Um dia o Brasil leu às 18 horas de uma quarta-feira que um empresário americano voltava à vista para a nossa borracha. Parecia apenas um dia como outros, mas dali em diante, as horas, os dias, as semanas, os meses e os anos nunca mais foram os mesmos. Houve momentos em que um presidente depósito fugiu do palácio. Outro escolheu deixar a vida para entrar na história e um terceiro abruptamente ficou para a história como mártir da nova república. Em muitos dias olhamos o céu para encontrar maravilhas, para ir além da ficção, para lamentar e chorar. Outros mantivemos o pé no chão atrás de façanhas, de sonhos, de perdas, de união e de beleza. Houve ocasiões em que foi preciso falar de guerra, mas houve muitas outras em que se clamou pela paz. Ao longo do tempo, o papel daquele primeiro dia também se transformou. As horas se multiplicaram, a notícia se espalhou. Vieram as cores, os computadores, a internet, a inteligência artificial, o carnaval, dia dos pais, o gibi, o bonequinho. Todos foram inovações surgidas na esteira daquele primeiro dia. Aos poucos, o que era apenas informação virou contexto, virou análise, virou missão, lazer, gastronomia, humor, reconhecimento. Em um século foi preciso fazer diferença a cada dia e muitos outros dias não teriam existido se não fosse aquele 29 de julho de 1925, em que um jornalista teve a iniciativa de lançar um novo jornal. que se reinventa a cada dia pensando no dia seguinte. O Globo, 100 anos. No esporte ou na vida, vencer grandes desafios passa por muito esforço e dedicação, mas passa também por algo fundamental, ter com quem contar. E quando a gente fala dos desafios do estado do Rio, temos que falar também do trabalho do sistema Fecomércio RJ. Essa parceria transforma a contribuição dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo em uma série de ações que fortalecem o estado. Tá vendo? É por tudo isso que o sistema Fcomércio faz o Rio voar mais alto no desenvolvimento socioeconômico. E quem ganha com essa parceria é você. Bom dia, eu sou Rafael Galdo, editor de Rio dos Jornais O Globo e Extra. Eh, e estamos aqui reunidos nesta manhã para mais um encontro do Caminhos do Rio, né, esse evento que onde debatemos as questões da nossa cidade e do nosso estado. Eh, esta edição sobre o tema Além do cartão postal, como impulsionar o turismo do Rio, aliando crescimento e sustentabilidade. É uma realização dos jornais O Globo e extra. tem apoio da Fecomércio RJ e apoio institucional da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Começo agradecendo os nossos convidados, o público aqui presente e também quem tá nos acompanhando pelas redes sociais e pelo site do Jornal Globo e do Jornal Extra. Ao longo desta manhã, vamos receber em dois painéis autoridades especialistas para discutir como o turismo vai muito além das imagens icônicas do Rio. Como alinhar visitantes, economia, sustentabilidade em uma das cidades mais visitadas do Brasil. Vamos discutir o potencial ainda inexplorado do setor, os entraves para o crescimento da indústria turística e o impacto dos grandes eventos na estratégia do Rio como destino. Em pauta também os desafios de promover atividade turística que gere empregos, receitas e investimentos sem ignorar os efeitos sociais, eh, econômicos e ambientais que ela carrega. Convido a vocês a acompanharem essa importante discussão. Nosso primeiro painel trata do impacto dos grandes eventos na imagem do Rio, que a gente sabe que é uma imagem eh que no no mundo inteiro, né? E, e, ela é, tem uma dicotomia ali entre segurança, eh, e as belezas da nossa cidade. Cada vez mais presentes no nosso calendário, esses grandes eventos movimentam bilhões e já integram a estratégia do turismo na cidade. Mas que legado econômico, urbano e cultural é gerado por eles? para nos ajudar a aprofundar essa discussão. Tem aqui ao meu lado Daniela Maia, eh secretária municipal de turismo do Rio, Marcelo Freixo, presidente da Imbratur, e Luís Strols, presidente do Conselho Curador do Visit Rio. Bem, para começar, eu já adiantei ali um pouco sobre a questão da imagem do Rio de Janeiro, né? O começo deste mês foi espetacular pro Rio, né? o todo mundo no Rio com a lei de Gaga trouxe números impressionantes, 600.000 1000 visitantes, R milhões deais deixados, né, na economia da cidade, mas pode ser medido também pela repercussão mundial do evento, né, que varreu as redes sociais e a mídia internacional, um impacto muito positivo pra imagem do Rio. Mas será que essa imagem deixada por esse grande evento, pelos grandes eventos que dão certo, ela é capaz de deixar ou contrapor aquela outra imagem que também corre o mundo da violência, da desigualdade social, eh eh e dos confrontos que a gente vive aqui no Rio? Vou começar com essa questão sensível que é segurança. Eh, com essa pergunta aos três, por favor. Daniela Maebo. Bom dia a todos, a todas. Obrigada pelo convite. Cumprimentar aquius, nosso querido Marcelo Freixo e Galdo. Essa é uma pergunta importante, porque na realidade pro mundo, a gente tem apresentado uma sensação de liberdade e de uma cidade com segurança, né? o que vem acontecendo nos grandes eventos. Os grandes eventos, o governo do prefeito Eduardo Pais, ela foi como um objetivo pro turismo de atração, né, de visibilidade e de economia pra cidade, porque o turismo, a gente gera emprego, renda. Então, dentro, eu comecei em 21 no governo do Eduardo Pao, no anterior, na Rio Tour, e me lembro logo no começo ainda a gente usando máscara, né, e a gente tendo uma primeira reunião para falar de web summit que a gente queria trazer pra cidade. A Madonna foi construída em 21, minha primeira reunião que eu tive com Luís Oscarniem Maia. estava de máscara. Então, foi uma estratégia escolhida por essa gestão do prefeito Eduardo Pa de grandes eventos. E a gente viu o resultado disso, né? O que aconteceu com a Madonna e o que aconteceu agora, que foi espetacular com a lei de Gaga. E dentro dessas imagens de uma cidade maravilhosa que é real, também passa a questão da segurança, porque tudo aconteceu com muita tranquilidade. Não tivemos um caso sério de qualquer tipo de violência, né? Então, a gente passa pro mundo que a gente tá preparado. Aliás, a gente já vem se preparando uma cidade que a gente teve a Rio 92, a gente teve o Pan-Americano, a gente teve as Olimpíadas, a gente própria Copa do Mundo, né? O show dos Rolling Stones e Copacabana em 2006. Então a gente é uma cidade que vem crescendo agora o G20, que o mundo também olhou pra gente dentro da questão dos grandes eventos. É fundamental quando uma prefeitura poderia investir em publicidade internacional no mundo para ter esse resultado gigantesco de imagem que a gente teve com Madonna e com Lady Gaga? Nunca não seria possível, né? E uma ação estratégica pensada. E aí, Galdo, deixa eu te falar que isso eh a gente tem muita experiência cidade do Rio de Janeiro com grandes eventos, com o reveon, o carnaval, né, e durante anos. Então, uma preparação que não é a que cai do céu, ela veio e a gente foi aprimorando tanto a cidade quanto governo do estado. E hoje todos estão alinhados. a gente tem através do core faz reuniões permanentes antes de um grande evento para tudo dar certo e tudo é desenhando e depois voltando do evento, o que não foi tão perfeito, a gente aperfeiçoa na outra no outro evento. Então assim, eh, pra gente essa estratégia, eventos esportivos, afinal da Libertadores aqui na nossa cidade e a gente vê uma curva dentro do Gata que a gente tem no Observatório de Turismo da cidade do Rio de Janeiro, um pico de turismo de turistas que vieram de fora, né, os argentinos. Então assim, é muito importante os grandes eventos paraa visibilidade da nossa cidade e economia, obviamente, Freixo, a Imratur realiza vários estudos, né, sobre a imagem da cidade, já tem impacto, já veio o impacto desses eventos e e a segurança ainda é uma questão muito importante na ali na na no que o o turista vê, percebe do Rio. Bom, bom dia a todas e todos. Bom dia, Rafael, Dani, Luiz. Prazer estar aqui com vocês. Obrigado ao Globo pela iniciativa. Saudar os amigos aqui presente, Fundação Jetúlio Vargas, Fecomércio, Associação de Guias. É bom estar com todo mundo nesse debate. Que bom que a gente começou logo por aquele assunto que a gente vai mais cedo ou mais tarde vai chegar nele, né, que é o debate da segurança e da que já tava no café e vem para cá e a gente não consegue sair disso. Eu acho que tem um problema entre o nosso olhar e o olhar do mundo e a gente tem que encarar e tem que começar por essa pergunta mesmo. Mas vamos lá. Eh, o Brasil em 2024 bateu todos os records de turismo internacional. Bratu pode falar do turismo internacional, né? Então vou me restringir ao que ao que me cabe. Eh, 2024 nós chegamos a 6.77 milhões de turistas internacionais e a gente arrecadou só com turismo internacional 7.3 bilhões de dólares em um ano. Se o turismo internacional for um produto de exportação, ela nenhum produto de exportação gerou 7.3 bilhões de dólares em um ano, gerando emprego e renda que o turismo gera e de forma sustentável. Então a gente tem na pauta de produtos de exportação, turismo como principal produto brasileiro, mais do que o agronegócio, para começar o debate de que lugar o turismo devia estar, devia ser muito mais central no debate de economia, de desenvolvimento de país do que ele é hoje, né? Isso com números reais e atuais. 2025 a gente vira essa chave, Rafael, e a gente tem no em no Rio de Janeiro, só no Rio de Janeiro, já que a gente tá aqui no Rio falando sobre o Rio, de janeiro a março, em 3s meses, nós recebemos 740.000 turistas estrangeiros. Ano passado, que foi o record, recebemos 15 milhão e em 3s meses a gente recebeu a metade de todos os turistas internacionais que vieram em 2024 e que foi recorde. Então tem alguma coisa o Brasil em 4 meses, porque eu já tenho um número do Brasil de abril, em 4 meses o Brasil recebeu 4,4 milhões de turistas internacionais em 2025. A gente tá 51% acima do ano passado, que foi recorde. O Brasil explodiu no mundo. O mundo tá olhando pro Brasil de maneira. O Brasil voltou paraa prateleheira do mundo. O Brasil é um lugar de desejo hoje no desejo, digas passagens, no sentido eh de um país interessante. Deus me livre voltar às origens da embratura, da ditadura militar, que era outra história. Mas enfim, eh então é um lugar hoje que o mundo quer conhecer e o mundo quer conhecer exatamente pelo que a gente tem de bom, não é o que tem de ruim. O debate da segurança, ele é um debate, quantas vezes eu fiz esse debate no Globo, inclusive, o debate da segurança ele é um debate muito importante pro mundo. A abertura da Olimpíada na França era uma abertura da Olimpíada onde uma grande questão era a segurança. Eram pessoas com fuzil, era era tropa armada com fuzil dentro do metrô. Não era um lugar, não era um ambiente agradável abertura da Olimpíada na França, em Paris, porque o desafio da segurança era um desafio mundial. O México tem problemas com segurança? Quero crer que sim. O México vive hoje um percentual significativo do seu PIB com o turismo. Então assim, a relação entre segurança e turismo, ela existe no mundo inteiro. Ela não é um problema do Brasil, ela é um problema, um desafio do mundial, porque é um desafio das cidades, é um desafio da vida. Agora a gente dá uma dimensão a segurança como algo paralisante que é preocupante pra gente. Isso é insistentemente colocado. A pergunta é muito boa, Rafa. Eu acho que a gente tem que falar sobre isso. Mas eu acho que os números estão mostrando que a segurança não é os problemas, os desafios que nós temos com segurança, eles não são impeditivos do momento que a gente tá vivendo. E os números são categóricos. A gente tá batendo todos os versos, a gente nunca jorou tanto emprego. O turismo hoje é 8% do PIB brasileiro. Ele pode ser muito mais do que isso. Olha o que Portugal fez, olha o que outros países fizeram, tá? Relação com audiovisual, a relação com os eventos. Qual foi o grande incidente que nós tivemos em Carnaval, revenhon ou no show da Lady de Gago ou da Madonna, né? Então a gente a gente precisa, nós temos problemas de segurança, temos. Isso é um fator. A Fécomércio fez uma pesquisa extraordinária, depois a Adriana vai estar aqui. Acho que a Adriana é ela que tem que falar sobre isso. Eh, mas sobre com turistas internacionais visitando o Rio de Janeiro e a segurança. E ali se desmembra algo ou se desnuda algo muito interessante. Depois a Adriano vai falar sobre isso aqui, né? A segurança era o quinto tema que aparecia pro turista internacional, não é o primeiro quando ele é perguntado. E 98% dos turistas internacionais que você estavam r dimdamande.com para fazer a gestão ciclo. Então, então existe uma então existe uma existe uma questão que eu não tô negando, que é um desafio, que é um desafio da cidade, que é um desafio do estado, que é um desafio civilizatório da segurança, mas ele não é um elemento impeditivo de tudo que a gente pode ter no turismo e a gente não pode paralisar ou deslocar o problema do ou tornar secundário o debate do turismo por causa da segurança. Eu acho que esse é um erro que a gente comete. Erro que nós todos cometemos, tá? Nós todos cometemos. A gente coloca o turismo no lugar secundário em relação à segurança. E aí eu proponho para terminar a gente inverter. Se a segurança pode ser um problema pro turismo, por que que a gente não inverte? Será que o turismo pode ser uma solução paraa segurança? Acho que inverter essa chave não é um detalhe, não é não é narrativa, não é oratória. Será que se eu olhar pro turismo como uma solução da segurança, eu relaciono esses dois temas de maneira diferente? Talvez sim. Se um lugar se prepara melhor pro turismo, ele é mais seguro, porque ele gera mais emprego, ele tem mais deslocamento de pessoas, ele tem mais atrativo e ativo cultural, né? Ele ele ganha uma série de de benefícios, né? Que um lugar ganha. Então, eh tal, vou dar um exemplo pequeno. Região portuária, a pequena África hoje recebe o mesmo número de turistas que o Bondinho e que o Curisto Redentor. A pequena África é um local hoje que há 15 anos atrás era o quê? recebe o mesmo número de turistas hoje. A pequena África hoje é entra nas páginas do Globo como lugar de violência? Não. Então a gente precisa colocar o turismo como lugar de solução e não como um lugar de paralisia porque a gente tem problema de tem problema de segurança, a gente sabe o que que tem que fazer. Mas o turismo pode ser um um elemento de solução para isso e não de e não refém, né, desse tema. Não é minha sugestão, Luís. A Luí, qual o potencial do do do grande evento, né, para melhorar, para fazer com que essa imagem mude mude, né? Não se a gente não discuta tanto segurança e discuta mais Sim, claro. Primeiramente eh agradecer aqui ao grupo Globo pela oportunidade tá aqui falando sobre a nossa atividade, sobre turismo, que muito nos fascina. cumprimentar aqui o presidente Frecho, secretária Dani, você, Rafael, e eu represento, estou presidente do Conselho do Visit Rio. Para aqueles que nos escutam, eh, não só na através da mídia aqui na plateia, que não sabe o que que é o Visit Rio, o Visit Rio Convention um Biru, ele tem a missão de promover o destino Rio de Janeiro, mundo afora, pra captação de grandes eventos, pequenos e médios, e o turismo de modo geral. Isso é o Visit Rio, convention um birô. Bom, para se falar de de segurança e os grandes eventos, a gente é muito provocado nisso no dia a dia. A primeira pergunta, todos falam mundo afora, inclusive nós aqui, os nossos parentes e amigos mais chegados, a segurança no Rio de Janeiro. Eu diria, como um grande entusiasta da nossa indústria, que eh tudo já foi pior no nosso cenário, tudo que a gente for falar, né? E eu pontuaria que a segurança não é o fator número um que deveria ser lembrado. Sim, talvez a desordem urbana que dá uma