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POR AMOR | Podcast Novelão entrevista Marcelo Serrado, Gabriela Duarte e Cecilia Dassi

POR AMOR | Podcast Novelão entrevista Marcelo Serrado, Gabriela Duarte e Cecilia Dassi

[Música] [Aplausos] Tá acontecendo alguma coisa, alguma coisa terrível. O que foi? [Música] [Aplausos] que eu tenho que fazer umas coisas de Ah, pessoal, vamos embora para uma casa tá muito apertado. Eu tô com vontade de pecar. Não, japonesa mais leve. Dedinho sim, não tem dedinho só, não. Tem a mão inteira. Você quer saber como? Quer saber o que? Pois então, sentar aí, sentar aí só. [Música] Olá, pessoal. Eu sou a Ana Luía Santiago, colunista do Globo e esse é o Voccast Novelão. E o episódio de hoje é sobre por amor. Eu tô aqui com a Gabriela Duarte, que fez a protagonista ao lado da Regina Duarte, a mãe dela fez Eduarda, Marcelo Cerrado que fez o Dr. César e Cecília Dace que fez a Sandrinha. Obrigada pessoal pela presença. Prazer estar com vocês. Obrigada você. Queria começar pela Gabriela. Eh, queria saber do convite pra novela, como surgiu e se você aceitou na hora ou teve aquele medo, vou fazer novela com a minha mãe, como vai ser? Como foi? Olha, eu tava morando fora porque a primeira eu fiz, já tinha feito duas novelas antes de por amor, né? Por amor foi minha terceira novela. Então eu fiz a primeira foi top model, tinha 15 anos. Aí em seguida não, depois de uns dois ou três anos, eu fiz Irmãos Coragem, a releitura, né, o o remake de irmãos Coragem e tal. E aí a terceira, aí eu fui, aí fui estudar fora, falei: "Não, agora acho que esse negócio deatria tá ficando sério, preciso entender como é que funciona direito isso." E fui estudar em Nova York com Eriberto, até o Eriberto Leão, que é meu amigo da minha vida, meu irmão, praticamente, conheço o Eliberto desde pequeno e amigo, muito amigo do Marcelo também. Ele tava lá e eu fui visitar ele e ele fiquei encantado. Falei: "Gente, eu quero estudar aqui". E fui pra mesma escola que ele tava fazendo, tal. Eu tava lá. E aí começou a rolar esses rumores assim de que talvez eu tivesse que voltar para fazer um trabalho. O trabalho era eh a novela A Indomada, a Grampola, lembra dela? Lembro. era ela. E aí eu fiquei toda animada, falei: "Ai, que bom, tal". Apesar de ter que sair, né? Eu saí três meses antes do curso, mas eu fiquei animada. Aí chego no Brasil, não sei o quê, volto tal e aí não, você não vai mais fazer. Aomada, fiquei arrasada, fiquei muito mal. E aí, mas ó, calma, falei, então vou voltar para continuar. Não, não, não, espera, não sei quê, segura que vem aí uma outra história. E aí era por amor, por amor. E eu já tava, né, com essa, nessa vibe assim de de ter voltado para fazer esse trabalho. E eu falei: "Nossa, que loucura, né? Um trabalho com a minha mãe, mãe e filha". Ou seja, mudou radicalmente a ideia toda, se transformou e na Eduarda, né? Por amor, Helena e tal. E foi assim, mas bateu um receio assim, meu Deus, vou contraar com a minha mãe, atriz consagradíssima. Ah, eu não acho que um receio não é a palavra, né? Eu acho que a gente sempre eh acreditou na força ali dessa relação, né? Na clicidade, no quanto a gente se conhece, poxa, mãe e filha, tal. E o quanto eu eu eu é complicado, sim. a gente sabe que eh não é fácil, né? Tem toda uma questão aí de identidade, não sei o que que aí depois é que eu vim trabalhar ao longo da vida, mas tem também a questão de ter esse apoio mesmo, né? De tá muito confortável trabalhando ali do lado de uma pessoa que você confia tanto e tal. Mas o que assustou mesmo mesmo nessa relação, já que você tá fazendo essa pergunta, foi a abertura, né? abertura da perguntar sobre isso. Sim, aquilo assustou. A gente não sabia que a abertura, nossa, tô falando aqui igual uma uma uma louca, mas eu já tô emendando uma coisa na outra, uma coisa vai trazendo a outra e a gente não sabia que a abertura seria da forma como ela foi. É, na sua biografia, você vai lançar ainda a biografia, né? Você conta que a sua mãe mandou uma foto pro Bonnie e não não pro Bonnie não, mandou pra produção da novela achando que eram fotos para entrar no cenário, foto de portar retrato, né? A gente sempre faz isso. Sim, sim. quando viu. E aí foi acabar acabamos de gravar ali assim, resumindo, acabamos de gravar naquele dia, no dia da estreia da novela e todo mundo foi pra churrascaria, lembra, Marcelo? Não lembro mais acredito não. Você já foi, você já foi muitas vezes para assistir lançamento de novela em churrascaria. Foi todo mundo para lá e eu e ela, como nós assim acabamos de gravar em cima do laço, eh, a gente foi para casa correndo. Quando a gente chegou em casa e ligou a TV, tava começando a novela abertura. E a gente se olhou e falou: "Que que é isso?" A gente não entendeu. Falou. Aí eu falei: "Mãe, que fotos são essas?" Ela falou: "Não, são fotos que eu mandei, mas eu mandei para cenário." É, botar no cenário. É, eu não sabia que isso ia virar a abertura da novela. Caramba, foi um susto. Foi um susto. Nossa, e super íntimas, né? Assim, super. Fotos de viagens de vocês assim, não. Fotos de vida. Eu pequena, fotos que eu nem conhecia de viagens que eu fiz com a minha mãe quando eu tinha lá meus, sei lá, meus 7, 8 anos, que eu nem sabia que existia. E de repente eu, pum, me deparo com aquilo ali na abertura da novela. durante um ano a gente ficou vendo aquilo. E eu vi que você deu uma entrevista falando justamente da da relação da convivência intensa, né, com a sua mãe nos bastidores e você usou as palavras tinha alguns vo, né, que você falou nessa entrevista. Queria que você explicasse um pouquinho como era assim dessa coisa de ficar muitas horas juntas. É isso, a gente é uma uma convivência muito intensa, né? Então, a gente acordava tudo, a gente fazia tudo juntas, principalmente eh ao longo da novela, não, porque aí é as personagens mesmo elas já tinham rumos, enfim, outros, embora a gente gravasse muito, mas no início da novela, aquela coisa de Veneza, nossa, a gente acordava 4:30 da manhã, eh, para pegar assim os primeiros raios de sol em Veneza. E aí já vinha uma cabeleireira, fazer o cabelo. Aí a gente tomava café, a gente começava a gravar às 6 da manhã e ia até às 9 da noite. Então tinha horas assim que a gente queria se matar. Então o pessoal acha que viajar, os atores viajam para fora para gravar é ma barato. Ninguém curte, não é? Você quis termina às 9, vai dormir se quer quer dormir, você não quer jantar. É conhecer. É, vamos conhecer Veneza. É porque pra produção é muito caro mandar toda aquela equipe para lá, então tem que aproveitar o tempo que tá lá. Uma correria do nada. É, então tinha muitas tinha muitas brigas assim, tinha tinha tinha assim, faz parte, faz parte. E a novela do do Manuel Carlos é de 98, Gabriela tinha e 21. 