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Outubro Rosa: os avanços no combate ao câncer de mama | VIVER O CÂNCER


Boa tarde a todos eu sou Constança tat editor assistente de saúde do Jornal Globo e hoje eu tô reunida com alguns especialistas aqui pra gente falar sobre o câncer de mama Aproveitando que estamos no Outubro Rosa eh nesse mês acontece a campanha que todo mundo já ouviu falar que tem um objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce sobre o câncer de mama eh o câncer o o diagnóstico do câncer de mama e também do câncer de colo do útero essa Live faz parte do projeto viver o câncer que tem realização dos jornais O Globo e extra e Patrocínio da oncoclínicas nessa segunda Live do hubby viver o câncer a gente vai falar sobre o câncer de mama em mulheres mais jovens os avanços no tratamento com a medicina de precisão o acesso a novas drogas no SUS uso da inteligência artificial para diagnóstico e previsão de metástase e claro sobre o bem-estar das pacientes estão comigo aqui hoje a Dra Andreia cazum estimada que é oncologista Clínica do hospital Círio libanes de São Paulo e coordenadora da Oncologia da unidade Itaí Boa tarde D André Boa tarde muito obrigada também a doutora Lu a gente que agradece a Dra Luciana Liro oncologista Clínica e membro do comitê de tumores ginecológicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica Boa tarde Dra Luciana tamb Boa tarde a todos o Dr Mário Alberto Costa que é oncologista Clínico da oncoclínicas no Rio de Janeiro Boa tarde a todos muito obrigada pela presença de vocês boa tarde eh eu vou começar fazendo uma pergunta geral aproveito para vocês vocês vão aproveitar para fazer uma introdução aí Eh sobre esse assunto por que existe o Outubro Rosa a gente fala tanto bota o lacinho rosa mas o que que isso significa Quais são os resultados essa campanha é mesmo importante começar com a Dra Luciana por favor Constância acho que é muito importante a gente entender um pouco a história por trás né Desse Outubro Rosa então em 1982 foi fundada a a Fundação Susan coman que foi eh fundada pela Nan irmã da Susan uma paciente diagnosticada com câncer de mama que veio a falecer pelo câncer de mama aos 36 anos então muito motivada pelo desejo né de incentivar e e de poder apoiar o desenvolvimento de pesquisas em câncer de mama a a Nan fundou essa Fundação em 1982 e no início da década de 90 em uma corrida em que ela buscava arrecadar financiamento para eh pesquisa ela distribuiu lacinhos Rosa né Então a partir desse movimento a gente passou a associar os lacinhos Rosa a um movimento de conscientização e de de apoio na verdade a a essa essa temática né e de lá para cá isso vem crescendo em todo o mundo então no início dos anos 2000 a gente começa no Brasil a ter esse movimento também de forma forte a gente tem um dos primeiros um dos primeiros movimentos a iluminação em rosa né de alguns monumentos em São Paulo e de lá para cá a gente vem sempre numa crescente dentro dessa temática no Outubro para falar sobre a importância eh do do conhecimento das mamas sobre a prevenção em relação a medidas de redução de risco sobre a importância da mamografia né e a gente aborda de forma mais Ampla Então essa temática no mês de outubro mas entendendo que essa é uma temática que deve né percorrer aí todo o ano perfeito D Andreia por favor e pegando gancho do que a Luciana Começou a dizer o Outubro Rosa ele vem com um grau de importância fundamental pra saúde daquelas mulheres que já sabem sobre a importância do exame e também para relembrar e ensinar aquelas que por medo ou por algum outro motivo deixam ou nunca fizeram sobre a importância da mamografia né lembrar que é um exame fundamental né Quanto mais precoce menor o risco da gente ter uma doença agressiva né mesmo numa detecção mesmo diante de um diagnóstico de câncer de mama quanto mais precoce a gente fizer esse diagnóstico menor é o tamanho da cirurgia menor serão os impactos e o tamanho do tratamento que a gente a gente vai precisar fazer né então H é fundamental né É é é fundamental desmistificar que a mamografia traz qualquer risco paraa saúde né Muito pelo contrário ela tá aí a campanha tá aí para dizer o quanto ela é importante né que o auto exame não deve substituir né hoje até hoje a gente escuta muito sobre Ah não minhas mamas estão normais então eu posso não fazer né então a campanha vem para discutir e abordar algumas eh algumas temáticas em relação a mitos e verdades e incentivar todas as mulheres a saberem como são suas mamas para que qualquer alteração nova Independente se fez a mamografia um mês atrás voltar a procurar o médico e questionar sobre essa alteração né e lembrar a necessidade da mamografia para essa ção o mais precoce possível Maravilha Dr Mário por favor então eu acho que o tubo rosa é uma oportunidade que que a gente tem de falar sobre câncer falar sobre o câncer de mama Ah se a gente olhar um pouco para trás era um tabu muito grande você eh falar sobre o diagnóstico de câncer o medo é muito grande não só do câncer de mama mas do Câncer em geral a gente até evitava falar sobre câncer e e e no albo Rosa isso começou a ser desmistificado você começou a falar sobre eh essa doença o que é o câncer O que é o câncer de mama eh falar que o câncer de mama ele pode ser prevenido falar que o câncer de mama também eh é importante que seja eh diagnosticado precocemente eh Porque quanto mais cedo a gente eh tiver o diagnóstico mais chance vai ter de cura é muito importante o câncer é uma doença que tem cura tem casos que que a gente também encontra o câncer já numa fase mais avançada mas mesmo assim a gente é importante divulgar que há tratamento que há novos tratamentos esses tratamentos são cada vez mais eficazes eu sei que eu faço eh Oncologia trato pacientes com câncer h mais de 40 anos então o que houve de mudança de de de ganho nesse tempo tempo e isso se expressa nisso que a gente tá discutindo agora no tubo Rosa a situação vem melhorando progressivamente e e e essa oportunidade tá aí a gente deve agarrar ver as informações todas ficar atento porque não pode ter medo eh e o tubo Rosa desmistifica O que é o câncer de mama e e e fala para para toda a a sociedade que que a gente deve eh prevenir deve combater o mais rápido possível da melhor forma possível acho que é uma oportunidade ímpar que a gente tá tendo e que deve fazer com que seja cada vez mais eh divulgado e mais