sensação piorada da segurança e a importância dos grandes eventos, tanto que a secretária Dani falou, o presidente Freixo falou, eh, a gente fica com essa sensação eh contaminado por essa sensação, mas os que vivem aqui nem tanto, né? E lógico que a cidade como Rio de Janeiro provoca na mídia internacional eh a notícia negativa, mas eu acho que nós estamos num momento muito apropriado e muito conveniente e que nós temos que agarrar essa oportunidade para reverter sim essa sensação de segurança que vem cada vez mais ficando menos pior, vamos dizer assim, não tá no mundo ideal. e dos grandes eventos captados. Eh, se nós fôssemos gastar eh uma mídia internacional para promover os nossos destinos, era incalculável o que esse resultado dos grandes eventos eh eh faz acontecer para a promoção da nossa cidade. Quando se fala de um grande evento, não só da área e musical, mas de um grande congresso, da área de tecnologia, nós temos várias coisas acontecendo simultaneamente no nosso país, especificamente no Rio de Janeiro, que eu, como um grande carioca, acho que é a melhor cidade do Rio de Janeiro para se fazer turismo e se dá oportunidade de crescimento de outras regiões, Brasil aa e dentro do nosso estado. Mas o o o da oportunidade de visibilidade de provocar a intenção de quem nos assiste lá fora, de quem e lê uma matéria, de colocar na pauta o Brasil e o Rio de Janeiro. Quando se fala de um show da lei de Gaga, vai provocar o interesse daquele que lá escutou, na onde esver no seu país de querer conhecer aquele destino. E não se fala em em segurança nesse momento. Pelo contrário, segurança não não é o fator preponderante e quem aqui visitou sair daqui encantado, né? Então acho que esses grandes eventos traz pra gente essa oportunidade de promoção e de provocar. E é uma coisa que você não consegue mensurar aquilo que você não consegue planilhar. Aquela intenção de que eh vamos fazer um evento, aquele organizador de evento, onde é que eu vou fazer meu evento pro meu congresso em 2030, em 2028. ele ali, essas promoções começa a provocar esse esse player para colocar o Brasil e o Rio de Janeiro no cenário. Acho que seria isso. Eh, enfim, a gente tá falando aqui, parece que conversávamos anteriormente aqui da da do painel, inclusive que o Rio parece tá na moda, né? O Brasil, como o Freixo, né, indicou, esse país do desejo, como manter esse crescimento, Freixo, de forma eh duradora, né, sustentável, eh manter esses números e qual foi o gatilho pra gente aparecer de novo na moda? Não, essa pergunta é muito importante porque o que a gente conversa na Imbratur, a Imratur a gente, quem acompanha de perto sabe que a gente montou uma equipe técnica muito qualificada e a gente buscou no mercado as melhores pessoas que tinham e no Brasil para montar uma equipe técnica. A gente não teve transição do governo passado para esse. Foi um período muito difícil. A gente pegamos uma Embratuca, não tinha orçamento, não tinha tinha nada. Eh, e já no primeiro ano a gente conseguiu montar esse time e o resultado tá aparecendo. Eu acho que tem o grande desafio que a gente comenta na bratura é pegar um bom momento e transformar numa tendência para que não seja só um momento. Acho que esse é o desafio e isso se faz com política pública. A gente precisa ter política pública no turismo. E aí tem vários elementos. Primeiro deles é virar uma chave na cabeça de quem nos governa para que entendam que o turismo é estratégico como novo modelo de desenvolvimento do século XX. Nós não vamos terminar o século XX como a gente começou. Se a gente insistir nisso, o planeta acaba antes do século XX. Então, é preciso pensar um modelo de desenvolvimento gerador de emprego e renda é que seja sustentável. O turismo pode ser a grande solução. Como é que você desenvolve, por exemplo, ou pensa na Amazônia, né? Eh, como é que você preserva a Amazônia? O desafio da Amazônia, o turismo é uma grande solução, porque você gera emprego e renda para comunidades de base local e você ao mesmo tempo faz com que isso seja um fator decível de preservação daquela floresta, né? Não é você porque senão você perde pro garimpo legal. Se eu destruo uma atividade ilegal, eu preciso ter uma atividade legal que substitua essa atividade ilegal, senão não consigo ter eh eficácia no combate à atividade legal. Então, o turismo é a grande solução. Uma das coisas que a gente fez, bom, primeiro, por que que a gente chegou nesse momento? Eu acho que teve um trabalho de inteligência de dados feitos eh eh pelaur que tem eficiência. A gente hoje sabe perfeitamente eh que turistas vem para cá, quando ele vem, quanto ele gasta, que que ele pensa, cada mercado. Então há hoje uma leitura e a Fundação de Tôlio Vasco foi muito parceira da gente nessa história. Há toda uma leitura hoje do mundo em relação a como a gente promove melhor o Brasil, o que que se fala do Brasil, né? Como é que se coloca o Brasil nessa prateleira do mundo para que esse mundo venha visitar? A conjuntura internacional nos favoreceu sim, mas a conjuntura internacional já nos favoreceu em outros momentos e a gente não aproveitou. Então acho que a gente soube aproveitar essa conjuntura. O que tá acontecendo hoje hoje nos Estados Unidos favorece que venha um fluxo mold turistas para cá? Claro, porque ninguém viaja para um lugar que tenha hostilidade. Eh, mas isso já aconteceu em outros momentos e a gente não aproveitou. O câmbio, já tivemos em outro momento e a gente não aproveitou. Então, na verdade, eu acho que tem um conjunto de fatores. A malha aérea é um negócio muito decisivo. O Brasil melhorou, aumentou 18% a malha aérea em 2024, o mundo cresceu 10, né? Esse ano a gente já cresceu 12%, né? Nesses 4 meses. A maléria é decisiva porque o Brasil tem um país de dimensão continental e afastado um oceano de dois mercados decisivos, que é o mercado americano e mercado europeu. Então acho que tem, pode ser desculpa também, né? uma desculpa. Exatamente. Então assim, o que eu acho que o grande salto de qualidade para terminar a gente fez, a gente acabou de fazer agora um plano de marketing internacional. A 20 anos o Brasil não tinha um plano de marketing internacional. O último tinha sido projeto Aquarela que lançou a marca Brasil em 2004. A gente lançou agora um plano de marketing que se chama Brasis, um país único, mas que nunca foi um só. E trabalhar exatamente a diversidade do Brasil. E esse plano de marketing, a gente tá entregando ele pronto, mastigado junto com a Fundação de Antôio Vargas e junto com o Sebrai. O Sebrai é um grande parceiro, um elemento muito importante, tem que destacar o papel do Sebrai sempre na hora que a gente fala de turismo no Brasil, porque quem promove o turismo é o é o micro e o pequeno, né, empreendedor. Agora, quando a gente apresenta esse plano de marketing, eu cheguei ontem da Paraíba, então a gente teve na Paraíba e a gente fez aqui no Rio de Janeiro com o Luiz. Quando a gente vai na Paraíba, a gente diz: "Olha, o mercado número um da Paraíba é esse, o mercado número dois é esse, o mercado número três é esse." As ferramentas que vocês têm são essas. O que a gente tem que fazer paraa Paraíba receber mais turista internacional? Isso, os ativos que a Paraíba tem para esse mercado funciona dessa maneira, a época de promover, ou seja, a gente entrega pro Brasil um plano de marketing mastigado junto com o Cebrai, junto com a Fundação de Atúlio Vargas e trabalha para que esse momento vire uma tendência e vire política pública. Nós vamos rodar as 27 unidades da federação para que isso possa virar uma política sólida, permanente, para que você não tenha daqui a pouco um retrocesso nessa história. Mas o, mas a grande chave é quem governa o país, é quem governa a cidade, é quem governa o estado, entender qual é o papel do turismo e colocar ele no lugar de centralidade nas suas decisões, o que muitas vezes não acontece. Daniela, qual você além a gente já debateu aqui a violência, né, mas qual o grande desafio mais urgente no Rio hoje para a gente enfrentar essa questão para manter o turismo, o crescimento do turismo de forma sustentável e duradora, como conversamos aqui, especificamente no Rio de Janeiro? Acho que o Rio de Janeiro já vem trabalhando, né, a questão da imagem, né? Eu acho que um evento que deu 2 milhões de pessoas numa praia aberta e nada aconteceu de grave, a gente tá falando com o mundo, né? Então, assim como o Freix falou do desejo no sentido de desejar ir, né? A gente tá aplicando isso para vários. a gente vê que agora, e aí concordo com Freix, acho que o trabalho da Ibratur para pro país inteiro e pra cidade do Rio de Janeiro tem sido fundamental. Quero parabenizá-lo, né, por todo o trabalho que o Freixo e digo que isso é muito importante. Na hora que você manda uma mensagem, recebe um retorno de um presidente da Imbratur, que eu peguei o governo anterior e pedi várias vezes para o ministro me receber, presidente da Ibratur, e eu tô falando de uma cidade do Rio de Janeiro e não me recebiam, né? E é imediato, né? Então, acho que é uma parceria, a gente precisa muito do governo federal e a e a cidade do Rio de Janeiro, através de todo esse trabalho, desses grandes eventos, uma maratona do Rio que você tá ali, né, correndo, ela vai se apresentando e mostrando porque tem uma preocupação e uma preparação da cidade. Então, a gente vê em mídias sociais, eu tenho ficado muito impressionada, Galdo, com a quantidade de estrangeiros falando da cidade do Rio de Janeiro. Estrangeiros que não vieram, acho que o impacto Lady Gaga foi enorme mundialmente, né, falando e falando: "Meu Deus, como uma cidade consegue ter 2 milhões de pessoas na praia, não é qualquer cidade consegue entregar um grande evento." E aí a segurança, o tema segurança tá por trás. Há uma mudança de perfil, Daniela, no do do turista que tá vindo ao Rio nesse nesse momento agora. Sim, o que eu tô percebendo é um turista mais jovem, essa coisa do rio virar moda, né? É, como eu falo sempre, se você fizer uma pergunta pro estrangeiro, quais são os lugares, é sempre a primeira imagem é o Rio de Janeiro. A gente tem essa responsabilidade e a gente vê, a gente vê uma campanha, né, agora da de moda internacional com o Rio de Janeiro, usando o Rio de Janeiro, usando funk, né, usando a praia, usando o estilo carioca. Então, esse estilo carioca no mundo de violência, no mundo de guerra, de preconceito, né? A cidade do Rio de Janeiro, ela tem liberdade, ela tem um povo acolhedor e ela traz alegria. Então isso as pessoas precisam disso. No mundo que as pessoas estão com uma doença grave, que é burnout, estresse. E a gente começou através dos estrangeiros fazer um estudo dentro da secretaria através da mídia social desses jovens que vem pro Rio de Janeiro para ser feliz. E eles falam: "Rio cura, esse com certeza é um grande ativo do Rio, né? Rio que traz felicidade. Luía, mantendo, né, eh eh o a imagem do Rio, né, no foco aqui do debate, a gente criou um calendário de eventos, né, que não são só os grandes eventos, a gente tem eventos de pequeno e médio porte também, muitos espalhados pela cidade. Eh, tem atrações icônicas, belezas naturais, essa felicidade, esse amor com que a gente vive a vida, né? Eh, mas ainda assim, quando a gente olha, por exemplo, o ranking do da do Euromonitor, a gente tá na posição 79 das 100 dos 100 destinos eh urbanos, né, mais desejados, mais visitados do do mundo, atrás de cidades como o Buenos Aires, que também tem um problema de distância, né, pro pro pros centros que emitem turistas. Eh, o o que que a gente pode fazer, em que tipo de visitante, em que tipo de turismo a gente pode apostar para subir nesse ranking? Então, eu acho que eh o Visit Rio vem desenvolvendo um trabalho bem interessante e eu acho que conseguiu qualificar muito o que o Freixo comentou aqui, que são os dados. e pra gente concentrar esforços inicialmente naquele destino, naquele naquele nicho que melhor resultado vai dar depois o segundo, terceiro. Então, esses dados que antigamente a gente tinha com bastante deficiência, eles começaram a ficar melhor qualificado, né? Então, eh, a parceria na divulgação do nosso do nosso destino com todos os governos, o municipal, federal, estadual, ele eh ficou mais coeso, mais fácil de acontecer, ou seja, um tirando proveito daquele que o outro tem de bom. Então, pro Visit Rio, que é uma fundação de iniciativa privada, ter um apoio da Imbratura é muito importante ter o apoio do prefeito que nós temos depois que nós tivemos, fortalecemos a o a marca Visit Rio. Hoje, se eu não me engano, é o site referente a turismo mais visitado do mundo, por eh o prefeito nos deu a possibilidade de fazer essa parceria com a prefeitura, com a com a com a com a secretaria, eh, de divulgar isso. Então é o BC que aumentou muito hoje. O o o mundo afora, o Brasil tá tá tendo a oportunidade de ser visto mais. E a gente tem feito através desses estudos e com esses dados concentrado esforços na na participação de eventos, naquele destino que a gente teoricamente tem prioridade nele, naquele e assim eh eh ranquear qual que seria eh mais importante, mais interessante colocar esforço. Eu acho que isso é um ponto bastante importante, trabalhar nos gargalos que nós temos, que é a conectividade. Eu acho que isso tem melhorado bastante. nós já conseguimos eh praticamente chegar muito perto se já não não igualamos antes pré-pandemia e nós temos total potencial de est colocando a cidade do Rio de Janeiro paraa conquista de novos voos e enriquecer crescer os outros voos que já aqui já tem a já vist paraos Estados Unidos, Europa e outros. A retomada do Galhão foi fundamental. A retomada do Galhão foi fundamental, né? já visto o que tá acontecendo hoje e que crescendo o o Galeão faz crescer o Santo Dumão dentro do que ele tem aquela aquela vocação para ele natural. Então eu acho que essa conquista tá acontecendo naturalmente. E esses números, você falou aí do nós estamos no 79. É, se você olhar pro passado, poderia talvez estar, né, e, eh, eh, maior. Eu acho que isso naturalmente já tá descendo. Então, eh, eu não não vou não tô autorizado aqui pelo presidente Fresco, mas eu eu sou muito otimista. Não é difícil a gente chegar em 9, 10 milhões de turistas aqui. Por quê? Porque 6 milhões era uma vergonha a gente ter 20 anos com os mesmos 6 milhões. Então nós temos várias coisas que somam hoje pro nosso crescimento. Os nossos números eram muito fracos, né? Eu acho que essa interação entre as entes, ela hoje tá num momento muito bom, muito saudável, né? E eh repito, com com a prefeitura, com o governo do estado, com o Ministério do Turismo, com a Imratur e e focando aonde a gente tem que priorizar, né? e apostando nos nichos novos, né? Ásia hoje é um mercado, não é hoje, mas que tá se eh mostrando cada vez mais evidente o mundo árabe. Então, a gente tem estado presente promovendo nesses mercados que são nichos diferentes, mas que traz potencial financeiro pra cidade de mais arrecadação de produto de luxo, né? Eh, eh, se você falando de de eh qual é o tipo de turista que pode estar vindo mais aqui? Eh, eu acho que a gente não perdeu nenhum tipo de turista, porque a gente tem produtos aqui para todos os bolsos, para todos os perfis, dentro da característica que a gente tem natureza, da do mar, da serra e de ser uma grande metrópole. Nós estamos crescendo na entrega de qualidade. Se fala muito do turismo de luxo. Turismo de luxo não é mais aquele turista eh engenheirado que só vem aqui, fica em hotel cinco estrelas. Ele também tem oportunidade de desfrutar experiências. Esse é o turismo de luxo. Não é o cara vir aqui ficar só num hotel cinco estrelas numa suí, mas ele tem produtos que proporciona eh experiências diferentes. Esse é o turismo de luxo. E isso nós temos uma oportunidade muito grande de est crescendo com isso e tá e tá e tá acontecendo. E crescendo pro Rio de Janeiro faz