumidor, mas como as empresas vão se destacar, né? como é que o nosso agronegócio vai fazer o uso da inteligência artificial para cada vez ser mais produtivo, eh ele ter mais competitividade fora e ao mesmo e aí aumentar o o o vamos falar assim, o poder econômico do país e aí reinvestir mais em educação. Eu acho que a a iniciativa privada ela tem e sim um papel fundamental, mas quando você olha que a pessoa tá na quinta, na sexta série, ela não sabe somar, eh isso não é culpa da iniciativa privada, né? Eh, e eu não tô buscando culpado, a gente tem que buscar soluções, mas a gente tem que entender o contexto das coisas, né? A gente tem 15.000 engenheiros na China, outros 10.000 engenheiros na Índia e eu tenho 150 no Brasil com muito orgulho. É um dos poucos polos ainda que tem. Mas olha a escala, né? Tem Estados Unidos, Brasil, Índia e Alemanha, mas tem outros causas disso também. Custo o Brasil. Quanto custa ter um dinheiro de desenvolvimento no Brasil? Quanto custa ter uma pessoa programando no Brasil versus na Índia ou na China? Ou mesmo nos Estados Unidos. Às vezes o pessoal fala: "Nos Estados Unidos custa muito mais caro". Não é bem assim. você coloca o custo total eh dos encargos e tudo que você tem que colocar eh conforme a legislação não é tão mais barato eh nos Estados Unidos, dependendo da mão de obra, né, da especificidade que você precisa. Então, eh, a gente tem que pensar em algumas coisas nesse sentido. Eh, eu vou aproveitar, eu vou fazer uma pergunta diretamente aqui pro Marcelo do IMPA. você tocou num ponto importante, todos vocês, sobre a qualidade da formação de mão de obra e que haveria uma espécie de uma falta de pontes entre o mercado, né, e as universidades, as empresas, enfim, esse modelo de funcionamento do Impatec e até acho que você pode descrever um pouco melhor como ele funciona, né, no ecossistema ali com startups, mirando, né, nessa parceria com as empresas, ele poderia ser um exemplo de formato a ser adotado para impulsionar o ensino ancorado em inovação tecnológica nessa formação profissional para economia digital. Deixa, deixa eu começar por quantificar o que você, esse, esse descompasso entre que o o mercado e a, e a universidade estão formando com uma um dado do de uma matéria do valor econômico do ano passado, se eu não me engano. Segundo o valor econômico, o Brasil tem eh oferece nas no sistema universitário, mais de 4.000 tipos de graduação, tá? 4.000 títulos. desses 4000 em quatro que recebem só entre os quatro 27% de todas as matrículas no país. Eu não vou dizer quais são as quatro porque eu já fiz inimigos listando, mencionar a lista. São são profissões, são formações perfeitamente honráveis, honrosas, mas nenhuma delas foi mencionada hoje aqui, não vai ser até o final, tá? Nenhuma delas está ligada à tecnologia, à ciências, àgena, a a a as tecnologias digitais, etc. Então, é um diálogo de surdos com o mercado, buscando profissionais com o perfil que foi eh mencionado aqui e a universidade alegremente formando, tanto no setor público quanto no setor privado, talvez até mais na na educação privada, formando profissionais com a taxa de empregabilidade baixíssima. Qualquer uma dessas quatro profissões que eu não vou mencionar tem uma taxa de empregabilidade que varia entre 4 e 12%. Tá? quatro em cada 100 pessoas formadas com esse diploma encontram uma colocação no mercado. Então é um é é esquizofrênico comportamento. Por isso que eu insisto na questão eh do diálogo. Quando você pergunta sobre o Impatec, o Impatec nasceu com a percepção, nasceu sabendo de tudo isso e com a percepção exatamente ao contrário. Começa pela localização. funciona no centro de inovação no Maravale, no centro de inovação criado pela pela cidade do Rio de Janeiro. Então, já funciona imerso num ambiente, num num ecossistema de inovação, com a gente espera uma um número crescente de empresas e startups funcionando do lado na outra metade do Maravley e já nasceu na concepção eh com eh a formação profissional, o a interação com a empresa como parte da formação. os alunos t uma boa parte da formação que é oferecida pelo curso, consiste em projetos a serem realizados com empresas para a resolução de problemas concretos colocados pela empresa, tá? Então isso já é eh já é de faz parte do DNA, da concepção do próprio programa. Os alunos são são selecionados prioritariamente por meio de eh de Olimpíadas do conhecimento, o que nos permite, por um lado, trazer alunos muito talentosos e, por outro, trazê-los do Brasil inteiro. Temos nesse momento e em cada uma das turmas mais de 20 estados brasileiros representados nas turmas e eh eles recebem um auxílio da prefeitura e do governo federal através do IMPA, mas são recursos do governo federal para se sustentarem. Eh, no Rio de Janeiro. Eles têm moradia e alimentação eh oferecida pelo pelo programa. O que o que também permite aceitar aluno, isso é condição necessária para poder aceitar aluno de qualquer e só com base no talento, só com base na capacidade demonstrada. É um modelo para o modo como a graduação pode funcionar. É sim. O que eu falei sobre o auxílio é caro, tá? É um programa que é difícil, eu reconheço, embora a gente esteja exatamente tentando isso, tentar escalar o programa, tentar eh replicar em outros pontos do país, tem uma questão do custo envolvido que caro, enfim, em termos, né? Eh, agora em em no aspecto de conceber um programa de graduação, um programa de formação que antes de ser desenhado por um meia dúzia de professores universitários, escuta, presta atenção no qual é a demanda externa, isso sim é algo que eu acredito que faz falta pro país para acabar com esse descompasso que eu que eu mencionei. uma carência enorme de eh bom, deixa eu contar aqui. Uns anos atrás, os dois colegas da Unicamp decidiram, na época, por volta de 2011, o governo federal eh anunciou que iria dobrar o número de vagas eh de engenharia nas universidades federais. Na altura já havia 150.000 vagas. Esses colegas fizeram um estudo baseado no resultados dos nossos jovens no programa internacional de avaliação de estudantes, o PISA. Eh, o no PISA, a nota quatro do PISA é considerada o mínimo necessário para você ter uma profissão ligada à tecnologia. Então, eles foram contar quantos, qual é o percentual de jovens brasileiros, quantos jovens brasileiros alcançam quatro, o nível quatro do PISA. E o resultado é catastrófico, são é menos de 4%. na China é da ordem de 40 a 50%. Então, com base nesse percentual, apenas 4% dos nossos jovens, um pouco menos, são potenciais candidatos a serem estudantes de engenharia. Aí você faz uma conta e descobre que 150.000 1000 vagas já tá sobrando, não tem não tem tanto candidato assim para eh então o gargalo o gargalo da formação está aí e é o o ponto que foi mencionado aqui por vários em que o mercado de trabalho encontra uma enorme carência nesse perfil do profissional. Agora, eh, pensando, eh, né, na transformação digital também, né, como é que a gente pode evitar que a transformação digital aprofunde, né, essas desigualdades que já existem aí, né, no mercado de trabalho, eh, brasileiro, né? Eu queria ouvir vocês eh quais quais estratégias, né, seriam necessárias aí para garantir que esses grupos, né, os tradicionalmente excluídos ali como mulheres negros, pessoas de baixa renda, trabalhadores informais e tal, também tenham acesso às oportunidades, né, nesse futuro do trabalho que a gente tá falando. Deixa eu fazer, eu vou, se me permite, eh, nós nós temos um braço de investimentos aqui na na América Latina, que é a Qualcon Ventures. Nós temos 12 empresas no Brasil. Eh, entre elas a gente tem Log, eh, quinto andar, Cargo X, Novop. A gente tem quatro unicórnios no Brasil e como como investida. E a gente fez agora um fundo com a Unicamp. Por que que eu tô falando isso? A gente criou um fundo na Unicamp que o tema aqui no Brasil que é pouco explorado, é a parceria do público privado com as universidades e tem um problema de regulamentação aqui também que quando você criar isso, eu sou eu sou vice-presidente desse fundo. O que que é esse fundo? A gente pegou a Unicamp, a gente colocou alguns milhões de reais, criamos um fundo, aonde o próprio dinheiro que é eh a gente administra do fundo, ele volta em benefícios, uma parte ou 100% pra universidade. E a gente criou um programa que chama eh Humanstein. Que que é esse programa? Você imagina que uma mulher de baixa renda passou na Unicamp, talvez ela não seja o 4%, ela é o 0,001% da população. Eu conheci meninas que para ficar estudando matemática, engenharia ou mesmo