presente na mídia e na vida das pessoas pessoal eu acho que tem às vezes uma uma dúvida de algumas pessoas alguns homens talvez de pensar assim ah mas por que que se fala tanto de câncer de mama tem tantos outros câncer meu primo teve câncer de não sei quem não sei qu mas mas eu acho que é importante a gente falar também sobre a questão da incidência né o câncer de mama é um câncer muito muito comum então eu queria que alguém quem que pega essa para me falar da da questão da incidência do câncer de mama Bom eu acho que eh o câncer de mama quando eu falo com os pacientes assim uma em cada oito mulheres vai ter câncer de mama em algum momento da vida aos 30 aos 50 aos 70 anos ou mais né então basta colocar numa família e ver grupinhos de 8 16 mulheres a gente vai ter uma incidência duas pessoas ou mais da nossa família tendo câncer de mama né é o tumor mais comum na mulher né tirando os tumores de pele aí então a incidência muito grande no Brasil no mundo primeiro fator de risco é ser mulher né então Eh e como o Dr Mário falou assim quanto mais precoce maior a chance de cura é por isso que a gente precisa incentivar a todas nós mulheres e também não esquecer que homem pode ter câncer de mama né mas a incentivar todas as mulheres assim é conhecerem suas mamas por conta dessa incidência né a esse volume grande de câncer de mama no Brasil e no mundo independente de se é paciente muito jovem né ou aos 50 80 anos de idade e a campanha agora ela também ela tá vamos dizer assim parece que ela tá crescendo hoje a gente não fala só de mama mas fala também do câncer de colo do útero é isso Dra Luciana ele El ele foi entrou também na roda ou ainda não é exatamente Então acho que o câncer de colo do útero é também um dos tumores mais frequentes na população feminina brasileira né então quando a gente olha a nível Brasil a gente a gente vê que ele ocupa aí a a terceira posição em relação a a maior risco né maior maior incidência depender do estado da região onde a gente esteja falando às vezes Pode ocupar primeira ou segunda posição em relação à à incidência então é um tumor extremamente frequente também na na nossa população eh não entra na campanha do Outubro Rosa propriamente né o foco no outubro rosa é o o câncer de mama pelos motivos né que a a Andreia mencionou a incidência é muito muito frequente né muito grande na na em todo o mundo e no Brasil não é diferente mas a gente utiliza um pouco mais até o Setembro acho que o mês que antecede o outubro rosa é o mês que a gente foca mais nesses tumores femininos eh da parte ginecológica né então a gente tem o que a gente chama Setembro em flor que é uma uma campanha proposta pelo grupo brasileiro de tumores ginecológicos e é uma campanha que fala sobre conscientização ah e toda esses todos esses aspectos né de como a gente pode prevenir como a gente pode fazer eh rastreamento Quais são as formas de de tratar esses diferentes tipos de de tumores ginecológicos eu acho que é muito oportuno que sempre que a gente possa falar né sobre câncer de colo do útero sobre câncer de mama a gente deve falar né a gente deve trazer esclarecimento pra população como um todo então eu eu fico feliz nesse movimento de estamos no Outubro Rosa mas a gente pode falar também sobre a importância né de termos o o rastreamento em dia pro câncer de colo do útero Já que é uma neoplasia tão frequente na nossa população é tão frequente ao mesmo tempo é é uma pena porque é uma é uma um câncer que pode que tem vacina né isso que eu acho que é importante a gente reforçar Dr mar por favor eh em relação ao colo do útero ele já foi o câncer eh que mais eh matava mulheres no Brasil e com a divulgação da do preventivo né e e mais recentemente com a vacina contra o o vírus né o hbv a gente sabe que é uma doença que pode ser até minimizada ou erradicada né e acho que que isso fez com que pelo menos em grande parte do Brasil a incidência e a mortalidade já diminui-se bastante do câncer de colo do útero n é muito importante que as mulheres desde eh os 11 12 anos já já tem uma chance de se vacinar isso a gente tem que falar sempre porque tem a vacina a vacina é disponibilizada eh pelo pelo governo brasileiro e mesmo que tenha perdido essa esse momento até depois dos 35 anos ainda é tempo de se vacinar e o preventivo é essencial agora em relação a a ao câncer de mama eh como André falou a incidência é alta os Estados Unidos é previsto para esse ano 310.000 novos casos ah a incidência vem aumentando na taxa de 1% ao ano e por outro lado apesar de ser uma doença muito incidente e prevalente eles Já conseguiram demonstrar E isso tem que ficar claro para para para paraas mulheres e para paraa nossa sociedade que a incidência é alta mas a mortalidade vem caindo a mortalidade desde 1989 para cá ela caiu 44% isso já começou essa queda da mortalidade já começou a ser ser vista na Inglaterra nos Estados Unidos demorou um pouco mais para para ser demonstrada mas mas isso já tá claro né que com eh o diagnóstico precoce com tratamento adequado eh que não não são coisas extremamente caras você diagnosticar precocemente e tratar precocemente é muito mais barato do que tratar uma doença avançada e isso faz com que a mortalidade caia no Brasil são esperados 74.000 novos casos de câncer de mama por ano pro próximo ano uma incidência alta também ela ela é maior nos estados do Sudeste e e eu tava vendo também na Pela estatística do INCA de de 2019 para cá parece que a mortalidade se você olhar as curvas ela venha subindo e parece que a mortalidade caiu em torno de uns 20% já então é uma coisa mais lenta é mais difícil a eh a geração de dados confiáveis no Brasil ainda é uma coisa que tá eh precisa de mais investimento nisso mas a a a mortalidade também parece que tá começando a cair agora um aspecto que que não pode de eh deixar de ser falado é que dados recentes americanos 67% das mulheres com mais de 40 anos já são submetidas a rastreamento ao passo que no SUS no Brasil eh não passa de 30% então é muito importante que que as nossas eh mulheres tenham acesso aos exames mais recomendados de rastreamento e e a meu ver e essa é a recomendação da sociedade brasile Mastologia esse ramento tem que começar pelo menos a partir dos 40 anos hoje em dia eh por exemplo no Inca se fala 50 anos de idade mas isso como a gente vê o câncer tá ficando cada vez mais tá se rejuvenecer mulheres mais jovens estão tendo câncer de mama e tá claro que