crescer pro estado, né? A a a interiorização do nosso estado tá acontecendo. Dos 92 municípios que a gente tem aqui, você pega aí talvez duas dusas, que são aquelas duas duas que sempre receberam turismo. Nós temos município que já tá recebendo turista que não recebia antes, porque ele tá explorando aquilo que ele tem de bom, de repente é o queijo, é o o artesanato, né? Então eu acho que a gente tá num crescimento com um viés muito bom para todos os nichos, turismo religioso. Nós temos aqui uma uma riqueza muito grande para explorar o turismo religioso, que é explorado com muita qualidade o mundo afora. Nós temos aqui dentro do nosso estado, inclusive, né, o turismo eh de esportes, né, o turismo de saúde eh e o corporativo, né, de eventos que tá crescendo cada vez mais. Frecho, a, o Ministério do Turismo em Bratur, né, lançaram a revista Tendências do Turismo 2025 com perspectivas também até 2030 e 2040, né, ali dentro dessas perspectivas, que tendências apontadas ali e o Rio deve aproveitar, né? Continuando um pouco nesse nesse tema do que para onde a gente pode olhar para atrair mais turistas, não é isso? Na verdade, é preciso olhar pra frente e saber que caminho você vai trilhar, né? Não, você fica só no imediato. Essa é a diferença de ter ou não ter política pública. Eu só queria fazer um comentário em cima da fala do Luís que foi foi muito feliz. Assim, eu acho que essa coisa de você hoje ter um campo do turismo que consegue dialogar o federal, municipal, estadual é muito importante. É muito importante. E o turismo é um lugar onde e é muito raro, eh, onde o público privado consegue se entender bem, né? Isso no Brasil não é tão simples, mas o público e o privado se entendem bem, porque a política pública, a política dos números, a relação com as aéreas, você depende do governo, você depende de política pública, mas na ponta quem recebe, quem efetiva, eh, quem quem desenvolve ali o o o receptivo é o privado, né? Então, esse esse universo entre público privado, ele ele acontece bem no turismo. Acho que isso é é algo importante. Tá num bom momento de diálogo que a gente tem hoje. Agora, quando a gente fala de número de turistas também, assim, é muito comum a pessoa falar assim isso que o Luís repetiu, assim, que é e que é verdadeiro assim, ah, mas o Brasil eh eu também acho 6 milhões e pouco, pouco. A gente esse ano de 25 a gente provavelmente vai chegar a uma meta que a gente tinha estabelecido para 2027. O plano de turismo no Brasil, a gente colocou para 2027 chegar a 8 milhões. Tudo indica que a gente vai chegar a 8 milhões em 25. A gente tá antecipando em 2 anos uma meta. Isso não é pouca coisa. A gente chegar, a gente nunca chegou a sete. A gente tá com 4.4 milhões em 4 meses. A gente tem chance real chegar a 8 milhões em 2025, que era uma meta para 27. Então é de fato um momento extraordinário que a gente tem que aproveitar. Agora é muito comum às vezes eu tá numa roda de conversa, o pessoal fala: "Pô, mas você não acha que é uma vergonha a França receber tanto turista mágico que o Brasil?" Aí é importante também a gente porque aí no lugar de comemorar a gente tem, né? Eu ia fazer uma piada com futebol, mas não vou fazer não, porque o ambiente tá tão bom, né? Eu ia dizer que era síndrome de botafoguense, que quer sempre sofrer, né? Então assim, mas eu não ia eu não ia fazer isso com a Dani aqui do lado, mas somos dois, eu não resisto, né? Mas eh, então assim, a gente precisa ter um olhar positivo para essa história, porque vamos lá, gente, na França você chega de trem, você tem uma quantidade gigantesca de low cost, você chega de você tem uma Europa inteira eh que circula com diversos modais. Isso não é a realidade nem dentro do Brasil, quanto mais para o Brasil, né? Eh, há uma, há uma média mundial hoje que você quando faz uma viagem internacional você faz levando até 5 horas de viagem, né? tem 5 horas de viagem, você viaja a Europa inteira ou boa parte da Europa. O Brasil é duas vezes a Europa do euro, gente. O Brasil é duas vezes a Europa do euro. 5 horas você não circula nem o Brasil, quanto mais vi outro mercado pro Brasil. Então nós temos uma questão que é geográfica, que já nos coloca um desafio que é diferente. Então não tem comparação entre Portugal, Espanha, França com o Brasil, porque são mercados que têm realidades eh geográficas completamente distintas. Então o que a gente tem que comparar aqui, ó, o Brasil tem que ser o país que mais recebe turismo internacional da América do Sul. Ponto. Essa é uma meta. E a gente já tá hoje como o país que mais recebe turismo internacional da América do Sul. Ah, você a gente não recebe mais do que o México. Claro que não recebe mais do que o México. O México é vizinho dos Estados Unidos. O México recebe o público americano em peso e você não vai ter mais do que o México, né? Porque você tem os Estados Unidos, que é o país que mais viaja do lado. Então assim, a gente precisa entender quais são os desafios, onde é possível crescer e onde a gente cresce. A China é um baita investimento pra gente, né? a gente tá fazendo, é longe, é um mercado longe, eh o trabalhador chinês tem pouco tempo de férias, então ele não vem o Brasil, mas tem um setor da China que é um setor crescente, que viaja e que tem interesse em vir pro Brasil, que tá no crescente. A gente teve um aumento de 140% de chineses voltando para cá. Ainda é um número muito pequeno, mas a gente hoje já sabe para onde a China aí, aí entra inteligência de dados. Não adianta você divulgar, por exemplo, sol e praia na China, porque o chinês não vai para Sol e praia, né? Então você divulga Fe do Iguaçu, você divulga eh no Rio, no Rio você tem você você você tem você tem um tem um aumento chinês significativo pro Rio, mas é um turismo contemplativo, né? E aí você, imagina o que se tem para contemplar no Rio de Janeiro, é gigantesco. Mas você ter essa inteligência de dados como fator guia para você saber promover e saber a a médio e longo prazo aonde você onde você pode chegar, isso é muito decisivo. Então, por exemplo, o Rio de Janeiro, desenvolver, e o Rio de Janeiro é um dos lugares mais desenvolvidos por causa da Rio Filme, né? Mas desenvolver a relação do audiovisual com o turismo, que é algo que o mundo inteiro fez e que eu dou muito certo. A Coreia é um caso, a Espanha é um caso, Nova Zelândia é um caso muito interessante depois de Senhor dos Anéis. O quanto a relação de audiovisual com turismo, eu vou sair daqui, vou lá no Rio TC, porque tem um debate com o Netflix sobre eh produção de audiovisual e e turismo no Rio de Janeiro e no Brasil. assim, eh, esse é um esse é um case importante pro Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro é uma cidade cinematográfica, a gente consegue trazer cada vez mais eh o Rio de Janeiro bateu Paris em termos de filmagens eh na cidade. Eh, esse é um case ação da da Rio Filmes, da uma ação da Rio Filme, que a Dani conhece muito melhor do que a gente. Então, assim, eh, tem o nomadismo digital, né? O Rio hoje é uma das cidades que mais tem número digital, é, vivendo aqui, que são as pessoas pelo mundo que não precisam trabalhar fisicamente. Morro de inveja, não precisa trabalhar fisicamente em algum lugar, pode morar em qualquer lugar do mundo e trabalhar. O Rio é um dos grandes destinos dos números digitais no mundo hoje. Então assim, a gente hoje aponta nesse plano de marcas também uma possibilidade de tendências e de potencialidade conforme cada destino, né? E o Rio de Janeiro tem uma quantidade enorme de agregar uma informação aqui sobre paraa cidade do Rio de Janeiro do turismo interno, né? O turismo por quê? Porque eh pós pandemia, né, a gente eh ali na pandemia, quando a gente não podia ir para fora, a gente só podia viajar internamente, o cidade do Rio de Janeiro cresceu muito e acho que foi a mais beneficiada das cidades no Brasil. E esse turismo interno pra gente inúmeros é enorme e é muito importante e vem crescendo. E eu acho que também com a questão do dólar, né, o euro tá muito alto, o próprio brasileiro começou a olhar para dentro do Brasil, né? E acho que esse trabalho tem feito muito bem para falar, olha só, o Brasil é maravilhoso, faça turismo e gastaxa dentro do seu próprio país, dentro da cidade do Rio de Janeiro. Então assim, a cidade do Rio de Janeiro ganhou muito esses anos no turismo eh interno e nós queríamos ganhar mais. Então a gente também tem a preocupação de dar visibilidade, né? E aí a questão da segurança pega mais fundo, porque pro brasileiro a questão da segurança do Rio de Janeiro e aqui os paulistas do lado, às vezes eles têm medo porque a mídia brasileira eh potencializa de alguma forma a questão da violência. Então isso é um trabalho que a gente tá tentando avançar para mostrar essa imagem naturalmente com esses grandes eventos. vem mostrando que as pessoas têm vindo para cá, mas eh o turismo nacional é um turismo importantíssimo pra cidade do Rio de Janeiro. Desculpa, eu não posso resistir. O governador Barb que o Rio de Janeiro exporta band hoje, agora no globo.com. Desculpa, a gente essa esse assunto da da violência, né? Eh, hoje que o Rio de Janeiro corta bandida, esse assunto a gente tá tá hoje todo dia tá no noticiário, né? Mas assim, a gente tem que enfrentá-lo, né? Não tem jeito, a gente tem que enfrentar as grandes cidades, eu vou dar só um exemplo aqui, quando a gente abriu o escritório, o escritório da ONU que foi um ganho enorme, né? ONOT na cidade do Rio de Janeiro, presidente da ONT internacional, o Zurab, fala a seguinte frase: "Não foi, Adriana, a gente estava juntos nesse momento, qualquer cidade, grande cidade no mundo, ela tem seus problemas de violência. E a gente aqui nesse painel, a gente tá falando de turismo, né? Eu não sou especialista em segurança, né? Tô falando de turismo e da sensação e do que vem acontecendo na cidade do Rio de Janeiro. É, mas só só corroborando, sem querer polemizar, eu já discordo totalmente essa informação. A gente inclusive tá importando o bandido para cá. É verdade, né? Que é um tema que nós temos que resolver, não é isso? Então, mas o tema aqui é, e queria corroborar também com o tema de dos chineses, que eu acho que o Rio de Janeiro tá ganhando muito com isso, que também é o turismo corporativo. Então, a gente vê hoje muito o turista, o executivo chinês expatriado aqui e que isso faz gerar, ter o corporativo, vai gerar o lazer também, né, que é o familiar dele, é o amigo dele, ele também promove e tudo mais. Então isso é importante ter esse foco que eu acho que na área de energia eles estão bastante eh eh interados nisso e outras atividades, né? Então, acho que isso faz também crescer o turismo para aquele mercado. E eu acho que quando a gente fala muito de China, mas o mercado asiático como um todo é muito muito eh eh potencializado para vir para cá. Eu acho que que é o que tá acontecendo. A gente falando de de Ásia, China, né, esses mercados mais distantes, conectividade é um assunto fundamental, né? E o Galeão, a gente acabou de citar aqui, né? eh, passou, tá passando por uma transformação. Estamos num momento importantíssimo que é eh a discussão do acordo do TCU eh com a concessionária, né? Eh, vamos trazer um pouco esse assunto. Os aeroportos eh passamos um grande tempo, né, um longo tempo com aeroportos, eh, não aproveitando todo o seu potencial. Galhão era um exemplo disso. Qual o papel dessa mudança recente e o que ainda é preciso fazer, inclusive, paraa conectividade nesse turismo interno, né? Porque é muito difícil às vezes você e caro você circular dentro do Brasil. Posso só dar um pitaco sobre isso? Assim, eu não vou entrar no debate se a gente importa, não exporta bandido. Eu tô mais preocupado com aqueles que a gente elege, né? E a gente elege alguns deles, né? Mas enfim, se a gente não eleger esse bandido, talvez facilitasse a redução de importação e de exportação de bandidos. Mas enfim, eh, e aí eu tem uma, eu acho que tem uma coisa importante que é o há 10 anos, há 10, que o último plano de marketing que a gente fez foi 20 anos, né? Eh, os aeroportos não participaram do plano de marketing. Esse ano os aeroportos são decisivos no plano de marketing porque se tornaram um ator, né, eh, fundamental na hora de pensar eh esse esse novo Brasil. E melhorou muito a qualidade dos aeroportos no Brasil melhorou muito, muito. Isso é sensível e não é só Rio São Paulo, né? Assim, você tem uma melhoria significativa da qualidade dos aeroportos e eles se tornaram parceiros dessa promoção. Uma das coisas que a gente fez na Bratu foi o PAT, que é o plano de aceleração do turismo internacional. A gente pegou um fundo que era um fundo que ia para superav primário, que era o fundo da aviação, o fundo nacional da aviação civil. Eh, junto com forma ação nossa com o Silvio Costa e com o Ministério do Turismo, a gente pegou esse fundo e a gente trans pegou parte desse fundo junto e aí o Fernando Hadad foi muito importante para isso e a gente transformou num ativo para estimular novos voos internacionais para cá. O poder público pegava parte desse fundo, entrava com valor e iniciativa privada tinha que entrar com o mesmo valor e os aeroportes e companhias aéreas entraram e promoveram. Esse foi um fator fundamental para fazer o Brasil ter um crescimento de malhas de 18%. Ou seja, um fundo que é para superável de primário, a gente pega, transforma em política pública, chama iniciativa privada, tem estímulo e sugera novos voos. Isso é política pública. Isso tem um efeito imediato. O Brasil foi o país que mais cresceu a malha aérea, né? Diz o Nordeste, por exemplo, cresceu 34% a malha aérea internacional. Você tem o voo hoje Salvador Paris, né, que você não tinha há muito tempo, né? Você tem hoje uma conexão que é muito você tem a TAP hoje voando para 13 cidades diferentes do Brasil e é uma parceira fundamental na conexão com da Europa. Aí você tem a Copa procurando a gente com o mapa é do Brasil dizendo o seguinte: "A gente também quer chegar no Nordeste". Por quê? Porque começa a sentir segurança política, né, num lugar que tá colocando o turismo no lugar eh eh mais estratégico. Então esse plano de marketing hoje ele contempla exatamente essa mudança mais positiva na relação com os aeroportos. E é chamar, quando você fala de política pública, você tá falando de uma coisa que tem que partir do estado, mas que tem que contar com a sociedade civil e que tem que contar com a iniciativa privada, porque senão ela não funciona, né? Eu tô dando um exemplo muito concreto de ações que a gente fez nessa área aqui. Sobre o Galeão, Daniela, como é que como é que é pra cidade o impacto, né? Foi todo um debate aí sobre Santos Tumon, Galeão, o impacto dessa mudança. É, quando eu entrei em 21, vamos falar dar um exemplo da Europa, né? Para um europeu para chegar na cidade do Rio de Janeiro é quase uma gincana. Para aqui, para ali, para lá, vai lá, vai para São Paulo. São Paulo pega o Santos do Mon, vai pro Santos do Mon, pega a ali esse voo. E aí era complicadíssimo, né? E o prefeito Eduardo Paal, né, com essa essa mudança, né? Então, ia lá no Lula, a gente viu bem isso, né? Lula, pelo amor de Deus, pelo amor de Deus. Por quê? Porque era estratégico. Do jeito que estava, a gente não ia ter esse crescimento. A gente e o Brasil, né? assim, acho que eh a gente não ser referência, você tem que ir para Guarulhos, aí pega Ponte Aérea. Então assim, era muito complicado, tinham poucos voos e esse investimento, e acho que é isso, federal, estadual e municipal, cada um fazendo a sua parte, deu a diferença que o Galeão precisava e está crescendo, né, muito. Então, eh, mas precisamos evoluir. Eu falei com o prefeito, inclusive no evento da apresentação de vocês do marketing do Bratu. Falei, prefeito, a gente tava falando de bricks. A gente vai ter o evento do Bricks. Eu falei, vamos pegar os voos do Bricks para chegar aqui na cidade do Rio