biologia, eh, elas tinham que trabalhar às vezes de doméstica ou eh eh eu conheci outra que trabalhava num bar à tarde ou nos períodos, porque ela tinha que se manter na cidade. Nem todo mundo que passa na Unicamp mora em Campinas. Então, a família tem uma renda extremamente baixa e ela não tem nem como morar lá. Então, a gente criou esse programa, o dinheiro que ali a gente alimenta do da da das aplicações do programa, a gente dá uma bolsa para essas meninas. Hoje a gente tá colocando por volta de 40 meninas na Unicamp, onde a gente dá essa bolsa para elas, para elas poderem estudar eh de tempo integral na universidade e não ter que trabalhar eh meio período para poder se sustentar. Então assim, eh, a parceria com a universidade ela ela é super importante, mas você não sabe qual como é duro você fazer esses esses eh programas com as universidades, porque tem todo um arcabolso regulatório que isso não é permitido no Brasil. assim em em ampla escala, tenta pegar uma empresa e falar: "Vou investir ou meus colegas aqui na USP ou em alguma outra universidade, né? Ou tem nos Estados Unidos tem muito tema da pessoa que se formou na universidade, ela mesma vai lá, você se formou na universidade pública, o estado me ajudou a me formar, eu me graduei, vou lá investir um pedaço do que eu ganho na universidade, nada mais justo." Tenta fazer isso no Brasil para você ver a dor de cabeça que é, né? Então, eh, eu queria deixar esse relato porque às vezes parece que as empresas não quer fazer, eh, não querem fazer algumas coisas, mas não é fácil fazer as coisas no Brasil. Então, Estela, deixa eu dar meu meu depoimento aqui nesse assunto que eu acho fundamental. Eh, vou falar de três três pontos aqui. Primeiro ponto que você falou eh eh realmente a gente não pode, por causa da tecnologia, aumentar esse gap, né? Então qualquer iniciativa ela tem que tá com essa visão. Então no exemplo que eu comentei no início aqui da conversa do nosso programa, ele ele é voltado para comunidades e para grupos subrepresentados, tá? Então existe essa preocupação. Eu acho fundamental, concordo plenamente com o Luiz falou, muitas vezes é algumas coisas são bastante difíceis, mas se você já tiver já focado para isso, eh, paraa comunidade sobrepresentadas e grupos já ajuda. Eh, eu tenho um ponto que é que é até pessoal meu que eu acredito muito, que é o seguinte. Vocês estavam comentando aqui, eu plenamente concordo muitas vezes, né? O professor tava falando, putz, tem gente que se forma no quarto, no quinto período e não sabe somar, mas mas tem pessoas que t déficit de de de aprendizado. Eu tenho uma pessoa da minha família que tem défic de aprendizado, que eu tenho certeza que se fosse há 50 anos atrás, ela tava fadada a não ser uma pessoa funcional. Ela simplesmente ia ter que viver eh eh sendo sempre suportada por alguém. E eu não tenho dúvida nenhuma e hoje é um dos meus propósitos que a inteligência artificial vai suportar essa pessoa para que ela algumas funções básicas que ela não vai saber fazer, ela ela seja suportada e ela consiga, obviamente não vai ser um super engenheiro, não vai ser um super eh, mas que ela consiga ter a vida dela normal, ter o seu trabalho. Então, acho que a tecnologia IA tem uma uma parcela é muito importante nisso, sabe? nessa parte da inclusão de de de pessoas com com problemas cognitivos ou alguma coisa assim. Então, acho que que é uma parte que a gente também eh eh não pode esquecer, tá? Então, um pouco um pouco a minha visão aqui disso. Bom, eh, os profissionais, a gente tá falando sobre essa questão de que a IA também pode ajudar nessa formação de quem não teve formação, né? Eh, a gente tem ouvido falar muito nos agentes de IA, né? O que que são esses agentes de IA? Eu queria que alguém contasse aqui pra gente, talvez o Carlos mesmo. Eh, e assim, como que a gente pode pensar num futuro do trabalho aonde as pessoas trabalhem com agentes de AC? Os os as pessoas têm equipes formadas híbridamente, né, por profissionais e que todo mundo tenha que ser um gestor de, quer dizer, quais habilidades a gente vai ter que ter para isso? Então vamos lá. Esse assunto é legal. Eh, primeiro assim, a teoria, né, cada um pode ter, né, nuances na teoria. Como a gente vê isso? Primeiro, a gente entende que isso pode funcionar de duas maneiras, né? A primeira maneira que é um pouco dos assistentes, tá bom? Eh, aonde ele funcionaria como uma inteligência aumentada para pro humano que tá trabalhando, né? Então, todo mundo teria um assistente que você poderia est que seria super especialista em determinado assunto. Por exemplo, eu costumo dizer: "Ah, se eu tenho uma pessoa que faz uma uma tipificação de imposto na minha empresa, ela vai ter um super especialista de de tex ali do lado dela em que ela pode ficar consultando ele, tirando qualquer dúvida." Então, você começa aí para um ambiente de trabalho que eu digo mais assertivo, tá? aonde você para de achar, para de putz, tem quase certeza e começa a ter ali um uma entidade que vai te fornecer essa informação. Eh, então acho que esse é um é um primeiro viés, né, da da aumentar a inteligência da da pessoa e dá um e dá um e principalmente pessoas que estão começando, as pessoas mais júnios. E o segundo é o do agente mesmo, né? E aí o conceito do agente pra gente é o ter a capacidade de fazer um trabalho autônomo, tá? Então, ter a capacidade de verdade de atuar, eh, obviamente não em todas as atividades, mas ter autonomia e conseguir executar uma atividade de início a fim, tá? A gente já tem e a gente já vem atuando assim, né? Isso traz um impacto completo, incrível na forma de trabalhar, como você colocou, Estela, assim, eh, eu brinco bastante. A gente passou por várias, eh, lições aprendidas, né, na hora que a gente colocou os agentes, os assistentes na nossa força de trabalho. Eh, algumas do tipo, eh, pessoas tentando competir com a agente ou assistente que você de forma errada, botava os dois para fazer a mesma atividade, não faz sentido nenhum, né? Vocês têm que fazer coisas diferentes. Então, esse é o primeiro erro básico, tá? Há outros do tipo e que a gente tava falando mais cedo do tipo eh uma quebra de mindset que você tem, né, pessoas que estavam acostumadas, né, a chegar em casa e falar: "Mãe, pai, eu sou, eu tenho, putz, foi promovido. Eu tenho 30 pessoas no meu time, eu tenho 40 pessoas no meu time". Aonde a quantidade de pessoas era sinônimo de status, era sinônimo de poder. E agora você vai para mundo em que isso começa a não ser tanto assim. Então eu brinco com eles que eles têm que ter chegar e falar pra mãe e pro pai que eles têm tantos agentes, que eles têm tantos robôs, que eles são responsáveis eh eh eles têm que ser responsáveis pelo funcionamento daqueles agentes. Eu também eh outro comportamento também, não adianta deixar os agentes trabalhando de forma autônoma e e e simplesmente sem estar monitorando. Então, através de ferramentas, através de governança, você tem que monitorar, você tem que entender o que ele tá fazendo, você tem que saber a restabilidade do que ele tá fazendo, você tem que tem que ver eh se ele tá tendo algum viés para para alguma determinada situação. Quer dizer, o trabalho muda, né? O trabalho muda em você passa a executar menos e passa a a a monitorar, direcionar mais. Então, eu falo até muitas vezes na nossa experiência, eh, você acaba trazendo a maturidade mais cedo, tá? Tipicamente antigamente você, né, no modelo tradicional, vamos chamar assim, você ia de júnior para pleno, para seno, para sior, às vezes 5, 7, 10 anos, dependendo dessa empresa. Agora não, agora você já tem um cara que acabou de voltar da faculdade, mas ele já tá de alguma forma fazendo a coordenação de uma atividade que tem um entregável. Ele tem que entender como é que tá fazendo, ele tem que tirar as dúvidas, ele tem que ele tem que ver se o treinamento tá correto. Então essa essa atividade, essa maturidade, ela pode vir mais cedo se ela for usada eh de forma de forma correta, tá? Então, é isso que a gente tá vivendo, assim, é é incrível esse momento, porque é muita, muita mudança, né, como você colocou, e, e os skills são outros, né? a gente tava eh putz, hoje a pessoa curiosa, a pessoa, né, com com capacidade analítica, ela é mais importante. Por exemplo, professor tá vendo, tava até conversando com ela, que o que é um absurdo, né, o que eu vou falar um absurdo, mas a gente tava lendo o relatório antes, uma opa, mas a gente tava lendo o o relatório do Forum Econômico que ele fala quais são os skills principais que você precisa, deveria escolher num