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Os Poderes Secretos que o Papa tem!

Os Poderes Secretos que o Papa tem!

Quem é o Papa? Eu não digo a pessoa, mas a personalidade dele. Quais os poderes que lhe são concedidos pela igreja? Há limites em sua autoridade? Pode ser que algumas pessoas surpreendam você e quanto outras, bom, nada mais do que o convencional e o suficiente para que o leigo fiel seja informado. Normalmente para o fiel tradicional, o Papa utiliza seu conhecimento das Escrituras, sua experiência no clero, a influência de sua posição como chefe da Igreja Católica e as habilidades naturais da pessoa que ocupa esse cargo, como a inteligência, a compaixão, o carisma, para desempenhar as funções de seu ofício. Papas não possuem habilidades mágicas ou sobrenaturais inerentes, embora muitos de seus seguidores acreditem que Deus opera por meio dele, quando na verdade Deus supostamente opera por meio de todas as pessoas que obedecem a sua vontade. No entanto, como qualquer outro ser humano, ele não pode atravessar paredes, voar ou lançar raios, gama pelos olhos. Quando se diz que ele é infalível, significa simplesmente que ele define uma doutrina relativa à fé ou a moral a ser defendida pela Igreja Católica. Sua assinatura é assim como a de um presidente de um país, a chancela final de alguma decisão. Vamos começar por um ponto crucial. Quais são os direitos daquele que é eleito o Papa? Para explicar isso, eu preciso falar a respeito da supremacia papal. Vamos lá. A supremacia papal é o princípio central da Igreja Católica, que afirma que o Papa, em razão de seu ofício como vigário de Cristo, símbolo visível e fundamental da unidade entre os bispos e os fiéis, detém a autoridade plena, suprema e universal sobre toda a Igreja. Esse poder conferido por instituição divina é exercido sem impedimentos ou restrições de maneira direta, abrangendo todos os assuntos espirituais. Além de sua importância interna, a supremacia papal teve um papel significativo nas relações entre a igreja e o poder temporal, influenciando questões como os privilégios eclesiásticos, a conduta de monarcas e até mesmo a sucessão de tronos. A ideia de supremacia papal surgiu de uma decisão única e repentina, mas se desenvolveu gradualmente ao longo dos primeiros séculos do cristianismo. A principal razão para sua implantação foi a necessidade de estabelecer uma autoridade central que garantisse a unidade doutrinária e disciplinar da Igreja em meio a crises, heresias e conflitos de poder, tanto internos quanto externos, especialmente frente ao surgimento de monarquias e impérios. Naquele primeiro século, após a crucificação de Cristo, o cristianismo começou a se espalhar vigorosamente, mas do mesmo modo foram surgindo interpretações divergentes sobre seus ensinamentos. Para os apoiadores do apóstolo Pedro, considerado o primeiro papa da história, era necessário haver um árbitro final para definir o que era ortodoxia, ou seja, a forma correta e o que era heresia. Com o crescimento da influência cristã, especialmente após a conversão do império romano no século o Papa tornou-se uma figura importante para negociar a posição da Igreja diante dos imperadores e reis. A Igreja sustentava que o Papa como bispo de Roma, era o sucessor direto de São Pedro, considerado, como já disse, o primeiro líder da igreja, como é dito em algumas passagens bíblicas, como em Mateus 16:18. Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha igreja. O conceito em torno da supremacia papal começou a ganhar forma já no século II. Mas o marco decisivo foi o concílio de Calcedônia, que ocorreu em 451 depois de Cristo, onde o Papa Leão I, também conhecido como Leão Magno, afirmou fortemente a autoridade romana e seus argumentos foram amplamente aceitos. No entanto, a definição mais explícita da supremacia papal aconteceu no Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870, com a proclamação da infalibilidade papal e a reafirmação de que o Papa possui poder supremo, pleno, imediato e universal sobre toda a Igreja. Explicando melhor a infalibilidade papal no contexto cristão significa segurança na fé e se trata de uma doutrina católica que diz que o papa não pode errar quando faz um pronunciamento solene sobre fé ou moral, ou seja, quando ele fala oficialmente para toda a igreja como líder supremo em temas essenciais da religião. É bom lembrar que isso é válido somente em situações muito específicas chamadas de ex cátedra. termo em latim que significa da cadeira, mas não significa que o papa é perfeito em tudo o que diz ou faz no dia a dia. Ele pode errar como pessoa normal em opiniões pessoais, decisões políticas, mas como cardeal mor da Igreja Católica, a sua infalibilidade não pode ser e não é simplesmente presumida. Indiscutivelmente no âmbito religioso, o Papa é o líder mais reconhecido em todo o mundo. É claro que, pelo menos diretamente, ele não tem voz dentro de religiões não católicas, mesmo que sejam cristãs, mas