de Janeiro. Ainda é uma gincana, ainda é complicado. Eu tive o ano passado com um embaixador patriota em Londres e com o embaixador Orlando Ribeiro em Madrid. Eu falei: "Quais são os problemas sobre chegar, vir do turismo? Como atraí ele?" Falou: "É caro ainda pro europeu, uma família, os voos são caros para chegar aqui. Então a gente tem que aumentar, tem que investir. Entendo que isso é a longo prazo e foi em tempo recorde o que a gente avançou. E acho que o Galeão agora investindo muito, a gente trouxe uma diferença pra cidade do Rio de Janeiro. E tá visto aí a diferença do turista que a gente tem um aumento e podemos e temos capacidade de aumentar. Então é fundamental pro turismo o aumento da maria aérea. Questão do preço estros que a gente, por exemplo, se a gente tem um congresso aqui no no Rio, para um brasileiro que mora em Manaus ou ou em João Pessoa, é muito caro vir pro Rio de Janeiro deslocamento. Vou dar um exemplo, vou dar um exemplo aqui, olha, para tirar o Rio desse foco. Belém, por exemplo, agora que vai acontecer o evento, você já escutou falar quanto é que tá uma diária lá? Eu acho que esse negócio é oferta e procura. Então a gente não pode eh raciocinar que isso é no Rio de Janeiro. A gente vai num evento em Paris, vai em Buenos Aires, vai em qualquer lugar. Se é um evento especificamente, quer seja de qualquer natureza, né? É, o preço do aéreo vai subir e o preço do terrestre também, não só hotelaria e tudo que envolve. Então isso é oferta e demanda, a gente não vai não vai eh eh conseguir resolver isso, inclusive colocando mais conectividade, porque a oferta de demanda vai ser sempre assim. Você vai comprar uma passagem para assistir o um um jogo de Copa do Mundo que vai acontecer, a passagem vai ser mais cara, não tem jeito. Hoje nós estamos vivendo talvez um momento de conexões represadas. Aí justifica o preço poderia melhorar um pouquinho, né? Mas se você vai na Europa, entre países da Europa, o preço também tá maior. Nos Estados Unidos também o preço também tá maior. Poderia ser melhor, poderia, mas eu acho que depois que essa esse comportamento de viagem acomodar um pouco mais e e ter mais opções de conectividade, isso melhora um pouco. Talvez a Europa sofra um pouco menos que a gente e a Ásia também, porque a conectividade lá tem mais oferta, não só do aéreo, mas terrestre e de ferrovias, né? Agora, eh, continuando o estroço com com contigo, a gente voltando ao tema dos eventos, né, além do preço, deslocamento, a gente conseguiu, eh, responder aquelas perguntas de todo turista, né, onde ficar, o que comer, aonde ir. Eh, bem, quais os ensinamentos que esses últimos grandes eventos, né, deixaram pra cidade? Onde é que a gente pode melhorar ainda? Olha, eh, importante esse ponto. Outro dia eu escutei de um de um colega nosso da área de gastronomia que ele me disse o seguinte: "Eu coloquei, passei a colocar ali paraa frente, isso foi logo pós pandemia, no meu no meu discurso, na minha, na, na minha cabeça, que não existe turismo sem gastronomia e não existe gastronomia sem turismo, né? Nós temos aqui diversas opções disso e diversos nichos para todos os bolsos. Então, eu acho que eh o Rio de Janeiro é a melhor cidade dentro do nosso país que oferece isso com qualidade. Se eu não me engano, eh nós estamos agora para receber mais um ou dois restaurantes michelando duas estrelas, né? E que isso já é entraram, mas entraram dois. Exatamente. Então isso faz com que a nossa gastronomia tá enriquecendo e não é só o o o way of life do carioca não é só a gastronomia, a alta gastronomia, é também a gastronomia do boteco, do restaurante de praia, né, do do kiosque tá lá funcionando e que hoje virou com uma infraestrutura muito melhor. Então acho que o Rio de Janeiro é muito propício para crescer nisso. Acho que não tem, na verdade, o que nós temos que colocar aqui é mais turistas aqui, que é eh é eh eu só queria, Rafael, só também acrescentar no tema do aeroporto que você perguntou antes para Dani, eh no Rio de Janeiro hoje nós temos a sorte de ter um aeroporto que ele em parceria com a iniciativa privada e governamental tá junto em desenvolver vários projetos. Isso tem nos ajudado a captar negócio junto com a prefeitura, junto com o governo do estado, junto com o governo federal. é uma, hoje é um aeroporto, é uma empresa que entende o raciocínio privado e de que tem que suportar às vezes junto com parcerias governamentais de ajudar a botar mais passageiros aqui dentro do nosso destino. Isso é importante salientar. Eh, eh, bem interessante que a Chan tem essa filosofia, né? Vou início trazer um ponto aqui que a gente vai discutir também na próxima mesa, que é mobilidade urbana, né? nos grandes eventos, um grande desafio é eh eh levar eh trazer de volta para casa aquele universo 2 milhões de pessoas que vão à praia. Eh, Dani, onde que a gente a gente tá em discussões aí, licitação de ônibus, questões de metrô, eh supervia, etc. A mobilidade dentro do Rio de Janeiro, quais são os gargalos e o que que acredita que pode ser eh ali eh uma melhoria com efeitos práticos? pro turista, para quem visita o Rio. É, eu acho que isso é, independente dos eventos ou não, o prefeito Eduardo Paz tem feito incansavelmente, né, a questão dessa mobilidade dos ônibus da na zona sul, na zona oeste. Então, vai haver na cidade do Rio de Janeiro uma grande mudança que já foi anunciada pelo prefeito para melhorias, né? Eu acho que o metrô, né? Vamos ver se o metrô vai ali até a gávia, né? Que estão falando que vai, né? Eh, tinha que ser ampliado, mas o metrô e e assim em grandes eventos, Galdo, e eu volto a pontuar que não é no improviso, né? Então, tudo é pensado, tudo é pensado para acontecer da melhor forma, pra chegada, pra saída, para horários. Então, esses grandes eventos, eles vêm sendo preparados. Antes aconteceu um rock rio, né, a rodoviária, tem ônibus, vão direto pro Rocken Rio, tem um espaço ali, não pode passar carro. Então, tudo isso nesses grandes eventos, eles são pensados. E no dia a dia a gente agora vai ter um grande mudança na cidade do Rio de Janeiro com o cuidado que o prefeito tá dando aos transportes. Enfim, a gente tá chegando ao fim desse primeiro painel e agora vou abrir um pouco pra gente pras considerações finais, tendo em vista, né, diante de tudo que a gente conversou, eh em quais desafios a gente deve focar? Sou eu. Bem, eu acho que eh o foco primeiro é entender a importância dessa economia chamado turismo, né? O turismo entrega rápido um resultado, rapidamente qualifica, dar emprego. Acho que a cidade do Rio de Janeiro a gente vem investindo muito na área aí que o que o Straus tá falando, que o Luís tá falando de gastronomia, né? A gente fez seguidamente dos maiores eventos na área de gastronomia, tá aqui a Martina para falar que é o Fift B, América Latina. Estamos pleiteando o Fift B Mundo, né? E trouxemos de volta, depois de anos, o guia Michelan. E a gente tá com uma estratégia para pros próximos anos na área de gastronomia e isso é muito importante. Parece que não, mas ter uma estrela michelã muda uma cidade, né? Em Modena com o máximo botura na Itália, uma cidade mudou porque ele foi o maior do mundo, né? Hoje no Rio de Janeiro, dentro do Fift Bass, a gente tem o Rafa Costa Silva, que é o Laçai, o restaurante Laçai, o melhor do Brasil, né? E estamos fazendo um time, a gente tá indo pro maior evento de gastronomia do mundo. A cidade do Rio de Janeiro, em outubro, de 6 a 8 de outubro, estará em São Sebastian como cidade convidada para apresentar, isso não é pouca coisa, são jornalistas, maiores jornalistas do mundo, os maiores chefes do mundo. E nós, a cidade do Rio de Janeiro, estará lá com a cidade convidada com protagonismo. Então a gente vem trabalhando vários pontos que os grandes eventos, a gastronomia, isso é que as muitos não olham, né? bares e restaurantes, o quanto gera de emprego, quanto qualificação. Agora a gente tá fazendo junto com a Fecomércio na Escola Carioca de Turismo, um foco exatamente para isso, bares, restaurantes, pros barraqueiros tão importantes que na nossa cidade, pros guias, que eu vou conversar com bichuch já. Então, eh, é investir a longo prazo, né? a gente não vai imaginar que o impacto é imediato, embora o Freixo tá tenha dito que a gente tá avançando, os números estão mostrando isso, mas é investir no turismo num todo, né, em toda a cadeia do turismo que um turista faz e receber bem, né? E aí agradeço os guias que são fundamentais pra cidade do Rio de Janeiro. Acho que é isso. Obrigado, Daniela. muito rápido. Eu sei que o tempo tá acabando. Primeiro eu queria agradecer demais ao tempo de cada um e ao convite. Agradecer Dani, Luiz, Rafa. Eu acho que a gente tem que, além de tudo que já foi dito aqui, a gente tem que sair um pouco da casinha, né? Eu acho que a gente tem que pensar fora do que é óbvio. E aí eu queria fazer um convite. A gente lançou pela pela Embratuur a Rota do Samba, que é em Osvaldo Cruz. E Osvaldo Cruz não é um lugar onde quando você acorda assim, vou fazer turismo, vou para Osvaldo Cruz. Você não faz isso no Rio de Janeiro, né? Pois é. Mas domingo agora a gente tá indo com a National Geográfica fazer toda a rota do samba, eh, para colocar no circuito internacional e e o que que é o Oi. Globo. E o Globo também, mas eu tô falando em termos de perspectiva internacional e a gente tá convocando imprensa, tá convocando todo mundo. E o que que é a rota do samba? A gente montou através de inovação, né, em vários lugares e tudo foi feito por guias, locais. eh, de Madureira e de Osvaldo Cruz, né? E que vão estar com a gente guiando todo mundo lá em Osvaldo Cruz, Madureira domingo, 11 da manhã. Então, a gente começa ali na casa do Candeia, que hoje tem um QR code, que hoje tem uma realidade ampliada. A gente passa pelo pela Estátua de Paulo da Portela, a gente passa pelo bar do do Nonzinho, o bar do Nonô, onde teve um encontro do Wal Disney com Paulo da Portela. Isso aconteceu Osvaldo Cruz, né? Eh, então a Portelinha, a Portela, então nós vamos passando em vários pontos de Osvaldo Cruz. que tem uma riqueza cultural profunda sobre a história do samba, que é uma identidade cultural genial do Rio de Janeiro e que a gente resgatou com inovação e com os guias locais. E a ideia é que isso não só no dia do samba, mas que possa semanalmente, pelo menos aos sábados, as pessoas fazerem esse caminho para o João do Cruz. É mais um ativo. Você sai da casinha e você cria um negócio que é extraordinário e que é uma coisa que a gente chama de experiência. É isso que as pessoas estão vindo. As pessoas vão vir para cá por causa do Cris, vão vir para cá por causa do Bondinho, vão vir para cá por causa de Copacabana, mas eles também vem para cá por causa da pequena África, eles também vão vir para cá e vão ficar mais um dia e vão para Osvaldo Cruz e vão conhecer essa história do samba e ainda termina numa via láctea michelã que é a feijoada da tia Surica, né? E ainda termina nessa, não é uma e duas estrelas ali, é uma Via Láctea, é Michelan, que é a feijoada da tia Surica, depois de fazer toda a rota do sambo. Então é domingo, então acho que sair da casinha, pensar se Rio de Janeiro que é ousado, o Rio de Janeiro sempre foi esse lugar de ousadia, eu acho que é papel nosso também para colocar o turismo também no lugar e dessa criatividade e dessa descoberta permanente do Rio. Obrigado. Obrigado, FR. Rafael, muito rápido. Eu acho que isso aqui é Rio de Janeiro. Nós temos vários produtos dentro desse mega produto que a gente tem, né? Eu queria só chamar a atenção nas minhas palavras finais aqui desse momento que a gente vive. Eu acho que pós pandemia nós tivemos a oportunidade e tá sendo, eu acho que bem conduzida de aproveitar principalmente pela iniciativa privada, que é o que faz girar essa máquina, eh, comercialmente falando, que os governos passaram a ter mais atenção a essa nossa atividade que antes não tinham tanto como deveriam, tanto governo federal, como governo municipal, como governo estadual. Isso quer dizer o seguinte, investir em turismo é nave o retorno. Haja visto um mega show que se faz, não vamos esperar seis meses ou um ano ou dois para ter o resultado. Ele vem imediatamente na economia da cidade, gerando emprego, gerando tributo, gerando negócio, né? Então acho que isso é importante. As conquistas, muitas das coisas que se faz, principalmente no Visit Rio e no governo a mesma coisa, promoções que se faz agora, que vai ter resultado daqui um ano, aqui dois, né? Semana passada, eh, muitos de nós aqui não se deu conta, nós tínhamos, estávamos a cidade do Rio de Janeiro na na Times Square em Nova York sendo promovido. Nós temos a conquista já em linha de produção, alguns voos para serem conquistados para chegar aqui. Nós temos a conquista de um tax free que tá e eh foi apoiado pela Fé Comércio, pela setor, o governo do estado e a Cfá táem em em em em reta final, que isso acontecendo faz com que o turista possa gastar mais aqui, né? Isso tem em vários países, mundo aa que faz com que quando a gente vai naquele país, tem lá a redução de imposto, como se fosse um produto de exportação, ter a gente consome mais. Então o turista hoje tá a a o grande desafio que eu acho que nós estamos atingindo é que ele se permaneça mais tempo e que gaste mais na nossa cidade, no nosso estado, no nosso país. E o turismo é isso. E o Rio de Janeiro encanta. Eu acho que a gente tem a sorte, a gente que vive aqui, eh, de viver numa cidade que proporciona todas essas oportunidades pra gente. A gente só tem que resolver finalmente são esses grandes gargalos que a gente tem e que não são fáceis, mas não são difíceis de ser resolvido, né? A gente tem esse privilégio, né, de de fazer turismo na nossa própria cidade, né? Muita gente vai sair certamente para ir conhecer eh detalhes, né? Curiosidade de Osvaldo, o Frecho acabou de dar um exemplo aqui que o carioca e tem vários exemplos que a gente que vai e às vezes o carioca ele antes não era tão provocado para isso e hoje o momento propicia isso do próprio carioca, do próprio eh Fluminense, tá? Fluminense, eu sou flamenguista, tá gente? Exatamente. Geograficamente eh eh tem nós temos essa cidade apropriada para isso de um país encantador, né, gente? Muito obrigado pelo debate, super enriquecedor, dá vontade de ficar, né, batendo papo. Temos outros muitos assuntos e que a gente vai dar continuidade agora no próximo painel, eh, que a gente segue já já. A gente só vai aqui fazer uma mudança de mesa e continua já com o nosso segundo painel. Muito obrigado a todos e convido para assistirem também ao segundo painel, por favor. aqui. Esperando você todos os microfones, tá? Todos os microfones estão ligados. Bem, de braços abertos, de janeiro a janeiro, esse é o nome do nosso segundo painel, eh, verão, carnaval, reveon, nossas grandes festas, né? Eh, é onde o rio sempre brilhou, mas também o retrato da sazionalidade do turismo carioca. O que fazer para atrair visitantes o ano inteiro, outros períodos do ano? O que já vem sendo feito e o que pode ser aprimorado? Para essa discussão eu convido Adriana Homem de Carvalho, diretora de turismo social, hotelaria e alimentação do Sesc RJ, Bruno Henrique, diretor de marketing e conteúdo da GL Events Exibs, José Domingo Buzon, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio de Janeiro, e Luís Gustavo Medeiros Barbosa, coordenador do núcleo de turismo da Fundação Getúlio Vargas. Bem, para começar, eh, a gente conversou aqui no painel anterior sobre as potencialidades do Rio, né? Eh, qual seria, na opinião de vocês, dentro desses potenciais do Rio de Janeiro, o antídoto principal contra a questão da sazonalidade? Vou começar aqui, por favor. É, bom dia e, primeiramente, obrigado aí pelo convite, né? uma honra estar participando aqui desse painel ao lado de tanta gente importante. Eh, então acho que na verdade eh, sim, né? Acho