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Percepções sobre o câncer de mama | Lírio Cipriani

Percepções sobre o câncer de mama | Lírio Cipriani

acho que não existe ninguém no brasil que não conheça a from a van é conhecida por décadas mais de meio século vender produtos de beleza de porta em porta a estratégia deles tem sido essa o tempo todo o que muita gente não conhece não sabe que a vontade o instituto o nome eo instituto avon que não tem nada a ver com a empresa comercial que é dirigido pelo lírio cipriani que está aqui ao meu lado e com quem nós vamos conversar e falando sobre essa pesquisa que vocês fizeram sobre o câncer de mama que tem esse título e pelas percepções sobre o câncer de mama é nesse trabalho se identificam que a mulher quando recebe o diagnóstico de câncer de mama primeira coisa que ela faz é conversar com quem o primeiro com que ela converse com o médico que deu a notícia pra ela e depois o companheiro com quem ela vive marido filhos e família mas diferentemente das mulheres que não tiveram câncer as que tiveram câncer de nós pesquisamos também um grupo de mulheres mais de 200 mulheres que tiveram câncer essa sensação também vem quando se fala a palavra câncer medo pavor morte só que acompanhadas e mais algumas palavras tipo esperança tem cura a luta então aquelas que passaram pela experiência sabem que ela tem cura desde que detectado precocemente o trabalho que vocês fizeram como as mulheres como é que você citou o papel da mamografia no brasil e as pessoas médicos pedem o exame as mulheres fazem elas vão atrás do exame como foi como foram os resultados grande parte das mulheres ainda afirma que não fazem mamografia porque têm medo de descobrir a doença isso é um mito porque exatamente elas precisam fazer para descobrir precocemente isso é uma coisa um terço dos homens afirmaram que não consideram mamografia importante nos transmitir para as mulheres esse é outro fato importante porque eles não são aqueles grandes colaboradores para a saúde da mulher e 85% das mulheres acreditam que o câncer de mama tem cura então existem fatores diferentes trajetória outras vitórias inclusive o fato é que o câncer de mama não é sinônimo de morte e nós ainda achamos que não podemos admitir que tantas mulheres 35 por dia continuem morrendo por uma doença que tem cura só que inclusive a nossa situação no brasil não é muito favorável mais de 50% dos casos detectados ainda são detectados em estágios avançados que nós temos estádios 3 e 4 essa situação ele o câncer de mama e trabalha há muitos anos com doentes com câncer de mama ele tem uma característica muito especial porque é uma doença que geralmente não dá sintoma você pega uma pessoa que tenha câncer de estômago ela vem com dor no estômago com náusea com vômito e emagrecendo com dificuldade de se alimentar quando você faz o diagnóstico é operada e fica com uma cicatriz no abdome e para aí começa tudo que aconteceu é interno ela não tem uma visão exata da gravidade do processo câncer de mama pega mulher em geral numa fase em que ainda é jovem uma doença que não tem nenhum sintoma gelado descobre o porquê pau para um nódulo no seio porque faz mamografia e aí entra num universo que ela não esperava encontrar ela estava ótima tocando dia a dia normal e aí entra a cirurgia radioterapia quimioterapia que impacto e se todo esse cortejo de de tratamentos e de problemas em causa na vida da mulher com o que vocês encontraram na pesquisa que transformação a mulher sofre a pesquisa mostra muito bem que os fatores psicológicos e emocionais ligados à doença são muito mais fortes e muito mais impactante para a mulher do que o próprio problema físico ou da doença esse é o que acontece as mulheres com câncer de mama logo pensam na numa cirurgia em extirpar a mama em ficar mutiladas e a mama para a mulher é um fator importante é uma parte importante do cortantes importantíssima para a mulher o homem nós temos depoimentos na pesquisa de homens que declararam que um terço dos homens entrevistados e que o câncer de mama pode pôr fim ao relacionamento por aspectos físicos que acontecem cosméticas técnicos e estéticos a nossa campanha visa disseminação de informação porque já que nós estamos convencidos que o câncer de mama tem cura desde que detectado precocemente nós divulgamos maciçamente de que a mulher tem que estar atenta aos sinais atenta a qualquer anormalidade em seus seios em seu corpo atenta a qualquer sintoma que possa sugerir alguma investigação lamentavelmente nós também temos mostrado na pesquisa que quase 30% dos médicos que examinou a mulher isso dito por elas não examinam as mamas então isso também é um fator crítico