21. Cecília tinha oito, né? Fez oito durante a novela. Marcelo, lembra quantos anos tinha? Tinha 12, provavelmente. Se ela tinha oito, tinha 12. E eu acho que eu tinha 20 e poucos assim, é todo mundo muito jovem, né? E é uma novela com assuntos polêmicos, né? Na época. E obviamente a troca dos bebês, né? Troca dos bebês. É. É. E eu vi que os médicos na época fizeram, falaram muito, né? So foi um estardalhaço na época, assim, como foi assim, isso chegava para você? Chegava um pouco, né? A troca dos bebês foi uma coisa emblemática na novela. Eu me lembro quando eu fui recebi o convite, encontrei com o Daniel Filho no que era o chefe na época e nos corredores. Ele falou: "Ó, tem que fazer essa novela". Eu falei: "Por que não, não, primeiro que é maneco e segundo eh, você tem a carta da novela". Falei: "A carta?" Eu não tinha entendido isso. A carta, a carta é quando você tem o segredo da novela, né? Você tem o segredo da novela que você troca os bebês. Fiquei com aquilo na cabeça. E depois que eu fui entender, né, que era o personagem tava ali, né? Ele ele era meio ele sempre meio que sof muito amigo da do personagem da da Eduarda, né? Mas sempre sofrendo por ela, né? E de repente aquele cara que sofria por ela e que gostava dela e e que meio amigo dela ali, né? E e é o cara que faz a troca dos bebês, né? Então tinha uma coisa emblemática ali, né? Muito emblemática, né, Gabi? E teve uma coisa assim dos médicos, lembro, não teve isso? Teve das pessoas falarem muito, pô, uma coisa coisa de ética. Exato. E os médicos ficaram meio Mas o Maneco é o Maneco é muito fera, né? Ele sabe como fazer uma reviravolta. É uma coisa, é como explicar, né, assim, aquela situação de uma forma pelo lado humano, afetivo mesmo, emocional, né? A mãe, a mãe, a mãe quer dar o filho pra filha, né? Isso é de uma, isso é de uma, de uma grandiosidade, né? de um amor assim ao a ao próximo, que eu acho que que na dramaturgia cabe algumas coisas, né? A gente tem que principalmente na novela. Novela já diz novela tem uma coisa meio latina na novela de ser, né? Nós somos latinos, então a novela tem o dramalhão. Uhum. Né? Quando a gente fala, pô, tô vendo um dramalhão, né? É porque é legal, né? Você tem um dramalhão. É, na verdade são situações que vão para um uma situação limite, limite assim, né? Se o maneco, ele eu acho que talvez fosse o único, né, que transitava num limite, mas sempre numa coisa meio leblom, tomar um café. Eu vi aquelas pessoas quando eu fazia a novela pensava assim, gente, as pessoas tomam cafés, como tomam é muito café da manhã. Sim. Novela do Maneco tem sempre café da manhã, não tem laranja, não tinha suco de laranja, não tinha, Gabi. Muito café da manhã. E as pessoas falam, eu achava que Tony Ramos um gênio, porque a gente é um gênio, mas como ele fala que toma aquele café da manhã, ele e o Zé Maia com aquele jeito, ele parece tá em casa, sabe? Achava aquilo tão difícil. É sim, tomar café da manhã é muito difícil. É uma arte, né? não falar ao mesmo tempo que você tá tendo que fingir que você tá tomando um café da manhã e enfim esse. Mas esse é outro outro mesa outro mesa e Cecília, você com 8 anos eh a história do do Orestes, né, e com alcoolismo, a questão do alcoolismo, de como isso impactava a família, impactava a filha dele, a Sandrinha, você muito nova, com umas cenas muito pesadas, né, uma carga dramática muito grande. você tinha essa dimensão, você criança, você entendia e como é que era isso? Eu eu não acho que eu tinha assim, a minha mãe se esforçava muito para me ajudar a a conseguir construir uma compreensão mínima do que se tratava aquilo, né? Porque eu como criança não tinha essa carga emocional, essa experiência de vida para conseguir ter a dimensão disso. Mas a minha mãe tentava, né? Minha mãe ficava assim, olha, imagina como seria, né? Uma situação assim, sabe? tentava ali me ajudar um pouco. Então eu acho que foi o que me permitiu chegar um pouco perto ali, né, do do porque eu vejo as cenas hoje, eu fico assim, caramba, que densidade, né, assim, meu Deus, eu tinha 7 anos. E mas eu acho que o que me permitia conseguir chegar um pouco perto disso era essa essa localização que ela me dava ali, né? Ela ia tentando construir essa imagem comigo de como seria uma pessoa passar por aquilo, estar naquela posição e tal. Eu acho que eu ia conseguindo criar ludicamente ali aquela imagem e entrar naquela história, né? Porque eu sozinha não conseguia. Brincadeira, né? Faz de conta. Ai, vamos brincar que aconteceu isso e mas a Cecília era um era um furacão, né? Em cena. A mulher era um fenômeno. Todo mundo fala: "Nossa, menina é era um furacão". aquela criança prodígio, né? Sim. Então, as pessoas me falavam isso, né? Mas eu também de novo, eu acho que eu não tinha dimensão do que isso significa e até hoje, assim, eu confesso que eu fui ganhando dimensão ao longo dos anos, conforme foi passando o tempo e cada vez que as pessoas me, mesmo depois de muito tempo, as pessoas me encontravam e falavam da novela e quando a novela passava de novo, as pessoas vinham muito emocionadas. Eu comecei a construir, falava assim: "Caraca, foi muito mais impactante, foi muito mais profundo, foi muito mais fora da curva assim, sabe, do que eu dava conta de entender ao longo da minha infância, ao longo até mesmo do início da minha vida adulta, assim, acho que eu fui, conforme a coisa foi se consolidando, eu fui vendo quão marcante isso foi, o quanto as pessoas comentavam, que eu fui conseguindo ter dimensão, porque para mim eu tava ali fazendo, eu queria muito ser atriz, eu quando era mais nova, eu ficava vendo as pessoas fazendo as coisas. Eu quero fazer isso. Eu falava pra minha mãe que eu queria fazer. Aí ela conseguia foto para mim. Eu dizia: "Não, mas não tem fala. Eu quero, eu quero ter fala. Eu queria muito." Tanto que quando eu consegui o personagem, minha mãe falou: "Agora tem fala". Aí eu fal: "Ai, que legal, eu queria falar", né? Então eu gostava da ideia de um personagem assim que tinha fala e tal. Então, para mim era essa grande diversão, era uma coisa muito lúdica. Eu eu realmente não acho que eu tinha noção. Eh, e é isso. Quando vocês falam assim: "Ah, falo, ah, que legal". Mas eu não sei, né? É difícil a gente ter essa dimensão da gente criança. Eu acho uma situação esquisita. É muito intuitivo, né? É muito intuitivo. Totalmente intuitivo. Inclusive eu passei quando você falou, né? A chegou um momento que eu falei: "Eita, tá ficando sério esse negócio de ser atriz, eu passei um bocado por isso na adolescência porque num primeiro momento eu não sabia que era muito intuitivo, era completamente meu coração falando ali, né?" E chega um ponto em que a coisa vai se