a gente tem que começar a fazer o rastreamento mais cedo e divulgar isso paraa população ter acesso ao rastreamento tem muita mamógrafo no Brasil mas tem ser eh analisado com muita qualidade e depois de de você ter o diagnóstico também é muito importante que o tratamento seja oferecido o mais rápido possível eh hoje em dia quase ou até talvez mais de 50% das mulheres só vão conseguir ter acesso ao tratamento depois de 60 dias do diagnóstico que não pode acontecer tem que tem que ser eh mais rápido tem que ser no um mês não pode passar de dois meses para você começar um tratamento do câncer de mama porque a doença pode se modificar E aí eh todo aquele esforço que você teve para diagnosticar precocemente uma doença que eventualmente estaria resolvida eh com muita facilidade com uma pequena cirurgia e tudo mais você aí já eh pode ter o avanço da doença e precisar de tratamentos mais complexos e e e e com mais morbidade para paciente com e com um um um risco maior paraa saúde da paciente Claro Doutora André eu queria que a senhora falasse um pouquinho eh tirar assim o o guia básico do do autoexame e da mamografia quando fazer por exemplo Em que em que momento eh como que se faz o autoexame Em que momento que se faz a mamografia e eu acho que uma uma questão que é pertinente que algumas mulheres ai mas a minha prima foi sentiu muita dor no exame e tal tem eu pelo que já me disseram Depende do momento do ciclo também interfere enquanto a mamograf mamografia vai ser mais confortável ou menos paraa mulher Então queria que a senhora desse um uma explicação Zinha aí sobre ele como tem que ser esses exames Em que momento em que momento do mês eh o o auto exame também explica para para quem tá nos acompanhando ter essa esse babá assim o alto exame há tempos atrás eh existia sempre um o melhor momento a melhor maneira de se fazer um um alto exame e no fundo no fundo o mais importante é todas todas as mulheres todas nós mulheres conhecermos nossas mamas identificar saber identificar qualquer alteração que não era da maneira que a gente eh sabe eh a anatomia delas né esse é o alto exame que deve ser feito sempre que possível uma vez por mês não tem um momento eh necessariamente melhor se é pré ou pós menstruação tá algumas mulheres têm um desconforto um dolorimento um inchaço toda vez que vai menstruar e esse momento talvez fazer a mamografia seja um momento ruim de maior dor então geralmente a gente recomenda a partir do momento que se inicia o rastreio fazer pós menstruação Mas isso não é uma Regra geral mais importante assim o autoexame é importante a gente conhecer nossas mamas para qualquer alteração ir atrás do ginecologista ou ir atrás de uma Orientação médica paraa avaliação né exame de mamografia e aí Dr maur Alberto tava falando em relação a essa diferença né a gente tem orientação pelo Ministério da Saúde de fazer mamografia dos 50 aos 69 anos a cada 2 anos por quê Porque é a faixa etária de maior incidência de câncer de mama o que a gente vê são mulheres cada vez mais jovens tendo câncer de mama né a o enel com o envelhecimento da população também mulheres a quem dos 70 anos podendo ter Então existe uma grande discussão também em quando parar esse rastreamento E aí se essa mulher tem uma expectativa de vida além dos 10 Anos eh individualmente Há de se discu discutir seguir o rastreio além dessa idade né E aí a gente tem as orientações Americanas orientação da Sociedade Brasileira de Oncologia Sociedade Brasileira de Mastologia de Radiologia mostrando que eh o ideal é se fazer mamografia anualmente a partir dos 40 anos né então existe essa diferença E à medida que a gente pode né come a avaliação mais precocemente e é o ideal né lembrar que ultrassom de mama não substitui a mamografia né então exame de rastreio que mostrou impacto em diminuição de mortalidade é a mamografia que sim ainda é desconfortável para todos nós tem esses períodos que talvez seja menos mas ela é fundamental para uma detecção precoce quando a gente tá falando né diminuir risco é importante é fundamental um não substitui o outro perfeito gente vocês vocês dois tanto Dr André quanto o Dr Mario falaram dessa questão do rejuvenescimento não sei se é o termo certo mas de eh dos casos aparecerem em mulheres cada vez mais jovens Por que que isso está acontecendo Quais são as causas e o que que pode ser feita a respeito quem pega essa é uma pergunta difícil porque que que tá acontecendo mas tem é o câncer de mama ele é multifatorial o principal fator de risco é ser mulher como como André falou mas a idade é o principal fator de risco depois disso quer dizer o câncer de mama aumenta com a com a idade Por que que ele tá vindo em em mulheres mais jovens é uma discussão tem fatores de risco que que a gente sabe que influenciam a a maior incidência de câncer de mama então o uso de de hormônios por exemplo anticoncepcionais pode influenciar as mulheres estão ficando tendo a primeira menstruação mais cedo Esse é um fator de risco também para desenvolvimento de câncer ah fatores eh externos como eh a dieta sobrepeso obesidade o uso de álcool o álcool aumenta em em em torno de 20% o risco de câncer de morma e as mulheres hoje em dia estão bebendo eh mais cedo ah poluição to dia eu li um artigo que poluição atmosférica aumenta o risco de câncer de mama então são fatores que eu acho que contribuem eh Parece mesmo no Brasil isso tá sendo já demonstrado você tinha uma incidência esperada em torno de 2% dos casos em mulheres com menos de 35 anos is já aumentou para 4% dos casos Então acho que são eu acho queismo também né isso então assim é um somatório de fatores Constância assim é como Dr Mário falou né Eh eh são vários fatores de risco que fazem com que aquela mulher tenha uma maior chance de desenvolver câncer de mama ao longo da vida né então alguns fatores são modificáveis né como ele mencionou a questão de sedentarismo padrão de alimentação eh um bom padrão de sono também a gente sabe que isso pode impactar em relação a a a a risco de desenvolver câncer de mama ao longo da vida outros fatores não são modificáveis né a gente vai envelhecer e isso faz com que a gente tenha maior risco de desenvolver e tem alguns outros fatores que a gente começa a entender né então por exemplo ele mencionou esses a gente tem alguns dados pelo menos três dados de publicações dos últimos do anos da associação à exposição à poluição e risco de câncer de mama né