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Paulo Preto | Podcast Outras Histórias

Paulo Preto | Podcast Outras Histórias

e o Paulo era negro e quando ele se apresentava eles assim Dr Paulo Preto a seu dispor foi dessa forma que ele se apresentou para mim sorridente no centro cirúrgico do hospital sírio-libanês mais de 20 anos atrás Olá eu sou Drauzio Varella e aqui você vai ouvir outras histórias o a filha era técnico de enfermagem de carreira e esse nome ele tinha dado para ele mesmo porque esse título era uma corruptela assim e reverente ao nome de um médico lá do sírio-libanês que chamava Paulo Branco que foi ela professor de cirurgia respeitado por todos nós que tinham sido alunos deles na faculdade de medicina ele era a contrapartida do Paulo Branco ele era o Paulo preto o tio riso fácil assim um ar de moleque provocador corintiano fingidamente fanático uma informalidade no trato assim com superiores hierárquicos e com os subalternos e de um bom humor querem destrutível quando cuidava dos pacientes em que estava sempre bem disposto que isso fez dele o personagem mais popular do hospital sírio-libanês era uma presença obrigatória nos eventos festivos trás difícil passar uma semana sem que e esse para almoçar o fosse é o estádio de futebol a convite de algum médico a popularidade dele impressionante e ele fazia o uso descarado dessa proximidade com os médicos para ajudar a parentes amigos e até estranhos a conseguir consultas internações cirurgias tudo que você imaginar uma vez encontrei com ele na saída do plantão e vem com uma calça de vinco assim uma camisa Florida e um sapato de duas cores eu falei pouco elegância em pó Ele falou só um nego estiloso ele nesse dia disse que tinha ouvido falar do meu trabalho na casa de detenção no antigo Carandiru e que o sonho dele era visitar a cadeia que ele conheceu na infância por causa de um parente preso na primeira vez que ele foi ao presídio comigo passou a tarde no banquinho ao meu lado durante o atendimento atento às consultas assim mas sem pronunciar uma palavra na volta nós temos do metrô no largo Santa Cecília mortos e calorão verãozão daqueles assim já entramos no bar do primeiro gole ele tomou dois terços do chopp suspirou e Sorriu com gosto suave Doutor agora estou completamente feliz no dia seguinte veio falar comigo para se oferecer para me auxiliar no atendimento dos preços eu expliquei para ele que era uma tarefa é pesada pela quase nada eu receberia que eu era médico e podia me dar o luxo de ficar um dia da semana sem nenhuma remuneração Mas trair ia ser uma coisa pesada mas não consegui convencer ou não dos 13 anos que eu trabalhei no Carandiru oito foram em companhia de Paulo Preto ao terminar o exame físico dos doentes eu ditava a prescrição para ele ele ia anotando uma letra Clara para explicar depois a prescrição para o doente com todos os detalhes enquanto entrava o doente seguinte e fica uma ter tanta eficiência que chegarmos atender aí 60 até 70 pacientes em 8 horas de trabalho às vezes excesso me incomodava e muita gente você vai ficando cansado ele nunca se cansava apesar da qualidade incomparável da Pele Negra EA ausência de um único cabelo branco subtrair em aí uns 20 anos da aparência física dele os presos o chamavam de seu Paulo com todo respeito o tempo ele adquiriu entre os guardas do presídio a popularidade que ele desfrutava no hospital sírio-libanês na cadeia você pode acusar os homens que trabalham de tudo menos ingênuos E aí entre eles a falta de malícia que o Paulo tinha virou folclore uma segunda-feira nós chegamos na cadeia logo cedo e nos deparando com um aglomerado de carcereiro junto à sala de revista que era umas a a todos os funcionários o todo mundo que entrava na cadeia da revistado EA livros tem que parar obrigatóriamente não eu perguntei para o seu Valdemar que era um funcionário antigo falou porque tanto alvoroço aí eu vou levar ele desse aqui pegar um colega com 1kg de cocaína o Polo Preto perguntou entrando ou saindo se eu vou levar perdeu a paciência saindo Paulo eles plantam coca lá dentro e levam para fora para vender na Rua esse comportamento reservado que ele tinha na cadeia sempre quieto prestando atenção falando pouco era completamente invertido quando a gente se reunia com os funcionários para tomar cerveja no final do expediente sempre né nessas ocasiões e começar a falar sem parar até alguém pedir socorro do seguro negão que ele destravou pelo amor de Deus não tão de quem repreende o seu dizer o Paulo que é isso é falta de educação cara você monopolizar conversa ele me ouvia de fato uma cerveja mais tarde começava tudo de novo Oi bom dia eu recebi um telefonema às duas da manhã Doutor aqui é a irmã do Paulo Preto ele acabou de ter um ataque cardíaco fulminante judiação que tristeza só 50 anos e tristeza mesma desde então eu tenho passado o tempo com a imagem dele no meu pensamento contraditoriamente quando eu converso com os amigos do hospital e da cadeia só nos lembramos os acontecimentos cômicos engraçados que foram protagonizados por ele nesse podcast hoje eu quero agradecer o privilégio de ter sido amigo do Polo Preto durante tantos anos e prestaram uma homenagem a ele em nome de todas as pessoas doentes que ele ajudou e semanalmente estarei aqui para contar outras histórias o e a trilha sonora foi feita pela in sonoris e a produção é da usemika conteúdo em [Música]

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