profissional quando contratar. Os tops são capacidade analítica, o que faz todo sentido, letramento tecnológico. Os bottom sabe quais são? Ler, escrever e matemática. Absurdo. Mas por quê? Porque o empregador já começa a entender que de alguma forma alguém vai ler para você e vai te interpretação de texto, tá no tá no número 20, né? Não é um dado meu, não é um dado, é um dado do do foro econômico eh eh, né? Do outro econômico forum. E então você começa a ter essa essas situações que são eh inesperadas dentro de um de um comportamento, né, dentro do nosso modelo mental tradicional, né, e não é simplesmente para segui-las, mas para avaliar e entender o que tem por trás disso, né? Porque eu entendo que a aprender matemática você aprende a fazer outras coisas, então por isso que ela é importante. Mas enfim, eh é um pouco do mundo novo e é um pouco da dessa dessa, né, dessas diferenças que a gente tem que começar a analisar, tá? que é um que é uma delícia fazer isso. [Risadas] Vou vou tratar de trazer isso com dois exemplos concretos na na Schneida, né? Ah, bom, a, eu falei, uma empresa de tecnologia, a gente uma empresa de origem francês. Ah, e na França a gente tem muita fábrica, né? Eh, tem uma frábica que eu conheço bem, eh, que tem mais de 60 anos, Lubodi, eh, produz um tipo, manufatura um tipo de produto que não parece sexy, mas qualquer motor elétrico para funcionar precisa desse componente. Então, imagina a importância dessa fábrica. Qualquer diria: "Ah, a França é muito caro para produzir, as pessoas não querem trabalhar em metal mecânica porque isso não é sexi. jovens querem sair eh eh empregos mais sexy, finança, eh digital, ah, querem ser como um chefe aqui, grande chefal, tudo bem, mas a gente precisa, não só de chefe, precisa quera que faz produto concreto, hardware, h também porque para para tener o software precisa do hardware e a eletricidade necessita do hardware também, entendeu? Ah, e essa fábrica qualquer diria não está destinada a morir. Vamos em novad. Os empregados são empregados que têm na longevidade, tem muitos anos aí trabalhando, mas vão vão se aposentar. Como que a gente faz sexy isso? E e aí tem que traer a tecnologia e os assistentes virtuais. Então, a gente cria um programa onde tudo isso imagina que tem a possibilidade de convertir-se em coach e professores para empregados jovens que eles não vão estar aí para fazer só mecânica, não querem fazer só na manufatura, mas imagina o prazer desses jovens que vão fazer esse tipo de trabalho com tecnologia, com e eh h não só inteligência artificial, mas virtual reality, realidade. virtual, realidade aumentada. Ah, eles não querem pegar o peso de um ah um equipo bem pesado, mas tem robó que faz isso. Então você fala com esses jovens de 20, 30 anos, eles estão utilizando toda a tecnologia disponível. Ah, estão aprendendo, porque isso é learning também, fazendo aprender a inteligência artificial e eles aprendendo têm um trabalho muito exciting, muito eh eh enriquecedor para eles também, onde estão utilizando essa tecnologia e fazendo um trabalho que não parecia sexy. Essa empresa agora produz mais, os custos finais são menores, não tá eh demitindo e tem muita gente que agora quer trabalhar aí, entendeu? Mas tem muitos exemplos desse. Esse um exemplo do World Economic Forum também, porque é um faro de eh adopção de tecnologias hã de impacto eh CO2, descarbonização também importante por o uso dessa tecnologia também e como que os snior trabalham com as novas gerações também trazendo essa tecnologia, porque essa tecnologia não é só para o high-end, né, para o altos n, é para tudo, tudo a cadeira. Então essa é uma maneira de integrar também. Agora no mundo de comercial também tem esses assistente. Não quero fazer propaganda aqui de ninguém, mas o copilot, porque muitos vendedores também têm medo que vão perder seus jobs. Hã, e que que vai fazer Copail? Compilo não vai reemplaçar você. Copailo vai te empoderar. Opa vai te ajudar a ser o melhor vendedor. O tempo que a gente chama do tempo vermelho, tempo que não é produtivo, a gente elimina esse tempo e o copailo faz tarefas para você que você antes tinha que assir perdia tempo. Então o vendedor, a vendedora tá empoderada para ser muito mais produtivo também. Então, todos os assistentes, essas pessoas que antes ah eram eh contribuidores individuais, hoje tem assistente, podem ter dois, três, podem ter vários também, como falou que que que eh o colega aqui também, mas todos os exemplos não podem ser aislados, tem a gente tem que divulgar mais esses exemplos também, porque tem muita coisa boa também passando que as pessoas não estão sabendo. OK. E nós só para um grupo, tem que ser para todos. Eh, desculpa, você quer agregar alguma coisa rapidinho? poderia compartilhar um pouco a experiência. Eu tô um pouco do outro lado, como eu mencionei no início, o lado da componente da formação. E o meu instituto IMPA, que já é uma instituição em várias décadas de existência, tem uma um desenvolveu ao longo da história um perfil de uma instituição de pesquisa naquilo que muitas vezes é chamado de matemática pura. Eu não gosto da expressão. Significa a matemática é feita pelo prazer de fazê-la sem ter sem levar em conta um eventual eh eventual utilização prática da matemática. Não quer dizer que ela não possa ter, mas sem que isso seja uma preocupação. 5 anos atrás, mais ou menos, nós decidimos fazer um experimento de quebrar esse paradigma. Criamos um um pequeno centro de inovação chamado centro PI, centro projetos de inovação, com a perspectiva que para a cultura institucional era revolucionária. Vamos atrair as empresas ao instituto para que nos tragam seus problemas. Vamos utilizar e eh esses problemas como uma fonte de conhecimento, fazer pesquisa em cima do problemas concretos que as empresas nos trazem. vamos utilizar como uma ferramenta de formação dos nossos alunos e vamos devolver à empresa a solução do problema que ela nos traz. E a gente tá fazendo isso de forma eh regular. O meu colega Lucas Nembão aqui presente é o é pessoa que lidera o o centro PI. Estamos fazendo isso de forma regular em eh com uso eh proeminente de ferramentas de inteligência artificial. Então, trazendo eh esse essa dimensão para o aspecto de formação dos nossos alunos e para essa interação com o setor produtivo. Estamos fazendo isso aí virtualmente qualquer domínio da atividade econômica que vocês possam imaginar, saúde, entretenimento, finanças, mineração, eh meio ambiente, eh previsão eh do tempo, clima, etc. Em virtualmente qualquer aspecto, nós podemos utilizar as ferramentas da inteligência artificial para produzir resultados, alguns com impacto social. Acabamos de fechar um projeto com a prefeitura de previsão de curto prazo de chuvas e enchentes aqui no Rio de Janeiro, o qual estamos em processo de escalar para uma uma área geográfica maior, para escopo nacional, né? eh, mas também eh com benefícios no nível da formação e no nível do da proximidade com o setor produtivo, de entregar soluções para o setor produtivo. É só isso aí que eu queria aproveitar a oportunidade para compartilhar. E esse tema de agente é um tema eh bastante fascinante, porque se a gente a gente falou bastante aqui de empresa, mas você pensa nós como consumidores, como vai ser nosso dia a dia com os agentes? E aí eu vou dar nossa a nossa visão, né? Não não necessariamente é eh é a verdade absoluta, mas a gente fala que a user interface, que nada mais é como você olha pro seu telefone hoje, você digita muito, né? Imagina que seu user interface vai começar a ser o seu próprio agente. Então, em vez de eu entrar no meu agente e colocar entrar no meu celular e falar: "Eu vou no A e clicar na minha casa, eu vou falar pro meu telefone, eu quero ir pra minha casa". Ele vai abrir o aplicativo do de Waze ou ou Google Maps, né? Qualquer um. E ele vai. Então você imagina que até a monetização de tudo isso, eh, ela vai mudar, porque a partir do que não sou mais eu que clico, é meu agente, é a monetização dos aplicativos ou das aplicações, elas mudam ao longo do tempo. Então, a grande briga das marcas hoje e dos fabricantes em geral, eh, vai ser para ver quem vai ser o seu user interface, porque pensa no seguinte, o seu user interface, ele não vai saber, ele vai saber que você pediu, que horas você pediu, o que você pediu, quando você pediu. E aquele dado nada mais é que um dado pessoal, só que ele sabe tudo, porque se a partir do momento, e tem gente que não gosta de falar, vai continuar eh digitando o parâmetro de entrada, você que define, mas