que a sazonalidade é um problema quando a gente para para pensar, só que também é assim, a gente quando a gente para para pensar no turista, geralmente vem à nossa cabeça a questão do turista de lazer, né, e dos grandes eventos que atraem esse tipo de turista e tudo mais. Eh, e assim, até a gente lá na GL para contextualizar, né, a GL é uma empresa que atua praticamente em todo segmento do mercado de eventos, né, a gente tem, obviamente, nosso portfólio de eventos proprietários, como a Benal do Livro que tá chegando aí. Eh, mas também a gente trabalha muito com a questão da concessão das venus, eh, e também com a montagem de estruturas através da Live. E a gente tem olhado com muita atenção e muito carinho pra questão do turismo de negócios, né? Eh, primeiro, né, porque é um tipo de turismo que cria muitas divisas, né, pro destino. A gente até teve uma pesquisa na Fundação Getúlio Vargas, né, a pedido da Imbratur, que mostra que esse turista ele ele produz quatro vezes mais do que o turista de lazer. Então assim, é um é um é um é um é um turismo que gera muitas divisas e também ele ajuda nessa questão da sazonalidade, né? Porque enfim, os grandes eventos, os eventos do Brasil, ele estão muito atrelados a essas possibilidades de calendário, né? Alguns já pré-definidos ou outros a questão de feriados e períodos de férias. Mas essa questão da da das feiras, dos congressos técnicos científicos e tudo mais, acho que a gente é é é um trabalho que você consegue construir um calendário de forma planejada que promova esse tipo de turismo qualificado, né? Enfim, você não tem tanto giro assim, mas você tem, né, um turista qualificado, principalmente na questão de geração de recurso. Eh, e como assim amplia também a questão dessa sazonalidade, né? como você tem muitos congressos internacionais, muitas feiras dessas acontecendo, eh, de forma recorrente, anual, então acho que você consegue estender o calendário e promover pelo menos esse tipo de turismo de uma forma mais eh eh planejada e mais homogênea durante os 365 dias. Obrigado, Bruna Adriana, bem-vinda. É, além do do do turismo de negócio, né, do corporativo, que outro antídoto a gente pode apostar? Na verdade, vou falar um pouquinho também do turismo de negócios, porque o Rio tem um potencial imenso para isso e a rigor assim, o mundo inteiro e eh procura a captação de eventos. E eu acho que a Fecomércio hoje eh no Rio de Janeiro tem um papel preponderante na realização de todos os tipos de eventos. Nessa parte de captação de eventos, a gente tem uma parceria com Visit Rio em que a gente apoia financeiramente uma equipe para que pense e quais são os eventos, pesquise mundo afora quais são os eventos que t a ver com o Rio de Janeiro e que podem ser captados pelo Rio de Janeiro. Esse projeto já tem uma duração de 1 ano e meio, né? a gente renovou agora no início do ano. E ele é muito importante porque as pessoas não têm noção de como é que é a escolha de um destino para um evento. Ele é muito cobiçado, os eventos são muito cobiçados, eles correm mundo aa em algum momento em função de uma captação, eles chegam ao Rio de Janeiro. Mas é um trabalho de 2, 3, 6 anos às vezes. E aí voltando um pouquinho ao tema anterior, você falou muito da segurança. A segurança no momento da captação não é um problema. Quando se apresenta a candidatura de uma cidade, eh, os decisores entendem que a segurança é um problema inerente de qualquer grande centro urbano, não é exclusivo do Rio de Janeiro. A gente às vezes acontece, como a gente tava conversando, né, aquele problema que houve na barra, não vou ficar falando muito, naquele momento é problema, mas uma semana depois já deixa de ser problema. Então a gente assim, não é exclusividade do Rio ter eh pelo problema da segurança, o mundo inteiro tem problemas até mais graves que os nossos. E aí, novamente a Fécomércio entra porque a gente fez uma parceria com o governo do estado. Nós estamos financiando eh as salas de monitoramento. A gente já tem a sala de monitoramento que monitora eh Leblon e Panema, eh Copacabana e Leme. Estamos montando a sala de segurança que vai monitorar toda a parte do centro da cidade da Lapa, já que a gente tem muito turismo na Lapa. Vamos montar na Barra Recreio e também o nosso último pedido que chegou a nós foi de montar na cidade da polícia. Então essa parte da segurança que também é não é nosso papel, mas a gente entende que a gente tem o dever de apoiar, né, todas as iniciativas que aumentem o turismo do Rio de Janeiro. E ainda na questão da segurança que o Freix falou, a gente quando a gente apoia um evento, seja qualquer evento, a gente tem um instituto de pesquisa em que a gente faz uma pesquisa durante o evento para entender se justifica aquele investimento e qual é a percepção dos participantes daquele evento e do nosso investimento. Então a gente fez uma pesquisa e com turistas que chegavam e que saíam do Rio de Janeiro e era impressionante como mudava a percepção dele de segurança. Mais de 60% chegava aqui no Rio muito preocupados com a segurança e quando iam embora só 10% ainda tinham isso com preocupação, que eles entendiam que a sensação de segurança de ver polícia na na rua, né, de ver assim toda a estrutura que é montada deixava eles muito mais seguros e eles voltavam com uma com uma percepção muito melhor do que tinham chegado. Então assim, é realmente a captação de eventos, a realização de eventos, ele é fundamental para terminar com essa zonalidade. nos grandes centros urbanos, a gente não tem essa percepção da quantidade de eventos que acontecem simultaneamente. Hoje, por, por exemplo, isso aqui é um evento. Inúmeros outros eventos estão acontecendo em em outros espaços do Rio de Janeiro e a gente fica não fica nem sabendo. São eventos de pequeno porte, são eventos de de e grande de médio porte, não são os grandes eventos, mas diariamente acontecem milhares de eventos em no mundo inteiro e a e todas as cidades se beneficiam com isso. Os turistas de eventos eles ficam mais tempo na cidade. Turista de lazer fica de um a três dias. Turist eventos fica de três a 5 dias. Ele estica sua estada. Por exemplo, se o evento é em no Rio, ele vai a Bus ou vai à Bahia ou vai em outro estado do Nordeste. Eh, quando o turista vem de outro país, então mais tempo ele fica ainda, porque ele já vem planejado para participar do evento e depois se manter no país para eh conhecer aquele país, já que é um pouco distante, né? Talvez nos próximos dois, tr anos ele não volte à aquele destino. Então ele já vem planejado e ele gasta muito mais que o turista de lazer. Ele fica em hotéis, ele consome em restaurantes, ele vai a shopping, é um turista de alto poder aquisitivo e que ele é muito cobiçado. Agora a gente também já vou eu todo, né, você eh no painel anterior falei, tem muito link com a F comércio. A gente fala muito do turista internacional, mas o Brasil ele é muito grande, ele tem dimensões continentais e a gente acaba jogando de lado o nosso turismo interno. Ele é muito grande. A gente na Fecomércio fica debaixo do meu guarda-chuva, é o turismo social. A gente lança pacotes, não é mentira, tá? Eh, em menos de 24 horas a gente esgota todas as vagas daquele pacote. Então, assim, ele é muito, ele é muito grande, tem que ser muito valorizado. A gente tem a grande, a gente não consegue e contabilizar quantas pessoas viajam diariamente pelo Brasil, né? No Brasil a gente fica muito preocupado no turista internacional. Claro, eles gastam mais porque a moeda deles é mais forte. Mas o turismo doméstico no Brasil, ele é muito forte e muito grande. Fugindo um pouquinho do Rio de Janeiro, por exemplo, eh, Canela e Gramado receberam na Páscoa 700.000 turistas em quatro dias. Onde a gente contabilizou isso? Em lugar nenhum. Então, a gente recebe, o Rio de Janeiro, recebe, se a gente for agora, sairmos daqui, formos ao Pão de Açúca, eh, formos ao Cristo Redentor, estão lotados de turistas, lotados de turistas brasileiros também. Agora, falei para caramba, né? É, o assunto é muito muito amplo, né? Nos afeta muito. Eh, um setor que certamente é muito afetado pela sazonalidade é o de hotéis, né? Eh, os ondos. Eh, queria que começasse avaliando essa questão. Eh, eh, obrigada pelo convite. Parabéns a todos aqui. Cumprimento a todos a mesa aqui. A sazonalidade é importante, eh, afeta bastante os hotéis, né? Quer dizer, tradicionalmente, não abril mais junho, é de baixa temporada. A, quer dizer, o que que nos afeta principalmente é são as grandes variações. A gente, o setor teleiro, falando especificamente do setor, ele precisa que ter uma média temporada, não uma baixa. Acho que a baixa é ruim porque os custos são altos, mas a média temporada porque ele é necessário para recompor o sistema, reformar os hotéis, manter atualizado os produtos, tudo isso, porque isso é uma necessidade. Quer dizer, no mundo inteiro, basicamente, eu não sei por explicar cientificamente ou acontece essa média temporada. Quer dizer, nós tínhamos ocupação na alta temporada de 80 90 e na baixa temporada 60 70 é o suficiente que eu acho que isso é normal e é necessário pro nosso setor especificamente. O que não pode ter, como nós tínhamos no passado, que a alta era 80 90 abaixa a 30 40. Isso que é um grande prejuízo, porque você não consegue manter a máquina funcionando ou até um produto que tem alto custo fixo de manutenção. Então você precisa, ele sempre ter volume, mas ele também precisa sempre ter uma renovação. Então eu acho que a Fcomércio tem tido um papel fundamental na na diminu diminuição desse amplitude da sazionalidade, né? O setor eh turismo de negócio, dos eventos de negócio, eventos médicos, eventos corporativos são fundamentais para diminuir essa amplitude. É necessário e o Rio de Janeiro perdeu essa capacidade de atrair esses eventos, tanto médicos como corporativos, quer dizer, corporativos de empresa, de bancos, porque tinha-se a sensação de insegurança. Eu acho que em termos de de de segurança, eh, no mundo inteiro nós temos problema de segurança, mas eu acho que um o mais grave do Rio de Janeiro não é a sensação de insegurança, é a desordem urbana, como o Straus falou, que amplia essa sensação. Vou dar um exemplo claro, objetivo. Panera, Lebl, Panema Copacabana, mendingo na rua. O mendingo ele normalmente ele não tem nem força eh psicológica, moral para ter um assalto, mas a pessoa que passa vê quatro, cinco pessoas no chão com cachorro, aquele ali, ela fica com medo. Então ela se amplia aquela sensação. Eh, pela minha experiência que eu tenho vivido no setor hoteleiro, que muitos às vezes muitos mendingos dormem na nas porta de hotéis, aí tem que retirar. É uma é uma operação complexa. Normalmente o mendigo não tem força, não tem eh disposição para enfrentamento, não tem nada. Ele, infelizmente, ele já tá num processo de degradação muito grande, a não ser quando ele tá drogado, que aí ele quando tá drogado ele é outro tipo de tratamento. Então essa sensação que nós temos da desorganização urbana, da mendicância na rua, tudo isso amplia uma coisa que não é tão grande. Então você anda na na Copacabana, na visconde Pirajá, vê qu cinco pessoas dormindo com lençol, com quatro, cinco cachorros e ali é o cara fica que na Europa você não vê, na Ásia você não vê, nos Estados Unidos você tem também, mas tem o tratamento desse desse tipo de de necessidade desse público. Tem um tratamento do Estado que é o é função do Estado isso. Não adianta você botar iniciativa privada que não vai fazer. Isso é função do estado. Então eu acho que a sazonalidade pro nosso setor, ela é necessária, mas não desse tamanho como era no passado. E a sensação de segurança é essa. E eu eu também acho que eu não podia deixar passar em branco, né? O que o Freix falou na outra no outro no outro ponto, a a BH, que eu sou presidente desde o ano passado, mas sou vice-presidente desde 2010, ela tem 87 anos de existência. a associação eh mais antigas do Brasil, quando a capital era aqui. Então passou a BH nacional, foi para para Brasília e ficou a BH do Rio de Janeiro. E eh uma pergunta anterior que eu achei bastante, quando é que virou a chave que o turismo tornou-se importante pro estado? Eu acho que foi depois da pandemia que o estado, que eu acho que foi era um erro anterior do nosso setor, que os o setor turístico era olhado como professor, isso é coisa de rico, isso não é social, isso não é um problema. Quer dizer, e acho que o nosso setor mudou a chave do nosso discurso, porque antes o discurso era errado mesmo. Não, o setor turístico é um gerador de emprego, é um gerador de renda, é um gerador de de trabalho que com baixo custo do estado de investimento, porque quem faz tudo é uma iniciativa privada, quem constrói até uma iniciativa privada, quem constrói eh ponto turístico, o rox agora o Canecão, é iniciativa privada. O estado quando ele investe, ele não investe para o setor turístico, investe pro cidadão. Quando ele melhora o transporte público, ele não tá pensando no turista. A consequência é o turista também, mas quando o galhão melhora, ele tá melhorando o turista e o cidadão. Quando ele melhora a segurança, é o turista e o cidadão. Então, eh, é por que que o retorno é rápido? Porque que investe o capital mesmo é a iniciativa privada. Então, se você der condições, esse esse esse investimento amplia enormemente. A exemplo agora do Jardim de Alá, o Rox, o Canecão, são investimentos. Quem tá fazendo? Ninguém. Eu é iniciativa privada, tá gerando lucro. É evidente, porque vai fazer alguma coisa tem que gerar lucro. gera receita, gera emprego e gera rendimento. Só para ter uma ideia, um hotel e num quarto de hotel em média 57 itens de produção diferente, meia, lençol, cama, móvel, lâmpada, interruptor, sabão, eh, toalha e vai por aí diante. Então, quer dizer, é um setor que gera muito emprego indireto. Ou seja, a gente já falou aqui de turismo de negócios, sensação de segurança, ordenamento urbano como, né, possíveis antídotos contra a sazonalidade. Vou passar agora também a palavra ao Luiz Gustavo, que no no o núcleo de turismo tem esse olhar amplo sobre o o o setor, né? Onde que tá aí o ponto chave pra gente mudar essa realidade? Eh, primeiro, bom dia. Agradecer aqui a a todos. Eu vejo aqui amigos de de longa data. Ah, essa questão da sazonalidade, sazonalidade é uma questão intrínseca ao setor, né? Ele ele é um setor que ah que ele viveu talvez aí nos últimos desde o seu início, com essa questão sazonal. Eu tenho visto isso como num futuro próximo como algo que possivelmente você vai perder essa essa saonalidade ou pelo menos você vai vai evitar essa baixíssima ah temporada e você vai ter sempre uma média alta temporada. Acho que isso já tá acontecendo em alguns lugares do mundo onde onde as pessoas já estão falando, né, esse fenômeno de de você ter o overtourism, ou seja, você ter você não tem mais espaço para para isso. A, acho que o Rio de Janeiro ainda tá muito distante dessa, dessa realidade, mas eu vejo alguns pontos que são pontos eh fundamentais e de mudanças, eu diria, quase que estruturais dentro da economia. na foi colocado aqui na época da pandemia, a gente estudando lá na no nos dados das empresas, a gente começou olhar o o o budget de viagem das empresas assim caindo de forma de forma brutal pela questão da tecnologia e das pessoas conseguirem de alguma forma a se reunir, não presencialmente. Então esse corte foi um corte drágico. uma grande empresa aqui do Rio de Janeiro, você chegou a 15% do valor do ano anterior de corte de budget de viagens corporativas, né? Ah, o mundo de eventos nem se sabia se se esse mundo ainda ia ainda existir, né? próprio setor de turismo, se esse setor iria existir ou não. E a minha impressão que o setor voltou mais forte, eu acho que foi colocado pelo pelo Freixo, o setor voltou mais forte, mais puljante. A a questão tecnológica ajudando muito. Ontem, por