profissionalizando, né? Ficando um pouco mais técnica. os personagens vão demandando um pouco mais de esto teórico, né, e tal. Então, eh, eu comecei a precisar me preparar melhor como atriz, eu fui estudar, mas inicialmente era isso, era totalmente seguindo meu coração assim. E você lembra de alguma ocasião em que, sei lá, você foi ao shopping, todo mundo parava assim, uma ocasião em que você percebeu, nossa, eu tô conhecida. Teve isso. Eu tinha isso, foi várias vezes que isso foi acontecendo, mas a o que mais me marcava era que eu não conseguia tomar sorvete, porque sempre que eu ia tomar sorvete me paravam e meu sorvete derretia enquanto eu tava tirando foto. Eu ficava arrasada. A minha mãe ficava tentando apressar as pessoas, o sorvete dela tá derretendo, mas eu nunca conseguia tomar um sorvete inteiro e eu ficava muito, eu adorava tirar foto com as pessoas, eu adorava, isso não era um problema, mas quando eu tava tomando sorvete, eu sofri um bocado. E eu lembro de uma vez que a gente foi ao Barra Shopping na época e a minha mãe não tinha ideia, assim, foi bem no início da novela, a gente não tinha dimensão. E aí chegou uma pessoa me reconheceu e me parou e aí a outra viu aquele burburinho, me parou também e virou o o o shopping, o segurança do shopping teve que intervir porque senão a ia conseguir sair dali. E minha mãe ficou meio apavorada assim, tipo, meu Deus, que que a gente não vai poder mais sair de que que que isso, né, que aconteceu aqui agora. A gente não tinha ideia disso, assim, a gente não fazia noção. E de fato era um era um desafio, assim, teve uma vez que a gente foi num minha família ficou muito brava com isso, até hoje eles contam, a gente foi numa churrascaria e na hora que a gente sentou para comer, a gente servia os pratos. Na hora que a gente sentou para comer, veio um ônibus de de excursão para querer tirar foto. E aí minha mãe e meu pai, poxa, queriam comer. Falaram assim: "Ah, a gente tira foto, mas deixa a gente comer primeiro?" Aí eles falaram: "Ah, tudo bem". e ficava em volta da mesa olhando. Clássico. Aí meu pai e minha mãe tipo, a gente vai ter que comer com essa plateia, sabe? Tipo, puxa a vida aí, não. Então vamos tirar as fotos antes. E eu não ligava assim, eu não me lembro de eu me incomodando com isso de verdade. Mas, poxa, eles como adultos ali, né? Tipo, comer com um monte de gente olhando assim, caraca. Então tínhamos essas circunstâncias. Muito bom. E eu acho que a gente foi ganhando essa dimensão, né? Do tamanho que isso tinha, do impacto disso assim, conforme essas coisas foram acontecendo. Porque imagina, eu vim de uma cidade pequena, sabe? Na minha cidade tinha, hoje tem 80.000 habitantes. Então imagina na época, qual cidade? Esteio, no Rio Grande do Sul. Ah, sim. Então na época assim, imagina, teve uma festa agora, sei lá, em 2020 porque inaugurou a primeira escada rolante da cidade, entendeu? Teve fogos de artifício, então era uma cidade pequena. Então pra gente essa movimentação, esse monte de gente, a gente ficava meio assim: "Meu Deus, o que que é isso?" Então a gente não tinha ideia de que seria essa a dimensão, né? Foi, a gente foi aprendendo aos poucos o que que dava para fazer, o que que não dava, como lidar com essas circunstâncias. Foram alguns desafios, mas eu não lembro de nada disso que tipo, nossa, eu ficava assustada, era ruim. Eu achava divertido. Eu lembro que às vezes as pessoas apertavam muito minha bochecha. Isso eu me incomodava um pouco. Às vezes eu me sentia meio tipo invadida assim, uma coisa meio tipo, mãe, me salva aqui porque eu tô sendo esmagada. Mas de modo geral, fora isso, eu não lembro de me incomodar assim. Eu lembro que eu gostava bastante de receber abraço, as pessoas falavam com muito carinho assim, você entra na minha casa todo dia eu falava: "Ah, que legal". Isso é muito louco. Porque a gente entra na casa das pessoas todos os dias, né? Todos dias. Na das 8 tinha um poder realmente de parar, né? De as pessoas paradas. Sim. A questão da coisa da audiência, né? de de eu lembro muito eh por amor foi uma novela que isso aconteceu efetivamente, mas até assim eu tive que lidar. Lidar não, mas eu eu ficava sabendo muito dessas questões da audiência em função dos trabalhos da minha mãe também. Por exemplo, Roque Saniro, gente, parava na hora da da novela o o movimento do shopping, do shopping mais movimentado da cidade diminuía. No último capítulo ficou vazio, os eram depois da novela. É, tinha uma coisa de de tinha um personagem do do Chico Anísio, eu lembro novela 26, novela 27, novela 28. Lembra aquele personagem do Alberto Alberto que era novela, novela das novela das novas, pessoas sentavam depois do jantar para fim do dia. É, era uma dinâmica parecida com o que a gente tem com série hoje, né, de parar para assistir. É, mas agora com série você para a série, né, jantar. É, não tem um horário, né? Não dá para comparar o mundo de hoje com o mundo do por amor, não é? O mundo do pur amor da novela é outro mundo, então são outras referências, né? Total. É isso mesmo. É isso mesmo. Era um outro parece que eh realmente parece que era outro mundo. É outro mundo. Era uma outra forma de de pensar, de se movimentar. Mundo. É, né? As coisas mudaram muito e ótimo. Mas tem uma coisa nostálgica, né? De você é agora tinha, a gente tinha Branca, né? Branca. Susana. Tinha Branca, Susana Vieira, era sensacional. Fantástica, fantástica. E a e a dupla do e da e do Carolina Ferraz. Foi muito que que aquela música palpite, né? Saudade de você. Isso foi meio icônico. E a Cecília também, né Ana, ela tinha Paulo José e Regina Braga. Braga. Então é, tinha ali um Era muito gostoso assim, eu lembro que as pessoas falavam: "Nossa, mas parece que vocês realmente são uma família em cena e parece que vocês estão muito à vontade". E a gente tava mesmo assim, a gente se dava super bem. Eu lembro que a gente chegava um pouco mais cedo e ficava ensaiando as cenas assim juntos, que era uma coisa que depois eu nunca mais tive em outras novelas assim, esse hábito de chegar o núcleo todo e a gente ficar ensaiando juntos assim, sozinhos ali antes de começar a gravação. E a gente realmente criou uma uma sinergia ali assim, uma tomávamos de café da manhã juntos. Não, ainda tinha uma coisa, né, que para mim era muito era complicado, porque eu acho que a Eduarda ela teve momentos muito muito complicados mesmo, né? Ela tinha uma personalidade no início da novela, essa coisa dela ser voluntariosa, dela ser mimada, né, e tal, que levou o público a reagir a isso. Só que além disso ainda reforçava esse comportamento e essa, digamos, essa animosidade com relação a ela. Quem Sandrinha, que era aquela coisa e aquele pai. E a relação dos dois que ela amava muito aquele pai. Você