você vai est digitando pro seu user interface, pro seu agente e você não vai estar digitando mais no aplicativo. Todos aqueles dados de consumo, hábitos, eles estão lá, eles são seus e a máquina, o seu celular, o seu computador, o seu carro, ele vai est aprendendo com você. Só que no final do dia aquilo é como se fosse a sua conversa do WhatsApp, que no final ela é privada. E que que acontece todo dia? Você criptógrafo, criptografa aquilo e joga pra nuvem. E se você perder o seu celular ou for roubado, que no Brasil tem uma chance grande, eh, você tem como capturar aquela informação. O que eu tô querendo dizer é o seguinte: A máquina, o seu user interface, ele vai aprender diariamente com você e ele vai ser tão bom quanto mais tempo ele passar com você e ele vai mudar totalmente a relação. Só que a partir do momento que ele tem todos meus hábitos, eu não quero que ele seja mais exposto. E aí que entra um conceito que a gente fala de ei? Eu não quero que o meu dado esteja mais todo na nuvem. O dado é meu. Eu quero que seja só esteja criptografado o meu segredo, o que é meu ali. Por que que eu tenho que fazer a transação na nuvem? Nos celulares novos. Você pode pegar e de várias marcas que ele tem AI. Você põe seu dado de cartão de crédito. O dado de cartão de crédito não tá mais na nuvidade tá no celular. Esse tipo de transação, ele vai ocorrer numa escala nunca antes vista. Hoje quando você entra no seu carro, a relação com o seu carro é com Android Auto ou com iOS. E as fabricantes de carro, como é que eles monetizam tudo isso? Eles vão ter os agentes deles que vai fazer parte do seu agente. E você vai começar a ter um como se fosse uma relação similar com todos os devices onde o seu agente vai navegar em todos esses devices que pertencem a você, né? Então esse é o futuro que a gente vê uso da dos agentes pro consumo, né? E aqui meus colegas falaram muito bem eh sobre os agentes eh eh para algumas atividades até comerciais. Eh n imagina a gente de educação, meu filho, a gente ou minha filha não sabe álgebra, chegou em casa, posso perguntar pro meu agente de educação. Eu não entendi a aula de do 5º ano da escola pública sobre álgebra. Alguém pode me explicar? Lógico que pouca gente vai ter capacidade de ter isso nas casas, que isso é um outro problema Brasil, né? de ter um negócio desse, um laptop, mas tudo que a gente tá criando como tecnologia, os nossos processadores, principalmente, é para você rodar essa II device e não só na nuvem. Então, os nossos produtos que a gente tá criando é muito com essa característica. A gente tem um um projeto com aranco, eh, aonde por soberania nacional ele disse: "Eu não quero meu dado em nuvem, eu quero meu dado com IA Generativa rodando só aqui dentro on prem que a gente fala dentro da do da físico, né? Ele no na no prédio deles e você tá rodando toda essa capacidade computacional lá dentro da refinaria, dentro do prédio, enfim. eh, e tudo com a Generativa que são agentes eh trabalhando. Eh, só para dar um um glin desse tema do do UI no futuro. Deixa eu aproveitar então pra gente falar um pouco aí dessa frente de produção, porque a transformação trazida pela tecnologia, pela inteligência artificial, com automação, robótica, IoT, né, tá tudo mudando muito. E quando a gente conversa com a indústria, tem relatos de um aumento de demanda por profissionais como eh operadores, né? Eh, pessoas que trabalham diretamente ali na técnica da empresa, que tem que lidar e coordenar essas tecnologias. E eu queria ouvir um pouco que profissionais são esses para essas vagas mais sexy, né, como você tava explicando, pro chão de fábrica, como é buscar essa mudança aí, né, de perfil de trabalhador para trabalhar com as tecnologias, mas que de fato são pessoas que estão ali com a mão na massa, né, estão dentro da fábrica. Eu falar de duas, né? Uma mais soft, eh, ou de comportamento e outra mais técnica, que é mais a soft, a primeira para mim bem pessoal, mas acho que na na empresa tudo a gente concorda, é a curiosidade e e a curiosidade vai ser fundamental. Eh, eu acho que o melhor para combatir o medo e essa ansiedade é se interessar e aprender. Eu posso, a minha mãe pode ter medo que tudo essa inteligência que o carro que o aparelho já sabe para dar, mas se ela é curiosa aprender quais que são os benefícios, quais que são os riscos também, eh, e e como que ela vai enfrentar isso, então e e essa curiosidade que vai dar conhecimento, vai tranquilizar também essa ansiedade. Então, na área do trabalho, eu acho que é o primeiro essa curiosidade e como que a gente vai integrar tecnologia em os trabalhos tradicionais. Então, isso tudo tem que ver com o que a gente chama de upskilling também, tá? Que basicamente é a competência que eu tenho hoje, como que essa competência pode ser elevada, empoderada graças a essa tecnologia. Mas para fazer você tem que ser curioso, tem que tener as competências de aprendizagem, mas saber que tudo essa tecnologia tá a seu serviço, não para reemplaçar você. OK? Ah, eu eu gosto muito também do do fato ah das pessoas que que desaprendem para aprender, OK? Porque a gente tem o conhecimento, isso faz, você tem que fazer dessa maneira. Eu aprendi dessa maneira, essa maneira que funciona bem. OK? Só que essa maneira não vai funcionar depois. Então, como que eu vou deixar de fazer tarefas que não aportam valor para tomar umas novas e aprender dessa volta para curiosidade também? ah, seja na área industrial, seja na área eh predial, h mantenimento de um prédio, seja na área de infraestrutura, as pessoas que vão eh que vão continuar fazendo esse tipo de trabalho, só tendrá a oportunidade se integras tecnologias, porque tudo o que estamos contando aqui e eh vai fazer que eles ou ficam completamente fora ou sem moderam e produzem muito mais. Agora tudo isso, n e e vou aproveitar aqui, vou pequena, mas porque tudo se a gente fala que tudo isso vai seguir se tecnologizando, a gente vai precisar de infraestrutura para poder ter toda essa data. E mesmo se algumas empresas estão ou ou nações, olha, eu não quero isso na nuvem, eu quero isso aqui predial, mas significa que você vai ter seu próprio data center para fazer isso. Então vai ter a oportunidade de tener um data center on premises que jáama dentro de minha área. Ou vocês não podem tener data center, eu não posso tener um data center. A minha pequena e mediana empresa não pode tener um datacente. Então passa a nuvem, pode ser também no aparelho, só que o aparelho também vá precisar de bacop de certa maneira também. Então e e aí onde viene touda essa nova geração de data center também a mobilidade, como que na parte elétrica também uma bateria não somente acumula energia, sino que também sabe tem outra função. O carro é uma bateria também, então ou um acumulador também. Então, tudo isso vai precisar de pessoas que sabem eh entender todas essas mudanças. Eu eu acho que eh as oportunidades que trazem para Brasil, particularmente quando a gente fala desse data center, porque ainda vamos precisar uma nuvem poderosa com essa capacidade de de de analis, com essa capacidade computacional, com capacidade eh de de poder produzir tudo isso eh todo esse conhecimento e benefício que a gente precisa. ah, vai consumir uma energia incrível. E essa energia incrível, idealmente tem que ser uma energia limpa, uma vez mais Brasil. Só que essa energia para que seja limpa, você vai precisar pessoas no ramo elétrico também que sepam conjugar o elétrico com o digital, porque não precisamos de eletricista eh tradicionais, precisamos de eletricista que sejam capazes de integrar a parte digital também. e de inteligência artificial para poder desenhar data center que seja adequado para essa essas eh novas demandas. Então, seja que você tem no aparelho, seja que você tem na nuvem, seja que você tem um premises, as necessidades vão estar lá. E para isso a curiosidade, a capacidade de obskill, de reskill, de desse aprender também vão ser fundamentais. E isso a gente tem que incentivar, porque se não incentiva aí vamos ficar nesse problema que a gente vai quedar por fora também. Eh, que tipo de requalificação, né, os trabalhadores, na opinião de vocês, precisarão aí para se manterem relevantes, especialmente no setor de serviços. Sou igual no serviço igual igual serviço para a gente representa 20% de nossa receita 20% de nossa receita. O serviço não são somamente ia mudar um disjuntor elétrico, uma celda de media tensão. Agora eles precisam serviços digitais, serviços que permitem anticipar, serviços que permitem eh eh ajudar empoderar a