exemplo, você tinha 2000 colombianos no Rio de Janeiro para ver um jogo de futebol Fluminense e Once Caldas. Então são números impressionantes e e essa turma é distribuída na nas ruas da da cidade do Rio de Janeiro. E é algo que passou desapercebido, enfim, tava eles estavam aí. E por que talvez esse número grande de um jogo simples, né? Porque Boa parte ah fez as reuniões de trabalho online aqui no Rio de Janeiro. São profissionais que vieram para cá. Os caras, apesar de ter ido ao jogo à noite, eles passaram o dia trabalhando dentro de de uma de um aluguel de de temporada, dentro de um hotel. Eles fizeram esse esse movimento e trabalharam, assistiram o jogo, vão ficar mais dois, três dias aqui no Rio de Janeiro e estão fazendo fazendo esse movimento. Então o que a gente percebe hoje é que ah existe um um movimento, talvez aquele medo inicial, ah, existe um movimento crescente de demanda. essa demanda crescente no Rio de Janeiro, quando a gente fala dos grandes eventos, os números são são impressionantes. Você pega uma um show desse da Lady Gaga, você pega um Rocking Rio, a o o o a quantidade de gente que vem que vem pro Rio de Janeiro e que precisa efetivamente ah ah ah curtir a cidade, ficar na cidade e toda essa movimentação econômica que gera, que vai de dos hotéis, vai da renda gerada pras famílias que hoje tem esse movimento de de aluguel de curta temporada, o Uber, o Táxi, enfim. Então você tem um um movimento econômico na cidade que é um movimento econômico extremamente importante. E aí qual é o o clássico que é o evento, né? Quando a gente fala de de não, mas qual é o clássico da ah de você quebrar a sazonalidade do dos setores? São os eventos. os eventos eles naturalmente, mas hoje você já tem esses fenômenos da da pessoa vir aqui e ser um nômade digital, ficar no Rio de Janeiro um mês, um não residente no Rio, ah, e que vem trazendo dinheiro de fora. Ou seja, a o grande o grande ativo é o dinheiro novo que tá entrando na economia de um de um não de um não residente. Esse é o que movimenta o recurso do hotel, esse é que vai fazer essa essa essa roda girar. Então eu vejo talvez aí num médio prazo essa discussão da sazonalidade, se tudo correr bem, uma discussão do passado, você vai ter um um uma média alta para sempre. E aí eu acho que foi um ponto colocado que o ideal não ser não é ser alta. Se você também só tiver alta alta temporada, aquele destino vai ficando caro, você vai perdendo, vai perdendo o mercado, vai perdendo qualidade de como como destino, porque é difícil você segurar uma cidade numa alta temporada o tempo todo. A gente percebe isso quando nós saímos do Rio de Janeiro e vamos aqui pro pro interior, para uma cidade como Búzius no numa altíssima temporada, você fala: "Pô, não é o ponto ideal da cidade. cidade não tá no seu no seu ponto ideal. Seu ponto ideal é algum alguns pontos para baixo. Então, ah, acredito que no médio prazo, essa discussão da sazonalidade, médio prazo, que também o tempo hoje muda muito rápido, né? Então, no médio prazo aqui rapidinho, com todos os números que o Frecho tá tem colocado e e é uma verdade, isso vai ser uma discussão um pouco do passado. A gente vai começar a viver uma um outro um um outro tipo de problema. É, médio prazo. Antigamente era 5 anos, talvez um, dois, essa realidade já pode ter efetivamente mudado. E e os eventos são extremamente importantes. Então, esses grandes eventos e pequenos, como como a Adriana falou, os pequenininhos que estão acontecendo espalhado aí, um quase que um enxame de pequenos eventos acontecendo, eles são extremamente importantes para você dar essa vitalidade. E as viagens corporativas elas diminuíram mesmo. Todo mundo aqui, profissional, executivo, a quantidade que viajava para fazer reuniões e tal. Hoje em dia esse esse número ele ele encolheu e as empresas estão cada vez mais olhando esse gasto, né, esse budget de viagem e diminuindo essa esse esse volume. Então é isso. Agora o evento, né, parece que o Rio entendeu que esse é um caminho, né? A gente começou o ano com a projeção de mais de 550 eventos, né, em 25, que é 20% acima de 24, né, é um recorde pra cidade, mas a gente sabe que ainda gargalos, né, Bruno, paraa realização desses eventos. Eh, quais os principais, na sua opinião e o que fazer para destravar esse processo? É, eh, até acho que dois pontos interessantes aqui na fala anterior, né, do Bolzon e da Adriana. Acho que o primeiro a relação entre poder público e iniciativa privada, que é interessante, né, e a dificuldade de trazer um evento também que a Adriana mencionou. Eh, e aí dando um dando um exemplo prático assim, né? A gente no ano dezembro do ano passado a gente teve o Congresso Internacional de Diabetes aqui no Rio Centro, eh, que, enfim, juntou em torno de 10.000 profissionais do segmento, sendo que 80% dele era fora do do país, né? E aí, só que assim, a gente conseguiu captar esse Congresso em 2019. E aí é interessante quando a gente fala que a iniciativa privada, né, o Freix falou também, tá na ponta na hora da execução, mas pra gente captar esse evento, primeiro a gente, assim, a gente não somente vendeu o Rio Centro, né, a gente teve que convencer as entidades, né, eh, técnicos científicas ali a ir, em vez de ir pra Ásia, a gente estava competindo com Bangkok, vir pro continente, pra América do Sul, né, e em vez de ir pr pra Tailândia, vir pro Brasil e a em vez, né, e antes de chegar no Rio Centro, vir para o Rio de Janeiro. Porque quando você chega no Brasil, você ainda tem uma competição acirrada do destino. Então, assim, o nosso trabalho ali eh na ponta da iniciativa privada, antes de conseguir a captação do evento, é justamente de promover o destino onde a gente tá atuando, né? Eh, eh, e é óbvio, né? a gente eh a G assim, acho que ela tá em mais de de 20 países, quase 40 cidades diferentes. A gente se utiliza muito dessa de dessa posição global que a gente tem para justamente fazer esse trabalho muito parecido com a FE Comércio, que é de identificar onde é que estão esses eventos mundo afora e saber como é que a gente trabalha para captar eles aqui pro Brasil, né? Aqui no Brasil a gente atua obviamente Rio, São Paulo e Salvador. Mas é é curioso porque assim, óbvio que a gente quando a gente fala de evento, de turismo aqui, a gente vai esbarrar na questão da segurança, assim, eh é um desafio, né, como Adriana falou assim, não é um desafio só do Rio de Janeiro, o desafio de qualquer grande metrópole. Eu eu falo assim, né, eu sou e carioca da zona norte, mais de 40 anos e eu a única vez que fui saltado foi em Nova York. Então assim, eh, né, nunca foi assaltado aqui no Rio de Janeiro, mas é óbvio que é um problema, não dá para não dá para eh virar a cara ou achar que, enfim, tá tudo bem. Mas eu acho que assim, eh por outro lado, o Rio de Janeiro tem muitos ativos, eh, que permitem que a gente consiga ter uma eficiência ainda maior na captação desses eventos, né? Eh, enfim, acho que a a a própria geografia, o capital humano, assim, acho que o carioca ele é muito talentoso na questão do acolhimento, ainda acho que tem possibilidade de qualificação na questão da prestação do serviço, mas assim, ele tem um talento natural para acolher. Eh, e aí eu acho que assim o o grande desafio, né, no meu ponto de vista, assim, a gente ter uma interlocução ainda mais eficiente, maior entre poder público e iniciativa privada, né? é muito burocrático hoje para construir um evento no Rio de Janeiro. Eh, eh, tem obviamente, como tudo tem seus desafios, não só burocráticos como econômicos, né? Enfim, eh, tem até algumas leis há pouco tempo atrás, por exemplo, você para determinados segmentos, você tinha que antecipar todo o imposto que você teria de projeção de venda para poder vir pro Rio de Janeiro, enfim, expor em algum evento, por exemplo, né? Então, assim, a gente deixou de ter muito evento nesse sentido, porque eh muitos expositores assim, como é que eu vou antecipar? nem sei quanto que eu vou gerar de receita ainda para depois aí entrar toda essa burocracia para fazer um acerto de contas e tudo mais. Então assim, existe entraves burocráticos, entraves até eh eh econômicos, mas assim, eu novamente assim eu eu costumo tentar olhar pro lado cheio do copo, né? Eu acho que a gente tem muito ativo e aí novamente assim trabalhando numa empresa que atua eh em três estados diferentes, né? tanto só, tanto no Rio quanto São Paulo e e Bahia. É óbvio que São Paulo você tem, por exemplo, uma facilidade de você ter as grandes empresas, as grandes matridas ali, enfim, você ter um um uma concentração de empresa e econômica maior do que aqui no Rio. Eh, mas ainda assim o o Rio se apresenta como um destino de de eh eh muito de muito fácil venda, né? quando você quando você discute na captação desses eventos e também tem uma infraestrutura muito boa, né? Eh, eu acho que a gente conseguiu eh ser palco de grandes eventos, eu sei que é uma palavra desgastada, mas enfim, que acabaram gerando algum tipo de legado pra infraestrutura do Rio. Continua tendo desafio, mas a gente evoluiu muito na questão de infraestrutura, de mobilidade, enfim, tudo. E aí falando, né, de uma pessoa que tem que ir voltar pro Rio Centro todo dia e fazer evento lá, eh, é óbvio que pode melhorar muito, mas novamente, assim, também junto com essa parceria, com o poder público, a gente conseguiu avançar muito na questão desses desafios, né? Então, eu acho que assim, eh a gente tem uma vocação e um talento eh e uma capacidade muito grande de tá melhorando e planejando melhor esse calendário. Eu acho que é muito mais uma questão de melhorar essa interlocução entre poder público e iniciativa privada, né? Eh, continuar essa evolução desse trabalho de forma conjunta, entendendo as necessidades e a e a e os desafios de cada um. e que no final das contas acaba sendo o mesmo, né, de vender e promover o destino de alguma forma. Eh, e enfim, acho que eh eh a gente tem a capacidade para crescer muito ainda. Luiz Gustavo, a OMT aponta, né, que o turismo repercute em pelo menos 52 ramos das atividad de atividades econômicas. Eh, temos um ambiente favorável hoje, tanto em termos de investimento privado quanto de políticas públicas, né, que a gente tá debatendo aqui para desenvolvimento desse ecossistema. Há caminhos abertos hoje no Rio para inovar, empreender no turismo? Ah, eu acho que sim. A, eu acho que a cidade do Rio é uma cidade generosa do ponto de vista de de oportunidades pro pro setor de turismo. Ela é generosa nos seus espaços, né? Então, ah, hoje você consegue alojar um evento de 100.000, 150.000 pessoas na cidade do Rio de Janeiro de forma de forma tranquila. Isso, isso não isso não afeta a dinâmica da da cidade de uma de uma forma de uma forma assim muito grande, né? Obviamente que você tem toda a questão de trânsito, logística, que é sempre uma uma confusão a mais numa metrópole como como Rio de Janeiro. Então eu acho que o Rio é uma cidade ah talvez a palavra generosa, ela é generosa pros eventos, ela é generosa para pro turista, ela é generosa pra população e ela é generosa pros negócios. Então, n você tem essa esse essa eu diria, esse espaço de inovar, esse espaço de melhorar, eu acho, e esse espaço de de empreender na cidade do Rio de Janeiro. Acho que o Freixo aqui deu dois exemplos são exemplos fundamentais. Enfim, você nessa lógica da experiência, né, da economia da experiência, que a é um tema até hoje estudado, a fundação tem se debruçado sobre esse tema de dessa lógica de do que que vem a ser essa economia da experiência, o que que como que você consegue valorar essa essa experiência e consegue efetivamente monetizar essa essa essa experiência. Você tem oportunidades enorme, dado que você tem uma uma história, mais uma vez, uma história generosa, uma gastronomia, ele falou aqui a a constelação da via da Via Láctea, da Feijoada da Tia Surica. Então, então eu eu acho que eh essa capacidade do Rio de Janeiro, eu acho que ainda tá muito longe do seu potencial e muito longe de você chegar no no no seu limite. E na questão da da relação do setor, né, que eu acho que essa é a pergunta dos 52 setores, da relação do setor do do do turismo com a com as outras atividades econômicas do país. Eu acho que o exemplo aqui do hotel é isso. É uma cama, é uma televisão, é a música. é o show, é a cultura, é essa essa interrelação que que você tem talvez seja o setor que você possa mais rapidamente ele responde a uma demanda. Então ele responde essa demanda muito rápido. Uma indústria para responder uma demanda, o cara vai ter que comprar máquina, investir, tomar dinheiro emprestado. Quando você vai para um setor desse de serviço ou ou até um setor médico, você vai ter que construir um hospital, treinar os médicos, você vai no setor de serviço, é muito mais fácil você responder a um aumento desse de demanda de forma muito rápida e com novos produtos e com novas novas soluções. Então, eu acho que, enfim, eu acho que a generosidade do do Rio de Janeiro, ela tá em todos esses aspectos. Eu acho que a gente tem que explorar essa generosidade e efetivamente evoluir e inovar em cima dela. Adriana, ainda nesse tema, né? Abrir startup, fazer sua própria startup, né? Abrir seu próprio negócio no Rio de Janeiro e pensar no turismo como alvo, né, desse negócio, é, é a é fácil. Fácil, não é, mas não é impossível. Na verdade assim, o que que a gente faz, né, nós enquanto f comércio e e o trade de uma forma geral, quando a gente vê algum gargalo, alguma necessidade, a gente vai junto ao poder público mostrar aquilo o quanto aquilo impacta negativamente. Vou contar só um exemplo aqui. A gente tinha uma legislação no setor, não era nem uma legislação, uma resolução no setor de feiras que impactou durante muitos anos a vinda de feiras pro Rio. A gente não tem indústria no Rio. A indústria tá eh prioritariamente em São Paulo. Então, qualquer expositor tem que vir de São Paulo para expor no Rio. Isso já gera um custo. Aí, se você vinha de fora, você trazia eh 1000 de mercadoria, você era taxado antecipadamente em 1500. Você pagava antecipadamente, mesmo que você não vendesse nada. E depois como é que fazia a compensação? Não tinha compensação porque não tinha ferramenta de compensação. Você esperava ser autuado, você não pagava o imposto devido em algum momento você ia ser autuado. Você disse: "Não, olha, já paguei lá atrás, naquela feira sobrou". Ou seja, ninguém corria esse risco e a gente conseguiu mudar essa legislação. Mas por quê? A gente eh foi identificou eh o quanto simpicamente impactava negativamente. Não foi fácil, mas o poder público ele é sensível. Desde que você vá lá com clareza, explicar o quanto impacta negativamente e isso que a gente tem que fazer. Ah, imagina, não vão nos ouvir? Vão sim, porque nós somos fortes, nós somos grandes, nós somos muitos. E assim, a gente explica o quanto é e de dificultoso trazer um evento para cá. E aí, só pegando a caronina que o Bruno falou, uma das coisas que eh às vezes dificulta a captação de um evento, especialmente eventos eh eh internacionais, é que as a captação é da cidade, por mais que a iniciativa privada trabalhe arduamente, é da cidade, não é uma captação do estado, uma captação do país, a não ser uma Copa do Mundo, um mega eventos, né? Mas a capitação é da cidade, então eh eh há necessidade muitas vezes fazer um aporte de recurso paraa decisão final daquele evento eh vir ou não pro Rio de Janeiro. O poder público tem dificuldade para isso. Por que que ele aporta o evento do Bruno? Não aporta no meu evento dinheiro, recurso. E aí vem a Fcomércio e aporta. O WebSmit veio pro Rio. Sim, trabalho da prefeitura. Mas quem foi lá e disse quanto é? nós vamos aportar foi a comércio, nós eh combinamos por 5 anos e depois esse ano o presidente já disse que são mais 3 anos. Então são 8 anos. Então são oito no total, três feitos e cinco por fazer. 