rejeitava o pai, não é isso? É. E o pai era alcólatra e é Eduarda rejeitava. Então assim, era dureza. Eu tinha muita coisa jogando, você jogando. E e o legal da Eduarda é que ela foi se redimindo, né? Ela foi vivendo essa trajetória de uma forma muito bonita. Ela olha pra irmã, ela aceita a irmã depois que ela vira mãe. Uhum. E aceita o pai. Enfim, teve tod tinha quantos capítulos? Você sabe lembrando? Nossa, foi longa. Foi bem longa. É ela bem longa. Eu ia falar justamente disso, né? De que essa imaginário que se criou eh sobre você como se você fosse Eduarda e esse site blog na época, né? A gente estava falando da do tempo passado, nem tinha rede social como tem hoje. E criaram as sites que aí eu odeio Eduarda, né? Você entrava para ler essas coisas assim? Você Nunca entrei. Nunca entrou? Não, nunca entrei. Eu ficava, eu ficava sabendo, claro. A internet tava muito incipiente assim, ainda muito engatinhando, né? O que, aliás, é minha sorte, né? que eu já é o que eu falo, eu fui cancelada antes de existir o cancelamento, né? A pessoa já já cancelou no começo. Fui cancelada logo lá nem existiu cancelamento, já me cancel depois que vier é lucro. É lucro. E olha que depois eu eu fiquei de boa, entendeu? Até hoje tá tudo certo. Não, mas assim, eh, houve isso, essa história do Eu odeio Eduarda e as pessoas realmente pediam pro autor matar. Sim. Era um site, é, era um site que as pessoas escreviam mensagens pro Manuel Carlos, tipo, tem mata ela, tenta matar Eduarda, não sei o quê. Tinha uma coisa assim, não vai dar uma de Eduarda, né? Tinha, tinha uma coisa assim, né? É, já assim, não vai dar uma Eduardo, ficarinando. É, se realmente foi, mas eh ele ia matar de fato que eu li alguma coisa de que ele realmente ia matar ou não. Existia uma uma possibilidade da Eduarda, como ela tinha uma fragilidade, né, de saúde mesmo, né, tanto é que ela perde o útero, ela não pode mais ter filho. Por isso que a Helena dá o essa é cartada final da vida dela, né? Ela casada ali com uma família super, né, patriarcal, machista, né, onde a a própria Branca falava: "Meu neto", ela nunca se referia ao filho do Eduardo como ela queria um herdeiro. Uhum. É muito interessante, né, hoje você fazer essa análise, né, do que era numa naquela época e o que seria hoje. Mas ela deixava claro que é o meu neto, eu queria, ela queria um herdeiro, tal, tal, tal. De repente o Marcelo casa com uma menina que tem uma saúde frágil, perde o filho, perde o bebê várias vezes. Eu lembro que ele coloca isso na novela, uma ou duas vezes, ela perde a criança, os bebês, né, que ela tava ali, né, na tentativa, na pressão, a família dele pressionando. E aí quando ela finalmente engravida, ela além de perder da criança não resistir, ela perde o útero. Nossa! E aí essa mãe fala: "Vai acabar a vida dela, acabou a vida da menina, da minha filha", né? e dá e faz essa troca dos bebês, essa cena icônica de Marcelo arrasando. Bom, ele Regina ali, Ricardo Watson, né, que dirigiu, foi, né, Ricardo? É muito sensacional essa sensação. Sua mãe dava um show assim, era uma coisa interessante. Você também, você também era começando ali, né? Mas então tinha esse misto dessa fragilidade com essa sub dela é uma pessoa que subjula e e pagou a faculdade dele a vida inteira, ou seja, ele tinha uma conta, ele, né, ele tava tinha, ela falava, ela falava isso no meio, falava: "Eu paguei os seus estudos". Olha que louco. É, eu ajudei a sua família. Exatamente. Eu ajudei essa família. É, não, mas enfim, a gente falou disso para dizer que ela eh a princípio existia possibilidade dela morrer, né, na sinopse. Tinha. E aí no ele, maneco, do jeito que ele era, né, com aquela personalidade dele, ele falou assim: "Agora eu não vou, agora ela não vai morrer, agora ela vai". E ele faz toda a redenção dela, ela vira aquela aquele mulherão, né, que briga contra um sistema machista, patriarcal, ela se divorcia, ela vai à luta, ela cria aquela criança, tá tá tá. E aí hoje vendo a novela, as pessoas mudaram muito, né, a cabeça delas em relação com relação à Eduarda lá em 98 para 2000 e sei lá 20. Uhum. Né? Sim. Já começou essa mudança assim invisível das pessoas falarem: "Ah, eu adoro Eduardo, Eduardo é isso. Quem é o o enfim, né? Quem deveria ser cancelado é o Marcelo que é machisto, que eu também acho que ninguém tinha que ser cancelado. Eu acho que é uma é um olhar mesmo. São tempos, né, que mudaram. Sim. E que bom, tem houve um avanço, né? Não, um retrocesso nesse sentido. E mas quando você entrou, você sabia que você ia sair antes? Assim, existia um combinado de você fazer, sei lá, até tal capítulo? Não, não, não foi um combinado que foi dito, assim, nada foi dito. Ninguém chegou para mim e falou: "Olha, você vai fazer uma participação, você vai morrer no meio". Nunca. Uhum. Eu acho que novela é uma obra aberta. Isso estava aberto, entendeu? Ele podia tanto fazer eh isso. É o eu acho que é o que serve a obra, é o que serve ao que serviria a trama. Uhum. Ele tinha essas duas cartas na manga. Se servisse a trama que ela morresse, ele ia usar. Sim. Certíssimo. Agora, se não, ele ia ele ia fazer o que ele fez. A Eduarda viveu e foi super legal também, né, essa virada dela e tal. E falando dessa cena da troca dos bebês, você falou agora: "Ah, a Regina brilhou, mas eu tava começando, mas você ficou satisfeito com com o resultado ali você olhando hoje, você fala: "Ai, deveria ter feito". Não, não, eu sou muito crítico com com o que eu vejo assim do meu passado, né? Eu sou muito crítico. Quando eu vejo me dá uma certa depressão assim até porque eu vejo, eu falei: "Gente, como eu era vi eh virgem assim na coisa de interpretação. Eu tava começando também, eu tinha feito acho que 4×4, né, uma novela das 7 do Lombarde e fazia o irmão da Babalura, aquela loucura daquele personagem do Danil. Então assim, foi uma novela que eu sabia que era, imagina a novela das oito, né? Uma coisa por amor era o maneco, né? Então todo mundo queria fazer a novela do Manec, né? Tinha uma coisa de de E eu sabia que tinha essa troca dos bebês. Quando foi feito a cena, o Ricardo dirigiu e falou: "É tua cena, hein? Vamos lá". Foi uma pressão, sabe? Pô, começando ali ainda meio aquor. Vamos lá, hein? A Regina, Regina foi super eh, querida, passou a cena comigo algumas vezes e então foi foi tenso. Eh, mas foi tranquilo. Vendo hoje, eu falo: "Pô, ela brilhou, eu tô ali, eu eu hoje eu faria de outra maneira, né? Mas é que tá, né? É, os anos vão passando, né? Não, a gente vai ter sempre um olhar crítico, mas não é por nada não, Marcelo, mas assim, eu realmente eu vejo ali um eh uma engrenagem muito porque tem uma loucura nessa cena que tem que ter. Como que você toma uma atitude dessa tão radical se você Os dois não