esse agente que está trabalhando nisso com mais seguridade, com mais eficiência, com mais capacidade de que o trabalho seja feito de uma maneira não somente segura, mas continuidade de serviço também. Então imagina, estão falando de um técnico elétrico mecânico que já tem shortters e falta em quantidade, imagina a qualidade também. Então eu eu acredito que tem que ser pessoas com a capacidade de aprendizagem. Essa curiosidade volta à curiosidade também e saber que todos esses aplicativos vão ajudar ele a se empoderar. Agora, se você fala na parte alta da da pirâmide, você vai necessitar pessoas com desenvolvimento e capacidade analítica muito mais forte de criatividade, muito mais forte, de conceptualizar, muito mais forte. E aqui estamos falando um pouco STEM, n tudo que tem que ver com science tem e eh em engenharia matemática e volta para o Brasil. O grande desafio, você falou da Índia, eh, Índia no ano 24, no 23 ou 24, foram mais de 2 milhões e meio de engenheiro. Quanto fiz o Brasil? Então, então quantidade conta é quantidade e qualidade. Você falou 4% ficou aqui. É horrível, entendeu? Então a gente precisa em todos os níveis. Se a gente fala de engenheiro, criadores, mas a gente fala também de dos eletricistas, dos mecânicos desses carros, dos instaladores, dos carregadores elétricos, entendeu? Então é é toda a cadeia dos executivos, todos nós do jornalista. Jornalista de de ontem não é o jornalista que a gente precisa para amanhã. Então e tudo isso, essa curiosidade tem que estar em toda a cadeia. Então, Estela, esse teu ponto é muito bom. Você até um pouco provocativo aqui, como eu vejo isso, tá? Eu acho que de verdade e o serviço é um dos setores que tem como quebrar aquela barreira que você colocou de colocar mais pessoas no mercado, né? Então eu falo, penso às vezes que ousar é dizer que vai ficar até mais fácil, né? Porque tem os skills que a gente tá falando de curiosidade, letramento tecnológico, mas muitas vezes o a o a o o a habilidade técnica pro serviço, ele dependendo do tipo de serviço, obviamente não for um serviço manual, ele vai poder consultar e vai poder, né? Eu eu falo assim, putz, há muitos anos atrás eu trabalhava numa fábrica e alguns equipamentos você tinha que aprender alemão, tinha que se lidar com alemão para poder mexer numa válvula. Isso não existe mais hoje. Então, de alguma forma, eu sim acredito que a vida vai ser mais fácil pros executores, para algumas pessoas que estão no Frontline Jobs, porque elas estão recebendo esse essa inteligência. E você começa a ver, ver de verdade, táela? Começa a ver algumas empresas tirando a barreira da graduação para contratar pessoas, para isso é fantástico num país como o Brasil, né? que a gente fala, né, professor de graduação, mais vagas, mais vagas e exemplos de que putz vaga não necessariamente gera eh, né, gera qualificação. E quando você começa ver que alguns serviços podem ser assistidos, em que putz, você diminui às vezes a a necessidade de de conhecimento para executar aquele serviço e que isso permite que você tire uma barreira de entrada no mercado de trabalho. Olha, olha a mágica aí acontecendo, né, de uma forma inesperada, né, de uma forma que todo mundo pensa: "Ah, eu tenho que treinar, eu tenho que fazer, eu tenho". Então, então eu acho que que a que que o setor de serviço é um que que vai estar sendo muito beneficiado, que pode pivotar essa equação e e e contar uma história diferente para um país como o nosso, tá? Essa minha visão pessoal, eu vou aproveitar essa esse questionamento que nos foi enviado pela CNC sobre serviços, eh, e tocar num outro ponto que que a falta de maturidade digital, né, de muitas empresas aqui no Brasil, como que isso impacta, né, a capacidade dos profissionais de se desenvolverem, de implementarem, aproveitarem essas competências. E em particular, eu gostaria que vocês falassem um pouco de como é que a gente leva isso às pequenas e médias empresas, micro, pequenas empresas. O Brasil é fortemente movimentado por elas, né? Uma pergunta para todos os quatro. Posso posso começar? Eh, eu acho que para você democratizar o uso eh da tecnologia, ela tem que ela tem que ser fácil e ela tem que ter um custo acessível, né? Com tudo que é complicado e caro, é difícil você democratizar. Eh, os casos de uso, a gente tá começando pelos casos de uso, né? A gente fez uma um estudo dentro da lá da qual quais são as dentro das empresas eh as maiores demandas que eles têm, né? Por incrível que pareça, apareceu coisas básicas como é segurança, né? E às vezes a gente fala de digitalização, mas é um é um termo muito amplo, né? Digitalização pode ser fazer um PDF, né? Mas eh segurança é um tema é um é um tema importante esse tema dos agentes é um tema importante. E aí em cima dessa matriz de prioridades das empresas, a gente tá trabalhando em duas frentes. Uma é como a gente leva exatamente esse tema do AI on premis, porque aqui eu quero dividir e pras empresas, é muito importante. Todo mundo pensa, não, para EI eu tenho que investir muito dinheiro, muito dinheiro, muito dinheiro. Para você fazer o treinamento IAI é muito dinheiro, mas para você fazer inferência não necessariamente eh ela é tão cara. Vou dar uma um exemplo que que é treinamento e inferência. Treinamento é preciso reconhecer faces para ver quem tá na rua, segurança. A inferência é eu reconhecer a face, né? Para eu fazer o reconhecimento da face, eu não preciso para um super data center. Eu posso fazer numa coisa muito mais simples, né, numa com uma capacidade computacional muito menor. Inclusive o seu smartphone também ele reconhece sua face, já tem o modelo treinado. Então, eh, a gente pegou um exemplo, a gente tem uma parceria com a Elses no Brasil, não sei se vocês conhecem, uma Elses é um grande e empresa aqui no Brasil, vende câmeras, fechaduras, enfim, vários outros produtos. E a gente desenvolveu por verticais, eh, inclusive se chama elsis. O site para quem quiser depois olhar. Você pega as verticais, agronegócio, tá lá reconhecimento de semente. Eu tenho que fazer reconhecimento de semente. Como é que eu faço? Coloco uma caixinha que a gente chama de AI 100 ou AI box que você pode conectar nela sete câmeras. Inclusive, pode ser, eu pego esse lugar aqui, sete câmeras que estão instaladas aqui, coloca um EBOX. Não fui na nuvem ainda, só coloca um Eibox. já tem uma aplicação de reconhecimento facial, eu posso transformar essas câmaras que hoje são burras em câmaras inteligentes. Só que se eu tô reconhecendo fácil, eu posso reconhecer se é um material defeituoso. A gente tá trabalhando com outra empresa SVATEC na na Vale, por exemplo, que faz reconhecimento de minério. Hoje eu não preciso, eu vejo a volometria passando, eu já sei, será que essa carga tá exatamente full? Eh, eu tô no peso total que eu poderia estar, a volumetria que tá significa então tantas toneladas, então vou economizar diesel porque eu vou ter que fazer menos caminho. Então assim, o tema de visão computacional em tudo isso vai ser eh um tema assim a visão computacional é o grande tema hoje da inferência em ai né várias aplicações que vão ser usad dentro do chão de fábrica até uma farmácia, né? Eu sou um cliente VIP, sei lá, de alguma dessas grandes redes. Eu entrei numa farmácia, ele tem a minha a minha o meu cadastro, já tenho um atendimento, ele já sabe qual foi a última coisa que eu comprei, que é o cara que gosta no offline. O retail, a gente tem uma outra cadeia, grande cadeia de retail, que tá fazendo um um teste com a gente. Eh, tem as gôndulas, que produto que eu peguei, que produto que eu larguei, quanto tempo demorou pro cara ser atendido, né? O cliente era VIP, eh, que produto que ele comprou no final e por que ele não comprou. Detalhe, você faz tudo isso por AI. Você não tem ninguém fazendo isso. Tem uma aplicação, uma caixinha que chama IBOX, um par de câmeras, resolve o seu problema. e esse no consumo. Mas se a gente volta a pequena e mediana empresa, pequena e mediana indústria, seja serviço ou seja industrial, vou falar um pouco mais industrial que eu conheço um pouquinho mais. Ah, o grande desafio dessas empresas é a competitividade. Tem que ser competitiva em um meio onde Brasília bem hã ah, mas você tem que sobreviver esse também. Quando você vê, pergunta para eles, olha onde é que estão seus costos de operação. Tem os costos tradicionais, né, mas tem um costo de energia, de recursos. Como que você optimiza esse custo também? Porque a competitividade traz redução para poder ser mais e uso de tecnologia. Falando com o Ministério da do Indústria