8 anos de aporte da Fcomércio por Summit estar no Rio. A BAV, a BAV veio pro Rio em 2023, há 10 anos não acontecer no Rio a porte recurso da Fecomércio. Eh, ela vai ficar mais 4 anos no Rio, hã, vai ficar mais 4 anos nos anos ímpares, porque a porte da Fcomércio. Então, assim, eh, a gente na Fcomércio eh a gente chama Federação de Comércio de Bem, Serviço e Turismo. a gente analisa quais são as dificuldades e tenta de alguma maneira suprir essa dificuldade. E aí a gente faz o aporte e no evento, faz as nossas pesquisas durante o evento para ver se justifica a manutenção daquele aporte. Baseado nisso, a gente faz sem eh sem nenhuma preocupação de estar errada. A F Comércio hoje é a maior parceira do turismo do estado do Rio de Janeiro. E posso falar também da CNC, porque a gente eh que é nossa grande mãe, né? Isso é a confederação, depois as federações, a gente tem uma parceria eh com o Ministério do Turismo que são 400 milhões durante 4 anos que são destinados para o turismo do Rio do Brasil. A gente tem parceria com o estado, apoiando inúmeros projetos deles, com o município também. não só na captação de eventos, mas com projetos próprios. Então, assim, eh toda e qualquer dificuldade que a gente identifica, eh, que atrapalha o turismo, a gente vai lá e bota a nossa mãozinha. Começar a falar um pouco aqui dos nossos potenciais, né? A gente já falou de gastronomia no painel anterior. Eu vou seguir com a Adriana porque eh a gente tem tido boas notícias, né? sucesso de eventos como o Rio Gastronomia, eh os novos restaurantes com estrela Michelan, a rua escolhida, né, aí no ramo de entretenimento, a mais descolada do mundo, Arnaldo Quintela, lá em Botafogo, com seus bares e restaurantes eh sempre lotados, né? Qual o potencial desse turismo no Rio de Janeiro? O que que enxerga eh eh do Rio, até como no ali numa disputa com São Paulo, que a gente sabe que tem ali a gastronomia como dos grandes ativos do seu do seu turismo? Na verdade assim, a gastronomia é mais um ponto para para as pessoas virem ao Rio de Janeiro. São Paulo é o ponto principal. O Rio tem inúmeros atrativos e a gente efetivamente é um trabalho forte que a Dani Maia vem fazendo desde a época da Rio Tour de realmente tornar o Rio de Janeiro um destino gastronômico que a gente não era a esses eventos para as pessoas, ah, mas para que trazer um evento desses? Porque tem essa importância porque as pessoas também viajam em função da gastronomia que elas vão encontrar lá. Mas assim, isso é somado a outros atrativos no Rio. A gente vai alguns destinos, nada contra São Paulo, mas a gente vai a São Paulo, vai para um evento, que que a gente faz depois de evento? Comer. Aqui no Rio você vai onde? Vai ao Pão de Açúcar, vai à praia, vai ao Cristo, vai eh milhões de lugares e também e eh comer. A gente no no Sesc a gente entende isso, tanto é que a gente tem quatro bistros eh muito charmosos. Eles são sempre em prédios históricos, um deles é no Quitandinha, é o nosso bistrôqu. A gente tem um bistrô em Teresópolis que fica no prédio histórico também que era a Casa do Granado, onde a Granada começou. A gente tem o nosso ali no Flamengo, onde fica a nossa sede, que também é um é um prédio histórico e na procuradoriaagal do e do estado, que são todos muito charmosos. a gente tem essa preocupação de de trazer chefes renomados, de trabalhar com agricultura familiar e de entender que também é um é um é um mó para atrair turistas pro Rio de Janeiro. A gastronomia realmente eh a você vê assim eh Lima, Lima tem os um dos os eventos mais importantes de gastronomia no mundo. Antigamente não não tinha e isso que a gente quer fazer e a gente vai apoiar essa iniciativa da da AN Maia, né, da prefeitura para que efetivamente o Rio de Janeiro seja reconhecido e por por ter pela sua excelência gastronômica. Agora não dá para falar, né, de turismo sem abordar meios de hospedagens. a gente ganhou quartos, né, com os grandes eventos esportivos da década passada, por exemplo. Eh, mas é é possível tornar a hospedagem também a atração do turista? Então, assim, o que que buzon a gente pode investir? Resortes urbanos, alto luxo, hotéis boutique, espaços atraentes para negócios, os nômades digitais, né, com eh equipamento para essa pessoa viver no Rio temporariamente. Quais os caminhos? Olha, a hotelaria tem sido um parceiro, que primeiro agradecer a Adriana, né, que todos os grandes eventos, realmente eu faço questão de dar o testemunho, a Fomerço tem participado intensivamente, firmemente. E o e a hotelaria tem a, por exemplo, o nome digital foi um projeto que da da Anima Maia em 2021, mais ou menos por aí, que os hotéis reformularam as suas infraestruturas, criaram ambiente para que o nômado de pudesse trabalhar. Quer dizer, os hotéis têm sido sempre um parceiro da in do estado e eh tanto na pedido de soluções quando alguma novidade que foi adanimar, nesse caso, o dono digital lá trouxe essa ideia que na época era uma novidade, ninguém falava disso. O setor hoteleiro rapidamente se adaptou, abraçou a ideia, né? Eh, tem até um adesivo que era colocado nos hotéis, no site dos hotéis, como que naquela época era uma grande novidade, hoje que se tornou normal, né? A gente botava nos hotéis, botava nos sites, botava na nas plataformas de vendas digitais, dizendo que o hotel era um número de aceitava número digitais. A legislação foi mudada para que você conseguisse, mérito da Dani Maia também, que você conseguisse a licença de trabalho por um ano, por mais de um ano, que isso não existia, porque não existia essa função do nome de digital, né? Então, quer dizer, o o setor hoteleiro é rápido, é ágil e abraçar novas ideias. adora novas ideias porque é um novo produto de venda, é um novo produto que a gente oferece atende uma nova necessidade. Nós somos um prestador de serviço, se que tem que se adaptar à necessidade dos seus clientes. Tantos coisas básicas como o chuveiro, camo, como a internet, sala de eventos, toda essa parte. por exemplo, o eh a parte do do ICMS, quem primeiro, muito lá atrás, lá em 2021, eu eu que que ia negociar isso, levantou a primeira vez a bola, que isso era o entrave a que os a que o o que os hotéis também têm salas de eventos, fazem essas friginel, eram entrav de necessário remover primeiro pagavaf sobre brinde. Se o cara trouxesse brinde, né, Adriana? Isso é uma coisa mais antiga, né? Quem trazia brinde, chapeuzinho, caneta, fodur conversa pagava, né? Isso já pagava. Aí depois tinha tinha esse problema. Fomos com na época era o Léo, o Léo que era de eh secretário de fazenda, foi, vai, vem, vai. Aí no final eh estudando o que que era. Se você eu venho vai vender uma casa geladeira, vou trazer 10 de mostruário. Não, tu tem que pagar isso não. Mas se eu não vender, isso é o 10 de cortesia. Quer dizer, isso foi uma época, foi uma legislação do tempo do garotinho que tinha Marcelá, que é que tinha uma visão diferente do do setor e isso aí depois de muitas idas e vindas, a legislação foi mudada, a a a participação da comércio na mudança foi fundamental. Então o setor terheiro ele tá atento sempre à necessidade do seu cliente, a novas tecnologias, a se tem algum impecílio, por exemplo, o Tex Free, a gente ajudou, quer dizer, o que nós podemos fazer em viabilizar um tax free, não é que o Tex Free vai eh é a solução, não é? não existe eh atitude mágica, é um são vários itens que vão fazer a o sucesso do turismo do aumento da hospedagem e e a principal e lá pro 2020 quando teve a eleição do governo, o antigo o secretário Tutuca, ele perguntou: "Ó, o que que o senhor teu turismo? Que que o seu turístico quer? Que que o senhor teu hotelheiro quer para novo mandato do governador, né? que era o carro o caso, caso do caso. Falou assim: "Olha, nós só queremos cinco coisas só, não precisa mais de cinco. Divulgação, divulgação, divulgação, divulgação, divulgação e continuidade do que vocês estão fazendo, divulgação, da divulgação. Então, o grande, eu acho que eh a decisão do estado, porque a decisão de desenvolver o turismo é uma decisão de estado, é uma política de estado. decisão. Esses nossos números que estão hoje aqui, que são excepcionais, são poucos o que podem ser, mas são excepcionais em relação ao passado, foi o que teve uma decisão de estado investir no s teu turístico. Sem o estado não tem solução. Agora, Luiz Gustavo, é innegável que temos um problema de de de mão de obra, né? Eh, a gente, o Bruno comentou aqui, eh, a cadeia do turismo como um todo sofre com isso, né? Desde o taxista, hoje a gente teve um ontem, né, tivemos um episódio de um taxista preso, eh, por cobrar mais de R$ 800 para um turista saindo do Galeão até a Barra da Tijuca. Eh, como que a gente, o que que a gente pode fazer para solucionar esse obstáculo e transformar essa em ativo esse bem receber do carioca, esse esse jeito eh despojado, alegre do carioca? É, eu acho que aí você tem você tem vários pontos, né? A qualquer setor econômico, ele ele ele só cresce se você consegue atrair talentos. Então, nenhum setor econômico sem talentos, ele ele vai a lugar nenhum. Então, ah, e você atrair talentos, você significa remuneração, significa na na nas empresas carreira. Ah, então eu acho que esse esse é um ponto esse é um ponto, eu acho que é importante a a a se pensar como como talvez um um talvez um nível gerencial mais alto, né? Então eu acho que esse é um eu me lembro há muitos anos atrás a a Espanha ainda não tinha nem nem dado aquela decolada. Eu me lembro que a um executivo da Espanha falava: "Olha só, turismo na na Espanha só vai efetivamente crescer depois que é uma geração que tá aí morrer". E os filhos dessa geração que talvez um pouco mais tal ele essa essa essa nova geração, ela ela aconteceu aquilo me impressionou muito nesse sentido de de da não capacidade de inovar, né? de de não tá aberto ao a ao a uma a uma inovação. Então, ah, eu acho que a atração de de talentos, ela ela ela é fundamental para que você tenha essa essa evolução e que seja generoso em novas iniciativas, em novas tecnologias, em novos mercados. quando você é e e quando você pega um ponto desse de e aí e aí eu acho que tem um ponto que é fundamental e aí volta a questão da Fcomércio, que é esse trabalho realizado de treinamento e de e de e de escolas mesmo importantes, ah, que o sistema S vem contribuindo há dezenas de anos no Brasil e de você tentar achar esses talentos e formar esses talentos e efetivamente ah treinar esse esses talentos. Aí eu acho que tem mais uma vez, eu acho que hoje aqui a Fecomércia ela vai ganhar nota 10, vai ganhar vai ganhar gaivota, né, estrelinha, porque faz um trabalho efetivamente diferenciado com com com os meninos e aí no tempo isso, não tenho dúvida disso. Aí quando você pega um um caso extremo como esse que você citou que aconteceu ontem, aí eu já não acho questão de mão de obra, eu acho que é questão de polícia, entendeu? Não é tal, não é questão de polícia. O cara não, não deveria estar exercendo aquela atividade, não, não tá apto a exercer aquela atividade. E eu não sei quantos taxistas tem o Rio de Janeiro, mas eu imagino que você tenha milhões de corrida de táxi por mês e um bandido faz um tem um problema desse, isso repercute na como um todo. Então, como se fosse um padrão, né? um padrão e não e não é o padrão, não é o padrão. E eu acho que hoje a própria tecnologia também pode ajudar a que isso não se repita e que não seja acontece outro lugar um padrão. É, mas mesmo que aconteça em outro lugar também é caso de polícia em outro lugar, entendeu? Então não é o padrão do taxista no Rio de Janeiro, o padrão do taxista ou do motorista de Uber é um é uma pessoa generosa, é uma pessoa amiga que te ajuda, que te dá dica. Ó, aqui não, aquele aquele chope ali é mais gelado. Então esse esse é o padrão do Rio de Janeiro e é isso que a gente tem que efetivamente contrapor, imediatamente contrapor e e colocar que a nossa realidade não é o cara que faz isso. Tem essas pessoas, tem, mas aí é polícia, aí você tem que multar e tirar o cara da do sistema. sobre formação de mão de obra, Adriana, eh onde estão os pontos eh principais, né, que a gente tá trabalhando para melhorar eh que a gente pode aí ter resultados em pouco tempo? Eh, há uns 3 anos atrás a gente identificou a necessidade de mudar o nosso portfólio SENAC, né, que é capacitão, capacitação, treinamento. E a gente chamou as entidades do turismo, chamamos a BH, a BAV, a BO que apresenta para saber deles quais eram as necessidades de formação de mão de obra. Mudamos totalmente o nosso portfólio que foi lançado no início do ano, voltado paraa realidade do mercado. Mas o que eu acho, a nossa maior dificuldade no turismo hoje é que o jovem não quer trabalhar cinco dias por semana. É presencial e o nosso trabalho é presencial. Não tem como o Zé Domingo botar o funcionário trabalhando de casa para atender o hóspede, né? E em restaurante, sem hotelaria, sem evento e assim por diante. Mais uma herança da pandemia. Outro dia eu tava conversando com o executivo da rede Acor e ele falou: "Adriana, quando a gente fala que são três dias presenciais, eles nem para entrevista vão. A hotelaria seis por um, entende?" Então eu acho que essa mudança pós pandemia é a maior dificuldade pra gente, que as eles nem querem fazer um curso se eles pensam que eles têm que trabalhar cinco dias ou seis por semana. Ainda que reduza a semana para cinco dias, a gente vai continuar com o mesmo problema porque é presencial, é final de semana, não tem como, o turismo não para, né? A hotelaria são e três turnos, são 24 horas de trabalho por dia. Alguém vai trabalhar de madrugada, alguém vai chegar aí 6 horas da manhã e todo mundo vai ter que trabalhar seis vezes por semana. Então assim, isso que a gente vai ter um apagão em função muito mais disso do que a capacitação. E uma coisa que eh do mundo é o turismo não é o setor que melhor paga, né? Outras áreas pagam muito melhor. Então as pessoas também ficam: "Ah, eu vou e não". E e assim todo mundo quer ser gerente, ninguém quer ser recepção de hotel, chega lá gerente. Qual a experiência? Nenhuma. Mas querem ser gerentes, né? todo mundo quer nascer gerente. Então, a gente tem essa dificuldade assim, eh, houve uma mudança muito rápida, que a pandemia corroborou e fortemente para isso. As pessoas perderam a mão, quer dizer, os jovens, eu sou caquética, imagina, eu trabalho todo dia presencial, eu não tenho horário, né? tava conversando com a Darlene falei, gente, a gente a gente vai virar objeto de, sei lá, de museu, sei lá do quê, porque ninguém mais quer isso. A dificuldade maior é essa, assim, eh, mostrar pra galera mais jovem que efetivamente a gente tem que curtir a vida, a gente não precisa trabalhar tanto como a gente trabalha, né? Mas que essa realidade não existe, ela é utópica, entendeu? E ao mesmo tempo é uma capacitação importante ali saber falar um outro idioma, né? Você tem todo um processo. É, esse doutro idioma assim, todo mundo fala inglês, todo mundo chega na entrevista, todo mundo é fluente, né, Bruno? Chega na hora não são tão fluentes. Alguns estudos dizem que essa é a primeira geração mais pobre que os pais financeiramente. É porque não querem sair da casa dos pais e não tem apego a nada, né? Não quero carro, não quero casa, não quero nada. É um complicador, mas eu acho que também a economia se ajusta, ela vai, é, ela vai se ajustar na realidade, a realidade mais dura do que quando começar a chegar o boleto aí todo mundo, a Smith falava que a mão invisível ajustava isso tudo aí. Agora a gente falou aqui, claro, que o caso do do taxista é um caso excepcional, né? Eh, porém assim, a quem é o carioca que vai a um evento sabe da dificuldade para principalmente ir embora, né? cobrança de táxi no tiro, às vezes não tem o transporte à noite. Como é que isso impacta o setor, Bruno? É, na verdade, isso varia muito em em qual evento qual evento a gente tá falando