entram numa loucura? Eh, sabe? ela tomada ali por, né, por todas essas questões e ainda por cima acabou de ter um filho e não sei o quê. E esse médico jovem pressionado e a e ela ainda fala isso, né? A sua mãe fala engraçado porque a sua mãe sua mãe a sua mãe dupla fala no meio da cena. Ela fala isso. Eu lembro que tinha essa fala, ela falou: "Eu paguei os seus estudos". É uma, é uma chantagem. você não pode. E e ele carrega isso durante a novela inteira. E eu lembro que eu era, meus pais eram Humberto Mayani e e Ana Rosa. É maravilhoso. Queridos. Depois eu fiz velho Chico com ele. Humberto, o o Humberto sempre fazia novela do Maneco. Ele era meio talismã do Manec, né? Tem uns tem uns autores que tinham essa coisa com atores, né? De de sempre trabalhar com esses atores e Uhum. E aí Humberto falava assim: "Calma, meu filho, mas tá tudo certo, o maneco sabe o que fazer. Ele vai sempre ali, tem sempre, sempre que ele falava assim, ele tem sempre um gancho na manga. Gancho, né, de o autor tem que ter gancho, né, de pô, acontece isso, de repente acontece isso, aquela que o maneco tinha sempre tinha um café da manhã, mas tinha um gancho. Sim, né? E o Maneco era muito conhecido na época, né, por entregar os capítulos com pouca antecedência, né? Como é que era isso? Nossa, tinha gravava na semana, né, G? Vocês lembram disso? Não, a gente recebia às vezes a cena à noite, assim, tipo 11 horas da noite, chegava por faxumas vezes por fax, né? Lembra disso? É, era uma loucura, uma loucura mesmo. Teve uma é um uma tinha muito adendo, não tinha, Gabi? Muito adendo? A gente recebia adendo. Ah, tinha, né? que é uma novela que que se atrasa na na na execução, na tinham dois, três dias de frente, eu acho, né? Essa aí é caramba, difícil. Maneca era famoso nisso. Só o Lombarde bati maneco, eu acho, né? O Lombard, o Lombard era o álcool, Lomba, assim, pô, acabou de receber uma cena aqui agora. Vamos lá. É, mas tinha isso, era era tenso. E assim, eh, uma característica de novelas em geral, né, que todo mundo aqui sabe do que a gente tá falando, mas que o maneco ele fazia isso assim, por exemplo, o casamento da Eduarda, a gente tava falando. Sim. Eh, outro da glória, 10 dias de noturna. Putz, eu lembro porque era o elenco inteiro, inteiro, inteiro, né? Eram, sei lá, 80 pessoas. 80 e tantas, sei lá, não sei se inteiro, mas era muito, mas o Ricardo fazia muito bem. Ele pegava a câmera, fazia toda o nosso plano aqui da galera assistindo e depois fazia vocês dois. Então a já aí os o pessoal mais velho, ele meio que já botava, tinha uma coisa muito legal assim. É, tem que ter, né, uma certa, porque olha, para mim, imagina, eu era noiva, no caso, eu não tinha descanso, não. Eu ia para lá 7 horas da noite, saia às 4 da manhã, botava aquele vestido, fazia aquele cabelo, botava aquela gralda e e e e ficava louca, ficava histérica, porque o pai chegava no casamento bêbado. Olha, eu vivi coisas. Nossa, ali no eu me lembro que eu eu me lembro que eu tava vendo o casamento e fiquei feliz de ver a Gabi casando, né, amiga? casando. E aí eu me lembro que o diretor falava assim: "Não, você não tá feliz. É, você não tá, você gosta dela, não fica feliz". Tá falando: "Ah, eu não posso ficar feliz, gente". Eu tinha, cara, esse era um desafio muito muito grande dessas festas, né? É, eram muitos dias, er, a gente acabava curtindo ali e de repente agora todo mundo tem que chorar porque oeste chegou não, agora um climão. Aí a gente tava ali curtindo, rindo, brincando, daqui a pouco climaando. Aí todo mundo entrava na torta de climão. Essa imagem do Orestes chegando no cantinho ali vendo a filha casando, foi uma das coisas mais lindas. É, é. Nossa, o Paulo, o Paulo realmente era um era um diretor e um ator. Ele aquele olhar dele de nossa, era é só o olhar dele já dizia: "Eu queria tanto ali que minha filha me reconhecesse". E a Gabriela casando linda e só esse só ainda não e maltratando ele. O povo me odiando. Mal. O povo odiava Gabriel porque ela maltratava o o pai. Mas eu acho que assim, não tinha como você não ser odiada, realmente não tinha como. Era sua função ali ser odiada, era minha função e tudo bem, entendeu? Acho que a Eduarda foi um uma lição de vida para mim. Ah, mas aquela menina é muito chata, gente. Tinha que tinha essas coisas. Tinha. Agora vai estrear história de amor. Hã. E eu agora vou dizer uma coisa aqui. A Joyce também era chata. Era chata. É a Carla Marin Car. É o o Mareco tinha essa coisa, né? Tinha essa coisa do Manuel. Manuel Carlos. Hoje a gente tem muito orgulho de fazer parte da das chatas, o time da Quem não queria, né, Gabi? Quem não queria? Não. E quando as pessoas falavam comigo às vezes na rua, elas sentiam porque me sentiam sendo maltratada, sabe? E aí ficava assim: "Ai, Eduarda, tão malvada com você". Mas não liga não, tipo, ficav me consolando, né? Eu assim, não, não ligo. É um personagem, tipo, eu não levo no pessoal, né? Isso. Eu lembro de uma senhora que falou para mim assim, a vizinha da minha mãe, falou, chegou para mim, eu me lembro disso como se fosse hoje no a gente pegando o elevador, falou: "Não sofre por ela, aquela menina não vale nada". É por causa da da Gabriela. Não sofre por ela, não vale nada, tá? Falei: "Não, ela é legal, não é não, hein?" Aproveitando aí seu gancho, eh, que acho que essa é uma, foi uma vida imita arte, né? Porque o o César é apaixonado pela, pela, pela Eduarda e você também se apaixonou por Gabriela no É, mas depois, né? Depois não foi na novela não. Não foi na novela. Novela a gente era super amigo, nada, né? Fique claro, né? Fique claro isso. F claro para não ter problema depois. Problema depois. Não fique claro, não teve nada. Agora, depois que a novela terminou, a gente ficou amigo, a gente se encontrou. É que na verdade assim, eu e Marcelo, a gente já a gente se conhece e já era amigo e aí foi aquela coisa que acaba, né? É. E aí, mas aí mas aí eu eu me apaixonei pela Gabriela. Isso é verdade. Não escondo isso. Falo isso para ela. A gente depois ela me deu um pé na bunda, mas tudo bem. Ai meu Deus. Sobrevivemos. É, sobrevivemos. Vamos lá para O bom é que a gente continua se amando, amigo, dando risada. Mas eu sofri. Sofria na novela e fora. Na novela e depois. Mentira, Ana. Mentira. Mentira. Tá vendo? Mas aí, mas é uma, foi uma coisa engraçada porque depois, né? Então, as pessoas viam a gente, ah, já tinha o negócio, não tinha nada. Gabriela, a gente na novela era zero. Então, mas imprensa na época, eu acho que tem essa coisa, né, Gabi, de hoje ter o site, mas a imprensa na época ela vendia revista, né? É aquelas revistas de fofoca. Sim, pra gente era uma coisa bem complicada, né? Eh, eu não sei, acho que era mais forte naquela época do que hoje, não. Vocês não