e Comércio, OK? Uno dos grandes desafios, não, a gente quer descarbonizar a pequena e mediana indústria. Tudo bem, mas você é um industrial pequeno. Antes de se preocupar por descarbonizar, você tem que se preocupar por isso costo. Você tem que ficar competitivo, um mercado que cada vez é mais complexo. Então, como que a descarbonização vai te ajudar a reduzir teu custo? Como que utilizando inteligência artificial vai fazer um chequeo? Seja visual, seja um assesmo incompleto para falar: "Olha, você tá produzindo 10 garrafas de água, tá consumindo tanto de plástico, tá consumindo tanto de energia". Os estúdios mostram os mais competitivos, você utiliza muita menos energia para isso. O que que tem que fazer? Já revisou os motores que tem? já imagina todo o potencial que pode ter vindar um assistente eh virtual, tipo utilizando a inteligência artificial para ajudar essas empresas a ser mais competitiva. Tudo a data já existe também. Então a a e pode fazer as duas coisas mais competitividade pode ter um impacto no no meio ambiente também porque está descarbonizando. Por que tá utilizando esta fonte de energia se poderia utilizar outra? Como que está sua eh seu consumo? como que está, em que momento você tá comprando energia, como de que fonte está utilizando essa energia também. OK? Então, e vamos voltamos à parte de curiosidade para poder fazer o básico. O básico de uma pequena e mediana empresa é sobrevivir, ficar competitivo, OK? e não não esquecer que são essas empresas que geram empregos e os seus empregos precisam de empregados curiosos para adoptar essas essa eh tecnologia. E o custo dessas tecnologias tudo sabemos que o benefício é sempre maior, recupera normalmente um um retorn investment, um rio e e a gente tá falando 3 anos, 2 anos, tem data para mostrar que é muito menos que esse, entendeu? Então, eh, tem força para a parte consumidora, tem força para a parte produtiva e na parte produtiva a beleza é que pode ter também um impacto ambiental forte, porque estamos falando de produzir mais consumindo igual ou menos. Eh, quando quando o IMPA foi criado em 1952, ele foi dado um pequeno conjunto de missões centrais que permanecem até hoje e uma delas é eh formulada assim: disseminação do conhecimento matemático na sociedade. E essa essa missão eh o país evoluindo, ela ela vem sendo reinterpretada e anos recentes a gente tem dado uma prevalência cada vez maior ao aspecto transferência de conhecimento, transferência de expertise na área de ciências, matemática, computação, estatística, etc. de dentro das salas, das paredes da academia para o setor produtivo e para a administração pública. E e nós fazemos isso de mais de que uma forma. Eu já mencionei aqui eh os projetos que a gente desenvolve no Centro PI com as empresas, que são uma forma de fazer essa transferência de conhecimento eh para as empresas. Eh, outra, evidentemente, é a formação de estudantes de graduação eh e pós-graduação, mas há um terceiro aspecto que é por meio de cursos de capacitação, que nós oferecemos também por intermédio do Centro PI para empresas de qualquer dimensão. Já temos feito isso com empresas variadas. A demanda vem em geral de empresas maiores, simplesmente porque elas são mais informadas, mais conhecedoras, mas tá aberta a oferta de cursos de capacitação para levar equipes de forma rápida a dominar eh pontos básicos dessas novas ferramentas ligadas à estatística, à computação e à matemática. E eu tendo a falar bastante da empresa que que é eh que é o foco aqui, mas a necessidade dessa transferência talvez seja ainda maior ou pelo menos tão grande no setor público, nos órgãos públicos, que vários deles precisam eh desesperadamente desse conhecimento e setores que são control, órgãos de reguladores, etc., aos quais e essa essa esses serviços oferecidos pelo IMPA também estão disponíveis. Bom, deixa eu dar minha contribuição que você falou de maturidade tecnológica, né, e falou de custo paraas pequenas e médias empresas. Na maturidade tecnológica, Glo, geralmente eu tento usar isso quase como uma coisa boa. Por exemplo, não ter a maturidade tecnológica adequada faz quando você compare, muito provavelmente a produtividade de um trabalhador nosso com um trabalhador, né, mais maduro, existe um gap. Então, qual é a mensagem, pessoal? Vamos parar de discutir se vai de parar de vai gerar desemprego ou não. Tem um gap de eficiência que a gente tem que cumprir anyway para poder ficar no nível de outros mercados. Então vamos parar de focar na na nesse ponto e vamos focar o que que eu preciso fazer para cumprir esse gap e passar a mensagem de eficiência. Acho que Rafael acabou dando alguns exemplos de eficiência na fala dele, que é isso que a gente tem que focar, porque a gente tá imaturo. Então, até chegar na maturidade e por algumas, né, tem estudos que mostram para algumas atividades, o gap é de 30, para outros é de 70, até chegar lá não tem esse problema, né? E aí os países maduros eles já tem outro problema, porque ele tá maduro, mas a população tá envelhecendo, ele tem menos gente para fazer alguns tipos de serviços em que a eficiência vai também. Então, nos dois casos, você pode trazer riqueza antes de começar a discutir um eventual impacto de empregabilidade. Essa forma que eu vejo e essa forma que eu que eu tento articular com com o meio ambiente que eu, né, com ecossistema que eu convivo, essa parte da maturidade. A parte do do das pequenas e médias empresas, você colocou, não tem jeito, é tornar o custo acessível a elas, né? Eh, o que a gente pensa nisso, acho que também se colocou aqui vários exemplos de eficiência energética, né, de de computacional, que vai baixar o vai diminuir o custo da, né, das transações e do acesso às ferramentas. A gente também acredita no modelo aberto, né? Então a gente acredita que a IA ela não deveria e não deve ser algo que esteja na mão da, né, da das grandes empresas em modelos fechados, aonde você comece a competir para modelos fechados e que isso vire um artigo de luxo, você ter o melhor modelo e tenha que pagar mais por ele. exatamente o contrário, que você abre os modelos, como a EBM faz, em que você passa ter uma competição onde você seja capaz de acessar modelos abertos, criar seu próprio modelo e e e isso também junto com toda a parte da eficiência energética colocada traz no final o uso dela e e já vem diminuindo, né? Não direi nem ano a ano, né? Mas sei lá, mês a mês o custo eh já vem diminuindo e a gente acredita que esse é o é o caminho para para essa inserção que você tá colocando, tá? Eh, eu queria fazer uma pergunta pro Marcelo. Eh, a gente tá falando aqui muito sobre essa evolução da da IA e a gente precisa, né, formar cientistas e pesquisadores aí para essa economia digital. Eh, eu queria que você comentasse um pouquinho como é que você vê o impacto da IA no ensino da matemática, né? E uma vez você já falou que as olimpíadas, né, de matemática IA já ganhou. Então, assim, o que que fica pros humanos? o que que fica pro para Iar nessa disputa aí da criatividade também. Bom, eh, são de fato duas questões. Eh, qual o uso potencial da da inteligência artificial como ferramenta na educação e também o quanto ela pode acabar invadindo a o próprio aspecto profissional, mercado profissional da da área de educação. Eu acredito um pouco como foi mencionado antes aqui, que nós temos que ver a inteligência artificial como uma ferramenta e ela tem um potencial enorme para para contribuir de modo muito positivo pra educação. Eu vejo os meus filhos serem em grandes medidas autossuficientes, porque eles já estão usando eh os o chat GPT em particular como agentes de inteligência artificial no próprio estudo, verificando eh de modo muito saudável, tá? fazendo a a tarefa e em seguida verificando, usando, é um é um começo, é uma um estágio incipiente, eh, mas claramente produtivo. Eh, agora, como toda a tecnologia eh se nós queremos que ela seja produtiva na educação, nós temos que capacitar o educador a utilizá-la. Anos atrás, eu estive em Porto Velho, em Rondônia, para eh bancas de dissertação de mestrado, do mestrado profissional de formação de professores. E uma das dissertações de um professor do Acre era sobre o uso do computador na sala de aula de matemática lá em Rio Branco. Para resumir, a conclusão desse professor foi a seguinte. E na ocasião havia em Rio Branco 75 professores de matemática no ensino médio nas escolas públicas da cidade. Desses 75, 75 tinham computador na sala de aula e 74 nunca tinham ligado o computador, tá? porque não foi, não ocorreu, não é a