e aonde a gente tá falando, né? Então, assim, é óbvio que eventos para grandes públicos, eles são um desafio para toda a estrutura urbana e principalmente mobilidade da prefeitura, né? Eh, a gente dependendo da envergad, então a gente tá à véspera de uma Bienal até aqui, enfim, eu acho que na última edição, dois anos atrás, o Globo chamou na primeira página como Rocken Rio do livro, né? E e é um evento que a gente reúne lá no Rio Centro mais de 600.000 pessoas. Então, é realmente uma coisa eh bem desafiadora com relação à mobilidade, tanto para chegada quanto paraa saída. Então, é óbvio que num evento como esse a gente precisa sentar com a prefeitura, com todos os órgãos envolvidos, fazer um plano de ação para que isso aconteça da melhor forma possível, né? Eh, dependendo do evento, novamente citando na Bienal, a gente disponibiliza meios de transporte eh eh adicionais, né? Então, por exemplo, para essa edição da Bienal, a gente tem os ônibus próprios, né? Como acontece também com Rocken Rio, né? Saindo eh tanto da zona sul quanto da Baixada, quanto Niterói, enfim. Então eu acho que isso vai muito caso a caso e óbvio, dependendo do tamanho do evento, da quantidade de de público que a gente tá eh eh juntando ali, isso tem que ser discutido e planejado junto com todos os órgãos competentes, né? E fora isso, acho que, enfim, é infraestrutura mesmo que cada destino apresenta, né? Como eu falei, acho que Freix estava falando aqui de oportunidades perdidas, né? né? E acho que quando a gente fala de grandes eventos, a gente tem dois exemplos de uma oportunidade perdida e uma oportunidade muito bem eh aproveitada, que é o caso da Copa do Mundo da Olimpíada, né? Eu acho que a Olimpíada em termos de infraestrutura, né, não só de equipamento, como também de mobilidade e tudo mais, ela soube se aproveitar eh do acontecimento do evento para que isso fosse construído e ficasse aí de forma permanente para que os eventos que vieram posteriormente se aproveitarem disso, né? Então, próprio caso dos BRTs, enfim, né, da de outros modais que foram surgindo e de equipamentos. Então acho que isso depende muito de evento para evento, mas novamente continua sendo, no final das contas ali uma questão de articulação eh entre os organizadores do evento, a iniciativa privada e o poder público. Agora a gente tá chegando, tá indo pro caminhando pro fim do debate. Não queria fechar sem trazer aqui a a conversa um assunto que é um debate mundial, que é a regulamentação da hospedagem por aplicativo, né, plataformas como Airbnb e outras. Eh, Guzão, como que isso afeta o setor? O Rio de Janeiro está discutindo na Câmara Municipal hoje quais as regras aí que poderiam ser debatidas atualmente, inclusive para receber bem e sem problemas todo esse público que vem pros eventos, vem a lazer, vem para todo os tipos de turismo no Rio. Olha, essa essa a visão da plataforma, aluguel de plataforma de conta temporada, eu acho que ela é um setor que precisa existir, é um setor que faz parte da economia. Eh, isso não tem volta atrás. Nós do setor teleiros não temos nenhum nenhuma objeção ao a aluguel de plataforma de curta temporada. Eu acho que a plataforma de curto complementa o setor hoteleiro, não é um concorrente. Alguns casos é, outros não, mas é um complemento do o setor hoteleiro. Agora, o que eu acho que é necessário, é fundamental a gente em relação aluguel de plataforma de culta temporada é controle. O que é que nós estamos falando de controle? Por exemplo, quando um um vai num hotel, se cadastra, no final do dia o sistema vai pro Ministério do Turismo, que tem em teoria teria que ter o controle saber se aquele aquele hóspa, eh, criminal ou não, que não, infelizmente, não tá sendo feito. E a BH tá fazendo uma parceria com a polícia civil para que isso seja feito nesse nosso território aqui. Se algum um vem ali com algum tipo de problema, ser identificado e se resolve o problema. Na plataforma não tem nenhum tipo de controle para menor de idade, tráfico de drogas, as pessoas vão ali, se hospedam e não tem nenhum controle. Então acho um das principais é e principalmente para os condomínios, né? os condomínios, recebe pessoas, tem gente que não sabe o que é, é um entide danado, sem nenhum tipo cont Ah, o porteiro anota. O porteiro não tem qualificação, não tem eh eh disciplina e não tem um instrumento formal que aquilo chega escrever no papel, mas quem leu? Quem viu? Quem olhou? Ninguém olha, ninguém vê nada. Então eu acho que é necessário, primeiro ponto, segurança, você registrar todas as pessoas que que estão ali ouvir a plataforma. A segundo item é impostos, porque essa essas pessoas que estão ali, elas estão usando a infraestrutura da cidade, elas estão usando, por exemplo, na Câmara dos Vereadores que eu tenho sido, eu eu tenho ido lá pessoalmente negociar com os vereadores, com a Associação Brasileira de eh de apartamento de de curta temporada, os trols t ido também lá. Então eles eh não pagam nenhum tipo de imposto, eles não tem nenhum compromisso com a segurança. Os impostos necessários para quê? Para que até tenha a divulgação da cidade, se mantenha a estrutura da cidade, se mantenha o nível de transporte. Se você só ter uma ideia, os hotéis são 50.000 quartos. A hospedagem, segundo o site do Airbnb, são 39.000, quase a mesma quantidade, sem pagar nenhum imposto na cidade do Rio de Janeiro, aumentando o fluxo de pessoa, os desgastes do mobiliário urbano e sem retorno nenhum pra cidade. Então, se eles pagassem no mínimo o ISS, a gente teria mais recurso que a prefeitura possa fazer mais divulgação, que aumentaria inclusive o volume deles. Então, eu acho que são algumas necessidades. Primeiro, a segurança, porque não tem nenhum tipo de controle. Na na no G20 agora, a Polícia Federal procurou o setor hoteleiro. Nós precisamos da ficha de host, precisamos de tudo. Não, você já tem que tá no Ministério do Turismo, é só pegar lá. Mas o meu, o problema de segurança não sou eu. Problema de segurança é a a logar plataforma que não tem registro de nada, pode vir um terrorista internacional, se hospedar ali e fazer qualquer coisa, porque não tem registro. simplesmente não tem registro, nem de menor de idade, nem de pessoas usando. E isso isso é é um é o primeiro problema. O e o outro é que não tem nenhum pagamento de impostos e é uma concorrência desleal com setor que é altamente tributado, setor de serviço, como é conhecido com todos, é o setor que mais paga impostos. Então, mas isso não vou nem entrar na parte federal, mas vou entrar na parte municipal. Eles têm que pagar o ISS porque é necessário para poder continuar divulgando e continuar mantendo o volume de clientes que tem aí e pagar as despesas que precisa. Quais são as despesas? a depreciação urbana, a limpeza urbana que aumenta o volume de lixo, aumenta o volume de pessoas, aumenta o eh guarda municipal, tudo isso aumenta. Então não é um setor que tem que ficar à margem da economia, ele tem que ser incorporado economia, ser regulamentado, ser controlado. Como no controlado não digo o que cada empresário vai fazer, se o cara quer pintar de amarelo, não, mas o controlado as pessoas que usam o serviço dele, porque é um serviço público. Nós somos encarados como serviço público. Então, por isso que nós temos que prestar é contas das pessoas que se hospedam no no nos hotéis. E ele a mesma coisa, a questão de segurança pública. Eu acho que esse é um setor extremamente necessário, é uma complementação do setoro. Nós não somos contra. É, precisa agora precisa ser regulamentado e ser cobrado impostos. A gente vai chegando ao fim. Posso só fazer uma uma eu acho que a eu acho que esse ponto a e aí eu acho que a sua fala foi muito rica da questão da complementação, né? a gente a gente tem tem visto aí a esse volume de pessoas, a comemoração de do do do de um grande número de de turistas, um grande um aumento do fluxo. Esse aumento do fluxo ele se dá também nessa nesse nesse movimento de você ter essas essas fontes alternativas de de hospedagem. E aí eu lembro bem que antes da de Copa do Mundo e Olimpíada, uma grande crítica a hotelaria do Rio de Janeiro era uma crítica de de uma hotelaria já cansada já. E aí você teve efetivamente um grande movimento de melhoria, de reforma e a que aconteceu por conta disso. E essa hotelaria ela era cansada e ela era cara. Então, essa era uma crítica muito forte que a gente sofria aqui no no Rio de Janeiro. Então, a eu vou voltar da da generosidade, né? A eu acho que o Rio hoje ele tem ele tem essa esse esse ambiente generoso de você ter uma você ter o táxi, você ter o Uber, você ter o hotelção. É. a e e você ter esse a esse esse ambiente e esse ambiente, se ele for um ambiente controlado, for um ambiente regulamentado, essa é regulamentado e e esse é o é é um ambiente que você precisa efetivamente no turismo do Rio de Janeiro para que você alcance níveis de competitividade diferentes. Ah, e e esse é um caminho que não volta mais. Eu acho que esse esse é um ponto, ele não volta mais. Ele ele tem ele tem que avançar e a gente tem que melhorar esse ambiente porque assim a gente vai ter um retorno positivo pra sociedade que hoje já já tem renda, já já tem uma renda importante das famílias cariocas que estão tão vindo dessa desse tipo de atividade. Então tem renda, tem atividade, tem atividade econômica acontecendo. Então, eu acho que é um é um debate importante, tem que ser colocada a luz nesse debate, luz, dados, números, para que a gente entenda e efetivamente a gente tome a a as melhores decisões para para que você consiga viabilizar grandes eventos. Hoje, hoje se você não tem essa complementariedade, você não viabiliza um Rocking Rio, esquece, você não viabiliza um Rocking Rio, um grande evento. Então, eu acho que é isso que a gente precisa, precisa ir atrás e fazer. E parabéns pela sua pela sua posição. Eh, eu, eu, outra coisa que eu acho importante, as necessidades dos clientes que vêm pro Rio de Janeiro são muito variadas, são a hoje a necessidade eh das pessoas, gentilmente as pessoas mais é muito variada. É impossível um setor hoteleiro conseguir eh atender todas as necessidades. Um vem com tem três filhos, dois, outro não tem nenhum. Outro quer ficar um mês, outro quer ficar uma semana. Essa então essa complementariedade é fundamental, é necessário. Nós apoiamos, nós não temos nenhum medo da concorrência. A concorrência em todos os setores quando ela entrou melhorou. Tá, tá. A exemplo do Uber, quando o Uber, o táxi no Rio de Janeiro era horroroso, era mal educado, sujo, carro velho e tudo. Quando o Uber entrou, que aconteceu? Tá, pode mais. O carro agora é novo, o cara é limpo, o carro te trata melhor, tem medo que a concorrência ela é fundamental paraa melhoria do serviço. O seu teu hotelo, quando antes das Olimpíadas, o setor do Uber era o setor do Uber, o setor do eh plataforma de curta temporada era insignificante e provavelmente por isso que o setor era ruim ou precisava melhoria mesmo. Depois começou esse número de uma aventura e depois das Olimpíadas, esses números se tornaram eh gigantescos. fez que os hotéis já tinham feito uma renovação para as olimpíadas e continuaram, porque agora nós temos um concorrente que que nos incomoda, mas eu acho que se ele nos incomoda não tem nada contra isso. Agora o que ele precisa é jogar na mesma regras que eu. Tem que ter segurança, tem que ter higiene, tem que ter controle do corpo de bombeiro, tem que ter controle, pagar os impostos, porque ele tá sujando a rua, tá degradando a rua. O 50.000 de hotel e 39.000 de eh Airbnb que tá na própria plataforma dele. É um volume imenso de pessoas que paga nenhum imposto pro município e o município precisa pagar segurou o volume de pessoa, tem que pagar segurança, tem eh limpeza urbana e tudo isso. Então eu acho que essa é o foco, a regulamentação para que a compet a concorrência seja leal para todos os lados e vai ser bom para eles, porque com mais recursos o município a gente pode cobrar a continuidade da divulgação, a continuidade da divulgação que vai nos levar para pró outros patamares. Quer dizer, nós vamos sair desse só para ter uma, eu tô me prolongando, mas acho que é importante que apr essa oportunidade. A gente fala que entre 15 milhão e meio de turistas estrangeiros ano passado, a nossa estimativa é de 9 milhões brasileiros no município. 9 milhões no município. Então, se a gente tem mais recurso do ISS, a gente pode cobrar mais do município. Olha, você tem mais dinheiro, agora invista mais recurso em divulgação do município que vai aumentar mais gente. É uma roda de um ganha ganha. Essa é a nossa posição. Agora, chegando ao fim, vou levar chegar aqui as considerações finais com uma provocação, trazendo aqui pra mesa. Qual é o rio do sonho mais factível de para vocês, pra gente receber o turista para vir para esse evento, vir para curtir a cidade num curto prazo. Bruno, tem que ser factível. Não, eu acho que é eu acho que seguir com a questão do vetores envolvidos estarem coordenados, planejando um calendário conjunto, eh entendendo quais são as necessidades e as vocações aqui do destino do Rio de Janeiro, promovendo qualificação, né, eh, como enfim, Luiz falou, o sistema S faz de forma brilhantemente, né, paraa questão de do serviço, da mão de obra. Eh, mas principalmente assim, trabalhando de forma integrada, planejada, entendendo principalmente que o setor de eventos é uma ferramenta estratégica pro turismo do Rio de Janeiro, né? Eh, e dando as mãos para todo mundo ali nessa questão de um planejamento, de um calendário cada vez mais pensado, estruturado, eh, enfim, e trabalhado junto. Obrigado, Bruna Adriana, por favor. Você bem suscinta. E a gente fala que a cidade é boa pro turista quando ele é boa pro cidadão. Então esse é o nosso sonho, né? A gente ter uma cidade boa para quem mora aqui e para quem nos visita, que eles leva essa impressão, a gente passa melhor essa impressão para eles. Muito obrigado, Buzon. Ah, eu acho que eu só peço cinco coisas. divulgação, divulgação, divulgação, divulgação, divulgação e continuidade do trabalho que é que a primeira vez que depois depois do César Maia, que foi o que o quem primeiro visualizou o turismo pra cidade do Rio de Janeiro como um grande negócio, é a continuidade desse processo que nós temos aqui, que o estado, município e o governo federal se conver e a Fé Comércio, Fé Comércio. Até propus uma vez uma estátua pro Queiroz também. E a F comeércio de continuar esse processo que eu acho que a continuação vai ser a palavra do nosso sucesso. É, eu vou na da Adriana. Eu acho que o Rio tem que ser bom para pro pra gente e tem que ser bom para pro pro turismo. Então, acho que o meu é ordem urbana. Talvez hoje a o nosso grande nosso grande gargalo é voltar a ter uma ordem urbana, voltar a ter conforto para andar na rua. E não é questão mais de segurança, não. Acho que a questão de segurança ela, mas você ter um conforto e de você ter voltar a ter o prazer de andar na rua a com ordem, com tranquilidade, com talvez com o setor público ali presente e forte, a mão forte dando essa ordem. Acho que é isso, melhorar cada vez mais essa experiência Rio de Janeiro, né? Chegamos ao fim aqui de mais um Caminhos do Rio. Quero agradecer a participação dos nossos convidados, a plateia também nos debates, que é uma realização do jornal Globo e Extra, com apoio da Fé Comércio RJ e apoio institucional da Prefeitura do Rio de Janeiro. Agradeço também ao público que nos acompanhou de casa pelas redes sociais eh e também pelos pelos jornais, né, pelo pelo YouTube do jornal Globo e Extra. Eh, e se achou a discussão relevante, interessante, comenta lá, manda perguntas pra gente, né? A gente tenta aqui repassar pros convidados o que for possível. Mais uma vez, obrigado. Boa tarde e que venham novos caminhos pro Rio, né?
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