a gente já tinha dados com outros tipos de tumor como câncer de pulmão e mais recentemente a gente tem esses dados eh nos mostrando essa Associação com câncer de mama então a gente começa a entender que existem outros fatores que acabam fazendo com que essa mulher tenha maior risco né de ter câncer de mama ao longo da vida o fato é que como eh Dr Mario Berto mencionou a gente está tendo maior número de casos de de câncer de mama em mulheres jovens né Isso é uma uma realidade nos nossos consultórios e a gente precisa eh entender Quais as particularidades né de um diagnóstico de câncer de mama uma população mais jovem né porque muitas vezes essa mulher não tá eh inserida num programa de rastreamento né Então até que ela entenda que aquela alteração na mama tá associada ao desenvolvimento de câncer às vezes demora até até o diagnóstico e a gente pode ter diagnósticos mais tardios então acho que esse esse ponto que a Andreia tocou é muito importante né do autoconhecimento da da mama e a campanha do Ministério da da saúde para outubro rosa esse ano é é sobre isso né sobre autocuidado naé sua vida seu autocuidado então Eh trazendo essa essa Perspectiva da gente olhar mais pro nosso corpo entender como que a gente pode prevenir né o o risco de desenvolver determinadas doenças como câncer de mama e aí entra né isso que a gente tava falando da da importância da prática regular de atividade física e a gente fala que o mínimo seriam 150 minutos de atividade física eh para ter um impacto em redução de risco né de desenvolver câncer por semana né mas quanto mais melhor isso por semana mas a gente sabe que quanto mais melhor então a gente tem tem dados mostrando que se você conseguir 300 minutos isso reduz eh ainda mais esse esse risco então é algo que a gente precisa falar sobre isso também né com a população porque a atividade física ela vai reduzir o risco de diversas doenças crônicas e risco de câncer né então é algo que vai reduzir o risco de obesidade que também acaba sendo né um um fator de risco pro desenvolvimento de de câncer então a gente precisa ampliar essa essa essa fala né no Outubro Rosa para para incluir tudo isso e sabe uma coisa importante Constâncio pegando esse gancho é que quando eh a gente fala de fatores modificáveis né Eh muitas vezes vem paciente fala assim mas eu faço atividade física como a Luciana falou eu tenho uma dieta boa eu não tenho sobrepeso Então por eu né lembrar que não existe uma culpa aqui existem fatores modificáveis que a gente pode tentar mudar e melhorar né tornar mais saudável diminuindo o impacto diminuindo o risco mas se o primeiro fator de risco é ser mulher o segundo é envelhecer isso pode acontecer com qualquer um de nós né porque vem um peso na mulher que além do diagnóstico né do Por que que isso aconteceu né então a gente sempre eh bate na tecla da importância de tudo isso que já foi falado e aí vem e fala assim mas eu não tenho nada disso não tenho nenhum desses fatores né então entender que ainda assim isso não é um um um um isso diminui o risco mas não não blinda nenhuma mulher de infelizmente poder tá diante do diagnóstico de câncer de mama exatamente tem a questão genética eu queria que vocês falassem também sobre isso acho que um aspecto importante Oi Constância eh um aspecto que eu acho importante é que você a bagagem genética a gente não muda né e em torno de 5 a 10% dos casos de de câncer de mama são relacionados a uma ação que a gente traz de berço e isso impacta a incidência também em mulheres jovens Muitas delas tem uma mutação como Aquela da Angelina Joli brca1 brca2 e e e tem dados recentes que mostram primeiro que é importante você ter acesso a testes eh que diagnosti essa mutação então se você não teve câncer de mama mas você tem alguém na família que teve jovem por exemplo é importante que a irmã que as pessoas relacionadas temam acesso aos testes de mutação como brc1 brc2 isso já é aprovado em todos os estados do Brasil em alguns está mais adiantado então mulheres e que fazem o teste e que antes de terem câncer de mama e que começam a a cuidar mais de perto com as recomendações eh próprias elas conseguem uma vez vindo a ter câncer de mama sabendo que são portadoras de tal mutação Elas têm um diagnóstico mais precoce elas conseguem ter um diagnóstico mais precoce e consequentemente tem mais chance de cura do que as do que aquelas e aonde elas primeiro tiveram câncer de mama que depois foram saber se tinham ou não a [Música] mutação não sei se eu fui Claro mas Numa família com história familiar importante que tem outros casos você já saiba que alguém tem uma mutação é é importante testar as outras mulheres testar as mulheres jovens e elas vão ter oportunidade de acompanhar mais de perto e de eventualmente prevenir uma cirurgia preventiva eventualmente usar menos hormônio porque o uso de anticoncepcional em mulheres com brc1 positivo aumenta o risco de câncer de mama e atualmente vão ter acesso a exames como ressonância magnética que é um exame importante a partir dos 25 anos em quem tem mutação e vão ter capacidade de diagnosticar mais precocemente e consequentemente eh ter mais chance de curo embora seja uma coisa assim como se fosse eh extremamente complexo você fazer um exame para diagnosticar uma mutação eh isso já foi muito mais difícil há 5 ou 10 anos atrás hoje em dia Esses exames eh tem laboratórios de governo habilitados para fazer esse tipo de diagnóstico e o que a gente precisa é de acesso é gestão é é ver quem eh deve mesmo ser testado e ser acompanhado mais de perto e e enfim eu acho importante também na mulher jovem a gente poder oferecer esse tipo de de de diagnóstico e conversar com as famílias as pessoas têm medo el não quero nem saber porque se eu souber vou ter mais chance ou menos chance não acontece isso você saber eu acho que você quanto mais informação tiver você vai poder mais se se proteger né Eu sou suspeita mas eu defendo sempre informação acho que informação é poder para você saber como que vai conduzir as coisas Doutora Luciana uma pergunta que eu queria fazer quando a gente fala dessas pacientes jovens não só no câncer de mama mas no ginecológico tem que ser consideradas algumas coisas que numa mulher às vezes depois com 50 com 60 anos não não é tão preocupante como a questão de engravidar ou não menopausa precoce isso são questões que T que ser lembradas quando a gente tá falando de uma paciente jovem né