acham? Ah, sim. Coisa meio tabloide, né? Tinha um tabloide, né? Tipo, tipo de san. É, não era, era uma coisa bem de tabloide mesmo. Tinha os paparaz, mas nem sei se hoje tem ou não tem, mas ainda tem. Ainda tem. Mas acho que eu ten aquelas genils nessas agências, né? Eu cheguei do aeroporto ontem, ontem. É, ontem, ontem ontem tinha um cara lá tirando foto, um portal, não sei o quê. Mas acho que ele fica lá meio que esperando os artistas famosos chegarem. Era eu e qualquer Sim. Não era o Marcelo que tava chegando, entendeu? Uhum. Mas eu acho que era mais, você não acha não que era mais mais barra pesada assim naquela? Vou fazer uma pergunta pros três nessa nessa pegada ainda. Eh, qual o impacto da da das matérias, da imprensa, de tudo na época, assim para vocês era era muito mais impactante do que hoje? Era batia assim, sei lá, se tivesse uma crítica ou sei lá, uma foto, um boato, era mais forte que hoje, assim, pros três. Vale pros três. Vamos lá, Gabriela. Eu acho que a a a matéria já era o nome assim, né? Tipo assim, não era o nome do personagem. Eu lembro assim, Gabriela Duarte maltrata a mãe. Não era uma coisa da Eduarda, você lembra disso, Gabi? Tinha isso. Eh, tinha. Hoje eu acho que tem também essa coisa dos caçacliques, né? Eu acho que a imprensa de alguma forma eh faz, né, busca essa essa questão de de é assim que que as coisas são, é assim que as coisas sobrevivem. Na época, como era mais impresso, tinha muito da coisa impressa, era o que tava ali, né? Gabriela Duarte, eh, sei lá, xinga fulano de tal. É exato. E aquilo tava ali estampado na banca de jornal. A pessoa ia lá, olhava, ficava, falava: "Ó, olha". Mas eu não sei, eu acho que hoje ainda tem eh na época eh sempre teve a busca por essa coisa da da fofoca e tudo bem, faz parte, gente, faz parte da sociedade, mas hoje eu acho que tem uma coisa ainda que é tá muito na moda, talvez, né, que é a coisa do das fake news. É, e falar mal também, eu acho que, ô Gabi, também tem uma coisa na época eu acho que era mais naif, no sentido assim, tinha uma coisa mais ingênua, mais de vamos vender. Hoje tem uma maldade no ar muito grande, eu acho, assim, é, tem uma e o cancelamento é uma coisa, eu eu eu fico impressionado como como a internet é o Saramago falava, né, da voz a alguns idiotas, né, então assim, todo mundo tem opinião. É, então assim, se você ficar lendo isso, você não vive, né? Sim, porque foi que a Gabi falou, ela não via. Eu odei o Não, imagina se ela ficasse, se fosse parar para ficar olhando as críticas que eu sofri, né, na época do Eduardo, eu não trabalhava, eu não fazia mais nada. Eu, né, eu não podia, eu tinha que seguir com aquilo, não, eu tinha que acreditar que o que eu tava fazendo e era o que eu era o que era possível. Tinha uma pessoa escrevendo para mim, aquilo não tava saindo da minha cabeça, né? E eu também em momento algum eu podia achar que mesmo muito jovem, eu podia achar que aquelas críticas elas eram pessoais, embora às vezes você muito jovem, claro, você você tinha quantos anos? 20. Eu tinha 21. 20 e poucos. É 21. Muito jovem. você quase meio que cai, né, nessa nessa loucura de falar: "Putz, eu acho que a minha carreira mal acabou de começar e já vai acabar. Pode ser que acabe." Uhum. Né? Porque é é tanto, sei lá, é tanto ódio, né? Não tô sendo gostada, não tô sendo abraçada, mas aí ia falar: "Não, pera aí, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, vamos seguir que é isso aí". Só que eu tava ali trocando o pneu com o carro andando, entendeu? Tinha que fazer tudo ao mesmo tempo. É porque a novela das 8 na época, eu acho que hoje também, mas assim, na época era, hoje em dia hoje você tem outras coisas para ver, né? Você tem você tem streaming, né? Você tem eh eu tenho uma filha, meus filhos de 10 anos, 19, vem pouco TV aberta, né? O mundo mudou, mas na época é uma coisa que mudava a nossa vida, né? Realmente você fazia uma novela das era uma coisa muito impactante, né? era uma mudava, né? Como mudou a sua vida também. Então, é, era muito impactante. Qualquer novela, eu até acho, na verdade, mas a das ve muito fora da curva assim de a o que tinha de audiência na época, né, assim, era uma coisa muito bizarra, muito bizarra. E para você, essa questão da imprensa, né, que você cresceu aos olhos do público e aí sempre rola aquela aquela transição, né? Ah, e Cecília cresceu e tal, né? Como foi isso, né? a a forma como te viam em Poro como foi para você? Eu acho que na época de por amor o eu não sentia muito impacto assim, né? Acho que não é para mim era era meio que eu não eu não tinha dimensão de que não era todo mundo que dava cinco entrevistas por dia, né? Tipo, porque às vezes os dias que eu não gravava, a minha mãe marcava três, quatro, cinco entrevistas, né? a gente descia pro lobby do parte hotel onde eu morava e era uma atrás da outra e mas eu não tinha referência, então para mim era assim mesmo, né? Tipo, era normal e eu não tinha, né? Era uma criança, então não chegava para mim nada negativo de rate, de crítica. Todo mundo achava coisa mais fofa, linda, maravilhosa, fofa demais. Quem ia criticar ela, né? não chegava nada assim com um aspecto negativo. Então eu não tenho nenhuma lembrança. Agora, de fato, quando vai chegando mais essa transição, aí começa uma coisa meio tentando sexualizar, né? Uma coisa meio tipo, ai, a menina virou mulher, eu assim, sei lá, 15 anos. Mas eu confesso que eu eu acho que eu eu não assim, realmente acho que o mundo foi gentil comigo, sabe? De modo geral. Acho que eu vejo outras histórias de outras mulheres que sofreram muita pressão estética com, sabe, o corpo que não era padrão e crítica e não sei que e tal e um uma coisa mais pesada de sexualização. Eu acho que talvez, sei lá, porque eu dei sorte ou porque minha mãe me preservou bastante. Eh, minha mãe ficava muito em cima quando a gente ia tirar foto. Às vezes ela sentia que o fotógrafo tava não, não, essa posição não vai fazer não tipo porque eu não tinha maldade, né? Então eu falo: "Ah, não, tá ótima, não, essa roupa não, essa minha mãe dava uma protegida". Então eu acho que eu acabei sendo preservada em vários aspectos e eu não tenho, não tive assim, né, olhando para trás essa experiência de nossa, meu Deus, essa imprensa. Mas eu acho sim, eu via, né, o que acontecia, eu acho que a imprensa era assim mais e eu tenho a impressão que era meio que mais monopolizado, porque era como se fosse assim, esses são os veículos de comunicação, paf, era aquelas revistas, né, eram aqueles Hoje se tem bolhas na internet de milhões, literalmente de pessoas, que estão seguindo um determinado tipo de conteúdo que não fazem ideia de que tem um cancelamento acontecendo com outras pessoas em outra rede social, por exemplo. Às vezes você