de forma indireta, o assunto é outro. Primeiro, ele é um símbolo global da fé cristã. Mesmo comunidades cristãs que não aceitam a autoridade papal como evangélicos, ortodoxos e anglicanos, reconhecem o papa como a figura pública mais visível do cristianismo no mundo. Ele se torna, na prática, uma espécie de representante informal da fé cristã perante a sociedade, a política e os meios de comunicação. Outro ponto a ser observado é que sua posição moral ultrapassa as fronteiras religiosas. Chegando aos âmbitos políticos, por exemplo, quando o Papa fala sobre temas como paz mundial, pobreza, justiça social, proteção ambiental ou direitos humanos, suas palavras influenciam líderes políticos, sociais e até religiosos de outras crenças, mesmo que eles não estejam sob a autoridade eclesiástica. Muitos vêm o papa como um guia ético, não apenas como um chefe da igreja. E sabe o que fez moldar toda essa influência? A própria história. Os fatos durante séculos, especialmente na Idade Média e Moderna, a Igreja Católica foi a principal representante do cristianismo no Ocidente. Esse peso histórico deixou marcas profundas. Até hoje, em muitos debates religiosos e culturais, o que o Papa diz repercute mesmo fora dos muros do Vaticano. E para fortalecer ainda mais essa presença, essa marca indelével do Papa, existe a mídia, que sabe como amplificar o alcance de tudo isso. A cobertura global dos pronunciamentos e viagens do Papa torna suas mensagens impossíveis de serem ignoradas. Mesmo quem não é católico acaba ouvindo, discutindo ou reagindo à suas opiniões. Longe dos olhos do público, que aliás não tem qualquer tipo de acesso, a instituição que cuida de toda a parte financeira do Vaticano e que inclusive já esteve envolvida em escândalos. O Banco do Vaticano. Falar que o banco não é voltado exclusivamente para a Igreja Católica é o mesmo que dizer que a Igreja Católica não tem vínculos com o Vaticano. A Igreja Católica é o Vaticano e vice-versa. um respira o outro. Portanto, pode-se dizer que é um banco que não só guarda o dinheiro, como também usa o dinheiro de uma instituição que deveria ser voltada à filantropia e a caridade. Mas como qualquer outra instituição bancária, o Banco do Vaticano também negocia, investe e recebe investimentos como qualquer outro banco, não em benefício direto aos seus fiéis, diga-se de passagem. Como soberano da cidade do Vaticano e líder supremo da Santa Sé, que é o esteio jurídico da Igreja Católica, o Papa tem total poder sobre a parte financeira do Vaticano, com autoridade plena para criar ou abolir órgãos administrativos e financeiros, nomear e destituir os principais responsáveis pelas finanças, aprovar reformas, investigar problemas e sancionar decisões. No entanto, não é o Papa quem administra diretamente as finanças, mas é ele quem delega funções a órgãos e pessoas especializadas, como a Secretaria para a Economia, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica e a Prefeitura para Assuntos Econômicos. O Papa pode intervir a qualquer momento. Contudo, por meio de indicações e orientações estratégicas, não pessoal e diretamente. O Banco do Vaticano é uma entidade criada para administrar fundos destinados a obras religiosas e caritativas. Como eu disse, ele não é um banco para os fiéis da igreja, mas sim ordens religiosas, dioceses, embaixadas da Santa Sé e funcionários do Vaticano. Mesmo assim, nem todos. A autoridade que o Papa tem sobre o banco lhe permite nomear ou destituir presidentes e diretores, reformar seu estatuto, como foi feito pelo Papa Bento X e depois pelo Papa Francisco, e também mandar realizar auditorias, investigar suspeitas de corrupção ou lavagem de dinheiro, o que ocorreu várias vezes nas últimas décadas. Em relação a isso, o Papa Francisco reformulou fortemente o Banco do Vaticano para garantir maior transparência e evitar novos escândalos financeiros. Fechou centenas de contas suspeitas ou inativas. Criou um novo conselho para a Economia com membros leigos e clérigos para supervisionar melhor o dinheiro da igreja. mandou fazer auditorias internas e externas rigorosas e buscou alinhar toda a gestão financeira a padrões internacionais anticorrupção. Algo impensável décadas atrás. Em 2020, Francisco ordenou o julgamento do poderoso cardeal Angelo Btio por envolvimento em escândalos financeiros. Bio pegou mais de 5 anos de prisão na Itália. Agora que Francisco faleceu, não se sabe o que o novo Papa poderá fazer em relação a isso, uma vez que ele também terá os mesmos poderes, inclusive para mudar tudo que foi feito até hoje. Sempre que há um conclave, há também muita expectativa, não só por parte do clério, como de governos do mundo inteiro, sobre quem será e como será o novo líder da Igreja Católica. Assim como praticamente tudo na vida, alguns saem com mais vantagens que outros. A gente só espera que o novo Papa tenha a mesma filosofia de vida de Francisco. Até a próxima.

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