perfeito então eu vou responder a sua pergunta mas eu queria só eh pegar um gancho do do tema anterior da parte de oncogenética porque é uma uma temática muito importante né a gente entende que essas pacientes jovens Elas têm um maior risco né quando a gente compara para a pacientes mais idosas mas a gente tem dados na literatura mostrando que uma mulher com uma síndrome de predisposição hereditária né uma alteração genética pode desenvolver um câncer de mama relacionado a essa síndrome num idade mais mais avançada né então esse ponto que o marrio Alberto comentou é um ponto que chama atenção né uma mulher jovem eh às vezes mesmo sem história familiar ela precisa ser testada né para avaliar se tem uma mutação genética mas em outros casos a mulher mais velha com uma história familiar e até assim os dados que a sociedade americana trazem eh de guidelines de consensos mais recentes é que mulheres abaixo de 65 anos todas as mulheres abaixo de 65 anos deveriam ser testadas eh do ponto de vista de de alteração eh genética né associada ao diagnóstico do Câncer então só pra gente entender que essa discussão de quem deve ser testado ela ainda é e eh tá bem aquecida né mas a tendência é que a gente acabe testando mais mulheres para que a gente possa diagnosticar a presença dessa mutação Isso vai ser importante para essa mulher e como marrio Alberto falou para toda a família né E você pode então desencadear orientações de redução de risco de desenvolver um câncer ao longo da vida e e orientações inclusive do ponto de vista de aconselhamento eh reprodutivo Então se uma mulher que tem um diagnóstico de de uma mutação ela desejar ela pode conversar com um o time da reprodução humana para fazer um diagnóstico pré-implantacional por exemplo e e tentar selecionar né um embrião que não tenha essa essa alteração genética então tem todas essas implicações que são muito importantes pra gente conversar com com essa paciente com esse indivíduo que às vezes tem uma história familiar rica mas não teve o diagnóstico de câncer ainda o ideal é que a gente tivesse acesso essa consulta de aconselhamento genético com o geneticista ou com o oncogeneticista mas a gente sabe que o número desses especialistas ainda né Tá quem do que a gente precisaria para para conseguir eh orientar de uma forma tão eh detalhada como é necessário eh a nossa população né mas isso é esse é uma temática que a gente tem olhado com cuidado né e a sociedades médicas tem tem discutido bastante isso como é que a gente pode ampliar mas é importante deixar essa né se você teve um diagnóstico idade precoce ou se você tem uma história familiar importante de câncer na família buscar essa avaliação né de aconselhamento genético é é algo que vai eh trazer informações relevantes para você entender se você tem indicação de ser testada qual teste deve ser feito quais os possíveis resultados desse teste e aí Respondendo a sua pergunta de Fato né na mulher jovem diagnosticada com câncer a gente tem uma diversidade de efeitos né que o diagnóstico e o tratamento Podem trazer pra vida dessa dessa mulher né paraa sua jornada e daqui paraa frente né após o diagnóstico um dos pontos muito importantes é essa questão da fertilidade né então com o a idade mais precoce diagnóstico e com o adiamento né do do início da vida reprodutiva né então nós mulheres muito ativas a gente tem muitas vezes postergado o início da nossa vida reprodutiva e aí isso vem as muitas À vezes né não não tem sido infrequente a mulher tá tentando engravidar e é diagnostica com câncer né a gente tem vivenciado isso nos consultórios então é muito importante que a gente traga essa temática desde o momento inicial do diagnóstico porque existem né formas da gente aumentar a chance dessa mulher conseguir uma gestação futura após né o término dessa fase mais intensa do do tratamento eh pro câncer de mama então encaminhar pro time de reprodução humana para que que essa mulher consiga entender e consiga definir se ela deseja se ela tem acesso né porque acesso é uma dificuldade também a essas técnicas de de reprodução assistida de preservação de óvulos ou preservação de embriões é algo que em teoria essas pacientes deveriam ter acesso né deveriam ter cobertura na saúde suplementar mas a gente tem dificuldade eh na prática e no cenário suiz ainda mais né Essa essa dificuldade mas importante que as pacientes entendam que existem essas técnicas eh existe a possibilidade também dela ter uma falência ovariana prematura né então entrar na menopausa de forma precoce por conta né de uma quimioterapia então existem medidas né Eh farmacológicas medicamentos que conseguem reduzir a chance dessa falência ovariana prematura dessa menopausa precoce e isso é algo que a gente precisa também conversar com as pacientes já que às vezes a gente também tem dificuldade de acesso a essa estratégia pela mesmo pela saúde suplementar né então explicar a paciente eh qual que é o objetivo do desse tratamento eh complementar ao tratamento oncológico específico né que muitas vezes precisa passar pela pela quimioterapia Então acho que esses são são aspectos assim que que chamam a nossa atenção em relação ao diagnóstico das pacientes eh mais jovens para Além disso eu acho que elas são muito impactadas com o sintoma da da menopausa induzida pelo tratamento né seja a quimioterapia seja o que a gente chama de terapia endócrina que é um bloqueio desse estímulo hormonal a gente sabe que existem diferentes tipos de câncer de mama né mas algo em torno de 70% dos cânceres de mama eles têm um estímulo hormonal associado a a ao crescimento né dessas células tumorais e a gente precisa fazer esse bloqueio desse estímulo hormonal e ao bloquear esse estímulo a gente acaba trazendo Endo né Eh esses sintomas do climatério esses sintomas da menopausa então a paciente tem ressecamento vaginal tem as ondas de calor Então tudo isso a gente precisa eh endereçar nas consultas questionar de forma ativa pra gente ajudar a paciente também em relação à à mitigação né ao manejo dessas toxicidades para que elas sejam o mínimo impactadas em suas qualidades de vida perfeito eh a gente antes falava a pessoa tem câncer de mama hoje já se fala que não é um câncer de mama são vários tipos de câncer de mama né queria que vocês explicassem o que que isso significa existir diferentes tipos de câncer de mama no tratamento né que acabam sendo caminhos diferentes a serem seguidos né Dr