vai pra outra rede social, você descobre que a pessoa tá canceladíssima, mas você vai na outra, você descobre que a pessoa tá lá vivendo a vida como se nada tivesse acontecido. E na época eu acho que ficava mais essa coisa, era todo mundo vendo na banca de jornal, passando na rua, eram aquelas as revistas e aquilo virava uma verdade muito muito grande, muito, né, unânime, assim, acho que era muito impactante realmente, mas passou batido aqui, eu consegui me esquivar. Ainda bem. E em relação às críticas, eh, você falava com a sua mãe, mãe, tô recebendo o que que você falava com ela assim, que que ela te falava? Não, a gente não falava sobre isso. Não, e não sei. A sensação que eu tenho hoje, olhando para trás é que a gente tava ali na na, sabe, na na no dia a dia da coisa e não tinha essa é quase um pouco a coisa da Cecília assim, sabe? Não, mas claro que não nesse formato de ser criança ou de Mas é uma coisa de tipo, eu tô aqui, eu tô vivendo, eu vou, eu vou que vou, sabe? E é muito trabalho, né? E é muito trabalho. Era pra gente, né? Eu e a minha mãe ali era muito trabalho. A gente, a gente realmente trabalhava muito. Eh, então é, a história era isso, né? A história dessa mãe e dessa filha. Então, não tinha muito essa coisa de falar. Eu nunca, eu não me lembro da minha mãe chegar para mim e falar assim: "Ai, olha, Eduardo, está sendo isso?" Não tinha, não rolava esse assunto entre a gente. Era cada um faz o seu também, sabe? Uhum. Faz parte, né? faz parte do processo esse momento que ela tá vivendo de porque teve uma época, gente, na novela assim que a Eduarda ela brigava com todo mundo. Eu só brigava, eu passei por esse momento. Ela brigava com o pai, ela brigava com a Laura, ela brigava com o Marcelo, ela brigava com a mãe, ela briga. Eu saía de lá exausta, falava: "Meu Deus do céu, eu virei uma máquina de brigar, entendeu? aqui nainha depois. Por isso que eu vi que essa pessoa tão meig, tão doce que eu sei a Eduarda, brincadeira, mas assim era era puxado, ela era muito muito geniosa mesmo, tinha muita personalidade, ela era briguenta. No começo pela por ser mimada, depois por querer que tudo fosse do jeito que ela queria, depois porque ela começou a brigar, sabe, a a a advogar por si própria, né? amadureceu. E então assim, a novela ela foi muito difícil para mim nesse lugar. Uhum. Do embate, sabe? E tudo bem. E faz parte, né? E e nossa, com a Zilda, lembra da briga com a Maria Zilda? Quando a Zilda Não, Sim, essa essa essa eu eu amo essa cena porque ela a Zilda, a mãe se separa do Atílio, né? E a sócia que é a Maria Zilda. Elas são arquitetas, elas têm um escritório de tô tô lembrando o Marcelo, ele tá assim, ó. Elas tm um escritório de arquitetura, elas são sócias ali e a outra fica com com Atilo, a Maria Zilda. Ah, tá. Eu lembro que eu não lembro o nome dela. Ah, eu lembro disso. Ela era uma arquiteta. Advogada. Não era e aí a Eduarda vai lá tirar satisfação. Ela fala: "Ué, mas eles se separaram e ele tá aí, ele pode ficar com que ele quiser." Ela fala: "É, mas com você não, você é sócia com você não. E dá, dá, dá, Maria Zilda. Sim, sim. Não, incrível, incrível, incrível. E tem, acho que o embate maior foi justamente o último, né? Ah, não. O da Laura é maravilhoso. Da cadeira de rodas. Teve alguma curiosidade dessa cena assim da da Laura? Eh, sei lá, você deu um tapa de verdade, não sei. Aviane. Não, não é Viviane, Viviane. P não. Aquela aquelas aquela coisa dela bater com jornal na cara, né? ali da Laura. Aquilo tinha uma madeira, tinha um pedaço de madeira que o Não era nem ela que segurava a Eduarda, era o o contrregra, o, né? Contrar regra, essa pessoa que fica ali. Sim. Uhum. sentado na cadeira com essa com essa esse pedaço de madeira assim grosso assim, né? para na hora que ela desce fazer o barulho. Mas claro que então ele ficava segurando esse pedaço de madeira, né? E aí ela e aí quando cortava para ela, ela era ela reagindou. Uhum. Mas eu batendo era nesse negócio. Então isso talvez seja uma curiosidade. Truques da história. E e o embate final que eu que eu tava falando do embate final do diário, né? Quando ela descobre, a Eduarda descobre a troca dos bebês que ela vai falar com a mãe, eu te odeio imagino que essa foi, imagina o final de novela. Ai, nossa, foi muito difícil. Foi muito difícil. Era, era, que ah, muita, era, era uma, é uma coisa densa, né? Carregada ali de muita emoção. Tinha que que e vir tudo à tona, né? Imagina você descobrir essa esse nível de realidade. Se isso acontecesse, como é como que você reage? É o que eu falo, é trabalhar com arquétipos, é trabalhar com coisas que você nunca vai saber como que é eh fazer, como que é viver aquilo e reproduzir aquilo. Não é arquetípico, entendeu? tá em algum lugar ali das da sua existência, da sua alma, porque é isso, né? Eh, e aí ali com a mãe e muita muito denso, muito complicado, mas foi foi de primeira assim, eu lembro e foi era o que tínhamos para o momento. E Marcelo, eh, diante de todos esses temas polêmicos da novela, né? Eh, hoje, se ela estresse hoje nesta, como você acha que o público reagiria? Eu acho que é outro mundo, né? Mas assim, eu acho que o Maneco ele é atemporal, né? O Maneco ele fala de temas muito cruciais, né? Assim. E você falou de uma de uma coisa só saindo um pouco disso que você falou, mas é existem existiam cenas que não tem hoje em dia, né, Ana, que é cenas de três páginas, ator falando Uhum. A cena que era só e Fagundes e Caçaqueis de três páginas, Regina e Gabriela de três páginas, uma coisa que não tem mais hoje o tempo, as pessoas estão aceleradas. Eu acho que a a televisão ficou mais acelerada, mas eu achava aquilo lindo. Você poder ouvir um texto de um ator com outro de duas, três páginas. Não tem mais. Quando eu recebo uma novela, eu falo: "Ih, uma página e meia". Que que tanto duas páginas? Ela é legal ver isso. Mas eu acho que uma temporal, acho que os temas deles são vão ser sempre debatidos, né? Em todas as novelas tinha sempre uma coisa que que eu acho que é um autor que faz muita falta nesse sentido, né? Sim. Ele tinha uma coisa muito interessante, né? Que é a coisa do merchandising social. Ele fazia isso muito bem, muito bem. A coisa da própria Carolina Dicma, que foi impactante raspando a a cabeça, né? Uhum. o o oestecoolismo, o alcoolismo do Orestes e e todas essas toda a novela tinha alguma coisa assim, tinha Orestes, tinha a Carolina Digma, acho que Aline Moraes também fez uma coisa também foi viver a vida. É, viver a vida, né? Então, sempre você fez viver a vida, não fez? É, ela virou a querer do maneco depois. É verdade. Eu nunca mais trabalhei com manecadas duas. As duas. Mas já é queridinho, amor. Fez duas, virou. Acho que foram essas duas. Fez duas, virou aquele