na detecção precoce mas nós continuamos insistindo ela não não queremos dar muita ênfase valor ao auto-exame porque não é um exame que detecta o câncer de mama mas a mulher atenta se á aos seus seios as suas habilidades a qualquer sintoma ela deve procurar um médico o profissional o médico é quem pode fazer um exame clínico e detectar um câncer de mama precocemente e aí sim indicar uma mamografia uma ultra sonografia algo que possa ser mais específico para a detecção precoce como você se comparam os dados encontrados no passe e a e b com os dados encontrados nas situações sociais mais de favores como nós falamos de informação é claro que as classes mais privilegiadas tem também o privilégio da informação então é é exatamente na mesma proporção as pessoas de classe mais privilegiada que tem mais informação a incidência é menor de câncer de mama detectado tardiamente não que o câncer de mama tem incidência maior entre as classes são irreverentes norte e nordeste têm um índice diferenciado bastante diferenciado por falta de informação nós nos convencemos e isso vem reforçar a nossa tese da infor da disseminação de informação da importância da informação que as pessoas com menos acesso à informação tem sempre a detecção precoce do que a detecção do câncer de mama – precocemente ou mais tardiamente isso é diretamente proporcional nós sabemos também que 70% das pessoas dependem do sus depende do serviço público de saúde não as consegue com convênios médicos têm mais acesso aos serviços de saúde e conseqüentemente têm a detecção precoce mais avançada ea distribuição dos mamógrafos pelo país é uma distribuição muito heterogênea não isso não representa uma barreira importante pra a realização de diagnóstico precoce o inca instituto nacional do câncer afirma que não existe falta de uma moda no brasil o que existe talvez é uma não adequada distribuição desses novos e acho que o mais grave não existe acesso das mulheres ao os locais onde estão os mamógrafos então eu soube há poucos dias pelo ministério da saúde que o ministro da saúde jogou que está sendo implantado um novo sistema de rastreamento mamográfico móvel eu eu pessoalmente acho que essa é uma solução que nós utilizamos inclusive que nós apoiamos algumas obras ações que têm unidade móvel de mamografia a venda direta ela tem a força porque leva o produto ao consumidor o consumidor não precisa se deslocar onde está o produto mesmo porque o brasileiro não tem acesso a todas as lojas supermercados e shoppings como nós temos na saúde nós estamos usando essa metodologia levando a informação levando o recurso onde a mulher levando o profissional onde as mulheres estão onde as pessoas estão para receber a informação nós apoiamos projetos de capacitação de profissionais da rede pública de saúde por exemplo agora o ministério da saúde com esse projeto ele está fazendo com que os mamógrafos se desloquem para as localidades onde não existe esse recurso e as mulheres não vão porque não sabem não tem informação não pode não tem dinheiro não tem uma roupa adequada para se deslocar para o centro da cidade para a capital onde está o serviço então eu acho que esse foi um grande passo do ministério da saúde essa implantação de mamografias móveis já existem alguns pelo brasil eu acho que é a solução e o medo das mulheres de de chegar a esse diagnóstico receber esse diagnóstico não é um empecilho também a pesquisa mostra isso a pesquisa mostra muitas mulheres não fazem por medo de descobrir eu encontrei uma mulher esse final de semana recife que ela com 59 anos nunca tinha feito uma mamografia e estava apavorada na fila para fazer e eu conversei com ela depois de fazer ela estava realizada felizmente deu uma biografia normal mas é é vencer essa etapa de medo que depende da informação eu volto então o nosso ponto a informação é a base da cura do câncer de mama ou da detecção precoce me chamou a atenção na pesquisa é o número de mulheres que têm vergonha de fazer mamografia porque tem que expor os seis detidos técnicos e do médico esse dado é meu é um pouco estranho porque ao mesmo tempo as mulheres fazem o papanicolau que é um exame muito mais delicado que o que as expõe partes do corpo muito mais íntima já tem alguma explicação para esse fenômeno eu acho que há a parte neurológica da mulher é é um assunto que vem sendo tratado há muitos anos e muito mais tempo e está relacionado com maternidade está relacionado com com filhos está relacionado com com a vida é da mulher como como geradora de vida é acho que está um conceito nosso no nosso imaginário e o câncer de mama lamentavelmente eu não chamaria de uma doença moderna mas ele vem sendo encarado com mais com