André Dr Mário a Luciana já começou a falar então em relação a esse grupo eh maior né de tumores de mama que são aqueles tumores sensíveis ao hormônio então a gente divide o câncer de mama de forma grosseira em pelo menos três grupos que é o grupo maior dos tumores sensíveis a hormônio né que eh São estimulados por uma por uma reposição hormonal poros excessivos de anticoncepcional e que são as pacientes que nós vamos orientar a retirar um di de mir se estiver usando a suspender a reposição hormonal a parar o anticoncepcional por exemplo e ao longo do tratamento a última fase do tratamento de uma doença Inicial é o tratamento endócrino ou seja o tratamento antihorario terapia para aquelas pacientes que vão precisar não são todas vão impactar com os efeitos colaterais né e vão precisar ser bastante manejados sintomas ao longo desse tratamento aí antihorario que é são as pacientes que são chamadas her2 positivo que tem uma proteína hip expressa na membrana da célula tumoral né Eh que são aquelas pacientes eh em torno de 15% mais ou menos 20 né que vão utilizar que são tumores antes da eh do conhecimento eh e desenvolvimento das dos anticorpos contra para bloquear essa proteína eram tumores eh de pior prognóstico né hoje a gente entende eh e e precisa se pesquisar se essa proteína tá hiper Expresso ou não para um tratamento além da quimioterapia a utilização desses anticorpos contra essa proteína redis são tumores que crescem mais rápido são são tumores de uma velocidade de crescimento e agressividade um pouquinho maior quando a gente compara com os tumores sensíveis a hormono e tem aqueles chamados tumores triplos negativos em torno de 15% 10 15% que são aqueles que não TM expressão de receptor de estrógeno não tem eh expressão de receptor de progesterona e não tem essa proteína R2 e é por isso que elas são chamadas de triplo negativo né não tem expressão dessas três eh eh moléculas e e dessa maneira são tumores mais agressivos são aqueles tumores que a gente tem a imunoterapia como um dos tratamentos possíveis né quando a gente fala em novas desenvolvimento de novos tratamentos né E que os pacientes vão questionar se a imunoterapia pode ou não eh no caso específico daquela mulher é neste momento 2024 utilização de imunoterapia é para essas pacientes denominadas triplo negativo então cada uma delas o cenário é diferente em relação a a tipos e estratégias de tratamento né Outra coisa que que faz diferença a gente entender se independente desses três subtipos se a doença é uma doença inicial né que o tratamento vai ter começo e meio fim ou se é uma doença já mais avançada né E que a gente sim pode controlar a doença a gente pode viver mais e com qualidade mas é que já é uma doença em que não é possível mais falar sobre cura de tratamento mais controle e com as novas moléculas um controle mais prolongado né com drogas mais eficazes e que também tem por objetivo melhorar sintoma melhorar qualidade de vida além de aumentar tempo de vida Maravilha imag que eu queria que o senhor falasse um pouquinho porque o senhor viu uma revolução acontecer aí Total mas é importante primeiro reforçar nossos pacientes que o câncer de mama não é uma doença só como você falou no início várias doenças Hoje em dia a gente sabe que tem vários subtipos de câncer de mama né E a gente tem que trabalhar muito próximo com bom patologista quer dizer você eh delineia todo o seu tratamento com base naquilo que nas informações que os patologistas nos oferecem nos passam Então quem faz esse teste para saber o subtipo de câncer de mama é o patologista e ele e vai dizer pra gente olha o câncer é tal é um tumor que tem e hormônio positivo receptor de estrogênio positivo então é tumor luminal E aí tudo isso mais as informações por exemplo genéticas isso vai influenciar no tipo de cirurgia que você vai fazer vai influenciar se você vai precisar mesmo um tumor pequeno às vezes fazer uma quimioterapia e imunoterapia antes de operar isso acontece por exemplo nos tumores Trip negativos no no R2 positivo eh vai influenciar se vai precisar ou não fazer radioterapia depois eh vai influenciar no tratamento pós-operatório que a gente chama de tratamento adjuvante se a pessoa vai precisar fazer mais eh hormônio terapia Que tipo de hormônio terapia que é a terapia endócrina Então essa essa informação que que que a gente precisa do do patologista é essencial e o que tem de novo que que a gente em termos de de Tratamento hormonal é uma nova classe de drogas que são os inibidores de de quinases dependentes de ciclinas tá isso aí a gente viu que melhora tanto na fase eh nos tumores mais mais iniciais quanto nos tumores mais avançados a associação da horm terapia com esses inibidores nos tumores R2 positivo a gente tem eh uma droga que mudou a história da doença que é um anticorpo como se fosse uma uma um soro antitetânico ou um anticorpo eh chamado trastuzumab levou 10 anos para ser descoberto ele mudou esse paradigma a doença passou a ser tratada de outra forma e mesmo em casos avançados a gente tem mulheres que que considera curada eh usando essa droga junto com quimioterapia e mais recentemente uma tecnologia que é espetacular que são os imuno conjugados que ele associa por exemplo o anticorpo trastuzumab com uma uma outra quimioterapia que tem um ligante que vai eh entregar eh o diretamente na célula um tratamento mais eficiente e esses imuno conjugados mostram uma melhora a ainda maior do dos resultados em casos mais difíceis e como como Andréia falou nos tumores negativos triplo negativos a gente faz a químio e faz a a a imunoterapia e a Associação das duas eh eh melhora e aumenta a chance de cura mesmo nas fases mais iniciais e prolonga a vida melhora os resultados nas fases mais avançadas em termos de de tecnologia eh hoje a gente pode falar de cirurgia eh antigamente Se achava que você fazer uma cirurgia super radical de é uma mastectomia é chamada mastectomia hust de aumentar as Chan de cura e hoje em dia já tá provado que que quando você tem oportunidade nos tumores pequenos você pode fazer uma cirurgia conservadora isso é é um grande avanço melhor a qualidade de vida você tem a cirurgia plástica você tem a cirurgia oncoplástica você tem a ao invés de fazer um uma cirurgia radical na axila que às vezes é o que mais incomoda tem a avaliação do linfonodo sentinela Isso já é feito mesmo nos nos eh centros públicos a radioterapia evoluiu muito