diinha. Mas eu acho que ele é temporal. Sim, nesse sentido. E o final, gente, vocês chegaram a gravar finais e diferentes para ele escolher aquele o final do Jardim Botânico lá. Era, era aquilo mesmo, a Eduarda, o filho, né, indo ao encontro da Regina com Atílio, né, Helena e Atílio e Antônio Fagundes. Eu acho que era assim, eu não me lembro assim de ter feito mais outra alternativa, mas eu acho que era era aquilo, ele o filho sai, né, correndo do da Eduarda e do Marcelo pro Atílio e pra Helena, que aliás é tão tão bonito, tão poético. Mas isso realmente eu não me lembro. Eu acho que eu acho que não, acho que aquele era o final mesmo. Era de vocês também. Não teve. Eu me lembro que tinha tinha não para mim não, mas teve na novela teve assim alguns finais. Tinha muito isso né, Gabi na época, né? A direção sempre pedia para gravar dois finais, mas em relação ao meu personagem não me lembro. Acho que eu casava no final. Sim. Com a Anita. Ah, com a Anita. Mas meio também não tá feliz. Eu não tinha essa história. Coitado. Você queria outra e tinha essa coisa toda, né? E mas eu não lembro você tinha algum alguma assim? Eu acho que não. Eu na verdade eu acho que o o não tinha nem muito como ter, né? Porque foi o final do dela na sentadinha na calçada porque o pai entrou no ar. Acho que esse é o melhor final vai pro ar. E eu ficava na calçada esperando assim tanta esperando. Ai que am bizar. né, de pensar na no peso de uma criança sendo responsável por levar o pai para ela, né? Então assim, mas lindo demais. Eu acho que eh muitas pessoas falam hoje sobre isso comigo, né? Eu como psicóloga, hoje as pessoas, nossa, pensando do ponto de vista psicológico, sou e as pessoas falam: "Nossa, pensando do ponto de vista psicológico, que barra, né, e que responsabilidade que essa criança tinha e sim, mas eu acho que é isso, né? é, é arte, né, assim, é uma é uma, é um esticar a corda ali de alguma maneira para trazer uma reflexão, para trazer uma provocação. E definitivamente no mundo real não seria bom paraa Sandrinha ser uma Sandrinha, né, viver com tudo aquilo, tentar conciliar familiares que estavam em conflito constantemente e tentar fazer ser responsável por o pai, fazer as pazes com a mãe e esconder as coisas do pai pra mãe não brigar e tentar defender. Nossa, do ponto de vista familiar e de saúde mental não é uma boa ideia. Mas, cara, que impacto lindo que isso teve, né, de conscientizar as pessoas, de tocar o coração, de enxergar a pessoa que tá passando por esse por esse por essa sofrimento profundo de uma dependência química como um humano que tá sofrendo, que não é uma pessoa com desvio de caráter, né? Então assim, foi uma humanização linda, foi um trabalho, eu recebo mensagens lindas de crianças que na época estavam passando por isso e falavam: "Nossa, eu me identificava profundamente com a Sandrinha e eu enxergava o meu pai de uma forma muito mais humana por causa disso, né? Porque nossa, olha que lindo. É muito lindo. Você é muito lindo. Então eu acho que esse final foi o mais lindo possível, né, de dar essa esperança de, né, um caminho possível, que certamente o a é o início de uma jornada, não é como se fosse um botãozinho que apertou e vai resolver, mas representava esse simbolismo dele dando esse passo para tentar, né, dele tendo esse apoio para para tentar e tendo esse apoio durante todo esse trajeto tão difícil e o quanto o amor é capaz de transformar, né, Eduarda? Inclusive, né? É isso. Exato. Para mim foi muito importante, né, que ela no final da novela, que ela se se não nem se reconciliasse, mas que ela reconhecesse, né, a Sandrinha, uma criança, né, a irmã, mas eh eh mas uma criança e aquela criança, né, com aquele olhar, esse olho azul, né, da da Cicília e irresistível e tal. Então, para mim foi muito importante como como atriz e, enfim, eh, e paraa personagem que ela tivesse esse final de de estar junto com com a Sandrinha, com a irmã e com o pai também, né? Mas para mim era muito mais importante que ela se reconciliasse com a com a irmã que e a maneira que o escreveu também, se fosse a não fosse a Gabriela Duarte, fosse outra atriz, também ia ser rejeitada. Não tem como, porque você tudo que o personagem fazia, né? Não querendo ser ser irmã dela, uma menina de olho azul, linda, e o pai o alcólatro, não tinha como, né? Nossa, tem uma cena que circulou nas redes sociais há pouco tempo. O povo esculham banda, coitada Eduarda, porque era uma cena que acho que ela tinha perdido um bebê e a Sandrinha ela conversar e a Eduarda não falava com ela, tipo, ficava de cara fechado assim e a Sandrinha, ai não sei que tal, toda serelep pimpona falando a B, como ela pode não falar com a Sandrinha, ela não tem o coração de gelo. Que maldade. É total. É, é isso. Tinha isso. O povo falava comigo, não cai na dela, hein? Não cai na dela. Aí as pessoas falam assim: "Você nunca fez uma vilã?" Ué, né? Eu acho que a Eduarda de em algum lugar ela pode ser considerada, né? Uma vilã que se redimiu, sim. Não é uma vilã clássica, daquelas que ai faz a maldade, psicopata, entendeu? Que vai mata e enfim. Mas é, tem uma coisa, uma vila muito humana, né? Na complexidade. É, é uma vila humana. E para encerrar, eh, Gabriela, se por acaso hoje surgisse uma oportunidade de fazer uma novela com a sua mãe, assim também, eh, mãe e filha ou não necessariamente, e aí você faria ou foi aquela experiência ali? Foi única também? Se não, se surgisse durante muito tempo? Eu eu diria que não, né? Pós Eduarda e Helena, pós Chiquinha Gonzaga, né? Fizemos também. Teve Chiquinha ainda, né? Teve em seguida quase, né? Eu tive pouquíssimo tempo entre Por amor e Chiquinha Gonzaga, mas aí teve Chiquinha, que era a mesma personagem em dois momentos diferentes e tal. Teve uma hora que eu falei: "Chega, chega, eu não quero, eu quero entender quem é a Gabriela Duarte, né, que escolheu essa profissão, que tem esse direito, né, de de ter escolhido a mesma profissão que a mãe, que é uma pessoa tão popular, tão e tal, mas assim, eu não quero mais. Eu acho que esgotou. A gente já fez mãe e filha, já fez a mesma personagem. Calma, agora eu não quero hoje. Hoje, Gabriela, com 50 anos, tal, eu faria, eu gostaria de fazer um trabalho com ela, porque eu acho que a gente tem eh tá num outro momento de vida, a gente tem muita muito material, a gente acumulou muito material eh para para dar pro público, sabe? Coisas muito boas assim. Então, hoje eu faria. Legal, gente. Queria agradecer a presença de vocês. Foi ótimo o bate-papo. Super obrigada, viu? E é isso, gente. Obrigada pelo ótimo mesmo. Adorei, adorei relembrar, relembrar tudo isso. Incrível, incrível. É isso, gente. Até o próximo episódio. เฮ [Música]

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