necessidade de capacitar eh o eh o professor para o uso daquela ferramenta. Foi disponibilizado o hardware, mas não foi disponibilizada a capacitação. E em relação à inteligência artificial, claramente eh eh isso isso se coloca de forma ainda mais aguda. O próprio IPMA, nós estamos estudando seriamente trazer a inteligência artificial para paraa disponibilizar de forma ampla para a formação dos estudantes. Um dos nossos professores, professor de do Impatec, professor de programação, tava muito feliz eh contando o desempenho dos alunos dele em programação. E alguém perguntou: "Mas será que usaram chat GPT?" E a resposta foi emblemática: "Se não usaram, eu vou reprovar eles, porque o mercado, o futuro é esse, né? ferramenta está aí, eh, é claro, eh, como parte do processo de formação, tá? Então, eu acredito nisso, eh, mas coloco muito a ênfase, eh, no, na necessidade de formar, de capacitar o educador para utilizar a ferramenta. Caso contrário, nós vamos repetir erros que já eh já eh incorremos no passado de pensar só que é só questão de colocar o o utensílio e e não treinar o recurso humano. Eh, a invasão, até que ponto inteligência artificial vai ocupar o o espaço do educador no futuro? é uma grande incógnita. Eh, eu andei conversando recentemente com um colega sobre um assunto que me toca muito mais ainda mais diretamente, é, até que ponto a inteligência artificial vai ocupar o lugar do matemático como pesquisador, como demonstrador de teoremas. E eu receio que a opinião dos meus colegas é bastante pessimista, tá? Eu vivia dizendo que eu meio que apostando que em 50 anos isso ia acontecer, mas eles estão falando nessa década aqui para que a inteligência artificial comece a produzir conhecimento matemático de verdade. É algo que tá sendo anunciado como eminente. Eh, eu não vejo isso com eh caráter catastrofista. Eu eu também sou sou otimista sobre que é sobretudo uma questão de oportunidades, mas até quem faz e matemática no sentido mais eh fundamental vai ter que se adaptar a uma nova realidade do mercado. Eh, tem um ponto, talvez vocês possam explorar um pouco melhor, que é sustentabilidade. O Brasil vai receber a COP 30, né? de que maneira se consegue casar e as empresas eh ajudarem em soluções que tragam, né, dentro da transição energética que a gente enxerga no mundo hoje, né, muito acelerada, como que a gente casa isso com a economia digital, né, promovendo essas novas tecnologias e funções, mas pensando também no impacto ambiental, no volume de energia usada, né? Bom, vou vouar aqui com com essa fala. Ah, eh acho que a gente tem já uma sorte enorme de tener a cópia aqui em Brasil e ter a cópia em Belém. E e eu sou positivo que seja em Belém com todos os desafios que tem. Não vou falar agora de logística e de todos seus problemas porque não tem incenso, mas o o o fato de que seja em Amaz que seja no Brasil, na Amazonia, é um fato super importante. A gente tem que aproveitar esse esse momento. Agora vou vou falar provavelmente um exemplo concreto que estou vivendo da mobilização da das empresas. Eh, nisso que vocês sabem que essa essa conferência de eh de conference ofis que se chama que é a COP, mas empe institucional os estados, mas a a força ah privada tá participando cada vez mais e eu invito convido a o privado a participar mais. Tem uma iniciativa que nasceu da CNI que chama de Sustainability Business Coup. É uma iniciativa que tem a intenção de de ser uma iniciativa global. nascida aqui no Brasil, não é? Com essa iniciativa do CNI, onde põe junta a todo o setor privado em diferentes temáticas, temática de transmissão energética, temática de eh food system, é um sistema alimentário, a eh temática, várias cinco temáticas assim e tem temáticas transversas. Umas temáticas transversa, por suposto, são tudas habilidades verdes, né? Eu tenho o o o privilégio de participar e de liderizar esse grupo das das habilidades verdes. Então, como que essas habilidades, tu, como que essas ah competências, qual que são os as formações necessária, que que tem que ser as empresas e os governos e como que a gente vai influenciar isso para que o futuro seja o mais proveitoso para todos e que tenha um impacto positivo no meio ambiente, nas pessoas, nas empresas também. Para que seja sustentável no tempo, tem que ser economicamente viável. OK? Então, tem um grupo de empresas brasileiras, líderes, campeões brasileiros, participando com empresas internacionais. Nessa iniciativa que eu convido para que a gente veja, a ideia é traer recomendações concretas e e para isso que eu gostei muito é que o humano tá no centro disso, entendeu? tem que ser finalmente os business são feitos por as pessoas e e pelas pessoas o impacto tem que ser positivo desses business para elas também com muita inclusão, com possibilidade de desenvolvimento e com impacto positivo na natureza também. Então, evento super importante, iniciativas privadas muito fortes que estão fazendo, temáticas todas super relevantes também quando a gente fala do de de seguridade alimentária, seguridade energética, tá falando de de temas que são fundamentais, particularmente nesses momentos geopolíticos que a gente sabe bem. Então, fazer de maneira sustentável que fique no tempo também com impacto positivo para as pessoas e para o meio ambiente também. Então tem várias coisas. Eu convido a gente a ver esse também. Segundo ponto é que ah, e acho que foi o Marcelo que falou é como que a gente integra também todas isso, sabe? na parte, voltando ao ao elétrico e digital, é a como que a as convergências das necessidades, das tecnologias, das dos diferentes segmentos, aplicações de maneira integral, é a única maneira de ver coletivamente como que a gente pode desenvolver eh benefícios para todos, OK? E uma vez mais tem que ser sempre ponendo humano no centro. Isso que a gente está fazendo em Sustainability Business C, intentar que tenha um impacto para as nações e finalmente para as pessoas também. Eh, o que a gente tem tentado fazer como resolver o problema da causa raiz, né? Hoje, se você faz uma procura, se todo mundo hoje fosse sair do do da nossa busca quando a gente entrar aí no Google para perguntar alguma coisa e fosse pro chat GPT, eh, como foi dito, não existiria energia elétrica suficiente no mundo. Então, problema número um que a gente tem é se todo mundo usasse isso, não tem como usar. Então a pergunta que fica é: "Tá bom, como eu resolvo então esse problema? Se para fazer uma consulta, para dar uma ordem de grandeza, eu coloco sete, oito parâmetros. O parâmetro pode ser um ponto, uma exclamação, um caracter qualquer. Eh, eu acendo quatro lâmpadas com com uma busca no chat EPT, tá? Com oito parâmetros. Então, a causa raiz é como eu diminuo o consumo de energia elétrica dos data centers e de todos esses hardwares que consomem energia com e para fazer eh a parte de de computação eh de tudo isso. E a gente tá entrando em modelos agora, mudando a arquitetura. E isso a gente tem feito muito. A gente até anunciou ontem uma parceria com a Nvidia, onde a gente vai estar fazendo as as CPUs eh junto com eles, que a gente tá falando de reduzir drasticamente o consumo de energia eh de data centers, de produção de data center, usando algumas das tecnologias que a gente tem feito. mundo eh o mundo conhecia uma tecnologia que chamava X86, né, que consome muita energia e hoje a maioria de toda a infraestrutura de data center é em X86 e o mundo vai paraa ARM, Risk V e outras tecnologias que usam muito menos energia para dar o mesmo resultado ou melhor. Um exemplo muito simples é é o computador, né? O computador, se você pega o seu computador hoje, ele fica quantas horas ligado fora da bateria? 