nos últimos nas últimas décadas os equipamentos são muito mais precisos e o tempo que que a mulher faz radioterapia também foi reduzido substancialmente antigamente eh as nossas pacientes precisavam de 30 aplicações de de radioterapia hoje em dia na maioria dos casos são 15 aplicações de radioterapia e tem mulheres que a gente já tá tratando com cinco aplicações de radioterapia uma semana você resolve essa essa questão da radioterapia e o tratamento sistêmico além de toda a tecnologia dos tratamentos específicos contra o câncer a gente tem remédios muito mais eficientes para combater o enjoo por exemplo a gente tem remédios que evitam que a imunidade caia substancialmente eh são eles estimulam a medula óssea a produzir mais glóbulos brancos glóbulos a gente tem a a a crioterapia que reduz a queda de cabelo são tocas eh que resfriam o couro cabeludo reduz a a queda de cabelo tem a preservação da fertilidade que hoje em dia eh tem temos muito mais acesso a isso e enfim eh a gente tem muito mais acesso também a uma equipe multidisciplinar que é fundamental eh não é eu médico que vou tratar é o fisioterapeuta é enfermeira que que acompanha o paciente junto com a gente é nutricionista é psicólogo é o radioterapeuta são eh muitos profissionais envolvidos no tratamento dos nossos pacientes isso sem dúvida nenhuma melhorou muito os resultados e e e a e a o bem-estar como como isso foi colocado das nossas pacientes é e e o que é mais importante a ideia da paciente e manter a sua rotina acho que o que a gente mais quer quando a gente tem uma doença séria é voltar a fazer aquilo que a gente fazia antes de ficar doente qualquer doença ainda mais uma doença que eventualmente uma doença crônica como câncer ou como diabetes ou como enfim suficiência cardíaca você quer tá bem no seu dia a dia voltar a trabalhar voltar a conviver com a família voltar a sair a um restaurante ter uma rotina vou poder viajar e isso cada vez é mais possível para paraas nossas pacientes acho que o tratamento tem sido mais individualizado com toda a informação que a gente tem sabendo que o que que que que eh os tumores não são iguais Então você procura individualizar na medida do possível mas também eh oferecer a possibilidade de ter um um uma vida próxima de uma vida normal ou uma vida praticamente normal mesmo que enfrentando a doença acho que o senhor falou uma coisa muito importante que eu queria puxar ouvir mais a Dra Luciana o Dr André que é a questão do bem-estar né hoje eu acho que as decisões são tomadas muito mais em conjunto com a paciente sempre pensando em preservar o seu bem-estar e que ela se sinta a comida eh O que que é importante para ela ah tô muito preocupada com meu cabelo tô muito preocupada enfim não sei eh eu queria que vocês falasse um pouquinho sobre esse olhar que vai além da da questão médica né que também é médico o bem-estar da paciente eu acho que esse é um ponto muito importante Constança e que cada vez mais tem sido dada a a a importância né para para Esse aspecto que é o bem-estar das pacientes então o cuidado é centrado na paciente e a gente precisa eh apoiar a paciente a se tornar protagonista da sua história né então acho que a gente sai de uma forma ah de cuidar que era muito centrada no médico né tomando decisões e a gente passa a ter a uma medicina muito mais compartilhada né Então a partir do momento que a paciente conhece né todas essas informações então aqui na nos últimos 50 minutos a gente tem falado de toda uma jornada né de uma mulher que de repente é diagnosticada com câncer e diferentes tipos de câncer e como Isso pode impactar como o tratamento pode ser feito e a gente precisa compartilhar todas essas informações para que tendo as informações né ela se empodere do que tá acontecendo com ela e possa partilhar essas decisões né então ouvir Quais são as prioridades de cada paciente é extremamente importante né então determinadas situações em determinados contextos a gente pode ter uma ou outra opção né e a paciente ela pode decidir né qual a opção que ela deseja seguir seja porque é uma estratégia de tratamento que vai eh ter menor chance de queda de cabelo e aquilo é essencial para ela seja porque um determinado protocolo vai fazer com que ela venha menos vezes ao centro paraa infusão de tratamento e para ela isso é muito importante porque ela mora 800 km de distância e ela quer se ausentar o mínimo possível né da sua da sua rotina com a sua família Então acho que tudo isso precisa ser levado em consideração e é muito importante que a gente traga aí pra nossa conversa com a paciente e a sua rede de apoio né porque muitas vezes essa decisão também ela é compartilhada com com uma família com uma rede de apoio aí da da paciente sem dúvida D André que cuidado centrado no paciente que a Luciana falou ele é fundamental quando a gente pensa que qualidade de vida não é igual para todo mundo Talvez o que seja importante para mim não é para você não é pro paciente que tá na nossa frente né e dependendo do determinado momento da vida em que o câncer chegou para aquela paciente também muda o que era prioritário 5 anos antes e o que hoje para ela é Prior então quando a gente fala em saúde qualidade de vida e bem-estar né a gente tem aquele tratamento que não tem como mudar aquele é o melhor eh tratamento indicado para aquele cenário aquele outro momento em que a Luciana acabou de dizer e que é é possível fazer opções de equivalência semelhantes em relação a resultados né E aí a gente pode colocar a paciente desde que ela tenha todas as instruções suficientes paraa tomada de decisão né para nos auxiliar nessa decisão compartilhada e muitas vezes quando vem isso olha vem sintoma de menopausa precoce vem queda de cabelo vem toxicidade o paciente fica com medo do tratamento sem nem antes tentar né pelo preconceito pelo que ela ouviu falar e tudo mais né o que eu costumo dizer é que muitas vezes a gente precisa explicar mostrar qual entender qual é o medo daquela paciente entender Qual o calcanhar de Aquiles que talvez seja o maior problema e muitas vezes é muito mais no medo do que o efeito colateral em si quantas vezes quantos estudos a gente tem em relação ao impacto da Saúde Mental impacto da atividade física na melhora de todos os sintomas né que os nossos tratamentos impactam então Eh eu costumo dizer que hoje cada vez mais a gente tem tratamentos melhores mas a gente entende ainda mais o quanto o