maior rigor nos últimos anos há 10 15 20 anos porque ele vem tendo uma incidência maior quais são os fatores de risco para o câncer de mama stress vida moderna álcool fumo – filhos você sabe muito bem quais são os fatores de risco que eram fatores que não existiam riscos que não existiu no passado uma doença com um problema se tem uma relação com o equilíbrio hormonal e as mulheres no passado praticamente não ficava menstruada brasil tendo um filho depois do outro e entraram na menopausa precocemente e acabou num hoje as mulheres menstruam todos os meses naquele bombardeio hormonal têm uma influência grande as mães que tinham 10 12 15 filhos elas são ciclos menstruais em número muito menor e lima uma vez um estimativa de que a mulher no começo do século 20 a por 1.900 e pouco mestrado em média 40 a 50 vezes no decorrer da vida hoje menstrua 400 a 500 vezes venceu dez vezes mais um e isso reflete as alterações hormonais aqui amanhã fica subjetivo ela também teve com essa pesquisa escolheram os dados são dados muito interessantes é meu ver são os dados mais completos sobre os fatores sobre os fenômenos que marcão o o o câncer de mama e vocês pretendem fazer o quê com e cidade eles vão servir para reorientar as nossas campanhas de informação nós nós fazemos isso nós levávamos a moça é proposta dessa forma mas agora nós temos focos mais precisos eu diria quando nós sabemos que a mulher tem medo de fazer quando nós sabemos que o marido não é o grande companheiro incentivador dos exames quando nós sabemos que a preocupação dela é mais com os filhos com a família e com os outros do que com ela mesma e depois do câncer essa relação se inverte ela passa a se preocupar com a saúde dela para depois pensar nos filhos do marido na família porque sem essa cena sem a saúde ela não consegue fazer isso então isso direciona melhor a nossa comunicação isso direcionar melhor os nossos materiais de comunicação pra ela porque nós precisamos desmistificar essas coisas nós precisamos quebrar esses mitos que ainda estão no imaginário da mulher eu estive uma reunião do inca recentemente e eles também já estão usando porque isso vem comprovar algumas teses deles em relação ao comportamento das mulheres que estão tratando o que estão fazendo seus exames porque é é são fatores mais emocionais do que fatores físicos e respeito das transformações que acontecem com essas mulheres depois que tem o diagnóstico são operadas e tratadas o que muda na vida delas existem grupos de mastectomizadas ea fama que a federação nacional das organizações filantrópicas pela saúde da mama que tem 56 associadas eles trabalham muito esse tema e até chamavam essas mulheres e vitoriosas nós estamos mudando um pouco esse conceito vitoriosas por que nós não queremos que as pessoas achem que tiveram câncer de mama e são vitoriosas ou até que para ser vitoriosa tiveram de ter câncer de mama sabe uma coisa um pouco confusa nós queremos que ela será que elas sejam mulheres que vencer uma doença mas não por isso são vitoriosas na vida elas são vitoriosos em relação ao câncer é um conceito um pouco que pode gerar um certo uma certa confusão o estudo nacional do câncer pensa nós precisamos fazer com que as mulheres se sintam bem se sintam como mulheres sadias é esse conceito de vitoriosas também é eu eu sou absolutamente contra porque você pega as outras que não se curaram da doença mas estão aí lutando contra ela expansão que derrotados por casa às vezes são mulheres heróicos lá que estão aí fazendo tratamentos agressivos e ainda cuidando da família porque as mulheres são muito mais generosos do que os homens mas em relação à família e à saúde como regra geral nele com certeza serve a mulher cuida da saúde da família inteira na os números que vocês obtiveram aí um terço dos homens e uma parte significativa deles acha que isso vá da mulher ter tido um câncer de mama podem destruir a relação entre o casal na as mulheres e em situações opostas às mulheres nem cogito essa hipótese por outro lado essas que passaram pela pela experiência da doença nós conhecemos muitos casos geraram na família um ambiente de união de luta juntos que melhoraram a vida familiar claro que acontece isso que nós que você citou eu citei que e os homens citaram que o câncer de mama pode provocar uma uma desunião mas em muitos casos isso gerou o contrário gerou uma vitória porque aquilo que era sinônimo de morte hoje é um sinal de vida e sobrevida então essas mulheres são vitoriosos assim mais vitoriosas como todas as mulheres são essa generosidade da mulher que você citou ela aparece muito nessas situações muito obrigado

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