3 horas, 2 horas, se tanto a gente lançou computadores agora no Brasil que você fica 30 horas sem tá conectado, fazendo download direto, usando tecnologia ARM, fazendo um pouco de propaganda, computadores com Snapdragon. Eh, mas é isso, como você reduz essa energia que a causa raiz, né, independente da COP 30, como você reduz essa e a inferência também vai ajudar muito. Hoje você faz inferência e treinamento em data center. A partir do momento que faz uns produtos aqui do meu amigo da Schneider, que tá onandos produtos dele que já tem GPU, NPU, no caso tá falando de NPU, né, que é um um soque todo integrado. é o consumo de energia é muito menor, muito menor para fazer inferência. Então vai ser um mix de arquitetura, novos modelos. Vocês viram o deepsic, né? O grande questionamento de psique chat apt que usa muito menos parâmetro, talvez não dê 99.9% de acura né? Eh, mas ele dá 70 e e talvez 70, tá bom? E o e o o a quantidade de energia que eu usei foi muito menor para fazer aquela para processar aquela informação, né? Então vai ser um mix de novos hardwares com novas aplicações e tudo isso rodando no modelo híbrido, parte em data center e parte eh on device que a gente chama. Então eu acho que a mistura dessas três coisas vai jogar o custo por token. O custo por token é uma coisa que a gente usa no nosso mercado, que é que é o custo de de o token para você fazer o EAI, né? Então o custo por to por milhões de token, ele vai cair da ordem de 70% quando você começa a fazer essa essa essa arquitetura híbrida e você vai conseguir rodar muito mais aplicações com muito menos parâmetros. Então eu acho que não tem bala de prata, vai ser a combinação dessas três coisas que vai ajudar ser sustentável, o custo cair e usar menos energia. E é importante formar ali os jovens, né, com habilidades verdes, né, como você falou, com essa visão mais amplificada, né, sobre o que nós estamos vivendo. Acho que a gente pode passar para as considerações finais, enfim, amarrar um pouco o debate. Quer começar, Carlos? Posso, posso começar? Bom, pessoal, então só fechando aqui de novo, obrigado pela pela oportunidade de tá aqui, tá bom? Foi um prazer, foi um papo super leve, super gostoso. Eh, a ideia foi tentar trazer, a ideia foi trazer um pouco da nossa, do que a gente tá vivendo hoje na IBM, tá? Eh, eh, exatamente assim, na vida real. Eu eu brinco com todo mundo. Eh, eu, eu posso não ser o maioress, eu não sou com certeza o maior especialista em intelência artificial, mas sou um grande usuário em intelência artificial. hoje, o GBM, a gente usa, eu uso na minha, nas minhas equipes, na minha operação inteligência artificial, eh, eh, eh, em escala e e trazer um pouco a experiência, o que a gente aprendeu. Acho que ficamos aqui quase 1 hora meia, né? Ouvi os colegas aqui também, agradecer a todos. Eh, então para mim o objetivo foi cumprido. Espero que o de vocês também fico aberto para qualquer para qualquer dúvida, para qualquer para qualquer consideração posterior, para qualquer necessidade de informação, tá? E a mensagem final nossa é essa. É algo que a gente tem muito a evoluir, muito a melhorar, muito, muito a diminuir o custo, muito a melhorar a eficiência energética, eh, mas que veio para ficar e que não traz uma questão de empregabilidade, pelo contrário, traz uma oportunidade de eficiência, de melhoria de custo para as empresas e de e de educação e de treinamento. Ou seja, a gente tem um problema incrível na mão essa geração nossa aqui hoje para resolver. E eu tô feliz de est hoje aqui podendo est participando dessa discussão. Obrigado. Bom, eu tentei trazer um pouco da perspectiva eh do lado da formação, do lado da da academia da universidade. Eh, eu acho, eu acredito que nós estamos devendo nesse diálogo também, a gente tende a apontar as possíveis eh deficiências da ação das empresas, etc., o lado da universidade tem muito a a se aproximar dessa discussão. Temos um problema sério no Brasil, o problema da educação em geral, que não começa na universidade, começa na educação básica e onde o progresso tem sido muito lento, apesar de apesar de esforços sucessivos do governo tem sido muito lento e eu não sei até que ponto é possível resolver isso, assim, digo, e a escala do do problema é continental, mas é possível fazer ações, eu acredito ações eh visando excelência, visando a qualidade e e, antenadas com as necessidades estratégicas do país no século XX. E isso é um pouco do que a gente e tenta fazer no ímpar. E eu não vou resistir em relação à questão da da do consumo energético, citar um conselho que eu tive de um colega no exterior e é um conselho, eu gosto também porque ele recoloca o ser humano na no centro da equação. Think twice, compute once. Muito bom, muito bom, Marcelo. Muito bom. Ah, então eu eu vou tratar de fazer duas coisas. Primeiro, eh acho que de uma maneira ou outra a gente falou de de inteligência artificial, impacto e todos de alguma maneira falaramos de energia, a necessidade que da energia que tem. Então, energia, inteligência artificial, inteligência artificial para um melhor consumo dessa energia também, o poder que vai nos dar inteligência artificial para ser muito mais eficiente nesse consumo de energia. A aprendizagem, curiosidade, tem oportunidades para todos. Eu acho que esse novo mundo do trabalho é um mundo que se abre, abre janelas fascinantes de oportunidades. A gente tem que acompanhar e não deixar que seja o medo e a a ansiedade que privilégia que seja mais as oportunidades, como embarcar tudo. tem problemas estruturais na área da educação, mas eu também sou optimista quando veio e culto hivo como pessoas como Marcelo em todas as oportunidades que a gente tem também essas colaborações que a minha colega aqui falou sobre Nvidia com Qualcom e Schneider com Nvidia Nvidia Schneider com muita colaboração também para fazer assim. a gente são competidores, pero também são colaboradores, porque todos sabemos que para ser sustentável no tempo temos que trabalhar juntos de maneira diferente também. E eu acho que uma iniciativa como esta valor de de o globo, tudo de trazer panel como vocês, acho que super legal. Agradeço o convite e eh deixo uma provocação também para vocês. Ah, se vocês estão aqui porque são curiosos desse também. Então, como que vocês vão também multiplicar todas essas coisas que aprenderam, mas também como que podem ajudar nas suas áreas de influência a que haja um progresso mais inclusivo, né, e que Brasil acelere de maneira muito mais ágil, porque tem muitas oportunidades. Velocidade vai ser fundamental, senão vamos ficar atrás. Queria agradecer o valor, a CNN, eh, todo MoBN, todo mundo que promoveu esse encontro, vocês poros meus colegas, eh, e todos aqui. Eh, eu sou extremamente otimista, noo. Se a gente olhar 2025 anos atrás e olhar agora, eu acho que a gente tá bem melhor e e a tecnologia faz parte da evolução. Não tem como andar para trás, a gente só pode olhar pra frente. Com certeza não vai ser mil maravilhas. Teremos muitos tropeços no meio do caminho. Gente, talvez fique para trás, tem que pegar e puxar. Que nem disseram meus companheiros aqui, alguns mercados específicos vão sofrer mais que outros. Mas esse é, nós estamos fados ao sucesso, nós não podemos olhar, nós não podemos ter medo dele. E isso como vai eh entrar dentro das empresas, dentro dos consumidores, dentro dos lares, eh nós vamos ter que eh aprender e desenvolver e por isso por si só são as oportunidades. Nós estamos aqui no Brasil, investindo no Brasil, eh, com os consumidores, com as empresas, com ecossistema, que foi muito bem falado, não tem como fazer nesse mundo nada sozinho. É um mundo sobre colaboração, mais do que competição. Eh, e nesse ambiente que eu acredito que o Brasil tem sim condições e dentro do que e é a nossa matriz e de encontrar os seus caminhos e também surfar na onda dessa dessa nova economia. A gente não pode esquecer que são alguns trilhões de dólares que vão estar envolvidos nesse negócio. Nós estamos falando de de pequenas cifras. E a gente tem o capital intelectual brasileiro, por incrível que pareça, ele com todas as dificuldades, que eu acho que das dificuldades também nascem a resiliência, nascem outras características, ele é super importante, super bem visto e queria agradecer a todos pela oportunidade e pelo convite. Bom, estamos chegando aqui ao fim, né, da nossa conversa. Eu queria agradecer a vocês, principalmente a vocês, os que nossos eh entrevistados aqui. Foi muito bacana essa esses ensaiitos que vocês trouxeram. Imagino que todo mundo aqui sai com alguma coisa legal para ficar pensando, né, sobre o nosso futuro, futuro do Brasil e do trabalho. Bom, essa é a segunda edição aí do Caminhos do Brasil deste ano. Eh, eu queria agradecer ao público que nos acompanhou, né, também pela internet, a vocês todos e todas presentes aqui. Esse encontro foi uma iniciativa, né, como a gente já disse, dos jornais do Globo, do Valor Econômico da Rádio CBN e com o patrocínio do sistema comércio através da CNC, do CESC, do Senac e de suas federações. Desse debate vai ficar disponível nas redes sociais do Globo e do Valor Econômico. Então, por favor, fiquem muito à vontade para curtir, compartilhar esse conteúdo com outras pessoas que possam eh estar interessadas em ter acesso ao conteúdo desse debate. Então, bom dia a todos. Muito obrigada pela participação. Obrigada. Muito obrigada.
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