nosso tempo é importante e aí a gente precisa de uma equipe multidisciplinar também um time grande Para apoiar né Para que aquela paciente seja ouvida de forma adequada para que a gente tenha uma aderência eh adequada do tratamento porque a falta da utilização não tem como a gente melhorar se a gente não Tom tomar a medicação indicada para cada cenário né E por que aquilo não tá acontecendo Qual é o impacto na saúde daquela paciente que tá fazendo com que ela não queira fazer o tratamento e muitas vezes eh o tempo que a gente dedica a explicar aquilo e tentar de outras formas a melhorar os efeitos colaterais né fazendo com que a jornada eh possa ser mais leve o possível nunca é leve né mas a gente pode tentar melhorar essa jornada para que ao final a gente siga com o impacto Positivo na diminuição do Risco daquela doença voltar né com o menor impacto nos sintomas e na qualidade de vida daquelas pacientes que elas possam seguir a vida né com câncer em paralelo e não viver pelo câncer né como o Dr Mário tava falando e a Luciana também perfeito pessoal nós estamos finalizando o nosso debate eu vou pedir para vocês fazerem as considerações finais aí o que que faltou dizer o que que é importante reforçar vamos lá Dr Mário começar com o Senhor então acho que importante é é a gente reforçar a ideia de que o câncer de mama ele uma doença importante aparece com muita frequência no nosso meio Mas ele tem que ser desmistificado a ideia Ide de ter câncer o câncer de mama ele pode ser prevenido ele precisa ser eh detectado nas mais precocemente possível a gente tem que estimular os programas de detecção precoce Eu acho que isso eh é importante isso já acontece na medicina suplementar em grande parte mas é importante reforçar eh eh na medicina pública eh é importante saber também que você detectando precocemente você tem muito mais chance de cura a a chance de cura é de quase 99% quando você detecta precocemente é bem grande e mesmo nas fases avançadas Às vezes acontece ah você tem um tratamento eficaz tá acho que uma dificuldade que a gente vem enfrentando e isso acho que as políticas do governo tem que tem que verificar ficar isso é a questão de acesso a novas drogas pelo custo crescente que aumenta de uma forma exponencial tá o custo é é grande você tem que ter muita custo efetividade reforçar a indústria Nacional Como existe por exemplo na Índia Não sei se esse é o caminho mas é uma ideia produzir os nossos remédios e e enfim e lidar também com novas técnicas Como foi mencionado rapidamente a inteligência artificial ela pode ajudar muito ser parceira dos médicos no diagnóstico ajudar a você analisar melhor e mais rápido eh uma mamografia ajudar o patologista um diagnóstico mais preciso ajudar a escolher um melhor tratamento isso tá na ordem do dia e tá começando a acontecer na nossa realidade Então eu acho que a mensagem é que as coisas eh tão melhorando eh na prevenção e no tratamento do Câncer de mão a gente tem que tá atento cada vez mais Maravilha obrigada doutora Luci acho que duas mensagens né Essa questão do diagnóstico precoce que é muito importante então se você realizou uma mamografia eh ou notou alguma alteração na sua mama busque uma avaliação adequada para entender se essa alteração que foi detectada na mama precisa de uma investigação eh por imagem por biópsia ou se nessa mamografia foi detectada uma alteração né E a gente tem lá a classificação que vem do do beads né na na mamografia Então se tem um beads de três para cima é importante que você tenha essa avaliação com o médico para entender se há necessidade de biópsia e de fato essa biópsia não deve demorar a ser feita né então a gente entende que o acesso muitas vezes é difícil eh em especial no cenário público né mas se você tem uma alteração em algum exame de imagem da mama você precisa ter essa avaliação mais rápido possível para ter a a investigação e a confirmação ou enfim afastar esse esse diagnóstico o mais eh o mais rápido possível tá isso vai trazer um impacto no no resultado final Então eu queria deixar essa mensagem e só uma última mensagem o Maro Alberto comentou e você tinha trazido no início a questão do do câncer de colo do útero a gente mencionou a gente tocou no no tema vacina Então eu queria só reforçar que a vacina para HPV ela tá disponível no SUS né A vacina quadrivalente de 9 a 14 anos a gente tem uma nota técnica que ampliou para 19 anos né na dose única mas populações de alto risco né pacientes que são imunossupressao omat eh vítimas de abuso sexual então uma população de mais alto risco como pacientes transplantados oncológicos eles têm uma cobertura até os 45 anos garantidas pelo SUS e a gente tem disponível na rede privada a nona valente que tem uma cobertura né para outros cinco subtipos de de vírus HPV oncogênicos né então é muito importante deixar essa mensagem também porque a gente sabe que é a forma mais efetiva da gente prevenir esse que é um dos principais tumores que acometem a nossa população feminina e que tá associada a risco de outros tipos de de câncer também né câncer de cavidade oral de pênis de canal anal então é algo muito importante deixar com uma mensagem para toda a nossa população perfeito é bom reforçar também que a vacina é para meninos e meninas nées também perfeito 9 a 14 anos exato perfeito perfeito Obrigada Doutora Luciana Doutora André bom duas mensagens rápidas para aquelas pacientes que já T diagnóstico de doença avançada entender que o Outubro Rosa a gente precisa discutir também que há a luz no fim do túnel em relação a melhor controle de doença a melhor eh eh qualidade de vida né é importante dizer que a gente precisa buscar a saúde mesmo na doença avançada como a prevenção sempre é o melhor caminho né que a gente entenda que a vida pode ser melhor quando a gente cuida da nossa saúde né então que o ano seja rosa não só em outubro mas de Janeiro a Janeiro a busca do cuidado e prevenção do câncer de m para todos nós Maravilha gente agradeço a participação de vocês e a quem está nos acompanhando online aproveito para dizer que o encontro ficará disponível no Facebook dos jornais do Globo e extra e no YouTube do Globo vocês poderam rever ou Compartilhar esse conteúdo projeto viver o câncer tem realização do jornais O Globo e extra e Patrocínio da oncoclínicas gente muito obrigada boa tarde e até a próxima muito obrigado obrigada m

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